Questões de Concurso Sobre preposições em português

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Q3216242 Português
    Sempre que eu contrariava Luzia desobedecendo a suas ordens, contestando quase tudo com respostas agressivas, ela me dizia que eu era tão ruim que minha vinda ao mundo pôs um fim à vida da mãe. “Deu fim à nossa mãe”, era a sentença cruel, lançada para me atingir e evocar as complicações que se seguiram ao meu nascimento. Minha mãe se acamou, deprimida. “Nossa mãe se foi de melancolia”, era o que se contava em casa. Nunca soube ao certo o que Luzia sentia por mim, graças ao que nos aconteceu. Por ter sido a responsável por minha criação ainda muito jovem, dizia que ninguém quis se casar com ela por causa dessa obrigação. Nenhum homem iria aguentar minhas malcriações. Sua mágoa era duradoura. Caí feito um fardo sobre suas costas depois da morte da mãe e da partida dos nossos irmãos. Eu era mais uma atribulação para Luzia, além de todas as outras: cuidar da casa, do pai, da roupa da igreja, e ter que se esquivar dos humores do povo da Tapera.
    Diferente da mãe e das mulheres da aldeia, Luzia, a irmã mais velha, parecia não ter se interessado pela arte do barro, nem mesmo pelo roçado. Dizia que lavoura era trabalho para homem. Repetia, ao ver a ruma de mulheres caminhando para o mangue à beira do Paraguaçu, que não foi feita para ficar sob o sol catando mariscos, e que se pudesse moraria na cidade grande. Desde cedo passei a seguir seus passos. Às terças e sextas-feiras Luzia andava até o mosteiro, recolhia cortinas, toalhas e estolas, e formava uma imensa trouxa. Equilibrava tudo sobre a cabeça com uma rodilha feita de peça menor, podia ser uma fronha de travesseiro ou uma toalha pequena. Cada entrada no mosteiro era precedida de reprimendas a mim: “Você não pode tocar em nada”, “Não fale alto, nem corra pelo pátio”, “Peça a bênção aos padres quando se dirigirem a você. Seja agradecido se lhe ofertarem algo”. E, claro, só poderia receber qualquer coisa se tivesse seu consentimento. Eu não fazia mais gestos de assentimento às suas recomendações. Planejava como contrariar as regras, em especial aquela que dizia que deveria olhar sempre para o chão e andar como se fosse invisível para não incomodar as orações. Tanta advertência não era por acaso, Luzia confessou num rompante de desabafo: queria manter seu ganha-pão como lavadeira do mosteiro e conseguir uma vaga para que eu estudasse na escola da igreja.
    Nessa altura, meu irmão Joaquim tinha retornado de um tempo longo morando na capital. Ele levava uma vida errante, mas quando jovem aparecia vez ou outra para ajudar seu Valter nos carregamentos do saveiro Dadivoso, com sacas de grãos e caixas de verduras. Saíam às quintas-feiras em direção à Feira de São Joaquim e não tinham dia certo para regressar. Foi um tempo em que manejei os saveiros na imaginação, nas brincadeiras de menino, enquanto admirava o Dadivoso e outras embarcações navegando o Paraguaçu em direção à baía. Quando meu irmão começou a trabalhar com seu Valter, eu o seguia até o rio para observar o carregamento das sacas de farinha, dos barris de azeite de dendê e das caixas de inhame e aipim. Guardava a esperança de que me considerassem pronto para trabalhar. Sonhava ir embora de casa, não precisar mais olhar a carranca de Luzia me dizendo que eu era um fardo. Meus irmãos deixaram a Tapera antes mesmo de me conhecerem. Da maioria deles não havia fotografia nem recordação. Eu fiquei só com Luzia e meu pai. Como não havia quem cuidasse de mim na sua ausência, precisei seguir seus passos muito cedo, a todo canto, até que ela me considerasse pronto para ficar sozinho.

(VIEIRA JUNIOR, Itamar. Salvar o fogo. 2. ed. São Paulo: Todavia, 2023. p. 17-18. Fragmento.)
Considerando que as palavras são divididas em classes gramaticais, assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, a classificação dos vocábulos destacados em “Ele levava uma vida errante, mas quando jovem aparecia vez ou outra para ajudar seu Valter nos carregamentos do saveiro Dadivoso, [...]” (3º§).
Alternativas
Q3198023 Português
 Polícia Civil investiga caso de “falso dentista” na Grande SP; prejuízo de uma das vítimas chegou a R$ 32 mil


Internet: <www.g1.globo.com> (com adaptações).

