Questões de Concurso Comentadas sobre português
Foram encontradas 59.306 questões
Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 ao 10.
O Mirante do Sertão
__Parque ambiental que, segundo dados da Sudema, possui aproximadamente 500 hectares de área composta de espécies de Mata Atlântica e Caatinga, a Serra do Jabre é reconhecida pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) como uma das maiores fontes de pesquisas biológicas do país, pois possui espécies endêmicas que só existem aqui na reserva ecológica e devem ser fruto de estudo para evitar extinção de exemplares raros da fauna e da flora. O Parque possui 1.197 metros de altitude e é um observatório natural que permite que os visitantes contemplem do alto toda cobertura vegetal acompanhada de relevos e fontes de água dos municípios vizinhos. Uma paisagem rica em belezas naturais, que atrai a atenção de turistas brasileiros e estrangeiros.
__(...)
__O Pico do Jabre surpreende por suas belezas, clima agradável e uma visão de encher de entusiasmo e energia positiva qualquer visitante. Com uma panorâmica de 130 km de visão, de onde se pode ver, a olho nu, os Estados do Rio Grande do Norte e Pernambuco, o Mirante do Sertão, título mais que merecido, é um dos lugares mais belos da Paraíba, com potencialidade para se tornar um dos complexos turísticos mais bem visitados do Estado.
__(...)
__Cenário ideal para os praticantes de esportes radicais, o Pico do Jabre atrai turistas de todas as partes do país, equipados com seus acessórios de segurança. A existência de trilhas fechadas é outro atrativo para os desportistas, incansáveis na busca de aventura.
__O entorno do Parque Estadual do Pico do Jabre abrange cinco municípios com atividades econômicas voltadas para a agricultura. A turística no meio rural é uma das perspectivas para o desenvolvimento desta economia. O Parque Estadual do Pico do Jabre, dentro da malha turística do estado da Paraíba, com roteiros alternativos envolvendo esportes, cultura, gastronomia e lazer, traz benefícios a uma população, com a geração de mais empregos.
__O Parque Ecológico, como atrativo turístico natural desta região, faz surgir novos serviços, tais como mateiros, guias, taxistas, cozinheiros, dentre outros, os quais estão diretamente ligados ao visitante. Os novos empreendimentos que surgirão, vão gerar recursos utilizados para a adequação da infraestrutura local. Assim, surgirão novos horizontes para a região do entorno do Pico do Jabre, contribuindo para permanência de sua população, que não mais migrará em busca de empregos e melhor qualidade de vida. Com a preservação da natureza, que está pronta para despertar uma nova visão desta atividade tão promissora que é o turismo no meio rural.
(http://www.matureia.pb.gov.br)
Algumas palavras do texto estão escritas com acento. Quanto à posição da sílaba tônica, as palavras turística, agradável e país são RESPECTIVAMENTE:
Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 ao 10.
O Mirante do Sertão
__Parque ambiental que, segundo dados da Sudema, possui aproximadamente 500 hectares de área composta de espécies de Mata Atlântica e Caatinga, a Serra do Jabre é reconhecida pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) como uma das maiores fontes de pesquisas biológicas do país, pois possui espécies endêmicas que só existem aqui na reserva ecológica e devem ser fruto de estudo para evitar extinção de exemplares raros da fauna e da flora. O Parque possui 1.197 metros de altitude e é um observatório natural que permite que os visitantes contemplem do alto toda cobertura vegetal acompanhada de relevos e fontes de água dos municípios vizinhos. Uma paisagem rica em belezas naturais, que atrai a atenção de turistas brasileiros e estrangeiros.
__(...)
__O Pico do Jabre surpreende por suas belezas, clima agradável e uma visão de encher de entusiasmo e energia positiva qualquer visitante. Com uma panorâmica de 130 km de visão, de onde se pode ver, a olho nu, os Estados do Rio Grande do Norte e Pernambuco, o Mirante do Sertão, título mais que merecido, é um dos lugares mais belos da Paraíba, com potencialidade para se tornar um dos complexos turísticos mais bem visitados do Estado.
__(...)
__Cenário ideal para os praticantes de esportes radicais, o Pico do Jabre atrai turistas de todas as partes do país, equipados com seus acessórios de segurança. A existência de trilhas fechadas é outro atrativo para os desportistas, incansáveis na busca de aventura.
__O entorno do Parque Estadual do Pico do Jabre abrange cinco municípios com atividades econômicas voltadas para a agricultura. A turística no meio rural é uma das perspectivas para o desenvolvimento desta economia. O Parque Estadual do Pico do Jabre, dentro da malha turística do estado da Paraíba, com roteiros alternativos envolvendo esportes, cultura, gastronomia e lazer, traz benefícios a uma população, com a geração de mais empregos.
