Questões de Português - Por que- porque/ porquê/ por quê para Concurso
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LEIA O TEXTO PARA RESPONDER À QUESTÃO.
Escrevo porque à medida que escrevo vou me entendendo
e entendendo o que quero dizer, entendo o que posso fazer.
Escrevo porque sinto necessidade de
aprofundar as coisas, de vê-las como realmente são...
Clarice Lispector
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.
TEXTO II
Desmatamento
Roubando como um desesperado sem nenhum sentido.
Desmatando a mãe natureza que nos teve como filhos.
Todos os filhos de Jah.
Jah deu a natureza não foi pra um só, não foi pra um só.
Deus deu a natureza pra todos nós cuidarmos bem dela.
Não convém, está cometendo suicídio não faça isso rapaz.
Prejudicando nossas vidas, a vida dos nossos filhos.
E a dos animais.
Não mate o que é da mata ela só faz você viver e ser feliz.
Isso que não pode acontecer, não pode acontecer.
Desmatar a mata pra poder se enriquecer, uhum.
Pois a natureza não mata, ela só faz você viver e ser feliz.
Não convém, está cometendo suicídio não faça isso rapaz.
Prejudicando nossas vidas, a vida dos nossos filhos e a dos animais.
Eu cuido dela sim para que a mãe natureza cuide bem de mim.
RAIZ DA MATA. Desmatamento. Disponível em:<https://www.vagalume.com.br/raiz-da-mata/desmatamento.html>
"Pois a natureza não mata, ela só faz você viver e ser feliz."
A palavra destacada nesse trecho pode ser substituída, de acordo com a norma-padrão, por
Analise a frase abaixo:
Para que seja possível entender o ____________ da Guerra do Vietnã, é necessário que conheçamos um pouco da história da região onde ocorreu tal conflito.
Assinale a alternativa que preenche, corretamente, a lacuna da frase:
Leia o texto abaixo e responda ao que se pede.
O último poema
Assim eu quereria o meu
último poema.
Que fosse terno dizendo as
coisas mais simples e menos
intencionais
Que fosse ardente como um
soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores
quase sem perfume
A pureza da chama em que se
consomem os diamantes mais
límpidos
A paixão dos suicidas que se
matam sem explicação.
Manuel Bandeira
Preencha as lacunas, numerando-as de acordo com a tabela a seguir. (Todos estão escritos com o p minúsculo)
I. porque
II. por que
III. porquê
IV. por quê
( ) Tu não trabalhas _______?
( ) O sofrimento _______ passei me deu coragem.
( ) ________ era jocoso, riam dele.
( ) Ele não trabalha ________ não quer.
( ) Quero saber o _________ da tua raiva.
( ) ________ não trabalhas?
Marque a opção que apresenta a sequência CORRETA.
Complete as lacunas em branco, da crônica de Fernando Sabino, abaixo, usando "por que", "porque", "por quê" ou "porquê":
Hora de dormir
(Fernando Sabino)
_____ não posso ficar vendo televisão?
_____ você tem de dormir.
_____ ?
_____ está na hora, ora essa!
A respeito do uso dos “porquês” em língua portuguesa, considere as seguintes afirmativas:
1. Não sei por que há pessoas que não acreditam na ida do homem à Lua.
2. Os vereadores não foram à palestra sobre o meio-ambiente porque o prefeito não lhes concedeu verba suficiente para as despesas.
3. Porque há tanta incompreensão no mundo hoje em dia?
4. Um dos funcionários da área de TI faltou ao trabalho e não disse por quê.
Segue(m) as normas da língua portuguesa a(s) afirmativa(s):
Dois caboclos na enfermaria
Lá na minha terra tinha um caboclo que vivia reclamando de uma dor na perna. E, coincidentemente, um compadre dele tinha também a mesma dor na perna, e também estava sempre reclamando da danada. Só que nenhum deles tinha coragem de ir ao médico. Ficavam mancando, reclamando da dor, mas não iam ao hospital de jeito nenhum. Até que um deles teve uma ideia:
Caboclo 1 – Ê, cumpadi, nóis véve sofrendo muito com a danada dessa dor na perna... Por que é que nóis num vamu junto no dotô? Vamos lá. A gente faz a consulta, e tal, se interna no mesmo quarto... Daí fazemo o tratamento e vemo o que acontece. Se curar, tá bom demais!
O compadre gostou da ideia, tomou coragem e lá se foram os dois. Quando chegaram ao hospital, o médico pediu para o primeiro deitar na cama e começou a examinar. Fez algumas perguntas e foi apertando a perna do caboclo:
Doutor – Dói aqui?
Caboclo 1 – Aiiiii...
Doutor – E aqui, como é que está?
Caboclo 1 – Aii, aiii... dói demais!