De acordo com o texto, julgue o item seguinte.


No trecho “os locais que ele atuou” (linha 13), falta a preposição “a” antes do relativo “que”.

Alternativas
Ano: 2025 Banca: SELECON Órgão: Prefeitura de Sinop - MT Provas: SELECON - 2025 - Prefeitura de Sinop - MT - Contador | SELECON - 2025 - Prefeitura de Sinop - MT - Engenheiro Agrônomo | SELECON - 2025 - Prefeitura de Sinop - MT - Analista de Sistema | SELECON - 2025 - Prefeitura de Sinop - MT - Bibliotecário | SELECON - 2025 - Prefeitura de Sinop - MT - Farmacêutico-Bioquímico | SELECON - 2025 - Prefeitura de Sinop - MT - Arquiteto | SELECON - 2025 - Prefeitura de Sinop - MT - Engenheiro Civil | SELECON - 2025 - Prefeitura de Sinop - MT - Jornalista | SELECON - 2025 - Prefeitura de Sinop - MT - Fiscal Sanitário | SELECON - 2025 - Prefeitura de Sinop - MT - Fisioterapeuta | SELECON - 2025 - Prefeitura de Sinop - MT - Analista em Políticas de Saúde | SELECON - 2025 - Prefeitura de Sinop - MT - Fonoaudiólogo | SELECON - 2025 - Prefeitura de Sinop - MT - Médico Veterinário | SELECON - 2025 - Prefeitura de Sinop - MT - Enfermeiro | SELECON - 2025 - Prefeitura de Sinop - MT - Médico - Ginecologista | SELECON - 2025 - Prefeitura de Sinop - MT - Fiscal Ambiental | SELECON - 2025 - Prefeitura de Sinop - MT - Engenheiro Sanitarista | SELECON - 2025 - Prefeitura de Sinop - MT - Engenheiro Eletricista | SELECON - 2025 - Prefeitura de Sinop - MT - Médico Ortopedista | SELECON - 2025 - Prefeitura de Sinop - MT - Médico Psiquiatra | SELECON - 2025 - Prefeitura de Sinop - MT - Nutricionista | SELECON - 2025 - Prefeitura de Sinop - MT - Cirurgião Dentista | SELECON - 2025 - Prefeitura de Sinop - MT - Psicólogo | SELECON - 2025 - Prefeitura de Sinop - MT - Psicopedagoga | SELECON - 2025 - Prefeitura de Sinop - MT - Assistente Social | SELECON - 2025 - Prefeitura de Sinop - MT - Terapeuta Ocupacional | SELECON - 2025 - Prefeitura de Sinop - MT - Biólogo |
Q3196583 Português

Leia o texto a seguir:



Única aluna de escola pública do país a tirar 1.000 na redação do Enem é do Coluni, em Viçosa


Além dela, Minas teve outra nota máxima no concurso, mas de um estudante de escola particular; no Brasil, só 12 pessoas "gabaritaram" a redação


       A estudante Samille Leão Malta foi a única aluna do Brasil vinda de uma escola pública a tirar nota 1.000 na redação do Enem em 2024. A estudante concluiu o ensino médio no Colégio de Aplicação (Coluni), em Viçosa, na Zona da Mata.


     A informação foi confirmada pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), instituição a que o Coluni é vinculado. Samille também é ex-estudante da rede de ensino estadual. Ela frequentou a Escola Estadual Nossa Senhora do Patrocínio, em Virginópolis, no Vale do Rio Doce.


    “Estou muito feliz e surpresa com o resultado. Sou grata a todos que me apoiaram ao longo do meu caminho de preparação, minha família, meus professores, meus amigos", disse a jovem, que espera que essa nota a ajude a garantir uma vaga no curso de medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).


    Além de Samile, um candidato de uma escola particular também alcançou a nota máxima na redação. Ao todo, 12 participantes do Enem conquistaram tal feito. Minas também foi o estado com mais redações com notas entre 950 e 1000, segundo o Ministério da Educação (MEC).