__O Parque Ecológico, como atrativo turístico natural desta região, faz surgir novos serviços, tais como mateiros, guias, taxistas, cozinheiros, dentre outros, os quais estão diretamente ligados ao visitante. Os novos empreendimentos que surgirão, vão gerar recursos utilizados para a adequação da infraestrutura local. Assim, surgirão novos horizontes para a região do entorno do Pico do Jabre, contribuindo para permanência de sua população, que não mais migrará em busca de empregos e melhor qualidade de vida. Com a preservação da natureza, que está pronta para despertar uma nova visão desta atividade tão promissora que é o turismo no meio rural.
(http://www.matureia.pb.gov.br)
“Uma paisagem rica em belezas naturais, que atrai a atenção de turistas brasileiros e estrangeiros.”
Quanto ao número de sílabas, as palavras paisagem , atrai e estrangeiros são RESPECTIVAMENTE:
Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 ao 10.
O Mirante do Sertão
__Parque ambiental que, segundo dados da Sudema, possui aproximadamente 500 hectares de área composta de espécies de Mata Atlântica e Caatinga, a Serra do Jabre é reconhecida pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) como uma das maiores fontes de pesquisas biológicas do país, pois possui espécies endêmicas que só existem aqui na reserva ecológica e devem ser fruto de estudo para evitar extinção de exemplares raros da fauna e da flora. O Parque possui 1.197 metros de altitude e é um observatório natural que permite que os visitantes contemplem do alto toda cobertura vegetal acompanhada de relevos e fontes de água dos municípios vizinhos. Uma paisagem rica em belezas naturais, que atrai a atenção de turistas brasileiros e estrangeiros.
__(...)
__O Pico do Jabre surpreende por suas belezas, clima agradável e uma visão de encher de entusiasmo e energia positiva qualquer visitante. Com uma panorâmica de 130 km de visão, de onde se pode ver, a olho nu, os Estados do Rio Grande do Norte e Pernambuco, o Mirante do Sertão, título mais que merecido, é um dos lugares mais belos da Paraíba, com potencialidade para se tornar um dos complexos turísticos mais bem visitados do Estado.
__(...)
__Cenário ideal para os praticantes de esportes radicais, o Pico do Jabre atrai turistas de todas as partes do país, equipados com seus acessórios de segurança. A existência de trilhas fechadas é outro atrativo para os desportistas, incansáveis na busca de aventura.
__O entorno do Parque Estadual do Pico do Jabre abrange cinco municípios com atividades econômicas voltadas para a agricultura. A turística no meio rural é uma das perspectivas para o desenvolvimento desta economia. O Parque Estadual do Pico do Jabre, dentro da malha turística do estado da Paraíba, com roteiros alternativos envolvendo esportes, cultura, gastronomia e lazer, traz benefícios a uma população, com a geração de mais empregos.
__O Parque Ecológico, como atrativo turístico natural desta região, faz surgir novos serviços, tais como mateiros, guias, taxistas, cozinheiros, dentre outros, os quais estão diretamente ligados ao visitante. Os novos empreendimentos que surgirão, vão gerar recursos utilizados para a adequação da infraestrutura local. Assim, surgirão novos horizontes para a região do entorno do Pico do Jabre, contribuindo para permanência de sua população, que não mais migrará em busca de empregos e melhor qualidade de vida. Com a preservação da natureza, que está pronta para despertar uma nova visão desta atividade tão promissora que é o turismo no meio rural.
(http://www.matureia.pb.gov.br)
Assinale a opção CORRETA em que todas as palavras estão acentuadas na mesma posição silábica.
A concordância nominal está incorreta em:
Texto para as questões 5 e 6
“A primeira análise detalhada da estrutura molecular do vírus zika revelou que (1) ele (2) é praticamente um sósia do vírus da dengue – mas (3) com algumas pequenas diferenças que (4) podem ser cruciais para a capacidade que esse vilão microscópico tem de invadir as células humanas.
[...]”.
(Folha de S.Paulo, 1º/4/16 – saúde B5)
O par de palavras em que ocorre o fenômeno da derivação sufixal é:
Texto para a questão 3
“No começo dos anos 1990, na Itália, um grupo de magistrados milaneses (o mais popular foi Antonio di Pietro) tentou(1) acabar com os esquemas de corrupção (antigos e tradicionais) que ligavam(2) empresários, financistas e políticos. [...]”.
(Folha de S.Paulo, 31/3/16 – ilustrada C8)
Sobre a flexão dos verbos destacados, analise as assertivas abaixo.
I. Em (1), o verbo poderia ir para o plural.
II. Em (2), o verbo concorda com “um grupo de magistrados”.
III. Em (1), o verbo concorda com “Antonio di Pietro”.
IV. Em (2), o verbo concorda com “os esquemas de corrupção”.
É correto o que se afirma em:
Atenção: Nesta prova, considera-se uso correto da Língua Portuguesa o que está de acordo com a norma padrão escrita.
Leia o texto a seguir para responder as questões sobre seu conteúdo.
SANGUESSUGAS!
Elas são surpreendentes e estão em toda parte
Por: Ana Marisa C. Tavassi e Fernanda Faria Laboratório de Bioquímica e Biofísica, Instituto Butantan (colaboração: Mara Figueira) Disponível em: http://chc.org.br/sanguessugas/ Acesso em 04 dez 2016.
Encontradas em todo o mundo, as sanguessugas têm algo em comum com as minhocas e hábitos que nos fariam lembrar os macacos!
Como as minhocas, as sanguessugas são animais invertebrados que têm o corpo dividido em anéis. Já a sua relação com os macacos tem a ver com algumas espécies de sanguessugas encontradas nos trópicos, que são arborícolas. Isso mesmo! Vivem em árvores. Em geral, as sanguessugas vivem na água doce, mas há também espécies marinhas, e outras que vivem na argila úmida ou na lama. Ou seja, elas podem estar em toda a parte.
Outra informação surpreendente sobre as sanguessugas é o fato de elas serem hermafroditas. Isto é, apresentam os dois sexos ao mesmo tempo: o feminino e o masculino.
Apesar do nome, nem todas as sanguessugas se alimentam de sangue. Algumas espécies comem pequenos vermes, moluscos, minhocas e até outras sanguessugas. As sanguessugas que têm o sangue como alimento, chamadas hematófagas, se dividem em dois grandes grupos: o das sanguessugas que perfuram a pele do hospedeiro com o auxílio de mandíbulas para obter o sangue e o das sanguessugas que introduzem uma estrutura que poderíamos comparar a uma tromba ou a um canudo – a probóscide – nos poros da pele, sugando, assim, o sangue diretamente do vaso sanguíneo. Dentro desses dois grandes grupos, existem mais de 500 espécies de sanguessugas! Todas elas são consideradas parasitas.
Dentre as alternativas, assinale a que contenha palavra acentuada pela mesma razão que “têm” em: “as sanguessugas têm algo em comum com as minhocas”.
Atenção: Nesta prova, considera-se uso correto da Língua Portuguesa o que está de acordo com a norma padrão escrita.
Leia o texto a seguir para responder as questões sobre seu conteúdo.
SANGUESSUGAS!
Elas são surpreendentes e estão em toda parte
Por: Ana Marisa C. Tavassi e Fernanda Faria Laboratório de Bioquímica e Biofísica, Instituto Butantan (colaboração: Mara Figueira) Disponível em: http://chc.org.br/sanguessugas/ Acesso em 04 dez 2016.
Encontradas em todo o mundo, as sanguessugas têm algo em comum com as minhocas e hábitos que nos fariam lembrar os macacos!
Como as minhocas, as sanguessugas são animais invertebrados que têm o corpo dividido em anéis. Já a sua relação com os macacos tem a ver com algumas espécies de sanguessugas encontradas nos trópicos, que são arborícolas. Isso mesmo! Vivem em árvores. Em geral, as sanguessugas vivem na água doce, mas há também espécies marinhas, e outras que vivem na argila úmida ou na lama. Ou seja, elas podem estar em toda a parte.
Outra informação surpreendente sobre as sanguessugas é o fato de elas serem hermafroditas. Isto é, apresentam os dois sexos ao mesmo tempo: o feminino e o masculino.
Apesar do nome, nem todas as sanguessugas se alimentam de sangue. Algumas espécies comem pequenos vermes, moluscos, minhocas e até outras sanguessugas. As sanguessugas que têm o sangue como alimento, chamadas hematófagas, se dividem em dois grandes grupos: o das sanguessugas que perfuram a pele do hospedeiro com o auxílio de mandíbulas para obter o sangue e o das sanguessugas que introduzem uma estrutura que poderíamos comparar a uma tromba ou a um canudo – a probóscide – nos poros da pele, sugando, assim, o sangue diretamente do vaso sanguíneo. Dentro desses dois grandes grupos, existem mais de 500 espécies de sanguessugas! Todas elas são consideradas parasitas.
Assinale a alternativa que contenha o significado correto da palavra ”hospedeiro“, destacada no texto, conforme o sentido com que foi empregada.
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo.
A ação humana e as enchentes
- A interferência humana sobre os cursos d'água, provocando enchentes e inundações, ocorre
- das mais diversas formas. Em casos extremos, porém menos comuns, tais situações podem estar
- relacionadas com rompimentos de diques e barragens, o que pode causar sérios danos _____
- sociedade. Quase sempre, entretanto, essa questão está ligada ao ______ uso do espaço urbano.
- Um problema que parece não ter uma solução rápida é o elevado índice de poluição, causado
- tanto pela ausência de consciência por parte da população quanto por sistemas ineficientes de
- coleta de lixo ou de distribuição de lixeiras pela cidade. Além do mais, ______ problemas
- causados pela poluição gerada por empresas e outros órgãos. Com isso, ocorre o entupimento
- dos bueiros que seriam responsáveis por conter parte da água que eleva o nível dos rios. Além
- do mais, o lixo gerado é levado pelas enxurradas e contribui ainda mais para elevar o volume das
- águas.
- Outra questão é a ocupação irregular ou desordenada do espaço geográfico: algumas áreas
- correspondem ao leito maior de um rio que, esporadicamente, inunda. Com a ocupação irregular
- dessas áreas – muitas vezes causada pela ausência de planejamento adequado –, as pessoas
- estão sujeitas à ocorrência de inundações. Além disso, a remoção da vegetação que compõe o
- entorno do rio pode intensificar o processo, pois ela teria a função de reter parte dos sedimentos
- que vão para o leito e aumentam o nível das águas.
- Apesar de todos os problemas mencionados, a causa considerada principal para as enchentes
- é, sem dúvida, a impermeabilização do solo. Com a pavimentação das ruas e a cimentação de
- quintais e calçadas, a maior parte da água, que deveria infiltrar no solo, escorre na superfície,
- provocando o aumento das enxurradas e a elevação dos rios. Além disso, a impermeabilização
- contribui para a elevação da velocidade desse escoamento, provocando erosões e causando
- outros tipos de desastres ambientais urbanos.
- Hoje ............... inúmeras medidas de combate às enchentes. A cidade de Belo Horizonte,
- por exemplo, contratou em outubro de 2013 alguns “olheiros”, que são funcionários encarregados
- de detectar o início de inundações em áreas de risco. Eles teriam a função de minimizar os efeitos
- da “inundação relâmpago”, aquela que ocorre em um curtíssimo período de tempo. Outras ações
- envolvem a construção de barragens e o desassoreamento do leito dos rios, em que todos os
- sedimentos existentes no fundo dos cursos d'água são removidos, aumentando a sua
- profundidade.
- Todas essas medidas, no entanto, são paliativas, ou seja: são apenas para minimizar ou
- combater uma situação já existente. A melhor forma de lidar com esse problema, na verdade, é
- realizar uma devida prevenção, através da construção de sistemas eficientes de drenagem, da
- desocupação de áreas de risco, da criação de reservas florestais nas margens dos rios, da
- diminuição dos índices de poluição e de geração de lixo, além de um planejamento urbano mais
- consistente.
Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/geografia/enchentes.htm – Texto adaptado especialmente para esta prova.
Considere as seguintes afirmativas sobre a pontuação e a estrutura do texto:
I. O emprego das vírgulas que separam “Em casos extremos” (l. 02), “Com isso” (l. 08) e “esporadicamente” (l. 13) justifica-se pela mesma regra.
II. Na linha 12, os dois-pontos poderiam ser substituídos por vírgula seguida de “pois”, mantendo a correção e o sentido do texto.
III. Se o segmento “Apesar de todos os problemas mencionados” (l. 18) fosse deslocado para após “enchentes” (mesma linha), ficaria entre vírgulas (com inicial minúscula) e manteria o sentido e a correção do texto.
Quais estão corretas?
Leia o texto e responda às questões de números 06 a 09.
Comandante aposentado não deixa o cockpit
Shigekazu Miyazaki está usando o tempo livre de sua aposentadoria a 25 mil pés. Ele foi piloto da maior companhia aérea japonesa por quatro décadas, mas deixou o posto ano passado, ao completar 65 anos, idade-limite para voar pela empresa.
Mas, em vez de jogar golfe ou pescar, agora Miyazaki é piloto de uma companhia regional do Japão. “Nunca pensei que ainda estaria voando aos 65 anos, mas eu continuo saudável, amo voar, então, enquanto eu puder, por que não?”
O envelhecimento dos trabalhadores está forçando um questionamento sobre a trajetória profissional e também sobre a sustentação da Previdência no Japão. O país tem a maior expectativa de vida do mundo, pouca imigração e uma minguante população de jovens trabalhadores, reflexo de décadas de queda na taxa de natalidade.
Isso torna os trabalhadores mais velhos ainda mais importantes para a economia. Mais da metade dos homens japoneses com mais de 65 anos executa algum tipo de trabalho remunerado, comparado com um terço dos americanos e 10% em alguns países da Europa.
A economia japonesa está começando a se recuperar graças à demanda das exportações, mas a escassez de trabalhadores pode limitar esse crescimento. A taxa de desemprego é de 2,8%.
Ao mesmo tempo, a geração que começa a se aposentar pressiona a Previdência Social e força o governo a estudar o aumento da idade mínima para conceder o benefício.
Os trabalhadores mais velhos também ajudam a explicar a estagnação da renda no Japão. Os mais velhos costumam receber muito menos do que o salário do pico de suas carreiras. Essa queda acaba reduzindo os aumentos que um jovem recebe ao longo do crescimento profissional.
Para Miyazaki, por exemplo, a escolha de continuar voando é um luxo. No novo emprego, recebe um terço do salário de antes de se aposentar.
(New York Times. Publicado pela Folha de S.Paulo em 30.07.2017. Adaptado)
No 2º parágrafo, em – ...mas eu continuo saudável, amo voar, então, enquanto eu puder, por que não? –, os termos destacados expressam, correta e respectivamente, as ideias de:
Leia o texto para responder às questões de números 01 a 05.