E o outro só olhando. Quando chegou a vez dele, o médico foi cutucando, apertando, mas nada de ele gemer. Ficou quieto o tempo todo.Aí o médico foi embora e o compadre estranhou:
Caboclo 1 – Mas cumpadi... a minha perna doeu demais da conta com os aperto do hômi... Como é que a sua não doeu nadica de nada?
Caboclo 2 – E ocê acha que eu vou dá a perna que dói pro hômi apertá?
BOLDRIN, Rolando. Almanaque Brasil.
São Paulo: ano 12, n. 133. [s.d.], p. 34.
Releia o seguinte trecho:
“– Ê, cumpadi, nóis véve sofrendo muito com a danada dessa dor na perna... Por que é que nóis num vamu junto no dotô?”
De acordo com a linguagem formal, em respeito à ortografia e às regras gramaticais, esse trecho deveria ser escrito da seguinte forma:
No que concerne às estruturas linguísticas e gramaticais do texto, julgue o item.
Na linha 1, a forma “por que” pode, também, ser escrita
como porque, sem prejuízo para a correção gramatical.
Não o suficiente
Carla Dias
Sentado à mesa, cercado por tantos. Entende bem o que acontece ali, mas é experiente em enganar os próprios sentidos, mesmo não gostando dessa qualidade da qual não consegue se livrar. Vale-se dela sempre que a oportunidade se apresenta. É um talento. Um incômodo talento.
Permanece ali, os braços cruzados, a cabeça levemente inclinada, como se observasse o cenário que se estende além.
Já conhece as manifestações que se alardeiam, durante esses encontros sociais. Na verdade, compôs uma canção, certa vez, com uma inquietante letra gerada de combinações de algumas delas: não cabe aqui, não serve para isso, não orna com aquilo, não é sua culpa, mas não vai dar certo.
É bom, só que não o suficiente.
Não ser o suficiente é meio que o slogan da vida dele, alguém considerado nada suficiente, até mesmo quando transborda. Acostumou-se a ser visto dessa forma.
A tal canção tomou conta dele. É capaz de cantá-la de trás para frente, formar novos versos, bagunçar as palavras e, ainda assim, elas continuam ridiculamente cruéis. A melodia, não... Nela ele se recusa a mexer. Ela é a única beleza que reina plena nesse baile da saudade que acontece em seu dentro. Há ternura nessa afiada melodia, ela que é a única cria da qual ele não sente vergonha de ter trazido ao mundo.
Apegou-se a uma frase que escutou um alguém verbalizar, enquanto passava por ele, depois de um dia de inutilidades profissionais. “Equilibrar-se é saber se desequilibrar com elegância.” Achou aquilo de uma sabedoria profunda e profana. De uma dualidade revigorante, porque se considera equilibrado com a boca cheia de palavras engolidas, de mágoas salientes, de lamentos reverberantes. Daqueles que bufa, do nada, assustando a pessoa que dorme sentada ao lado, em alguma sala de espera da vida.
A elegância do desequilíbrio é o que mantém à mesa. Ninguém ali se importa de fato com ele, ou deseja escutar o que ele tem a dizer. Sabem seu nome, porque saber o nome oferece pompa, na hora de chamar o insignificante para o campo, e que ele batalhe pelos que significam. É como se chamassem um animal de estimação. Ele atende, rasteja-se, servil, até eles. Atende aos desejos desses sujeitos que acham que a própria dignidade mora na indignidade do outro.
Os nada suficientes.
Estranhamente, essas pessoas significam para ele. Há algo de aprendizado nessa labuta de dissonantes inseguranças travestidas de hierarquia. Estranhamente, ele se alimenta da espera pelo dia em que, rebelde como jamais antes, ele se levantará e partirá dali, deles. Sumirá das vistas, das teias, das inseguranças desses significantes que não sabem significar sem desidentificar o outro.
Equilibrar-se ao desequilibrar-se com elegância, para ele, é combater, na singeleza do insignificante, uma diplomacia mimada, das que atendem a todos os clichês abrandadores de mal-estar. Então, quando dão a vez a ele, permitem ao insuficiente se manifestar, ele sorri e se cala, enquanto rumina a ciência de que, sim, ele sabe que não é o suficiente, ao menos não para atender ao catálogo dos desejos impróprios. Porque acha de uma impropriedade sibilante ter de atender aos desejos alheios, enquanto sufoca os próprios.
Ele sorri a certeza de que acontecerá o dia em que ele os reconhecerá, os desejos que vem diluindo em vulgares ironias, recebidas assim, embrulhadas em pequenas doses de falseada gentileza. O dia em que os libertará de uma polidez adquirida como proteção e os soltará no mundo, rebeldes e eletrizantes. Livres.