     Para o secretário de Estado de Educação de Minas Gerais, Igor de Alvarenga, esse resultado é motivo de orgulho e motivação para continuar avançando. "Os estudantes mineiros mostraram sua dedicação e capacidade, alcançando resultados expressivos em um exame de relevância nacional, que vai influenciar diretamente no futuro profissional deles", disse.


   Os demais estados com estudantes que tiveram as notas máximas são Alagoas, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e São Paulo.


   Os dados foram apresentados pelo Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Mais de 3 milhões de pessoas fi zeram as provas da última edição. As notas individuais estão disponíveis na Página do Participante.



Fonte: https://www.hojeemdia.com.br/minas/unica-estudante-de-escola-publica-atirar-1000-no-enem-estuda-no-coluni-em-mg-1.1048667

“[...] disse a jovem, que espera que essa nota a ajude a garantir uma vaga no curso de medicina da Universidade Federal de Minas Gerais” (3º parágrafo). Nesse trecho, as palavras em destaque são classificadas, respectivamente, como:
Alternativas
Q3195252 Português
Para responder à questão, considere a frase “os primeiros colonizadores dos EUA faziam cerveja de milho”, retirada do texto-base.

Analise as assertivas abaixo sobre a frase apresentada:



I. O verbo “faziam” está conjugado no plural.


II. “primeiros” é classificado como numeral.


III. A frase contém duas preposições.



Quais estão corretas? 

Alternativas
Q3195058 Português
TEXTO PARA A QUESTÃO.


Escolhendo times na escola

         Se eu pudesse voltar atrás, não participaria dos jogos da exclusão, dos jogos da rejeição da minha infância.
          Teria boicotado, feito greve, discursado contra.
        Há dores que demoram para doer. A consciência social nem sempre é pontual, nem sempre está desperta desde cedo.
          Eu não previa os efeitos danosos para tantos outros meninos como eu.
        Uma vez que eu não arcava com o preconceito, não entendia a sua influência perniciosa, o seu papel desagregador, o seu exemplo antieducacional.
       Nas aulas de educação física, o professor indicava dois colegas para escolher os times. Cada um desfrutava do direito de chamar, alternadamente, integrantes para sua equipe.
        Eu sempre fui boleiro, e terminava sendo um dos primeiros recrutados. Não penava como alvo da perseguição. Dispunha da confiança imediata dos meus semelhantes, então me calava.
       Depois que os melhores eram convocados, numa disputa de preferência por quem havia mostrado habilidade nas peladas do recreio, acontecia um bizarro concurso para evitar os piores no próprio time.
       Os capitães se digladiavam para não contar com os “pernas de pau” em sua formação. Xingavam publicamente os que sobravam no final da seletiva.
      Disparavam desaforos para crianças indefesas que estavam ali justamente para aprender futebol. Crianças que não tinham nenhuma obrigação de conhecer os fundamentos do esporte.
        — Pode ficar, jogamos com um a menos.
        — Ele não, é muito ruim.
        — Nem colocando de goleiro.
        — Ele não presta nem como poste.
       Qual o propósito da escola senão dar chance para quem nunca entrou em campo? Mas vivemos num país segregador, pulando etapas, em que é difícil ensinar o básico. Parece que todo mundo deve nascer sabendo.
         Assim muitos jovens perderam a vontade de comparecer a interações coletivas, postos de lado já nos ensaios e treinos da vida.
       Eu queria pedir desculpa retroativa a todos que foram zombados nas peneiras estudantis, apelidados de “perebas” ou de “babas”, ofendidos pela sua aparência, num bullying perigoso sobre obesidade e demais características físicas.
      A todos que não receberam uma mísera oportunidade, um único incentivo, a proteção do acolhimento, o cuidado para se entrosar pouco a pouco, sem a hierarquia sumária de valor, sem o julgamento prévio.
     Lamento a minha passividade. Tão obcecado no meu desempenho, focado no meu individualismo, egoísta nos dribles, feliz com a fragilidade do adversário, eu não via na época o quanto eles sofriam com qualquer erro, qualquer passe torto, qualquer tiro a gol longe da meta, defenestrados por antecipação. Atuavam sob o signo do pânico e da opressão, para confirmar expectativas e agouros. Não se encontravam relaxados ou motivados. Experimentavam um terrorismo psicológico desmedido. Não usufruíam de paz para tentar, falhar, retomar, condenados a provar o engano nos primeiros minutos de bola rolando. A indisposição reforçava os estereótipos, os rótulos, os recalques.
       Já começávamos a aula derrotados moralmente.


Autor: Fabrício Carpinejar - GZH (adaptado)
Na oração “Atuavam sob o signo do pânico e da opressão”, a palavra “sob” é classificada, gramaticalmente, como:
Alternativas
Q3194908 Português

Leia o texto para responder à questão.



Escolhendo times na escola


  Se eu pudesse voltar atrás, não participaria dos jogos da exclusão, dos jogos da rejeição da minha infância.
  Teria boicotado, feito greve, discursado contra.
  Há dores que demoram para doer. A consciência social nem sempre é pontual, nem sempre está desperta desde cedo.
   Eu não previa os efeitos danosos para tantos outros meninos como eu.
  Uma vez que eu não arcava com o preconceito, não entendia a sua influência perniciosa, o seu papel desagregador, o seu exemplo antieducacional.
  Nas aulas de educação física, o professor indicava dois colegas para escolher os times. Cada um desfrutava do direito de chamar, alternadamente, integrantes para sua equipe.
  Eu sempre fui boleiro, e terminava sendo um dos primeiros recrutados. Não penava como alvo da perseguição. Dispunha da confiança imediata dos meus semelhantes, então me calava.
  Depois que os melhores eram convocados, numa disputa de preferência por quem havia mostrado habilidade nas peladas do recreio, acontecia um bizarro concurso para evitar os piores no próprio time.
  Os capitães se digladiavam para não contar com os “pernas de pau” em sua formação. Xingavam publicamente os que sobravam no final da seletiva.
  Disparavam desaforos para crianças indefesas que estavam ali justamente para aprender futebol. Crianças que não tinham nenhuma obrigação de conhecer os fundamentos do esporte.
   — Pode ficar, jogamos com um a menos.
   — Ele não, é muito ruim.
   — Nem colocando de goleiro.
   — Ele não presta nem como poste.
  Qual o propósito da escola senão dar chance para quem nunca entrou em campo? Mas vivemos num país segregador, pulando etapas, em que é difícil ensinar o básico. Parece que todo mundo deve nascer sabendo.
  Assim muitos jovens perderam a vontade de comparecer a interações coletivas, postos de lado já nos ensaios e treinos da vida.
  Eu queria pedir desculpa retroativa a todos que foram zombados nas peneiras estudantis, apelidados de “perebas” ou de “babas”, ofendidos pela sua aparência, num bullying perigoso sobre obesidade e demais características físicas.
  A todos que não receberam uma mísera oportunidade, um único incentivo, a proteção do acolhimento, o cuidado para se entrosar pouco a pouco, sem a hierarquia sumária de valor, sem o julgamento prévio.
  Lamento a minha passividade. Tão obcecado no meu desempenho, focado no meu individualismo, egoísta nos dribles, feliz com a fragilidade do adversário, eu não via na época o quanto eles sofriam com qualquer erro, qualquer passe torto, qualquer tiro a gol longe da meta, defenestrados por antecipação. Atuavam sob o signo do pânico e da opressão, para confirmar expectativas e agouros. Não se encontravam relaxados ou motivados. Experimentavam um terrorismo psicológico desmedido. Não usufruíam de paz para tentar, falhar, retomar, condenados a provar o engano nos primeiros minutos de bola rolando. A indisposição reforçava os estereótipos, os rótulos, os recalques.
  Já começávamos a aula derrotados moralmente.
Autor: Fabrício Carpinejar - GZH (adaptado). 
Na oração “Atuavam sob o signo do pânico e da opressão”, a palavra “sob” é classificada, gramaticalmente, como:
Alternativas
Q3191131 Português

Leia o texto a seguir para responder a questão.


Férias do não


    A noção de férias liga-se a figuras de viagem, esporte, aplicações intensivas do corpo; quase nada a descanso. As pessoas executam durante esse intervalo o que não puderam fazer ao longo do ano; fazem “mais” alguma coisa, de sorte que não há férias, no sentido religioso e romano de suspensão de atividades.


    Matutando nisso, resolvi tirar férias e gozá-las como devem ser gozadas: sem esforço para torná-las amenas. Ideia de viagem foi expulsa do programa: é das iniciativas mais comprometedoras e tresloucadas que poderia tomar o proletário vacante. Viagens ou não existem, como é próprio da era do jato, em que somos transportados em velocidade superior à do nosso poder de percepção e de ruminação de impressões, ou existem demais como burocracia de passaporte, falta de vaga em hotel, atrasos, moeda aviltada, alfândega, pneu estourado no ermo, que mais?


    Quanto à prática de esportes, sempre julguei de boa política deixá-la a personalidades como Éder Jofre ou Garrincha, que dão o máximo. A performance desses astros satisfaz plenamente, e não seria eu num mês que iria igualá-los ou sequer realçá-los pelo contraste. Bem sei que o esporte vale por si e não pelos campeonatos, mas também como passatempo carece de sentido. Pescar, caçar pequenos bichos da mata? Nunca. Esporte e morte acabam pelo mesmo som, mas para mim nunca rimaram.


     Havia também os trabalhos, os famosos trabalhos que a gente deixa para quando repousa dos trabalhos comuns. Organizar originais de um livro. Escrever uma página de sustância (está pronta na cabeça, falta botar o papel na máquina). Pesquisar em arquivos, Arrumar papéis. Mudar os móveis de lugar. E os deveres adiados, tipo “visitar o primo reumático de Del Castilho”. E a ideia de conhecer o Rio, conhecer mesmo, que nos namora há 20 anos: tomar bondes esdrúxulos, subir morros, descobrir lagoas de madrugada. E o sonho colorido dos gulosos, sacrificados durante o ano: comer desbragadamente pratos extraordinários, sem noção de tempo, saúde, dinheiro.


    Tudo aboli e fiz a experiência de férias propriamente ditas, que, como eliminação de atividades ordinárias e exteriores; pode parecer estado contemplativo no exercício de ioga. Não é nada disso. Exatamente por abrirem mão de tudo, as boas férias não devem tender à concentração espiritual nem à contenção da vontade. São antes um deixar-se estar, sem petrificação. Levantar-se mais tarde? Se não fizer calor; um direito nem sempre é um prazer. Ir ao Arpoador? Se ele realmente nos chama, não porque a manhã e a água estejam livres. O mesmo quanto a diversões, às vezes menos divertidas do que a noção que temos delas. Não convém estragar as férias, enchendo-as com programas de férias. Deixe que o tempo passe, sutil; não o ajude a passar. Há doçura em flutuar na correnteza das horas, em sentir-se folha, reflexo, coisa levada; coisa que se sabe tal, coisa sabida, mas preguiçosa.


    Se me pedissem contas do que fiz nas férias, responderia lealmente: ignoro. Aos convites disse não, alegando estar em férias, alegação tão forte como a de estar ocupadíssimo. O pensamento errou entre mil avenidas, sem se deter; cada dia amanheceu e caiu como fruto. Nada aconteceu? O não acontecimento é a essência das férias. E agora, é labutar 11 meses para merecer as inofensivas e incomparáveis férias do não.


ANDRADE, C. D. Férias do Não. Correio da Manhã. Disponível em https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/19401/ferias -do-nao. 

Considerando-se a função da expressão “de sorte que”, que ocorre no texto — “de sorte que não há férias [...]” —, sua classificação é a de:

Alternativas
Q3187493 Português
 Em “As professoras conversaram sobre as avaliações finais”, a preposição “sobre” indica:
Alternativas
Q3183664 Português

Internet:<www.unipacs.com.br>  (com adaptações).

Com base na estrutura linguística e no vocabulário empregados no texto, julgue o item que se segue.


O emprego da preposição “de” (linha 3) deve‑se à regência do verbo “dispomos” (linha 4). 

Alternativas
Q3183272 Português

A terceirização da memória

Por Juliana Bublitz

(Disponível em: gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/juliana-bublitz/ultimas-noticias/ – texto adaptado especialmente para esta prova).

Considerando o fragmento retirado do texto “E ali percebi meu vício em tecnologia”, assinale a alternativa que apresenta a correta classificação da palavra sublinhada.
Alternativas
Q3181990 Português
Por que estudar com materiais impressos pode ajudar a
aumentar a retenção

Pesquisas indicam que o estudo com materiais impressos facilita
uma leitura mais lenta e cuidadosa

No mundo digital de hoje, muitos estudantes e profissionais migraram para e-books, tablets e laptops para estudar. No entanto, estudos indicam que o uso de materiais impressos pode ser mais eficaz para a retenção de informações. Entenda por que escolher o papel em vez das telas pode melhorar sua capacidade de aprendizado e memória, segundo um estudo da Universidade de Valencia. As informações são do The Guardian.

1. Materiais impressos reduzem a fadiga ocular e aumentam a concentração

Ler em dispositivos digitais por longos períodos pode causar fadiga ocular, desconforto e dificuldade para se concentrar. A luz
emitida pelas telas digitais, especialmente a luz azul, interfere no foco visual, levando a cansaço e, em alguns casos, dor de
cabeça. Esses fatores afetam diretamente a capacidade de se concentrar e reter informações. Com materiais impressos, você
elimina esse problema, permitindo um estudo mais confortável e prolongado, o que favorece a memorização. Além disso, o papel oferece uma experiência de leitura mais tranquila e linear, sem as distrações constantes de notificações ou a tentação de mudar para outros aplicativos, o que muitas vezes acontece ao estudar em dispositivos digitais.


2. O papel estimula um aprendizado mais ativo e profundo

Estudos mostram que a leitura de materiais impressos envolve um processamento cognitivo mais profundo em comparação com a leitura em dispositivos eletrônicos. Quando você interage com um livro físico, pode sublinhar, fazer anotações nas margens e folhear as páginas com mais facilidade, o que ajuda a reforçar o aprendizado. Essas ações promovem um envolvimento mais ativo com o conteúdo, aumentando a chance de reter as informações a longo prazo. O formato físico também facilita a criação de uma representação mental do conteúdo. Muitas pessoas conseguem "visualizar" onde certas informações estavam localizadas em uma página, o que ajuda na recuperação das informações no futuro. Esse tipo de memória espacial é menos comum quando se lê em dispositivos digitais.


3. Estudar com papel promove melhor compreensão e reflexão

Pesquisas indicam que o estudo com materiais impressos facilita uma leitura mais lenta e cuidadosa. Diferente da leitura rápida que ocorre frequentemente em dispositivos digitais, o papel incentiva a reflexão e a análise crítica. Essa desaceleração é essencial para uma compreensão mais profunda e para a retenção de conceitos complexos. Além disso, o ato físico de virar páginas e marcar progresso em um livro pode gerar uma sensação de conquista e controle sobre o aprendizado, o que ajuda a manter o foco e a motivação. Isso se traduz em um maior comprometimento com o conteúdo, aumentando significativamente a retenção de informações.

O papel como aliado da memória e do aprendizado

Embora os dispositivos digitais ofereçam conveniência, os materiais impressos têm vantagens claras quando o objetivo é melhorar a retenção de informações. Eles reduzem a fadiga ocular, promovem um aprendizado mais ativo e envolvem o cérebro em um processo de leitura mais profundo. Ao incorporar materiais impressos em sua rotina de estudos, você pode melhorar significativamente sua concentração, compreensão e capacidade de lembrar o que aprendeu. Portanto, da próxima vez que precisar estudar algo importante, considere deixar o tablet de lado e recorrer ao bom e velho papel.


Fonte: https://exame.com/carreira/guia-de-carreira/por-que-estudar-com-materiais-impressos-pode-ajudar-a-aumentar-a-retencao/?fbclid=IwY2xjawF0DdtleHRuA2FlbQIxMQABHbl79jkIg9y4wXAE_i9nJWevHj7Iiw6I-0SQaUP_1hoPBWERHfLRcF-54w_aem_cJ1lizqhZA1_J2oU3MTF3A&sfnsn=wiwspwa. Acesso em: 14 out. 2024.
“Entenda por que escolher o papel em vez das telas pode melhorar sua capacidade de aprendizado e memória, segundo um estudo da Universidade de Valencia”. Em seu contexto de uso, a palavra destacada é um tipo de conectivo classificado como:
Alternativas
Q3181321 Português

Leia o texto abaixo para responder à próxima questão:


O apanhador de desperdícios


Uso a palavra para compor meus silêncios.

Não gosto das palavras

fatigadas de informar.

Dou mais respeito

às que vivem de barriga no chão

tipo água pedra sapo.

Entendo bem o sotaque das águas

Dou respeito às coisas desimportantes

e aos seres desimportantes.

Prezo insetos mais que aviões.

Prezo a velocidade

das tartarugas mais que a dos mísseis.

Tenho em mim um atraso de nascença.

Eu fui aparelhado

para gostar de passarinhos.

Tenho abundância de ser feliz por isso.

Meu quintal é maior do que o mundo.

Sou um apanhador de desperdícios:

Amo os restos

como as boas moscas.

Queria que a minha voz tivesse um formato

de canto.

Porque eu não sou da informática:

eu sou da invencionática.

Só uso a palavra para compor meus silêncios.


Manoel de Barros

A preposição “para” no enunciado abaixo expressa ideia de finalidade. Em virtude disso, qual das alternativas abaixo que apresente vocábulo ou locução que possa substituí-la sem prejuízo do sentido e correção gramatical?
Eu fui aparelhado para gostar de passarinhos.
Alternativas:
Alternativas
Q3181282 Português
A gramática e a ortografia são fundamentais para garantir a clareza e a precisão na comunicação escrita, especialmente em um ambiente corporativo. Erros de escrita podem comprometer a imagem profissional e a credibilidade da organização.
Analise as assertivas a seguir sobre as regras básicas de gramática e ortografia da língua portuguesa e em seguida, assinale a alternativa CORRETA.
I. O uso de “mau” é sempre recomendado quando a palavra tem o sentido de "não bom", enquanto “mal” deve ser usado apenas como advérbio de modo.
II. O uso da vírgula é opcional antes de "que", em orações subordinadas, desde que o significado da frase não seja alterado.
III. A concordância verbal deve ser realizada de acordo com o sujeito da oração, levando em consideração se ele está no singular ou plural.
IV. O acento diferencial em “pára” (verbo) e “para” (preposição) foi mantido pelo Novo Acordo Ortográfico, visando evitar ambiguidades.
Alternativas
Q3180597 Português
Leia o texto abaixo para responder à questão.


- Você é escritora?
- Sou sim.
- Então fala: "Comi um miojo"
- Aproximei meu corpo à mesa para ficar mais perto da tigela
fumegante. A noite estava fria, nada cairia melhor do que
aquela saborosa massa com ervas e especiarias.
Dei a primeira garfada. Senti meu corpo ir ao céu com aquele
maravilhoso carnaval de sabores em minha boca.
- Você é o Drummond?
- Sou sim
- Então fala: "comi um miojo"
- No meio da cozinha tinha um miojo
Tinha um miojo no meio da cozinha
Tinha um miojo
No meio da cozinha tinha um miojo
Nunca me esquecerei desse
acontecimento
Na vida de minha barriga tão esvaziada
Nunca me esquecerei que no meio da
cozinha
Tinha um miojo
Tinha um miojo no meio da cozinha
No meio da cozinha tinha um miojo
Tinha um miojo no meio do caminho

@sebastiao.salgados
Observe a frase abaixo retirada dos textos acima e assinale a alternativa que apresente explicação INCORRETA levando em consideração as estruturas sintáticas e morfológicas que compõem o excerto:
Aproximei meu corpo à mesa para ficar mais perto da tigela fumegante.
Alternativas: 
Alternativas
Q3178263 Português
Leia o texto abaixo para responder à questão.


Bem no fundo


No fundo, no fundo,
bem lá no fundo,
a gente gostaria
de ver nossos problemas
resolvidos por decreto

a partir desta data,
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela — silêncio perpétuo

extinto por lei todo o remorso,
maldito seja quem olhar pra trás,
lá pra trás não há nada,
e nada mais

mas problemas não se resolvem,
problemas têm família grande,
e aos domingos
saem todos a passear
o problema, sua senhora
e outros pequenos probleminhas.

Paulo Leminski 
Observe o trecho abaixo, extraído do poema, e indique em qual alternativa há a observação INCORRETA sobre as estruturas morfossintáticas:

e aos domingos
saem todos a passear
o problema, sua senhora
e outros pequenos probleminhas.

Alternativas: 
Alternativas
Q3177264 Português

Texto para a questão.


“Maior qualidade que Ronaldo tinha era o pai que ele era”, diz amiga de representante comercial que estava em avião que caiu em Vinhedo 




Internet: <g1.globo.com> (com adaptações)

Uma incorreção em relação à norma‑padrão encontrada em “por todos os momentos que fomos felizes” (linhas 21 e 22) é o(a)
Alternativas
Q3177262 Português

Texto para a questão.


“Maior qualidade que Ronaldo tinha era o pai que ele era”, diz amiga de representante comercial que estava em avião que caiu em Vinhedo 




Internet: <g1.globo.com> (com adaptações)

Na linha 11, antes de Cascavel (linha 12), o sentido da preposição “de” indica
Alternativas
Q3176743 Português

O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


Não é preciso procurar muito para encontrar algum conflito que coloca duas ou mais pessoas - ou grupos - em posições ideológicas opostas, especialmente quando o tema é política. Porém, há alguns anos, esse debate no Brasil e no mundo tem se tornado cada vez mais intenso e menos amigável. Com certeza, algum leitor que está aqui nessa matéria cortou contato com familiares ou deixou de tocar no assunto para não inflamar ainda mais o ambiente. Mas quando foi que a política começou a ficar tão dividida, a ponto de a que vivemos hoje ser considerada uma guerra ideológica?


Luiz Felipe Gonçalves de Carvalho, sociólogo, filósofo e escritor, acredita que é da natureza da política que ela seja mesmo dividida e acolha o dissenso. "Como diria o filósofo francês Jacques Rancière, caso contrário, não seria política, e sim polícia", argumenta. O problema, segundo ele, surge quando a polarização não consegue ser moderada como deveria e acaba fortalecendo os extremismos. "Isso acontece, em geral, em épocas de incertezas sociais extremas, como guerras, revoluções e crise de fome", exemplifica.


Revista Mente Afiada − Ano 2, Nº 17 − agosto de 2024 (adaptado)

No trecho "Com certeza, algum leitor que está aqui nessa matéria cortou contato com familiares ou deixou de tocar no assunto para não inflamar ainda mais o ambiente.", as preposições em destaque imprimem às relações que estabelecem, respectivamente, os sentidos de
Alternativas
Q3176742 Português

O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


Não é preciso procurar muito para encontrar algum conflito que coloca duas ou mais pessoas - ou grupos - em posições ideológicas opostas, especialmente quando o tema é política. Porém, há alguns anos, esse debate no Brasil e no mundo tem se tornado cada vez mais intenso e menos amigável. Com certeza, algum leitor que está aqui nessa matéria cortou contato com familiares ou deixou de tocar no assunto para não inflamar ainda mais o ambiente. Mas quando foi que a política começou a ficar tão dividida, a ponto de a que vivemos hoje ser considerada uma guerra ideológica?


Luiz Felipe Gonçalves de Carvalho, sociólogo, filósofo e escritor, acredita que é da natureza da política que ela seja mesmo dividida e acolha o dissenso. "Como diria o filósofo francês Jacques Rancière, caso contrário, não seria política, e sim polícia", argumenta. O problema, segundo ele, surge quando a polarização não consegue ser moderada como deveria e acaba fortalecendo os extremismos. "Isso acontece, em geral, em épocas de incertezas sociais extremas, como guerras, revoluções e crise de fome", exemplifica.


Revista Mente Afiada − Ano 2, Nº 17 − agosto de 2024 (adaptado)

Algumas palavras da língua portuguesa podem pertencer a diferentes classes gramaticais, dependendo do contexto em que são empregadas. É o que ocorre com a forma "a", que pode apresentar-se como artigo, pronome ou preposição. No texto em análise, temos o trecho "Mas quando foi que a política começou a ficar tão dividida, a ponto de a que vivemos hoje ser considerada uma guerra ideológica?" em que encontramos esta forma três vezes. Sabendo disso, assinale a alternativa que identifica a classe gramatical das três ocorrências do "a" grifadas no trecho fornecido, respectivamente.
Alternativas
Q3174859 Português

Texto para questão.


Representante comercial que morreu na queda de avião em Vinhedo é sepultado em Mossoró



 


Internet: <www.g1.globo.com> (com adaptações).

Em “chegou há mais de 20 anos em Mossoró” (linhas 18 e 19), a preposição “em” deveria ser substituída, para se adequar a escrita à norma‑padrão, por
Alternativas
Respostas
1: C
2: E
3: D
4: E
5: B
6: B
7: D
8: C
9: C
10: C
11: A
12: C
13: B
14: A
15: C
16: C
17: B
18: E
19: A
20: B