Envelhecer
Qual o valor da experiência de vida? No Brasil, quase nada. Ser idoso por aqui é “ganhar” da medicina a capacidade de se manter vivo por mais tempo e perder para a tecnologia o direito ao respeito e ao sentimento de continuidade.
Experiência de vida vale muito pouco na hora de disputar uma vaga de emprego, e as pessoas mais velhas só têm valor para agências de turismo que criam roteiros para aumentar seus lucros. Os aposentados, então, são muito interessantes... para as instituições financeiras interessadas nos juros e lucros obtidos com os empréstimos para esse segmento.
Passar dos 50 significa uma ameaça para os planos de saúde ávidos por dinheiro fácil. Encontro de gerações é ficção científica atualmente. Foi-se o tempo em que o respeito aos mais velhos era pré-requisito em qualquer família e condição básica na ética da convivência.
Mas a qualidade de vida não está resumida ao sentir-se bem fisicamente. É preciso dignidade. E isso a tecnologia e a máquina de consumo não nos oferecem.
Para começar, a família é uma instituição em via de extinção. Compromissos familiares, então, nem se fala. Vive-se a transitoriedade plena. A cada dia, o conceito de continuidade é cada vez mais esquecido, por isso é preciso questionar este mundo transitório em que vivemos.
Enquanto a transitoriedade valoriza o presente e a circunstância, a continuidade dá mais ênfase à ligação entre jovens e idosos, perpetuando os laços afetivos partilhados entre os familiares.
A velocidade dos acontecimentos deste século afasta a ilusão de renascer uma família tradicional, portanto, é necessário criar novas tradições familiares, e o amor e o respeito são as únicas forças capazes de restituir a integridade de uma família e de uma sociedade.
Precisamos atentar para o fato de que transmitir princípios de conduta de uma geração para a seguinte requer empenho. A mera reprodução física da raça humana não garante a sobrevivência dos ideais da sociedade.
(Ushitaro Kamia. Folha de S.Paulo, 02.05.2008. Adaptado)
Leia os trechos do texto.
• Experiência de vida vale muito pouco na hora de disputar uma vaga de emprego... (2º parágrafo)
• Mas a qualidade de vida não está resumida ao sentir-se bem fisicamente. (4º parágrafo)
Os termos destacados apresentam, respectivamente, circunstâncias adverbiais de intensidade e de modo.
Tendo isso em vista, assinale a alternativa cujas expressões destacadas também indicam, respectivamente, intensidade e modo.
PAISAGEM URBANA
1º -----São cinco horas da manhã, um nevoeiro cai branco como leite, fria como gelo. Milhões de gotinhas d’água brilham em trilhos de ferro. “Bom dia”, diz Um Homem para o Outro Homem. “Bom dia, por quê?”, pensa o Outro, olhando para o Um. Um Homem inalterável é um poste, que espera o trem na estação quase vazia.
2º -----É o trem que leva e traz toda a gente ao trabalho, ao centro da cidade, a tantos lugares nenhum. É o trem que chega carregado de pop, popular, população, populacho, que pula que nem pipoca por todos os bairros da capital. Na plataforma uma luz vermelha pisca, enquanto um sinal de alerta grita: blem! Blem! Blem! Na cabeça, tanto do Um como do Outro, as ideias vão e vêm, como os trens. Os trens que não têm remédio, não têm escolha. Apenas vão e vem. É preciso ir em frente.
3º -----A máquina aparece na curva e vem lenta, grave, forte, grande, imensa. Pára a máquina, desce um branco, uma mulata, o gordo e o magro, dois meninos maluquinhos. Chegada de uns, partida de outros. No meio de um cheiro áspero de fumaça e óleo diesel, o Outro Homem entra no trem. Um Homem continua um poste. Rígido. Concreto. E é só quando uma moça desce a escada do vagão carregando uma mala, cabelo preso com fita e olhar de busca, que o homem-poste tem um sobressalto. Os olhares se encontram. O trem vai e os olhares vêm. O mundo é assim...
4º -----Outro Homem se foi. Um Homem está feliz.
Marco Antonio Hailer.
Analise as afirmações sobre a formação das palavras retiradas do texto:
I - A palavra “sobressalto” é formada por justaposição assim como “girassol”.
II - idêntico processo de formação de palavra está presente em “trabalho” e “alerta”.
III - A palavra “inalterável” é formada por derivação parassintética.
IV - O sufixo de “nevoeiro” da ideia de intensidade.
Quais afirmativas estão corretas?
PAISAGEM URBANA
1º -----São cinco horas da manhã, um nevoeiro cai branco como leite, fria como gelo. Milhões de gotinhas d’água brilham em trilhos de ferro. “Bom dia”, diz Um Homem para o Outro Homem. “Bom dia, por quê?”, pensa o Outro, olhando para o Um. Um Homem inalterável é um poste, que espera o trem na estação quase vazia.
2º -----É o trem que leva e traz toda a gente ao trabalho, ao centro da cidade, a tantos lugares nenhum. É o trem que chega carregado de pop, popular, população, populacho, que pula que nem pipoca por todos os bairros da capital. Na plataforma uma luz vermelha pisca, enquanto um sinal de alerta grita: blem! Blem! Blem! Na cabeça, tanto do Um como do Outro, as ideias vão e vêm, como os trens. Os trens que não têm remédio, não têm escolha. Apenas vão e vem. É preciso ir em frente.
3º -----A máquina aparece na curva e vem lenta, grave, forte, grande, imensa. Pára a máquina, desce um branco, uma mulata, o gordo e o magro, dois meninos maluquinhos. Chegada de uns, partida de outros. No meio de um cheiro áspero de fumaça e óleo diesel, o Outro Homem entra no trem. Um Homem continua um poste. Rígido. Concreto. E é só quando uma moça desce a escada do vagão carregando uma mala, cabelo preso com fita e olhar de busca, que o homem-poste tem um sobressalto. Os olhares se encontram. O trem vai e os olhares vêm. O mundo é assim...
4º -----Outro Homem se foi. Um Homem está feliz.
Marco Antonio Hailer.
Considere as seguintes afirmações sobre classes de palavras e termos da oração dos vocábulos presentes no texto:
I - O vocábulo “trem” em “que espera o trem” (1º parágrafo) é substantivo em função de objeto direto.
II - Os vocábulos “da cidade” (2º parágrafo) é uma locução adjetiva em função de adjunto adnominal.
III - O vocábulo, “feliz” em “Um Homem está feliz” (3º parágrafo) é um adjetivo em função de predicativo do sujeito.
IV - O vocábulo “luz” em “Na plataforma uma luz vermelha pisca” é um substantivo em função de núcleo do sujeito simples.
Quais afirmativas estão corretas?
Na epígrafe da crônica de Caio Fernando de Abreu, há um neologismo. Tal recurso tem sido usado, principalmente, desde a primeira fase do Modernismo, a exemplo de Manuel Bandeira, como por poetas mais contemporâneos como Manoel de Barros. São mostras dos respectivos autores: “Teadoro, Teodora” e “É preciso transver o mundo”.
Sobre o processo de formação dos três neologismos anteriormente citados é certo afirmar que
Texto para responder às questões 1 e 8.
1 A costa Atlântica, ao longo de milênios, foi percorrida
e ocupada por inumeráveis povos indígenas. Disputando os
melhores nichos ecológicos, eles se alojavam, desalojavam e
4 realojavam, incessantemente. Nos últimos séculos, porém,
índios de fala tupi, bons guerreiros, se instalaram,
dominadores, na imensidade da área, tanto à beira-mar, ao
7 longo de toda a costa atlântica e pelo Amazonas acima,
como subindo pelos rios principais, como o Paraguai, o
Guaporé, o Tapajós, até suas nascentes.
10 Configuraram, desse modo, a ilha Brasil,
prefigurando, no chão da América do Sul, o que viria a ser
nosso país. Não era, obviamente, uma nação, porque eles
13 não se sabiam tantos nem tão dominadores. Era, tão-só,
uma miríade de povos tribais, falando línguas do mesmo
tronco, dialetos de uma mesma língua, cada um dos quais,
16 ao crescer, se bipartia, fazendo dois povos que começavam
a se diferenciar e logo se desconheciam e se hostilizavam.
Se a história, acaso, desse a esses povos Tupi uns
19 séculos mais de liberdade e autonomia, é possível que
alguns deles se sobrepusessem aos outros, criando
chefaturas sobre territórios cada vez mais amplos e forçando
22 os povos que neles viviam a servi-los, os uniformizando e
desencadeando, assim, um processo oposto ao de expansão
por diferenciação.
25 Nada disso sucedeu. O que aconteceu, e mudou total
e radicalmente seu destino, foi a introdução no seu mundo
de um protagonista novo, o europeu.
Darcy Ribeiro. O povo brasileiro. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
A conjunção empregada no início do terceiro parágrafo introduz no texto uma ideia de
Texto para responder às questões 1 e 8.
1 A costa Atlântica, ao longo de milênios, foi percorrida
e ocupada por inumeráveis povos indígenas. Disputando os
melhores nichos ecológicos, eles se alojavam, desalojavam e
4 realojavam, incessantemente. Nos últimos séculos, porém,
índios de fala tupi, bons guerreiros, se instalaram,
dominadores, na imensidade da área, tanto à beira-mar, ao
7 longo de toda a costa atlântica e pelo Amazonas acima,
como subindo pelos rios principais, como o Paraguai, o
Guaporé, o Tapajós, até suas nascentes.
10 Configuraram, desse modo, a ilha Brasil,
prefigurando, no chão da América do Sul, o que viria a ser
nosso país. Não era, obviamente, uma nação, porque eles
13 não se sabiam tantos nem tão dominadores. Era, tão-só,
uma miríade de povos tribais, falando línguas do mesmo
tronco, dialetos de uma mesma língua, cada um dos quais,
16 ao crescer, se bipartia, fazendo dois povos que começavam
a se diferenciar e logo se desconheciam e se hostilizavam.