E isso será o suficiente. Ele será o suficientemente corajoso para se despedir de seus apaixonantes flagelos. Desequilibradamente equilibrado, dará a vez a si.
Disponível em:<http://www.cronicadodia.com.br/2019/08/nao-o-suficiente-carla-dias.html>
A origem da linguagem
Durante muito tempo a Filosofia preocupou-se em definir a origem e as causas da linguagem. Uma primeira divergência sobre o assunto surgiu na Grécia: a linguagem é natural aos homens (existe por natureza) ou é uma convenção social? Se a linguagem for natural, as palavras possuem um sentido próprio e necessário; se for convencional, são decisões consensuais da sociedade e, nesse caso, são arbitrárias, isto é, a sociedade poderia ter escolhido outras palavras para designar as coisas. Essa discussão levou, séculos mais tarde, à seguinte conclusão: a linguagem como capacidade de expressão dos seres humanos é natural, isto é, os humanos nascem com uma aparelhagem física, anatômica, nervosa e cerebral que lhes permite expressarem-se pela palavra; mas as línguas são convencionais, isto é, surgem de condições históricas, geográficas, econômicas e políticas determinadas, ou, em outros termos, são fatos culturais. Uma vez constituída uma língua, ela se torna uma estrutura ou um sistema dotado de necessidade interna, passando a funcionar como se fosse algo natural, isto é, como algo que possui suas leis e princípios próprios, independentes dos sujeitos falantes que a empregam.
Perguntar pela origem da linguagem levou a quatro tipos de respostas:
1. a linguagem nasce por imitação, isto é, os humanos imitam, pela voz, os sons da Natureza (dos animais, dos rios, das cascatas e dos mares, do trovão e do vulcão, dos ventos, etc.). A origem da linguagem seria, portanto, a onomatopéia ou imitação dos sons animais e naturais;
2. a linguagem nasce por imitação dos gestos, isto é, nasce como uma espécie de pantomima ou encenação, na qual o gesto indica um sentido. Pouco a pouco, o gesto passou a ser acompanhado de sons e estes se tornaram gradualmente palavras, substituindo os gestos;
3. a linguagem nasce da necessidade: a fome, a sede, a necessidade de abrigar-se e proteger-se, a necessidade de reunir-se em grupo para defender-se das intempéries, dos animais e de outros homens mais fortes levaram à criação de palavras, formando um vocabulário elementar e rudimentar, que, gradativamente, tornou-se mais complexo e transformou-se numa língua;
4. a linguagem nasce das emoções, particularmente do grito (medo, surpresa ou alegria), do choro (dor, medo, compaixão) e do riso (prazer, bem-estar, felicidade). Citando novamente Rousseau em seu Ensaio sobre a origem das línguas:
“Não é a fome ou a sede, mas o amor ou o ódio, a piedade, a cólera, que aos primeiros homens lhes arrancaram as primeiras vozes… Eis por que as primeiras línguas foram cantantes e apaixonadas antes de serem simples e metódicas.”
Assim, a linguagem, nascendo das paixões, foi primeiro linguagem figurada e por isso surgiu como poesia e canto, tornando-se prosa muito depois; e as vogais nasceram antes das consoantes. Assim como a pintura nasceu antes da escrita, assim também os homens primeiro cantaram seus sentimentos e só muito depois exprimiram seus pensamentos.
CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ed. Ática 2000.
Um aluno do 9º ano escreveu o seguinte texto, ao final de sua prova:
Não consegui escrever mais por que o tempo da prova acabou. Gostaria de tirar a nota máxima (esse é um sonho por que sempre lutei). Embora seja evidente o porque desse meu desejo, porque será que nunca consigo alcançá-lo?
Leia estes apontamentos feitos a respeito da produção escrita desse aluno.
I. No trecho “por que o tempo da prova acabou”, a grafia deve ser porque, uma vez que se trata de uma conjunção causal equivalente a pois, tendo em vista que.
II. No trecho “esse é um sonho por que sempre lutei”, deve ser mantida a grafia do termo por que (pronome relativo) que, nesse contexto, significa pelos quais.
III. Em “Embora seja evidente o porque”, o termo porque é substantivo e significa motivo, por isso, deve ser grafado com acento tônico na última sílaba.
IV. Em “porque será que nunca consigo alcançá-lo”, a grafia porque deve ser mantida, uma vez que se trata de um pronome interrogativo.
Estão corretos os apontamentos
Analise as orações a seguir.
I. Porque não se senta? Ainda vamos demorar um pouco.
II. Não quer se sentar, por quê?
III. Elisa não veio à aula porque está doente.
IV. Eles se separaram, mas não sei bem o por quê.
V. Expliquem por que estamos aqui.
VI. As cidades por que passamos estavam desertas.
De acordo com a norma padrão, estão CORRETAS as orações: