Questões de Português para Concurso

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Q2795837 Português

Texto para as questões de 01 a 03.


Somos todos poliglotas

Nós todos falamos o português, mas cada grupo usa a sua modalidade. Como cada brasileiro pertence a vários grupos, isso quer dizer que somos poliglotas, embora falemos o mesmo idioma. Quando se está numa roda ou quando se conversa com o chefe, as falas são bem diferentes. Por mais que se conheça a norma culta da língua, não é usual a pessoa chegar ao balcão de um bar e dizer:

— Dê-me uma xícara de café, por favor!

Ela acaba dizendo: — Me dê (ou me dá) um café, por favor!

A consciência de que há várias modalidades de uso da língua, o jovem deve adquiri-la na escola. Nenhum professor de Português tem o direito de dizer ao aluno que vai lhe ensinar o certo e desvalorizar a modalidade que o aluno traz de seu meio.

Em reuniões de bairro, das quais já participei muito, os analfabetos eram sempre mais participativos, falavam e davam seus palpites, sem medo de errar. As pessoas que passaram pelos bancos escolares eram mais tímidas, tinham receio de falar “abobrinhas” ou de cometer erros. Como já disse um filósofo francês, quando quer, um professor reprime mais que um batalhão de policiais, porque um educador repressor deixa suas marcas no interior das pessoas. (...)

Todos nós sabemos falar o português, como sabemos usar a água. Ninguém precisa saber que a água é composta de H2O para matar a sua sede, nem que a frase tem sujeito e predicado para se comunicar. Porém, saber Química propicia o melhor uso da água, assim como saber o funcionamento da gramática da língua portuguesa dá maior domínio ao usuário no manejo dessa língua. Apropriar-se dessa habilidade deve ser meta de todo estudante, pois é uma forma de libertar-se, já que não há nada mais revolucionário do que uma pessoa que sabe manejar bem as palavras.


Hélio Consolaro. Disponível in: http://www.portrasdasletras.com.br.

Acesso em 24/05/2006. Adaptado.

De acordo com o texto, o que nos faz poliglotas é o fato de:

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Q2795745 Português

Instrução: as questões de 01 a 05 referem-se ao texto ‘Pokemon Go’ não é destinado às crianças, de Rosely Sayão.


'POKEMON GO' NÃO É DESTINADO ÀS CRIANÇAS

Rosely Sayão


1______ Muitos pais se afetam tanto com os caprichos dos filhos. O capricho atual é jogar "Pokemon Go". Então vamos

2 _enfrentar a fera, já que inúmeros pais querem saber se deixam o filho ter o jogo, qual a idade para começar, se pode

3 _prejudicar, se pode beneficiar, qual o tempo que se deve permitir que a criança se dedique ao jogo, como fazer para ela

4 _aceitar o limite de tempo etc.

5 ______ Um pai pegou um táxi só para que o filho conseguisse caçar uma determinada criatura do jogo, outro deixou a filha

6 _de 11 anos ir até um lugar que considera perigoso porque ela estava acompanhada de outras colegas e "precisava" muito

7 _ganhar um ovo virtual. O pai ficou preocupado, mas permitiu. Assim fica difícil!

8 ______ Meus caros pais, um jogo é um jogo, apenas isso. As características desse em particular revelam que ele não é

9 _destinado às crianças. Quantas delas saem para o espaço público desacompanhadas de um adulto na "vida real"? Como

10 _nossas crianças são jovens desde os primeiros anos de vida, porém, foram capturadas pela sensação do momento. Mas os

11 _pais devem ter suas referências, e não abdicar delas só porque a atividade virou febre social.

12 ______ O primeiro passo é conhecer o jogo: como funciona, quais as metas, o que o filho deve fazer para alcançá-las. Se,

13 _para a família, ele não é inconveniente, não transgride os princípios priorizados, não apresenta imagens ou atos que ela não

14 _aceite, ela pode permitir que o filho brinque. Não é preciso aprender a jogar ou apreciar, mas é necessário conhecer os

15 _princípios básicos do aplicativo antes de permiti-lo.

16 ______ O segundo passo é avaliar o tempo que o filho tem em seu cotidiano para ajudá-lo a administrar isso entre todas as

17 _atividades e ainda ter tempo para ficar sem fazer nada. Como há crianças mais rápidas e outras que dedicam mais tempo a

18 _cada atividade, não é possível determinar um tempo padrão. Aqueles que fazem tudo mais rapidamente não podem dedicar

19 _tanto tempo ao jogo; os que fazem tudo mais tranquilamente, porém, podem brincar mais, por exemplo.

20 ______ Uma coisa é certa: a criança e o jovem têm muito o que fazer e pensar, por isso não podem se limitar a uma

21 _atividade específica. Caros pais, observem o tamanho e a complexidade do mundo que eles precisam conhecer!

22 ______ Quando uma criança ou jovem gosta muito de algo, seja por iniciativa pessoal ou por adesão do grupo, é fácil para

23 _ele ficar horas e horas só naquilo, prejudicando todo o resto. Os pais não devem permitir. Para tanto, devem fazer valer sua

24 _autoridade, dizendo "agora chega". Isso vale para tudo, porque os mais novos ainda não têm ou estão desenvolvendo seu

25 _índice de saciedade. E o "agora chega" dos pais ajuda muito a estabelecer esse limite.

26 ______ Os filhos vão reclamar, choramingar, brigar, implorar, insistir, tentar negociar, seduzir, propor trocas, chantagear.

27 _São as estratégias que têm para alcançar o que querem. E são, portanto, legítimas.

28 ______ Os pais precisam bancar tudo isso e firmar sua decisão, mesmo que seja para aguentar cara feia. Aliás, os filhos

29 _sabem muito bem que isso costuma funcionar. Mas cara feia passa, lembram disso?

30 ______ Por fim, é importante ensinar, nas entrelinhas, que não é bom se tornar escravo de um capricho, de um gosto, de

31 _uma diversão. É muito melhor prepará-los para que sejam autônomos e livres, não é?.


Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/roselysayao/2016/08/1803351-pokemon-go-nao-e-destinado-as-criancas.shtml. Acessado em 24 setembro 2016.

De acordo com o texto,

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Q2795609 Português

TEXTO I


APRENDER SEM PENSAR?


A venda de tantas informações efêmeras e fragmentadas – na televisão, rádio, jornais, internet, no dia-a-dia, outdoors – repetidas e reforçadas, vai gerando nos consumidores sentimentos como indiferença e apatia. As guerras da perda de valores, do egoísmo, do vazio, da descartabilidade das relações, vão se tornando banais, corriqueiras e naturais. Parece que o que há de mais humano na vida, e seu próprio valor, vai sendo esquecido, soterrado por mais uma informação que acabou de chegar.

É claro que nossa sensibilidade vai sendo desativada. As informações não educam, apenas geram nas pessoas a sensação de que conhecem as coisas. No máximo, podem provocar uma falsa ideia de sabedoria. A vida moderna favorece a aprendizagem rápida e passageira. A aprendizagem sem pensar.

Informações servem para aliviar nossas incertezas, dando significados, sentidos e produzindo compreensão. Informação serve como matéria que nos transforma e nos torna mais potentes. Se não acontecer nada disso, se você esquecer, se torna ansioso e naturaliza as imagens que vê, desculpe, você carrega o vírus do excesso de semi-informação. O pensamento se torna eficiente quando nos tornamos inquietos, curiosos, sensíveis. Pensar é saber escolher o que interessa, no meio deste tiroteio informacional. É formular as próprias explicações a partir de tantos dados, é prestar atenção em estimular o senso crítico.

Uma saída para “descer desse mundo” cada vez mais veloz? Talvez instituir pausas nesse mundo doido, retirando-se do excesso do mundo para entrar em contato com o sensível – ou com aquilo que a informação o afetar. Digerindo-a, saboreando-a, compreendendo seus significados e intenções. Separando o essencial do acessório, talvez você esteja desenvolvendo sua capacidade para lidar com o excesso de informações.

(COELHO, Débora de Moraes. Mundo Jovem)

Responda de acordo com as informações contidas no texto:

I – A maioria das informações que têm chegado às pessoas, quase sempre, é banalizada pelas pessoas.

II – As pessoas só têm armazenado as informações que lhes chegam, esquecendo-se de refletir sobre estas, analisar suas significações e separar o que realmente é útil.

III – É preciso escolher algumas informações dentre tantas que estão sendo divulgadas para reflexão, a fim de estimular o senso crítico.

Marque a opção correta:

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Q2795574 Português

Assinale a alternativa correta quanto à análise das orações abaixo.

Alternativas
Q2795571 Português

A ortografia está correta em qual das alternativas? Assinale-a:

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Respostas
1126: A
1127: B
1128: D
1129: C
1130: A