Se a história, acaso, desse a esses povos Tupi uns
19 séculos mais de liberdade e autonomia, é possível que
alguns deles se sobrepusessem aos outros, criando
chefaturas sobre territórios cada vez mais amplos e forçando
22 os povos que neles viviam a servi-los, os uniformizando e
desencadeando, assim, um processo oposto ao de expansão
por diferenciação.
25 Nada disso sucedeu. O que aconteceu, e mudou total
e radicalmente seu destino, foi a introdução no seu mundo
de um protagonista novo, o europeu.
Darcy Ribeiro. O povo brasileiro. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
Texto para responder às questões 1 e 8.
1 A costa Atlântica, ao longo de milênios, foi percorrida
e ocupada por inumeráveis povos indígenas. Disputando os
melhores nichos ecológicos, eles se alojavam, desalojavam e
4 realojavam, incessantemente. Nos últimos séculos, porém,
índios de fala tupi, bons guerreiros, se instalaram,
dominadores, na imensidade da área, tanto à beira-mar, ao
7 longo de toda a costa atlântica e pelo Amazonas acima,
como subindo pelos rios principais, como o Paraguai, o
Guaporé, o Tapajós, até suas nascentes.
10 Configuraram, desse modo, a ilha Brasil,
prefigurando, no chão da América do Sul, o que viria a ser
nosso país. Não era, obviamente, uma nação, porque eles
13 não se sabiam tantos nem tão dominadores. Era, tão-só,
uma miríade de povos tribais, falando línguas do mesmo
tronco, dialetos de uma mesma língua, cada um dos quais,
16 ao crescer, se bipartia, fazendo dois povos que começavam
a se diferenciar e logo se desconheciam e se hostilizavam.
Se a história, acaso, desse a esses povos Tupi uns
19 séculos mais de liberdade e autonomia, é possível que
alguns deles se sobrepusessem aos outros, criando
chefaturas sobre territórios cada vez mais amplos e forçando
22 os povos que neles viviam a servi-los, os uniformizando e
desencadeando, assim, um processo oposto ao de expansão
por diferenciação.
25 Nada disso sucedeu. O que aconteceu, e mudou total
e radicalmente seu destino, foi a introdução no seu mundo
de um protagonista novo, o europeu.
Darcy Ribeiro. O povo brasileiro. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
Leia o texto abaixo e responda às questões propostas
Prometi escrever mais sobre a descriminalização das drogas. Começo com uma observação: é complicado liberar a venda e o consumo de drogas em um só país pobre como o Brasil, que em pouco tempo se tornaria – mais do que já é – um entreposto do tráfico internacional. Mas talvez não: se a droga fosse um produto comercializável como qualquer outro, sua circulação para fora do país estaria sujeita a controles alfandegários regulares, centralizados pelo Governo Federal, e não mais pelo crime organizado.
Há um argumento moral contra a legalização. [Mas] não é possível proibir o uso de droga por razões morais com uma mão ao mesmo tempo em que se cultiva a atitude subjetiva típica das drogadições com a outra. É difícil convencer um adolescente de que o uso de drogas vai prejudicar sua vida quando a única porta que a sociedade oferece para sua entrada na vida adulta é a porta do consumo – não de objetos, mas sobretudo de imagens, todas elas associadas a sensações alucinantes, emoções avassaladoras e prazeres transgressivos. Alguns anúncios de automóvel dirigidos a adolescentes não “vendem” as vantagens legais de andar de automóvel. Vendem a velocidade acima dos limites, a farra da galera e o prazer sacana de deixar os outros para trás. Vendem exibicionismo, exclusão (do outro), transgressão e “barato”. Várias propagandas de cerveja, de vodca e das novas Ices vendem, sem nenhum pudor, as alucinações ligadas ao consumo de álcool. Que moral tem uma sociedade assim para coibir a droga?
Outro argumento é de saúde pública. A droga pode matar. O vício pode inutilizar muita gente para os estudos e para o mercado de trabalho. Mas o mercado de trabalho não aproveita nem metade das forças a sua disposição e a rede pública escolar deixa de fora milhares de crianças e jovens que nunca se drogaram. O tráfico emprega e paga bem. A revista Reportagem de janeiro publicou pesquisa do Instituto Brasileiro de Inovações em Saúde Social (IBISS) mostrando que o tráfico nas favelas do Rio de Janeiro emprega hoje mais de 12 mil jovens de até 18 anos, contra pouco mais de 3 mil ocupados no mercado regular de trabalho. Para essas pessoas que estão sempre sobrando, o tráfico e o crime organizado não são um problema: são a grande solução. E a ilegalidade faz das drogas um produto de luxo, aumentando os lucros e o poder paralelo dos traficantes, além de alimentar as conexões do tráfico com outros setores do crime organizado.
Por fim, a criminalização da droga faz com que outras pessoas, que não o usuário, arquem com as consequências da drogadição nacional. É claro que os abusos no uso das drogas são um problema de saúde pública. Mas são casos-limite. Hoje, morre muito mais gente na guerra do tráfico – inclusive inocentes, crianças e trabalhadores atingidos por balas perdidas – do que de overdose. Há muito mais vidas de brasileiros desperdiçadas nos presídios, de onde poucos saem sociabilizados, do que nas clínicas de recuperação de drogados. O crime e o tráfico no Brasil são problemas de saúde pública. Mas também o alcoolismo, perfeitamente legal. E o abuso de cigarros.
(KEHL, Maria Rita. , Rev. : 31/03/2003, p. 28.)
O sinal de dois-pontos empregado após: “Mas talvez não” (§ 1) anuncia, na argumentação:
Leia os textos I, II e III para responder as questões de 1 a 6:
TEXTO I - "Eu, que desde os dez anos de idade faço versos; eu, que tantas vezes sentira a poesia passar em mim como uma corrente elétrica e afluir aos meus olhos sob a forma de misteriosas lágrimas de alegria: não soube no momento forjar já não digo uma definição racional dessas que, segundo regra a lógica, devem convir a todo o definido e só ao definido, mas uma definição puramente empírica, artística, literária”.
Manuel Bandeira
TEXTO II -
Memória
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.
Carlos Drummond de Andrade
TEXTO III -
Ouvir estrelas
"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...
E conversamos toda a noite, enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"
E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas."
Olavo Bilac
Correlacione os termos em destaque nas orações extraídas dos textos com seus tipos de conjunções e em seguida assinale a alternativa que apresente a sequência CORRETA:
(_) “[...] devem convir a todo o definido e só ao definido, mas uma definição puramente empírica, artística, literária.”
(_) E eu vos direi, no entanto / Que, para ouvilas, muita vez desperto.
(_) E eu vos direi: "Amai para entendê-las! / Pois só quem ama pode ter ouvido [...]
(_) Pois só quem ama pode ter ouvido / Capaz de ouvir e de entender estrelas.
1 – Conjunção Coordenativa Aditiva.
2 – Conjunção Coordenativa Adversativa.
3 – Conjunção Coordenativa Conclusiva.
A sequência CORRETA é:
Lições da Educação Infantil
De uns 15 anos para cá, passamos a ter boas escolas de educação infantil. Antes disso, já tínhamos algumas que respeitavam a primeira infância, ouviam as crianças, reconheciam sua potência de aprendizagem no ato de brincar.
Esse número passou a se multiplicar devido a experiências em escolas pelo mundo. Por isso, hoje, já é possível encontrar uma escola para crianças com menos de seis anos em que o currículo não seja apenas um elenco de conteúdos, em que o ato de brincar seja a principal atividade para a criança, em que não haja uma profusão de brinquedos prontos e em que haja professores com formação contínua e em serviço. Escolas desse tipo ainda são minoria, mas já é uma boa notícia saber que elas existem.
Nessas escolas, as crianças aprendem a se concentrar porque a brincadeira exige isso e porque elas participam ativamente da escolha da brincadeira, seja em grupo, seja pessoalmente. Aprendem também a fazer perguntas e a pesquisar para buscar respostas, a exercitar sua criatividade, a colocar a mão na massa em tudo. Atenção: na massa e não, necessariamente, na massinha.
Os alunos aprendem, também, a conviver: os professores aproveitam todas as ocasiões para dar oportunidades de a criança aprender a ver e a considerar o seu par, a esperar a sua vez, a simbolizar em palavras o que sente e pensa, a viver em grupo e a ser solidária.
É uma pena que as escolas de ensino fundamental e médio não tenham humildade para olhar com atenção para as de educação infantil e aprender com elas. Há uma hierarquia escolar espantosa, caro leitor: as escolas de graduação pensam que praticam um ensino “superior”; as de ensino médio se consideram mais especializadas no conhecimento sistematizado do que a escola de ensino fundamental; e todas pensam que a de educação infantil não exige conhecimento científico.
As escolas de ensino fundamental e médio precisam se inspirar nas de educação infantil e não deixar o aluno ser totalmente passivo em sua aprendizagem: ele precisa, para se motivar, fazer algumas escolhas.
O aluno que participa não se distrai com tanta facilidade. E é bom lembrar que uma das maiores queixas em relação aos alunos é exatamente a falta de atenção, de foco e de concentração.
Precisam também reconhecer que aprende mais quem pratica o que deve aprender. Como eu já disse: mão na massa! Ninguém merece ficar horas em aulas expositivas ou arremedos de trabalho em grupo.
O que as famílias têm a ver com isso? Tudo! Quando a sociedade questionar verdadeiramente a organização escolar atual, certamente teremos mudanças. Mas, até agora, vemos mais conformismo e adesão do que questionamentos, não é verdade?
(Rosely Sayão, Folha de S.Paulo, 05 de maio de 2015.Adaptado)
Leia o texto para responder às questões de números 01 a 09.
Nas frases reescritas, as concordâncias nominal e/ou verbal e a pontuação estão corretas, de acordo com a norma-padrão, na alternativa: