Questões de Concurso Sobre português
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Leia o texto B para responder às questões de 31 a 39.
TEXTO B DE ONDE VEM NOSSA MORAL Numa prisão em Milwaukee, nos Estados Unidos, há uma disciplina rigorosa a ser seguida. Os presos têm de ficar em lugares específicos durante as atividades diárias de limpeza, exercícios e alimentação. Isso se tornou um problema para um jovem prisioneiro, que não conseguia entender o que os carcereiros queriam que ele fizesse. Foi aí que o grupo todo de presos passou a protegê-lo. Cada vez que o jovem Kidogo se sentia agitado e confuso, gritava. Os demais presos vinham em seu socorro, pegavam-lhe a mão e lhe indicavam o que fazer. Ao ouvir uma história dessas, tendemos a definir essa demonstração de solidariedade como um comportamento humanitário. Neste caso, estaríamos errados. Kidogo era um jovem bonobo, um primata parecido com um chimpanzé, e a prisão em que foi encarcerado é o zoológico de Milwaukee. Não há, portanto, nada de humano nesse comportamento, descrito pelo biólogo holandês Frans de Waal. [...] Um campo de estudos vem dando força, nos últimos anos, à tese de que a moral não deriva da civilização, e sim de nossa própria “porção animal”. Recentes pesquisas de neurocientistas e psicólogos sugerem que os seres humanos têm um senso inato de certo e errado. Os cientistas usaram imagens de ressonância magnética para mapear quais áreas do cérebro são acionadas quando julgamentos morais são feitos. E descobriram que tomar uma decisão ética aumenta a atividade cerebral principalmente em regiões associadas a resposta emocionais. Portanto, resolver um dilema moral está ligado à emoção, ainda que regiões encarregadas do pensamento racional também sejam ativadas. O resultado das pesquisas reforça a tese de que já nascemos com um senso moral. Mas, se os seres humanos vêm “equipados de fábrica” com um senso moral, por que não vivemos num mundo perfeito, em que todos fazem o bem uns aos outros? O pesquisador Marc Hauser, da Universidade Harvard, responde com um conceito emprestado do estudo da linguagem, desenvolvido pelo americano Noam Chomsky. A tese de Chomsky é que todos os seres humanos nascem sabendo as estruturas fundamentais da linguagem, que seriam comuns a todas as línguas. Mas o idioma que cada um falará dependerá do ambiente e da cultura onde cresce. Segundo Hauser, o mesmo ocorreria com a moral. Todos os seres humanos nascem com esse senso codificado em seu cérebro. A estrutura seria a mesma. Mas sua interpretação mudaria de acordo com os valores do ambiente. A ciência começa a nos mostrar de onde vem a moral. Mas isso não nos exime da responsabilidade de ensiná-la, praticá-la e vigiar os que se desviam dela. (Texto adaptado - Revista Época, 10 de dezembro de 2007). |
“. sugerem que os seres humanos têm um senso inato de certo e errado.”
A expressão sublinhada corresponde, no texto, a:
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TEXTO B DE ONDE VEM NOSSA MORAL Numa prisão em Milwaukee, nos Estados Unidos, há uma disciplina rigorosa a ser seguida. Os presos têm de ficar em lugares específicos durante as atividades diárias de limpeza, exercícios e alimentação. Isso se tornou um problema para um jovem prisioneiro, que não conseguia entender o que os carcereiros queriam que ele fizesse. Foi aí que o grupo todo de presos passou a protegê-lo. Cada vez que o jovem Kidogo se sentia agitado e confuso, gritava. Os demais presos vinham em seu socorro, pegavam-lhe a mão e lhe indicavam o que fazer. Ao ouvir uma história dessas, tendemos a definir essa demonstração de solidariedade como um comportamento humanitário. Neste caso, estaríamos errados. Kidogo era um jovem bonobo, um primata parecido com um chimpanzé, e a prisão em que foi encarcerado é o zoológico de Milwaukee. Não há, portanto, nada de humano nesse comportamento, descrito pelo biólogo holandês Frans de Waal. [...] Um campo de estudos vem dando força, nos últimos anos, à tese de que a moral não deriva da civilização, e sim de nossa própria “porção animal”. Recentes pesquisas de neurocientistas e psicólogos sugerem que os seres humanos têm um senso inato de certo e errado. Os cientistas usaram imagens de ressonância magnética para mapear quais áreas do cérebro são acionadas quando julgamentos morais são feitos. E descobriram que tomar uma decisão ética aumenta a atividade cerebral principalmente em regiões associadas a resposta emocionais. Portanto, resolver um dilema moral está ligado à emoção, ainda que regiões encarregadas do pensamento racional também sejam ativadas. O resultado das pesquisas reforça a tese de que já nascemos com um senso moral. Mas, se os seres humanos vêm “equipados de fábrica” com um senso moral, por que não vivemos num mundo perfeito, em que todos fazem o bem uns aos outros? O pesquisador Marc Hauser, da Universidade Harvard, responde com um conceito emprestado do estudo da linguagem, desenvolvido pelo americano Noam Chomsky. A tese de Chomsky é que todos os seres humanos nascem sabendo as estruturas fundamentais da linguagem, que seriam comuns a todas as línguas. Mas o idioma que cada um falará dependerá do ambiente e da cultura onde cresce. Segundo Hauser, o mesmo ocorreria com a moral. Todos os seres humanos nascem com esse senso codificado em seu cérebro. A estrutura seria a mesma. Mas sua interpretação mudaria de acordo com os valores do ambiente. A ciência começa a nos mostrar de onde vem a moral. Mas isso não nos exime da responsabilidade de ensiná-la, praticá-la e vigiar os que se desviam dela. (Texto adaptado - Revista Época, 10 de dezembro de 2007). |
Ao dizer que a moral humana deriva de nossa “porção animal”, o autor do texto quer:
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TEXTO B DE ONDE VEM NOSSA MORAL Numa prisão em Milwaukee, nos Estados Unidos, há uma disciplina rigorosa a ser seguida. Os presos têm de ficar em lugares específicos durante as atividades diárias de limpeza, exercícios e alimentação. Isso se tornou um problema para um jovem prisioneiro, que não conseguia entender o que os carcereiros queriam que ele fizesse. Foi aí que o grupo todo de presos passou a protegê-lo. Cada vez que o jovem Kidogo se sentia agitado e confuso, gritava. Os demais presos vinham em seu socorro, pegavam-lhe a mão e lhe indicavam o que fazer. Ao ouvir uma história dessas, tendemos a definir essa demonstração de solidariedade como um comportamento humanitário. Neste caso, estaríamos errados. Kidogo era um jovem bonobo, um primata parecido com um chimpanzé, e a prisão em que foi encarcerado é o zoológico de Milwaukee. Não há, portanto, nada de humano nesse comportamento, descrito pelo biólogo holandês Frans de Waal. [...] Um campo de estudos vem dando força, nos últimos anos, à tese de que a moral não deriva da civilização, e sim de nossa própria “porção animal”. Recentes pesquisas de neurocientistas e psicólogos sugerem que os seres humanos têm um senso inato de certo e errado. Os cientistas usaram imagens de ressonância magnética para mapear quais áreas do cérebro são acionadas quando julgamentos morais são feitos. E descobriram que tomar uma decisão ética aumenta a atividade cerebral principalmente em regiões associadas a resposta emocionais. Portanto, resolver um dilema moral está ligado à emoção, ainda que regiões encarregadas do pensamento racional também sejam ativadas. O resultado das pesquisas reforça a tese de que já nascemos com um senso moral. Mas, se os seres humanos vêm “equipados de fábrica” com um senso moral, por que não vivemos num mundo perfeito, em que todos fazem o bem uns aos outros? O pesquisador Marc Hauser, da Universidade Harvard, responde com um conceito emprestado do estudo da linguagem, desenvolvido pelo americano Noam Chomsky. A tese de Chomsky é que todos os seres humanos nascem sabendo as estruturas fundamentais da linguagem, que seriam comuns a todas as línguas. Mas o idioma que cada um falará dependerá do ambiente e da cultura onde cresce. Segundo Hauser, o mesmo ocorreria com a moral. Todos os seres humanos nascem com esse senso codificado em seu cérebro. A estrutura seria a mesma. Mas sua interpretação mudaria de acordo com os valores do ambiente. A ciência começa a nos mostrar de onde vem a moral. Mas isso não nos exime da responsabilidade de ensiná-la, praticá-la e vigiar os que se desviam dela. (Texto adaptado - Revista Época, 10 de dezembro de 2007). |
“Portanto, resolver um dilema moral está ligado à emoção, ainda que regiões encarregadas do pensamento racional também sejam ativadas.”
O conector grifado pode ser substituído adequadamente por:
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TEXTO B DE ONDE VEM NOSSA MORAL Numa prisão em Milwaukee, nos Estados Unidos, há uma disciplina rigorosa a ser seguida. Os presos têm de ficar em lugares específicos durante as atividades diárias de limpeza, exercícios e alimentação. Isso se tornou um problema para um jovem prisioneiro, que não conseguia entender o que os carcereiros queriam que ele fizesse. Foi aí que o grupo todo de presos passou a protegê-lo. Cada vez que o jovem Kidogo se sentia agitado e confuso, gritava. Os demais presos vinham em seu socorro, pegavam-lhe a mão e lhe indicavam o que fazer. Ao ouvir uma história dessas, tendemos a definir essa demonstração de solidariedade como um comportamento humanitário. Neste caso, estaríamos errados. Kidogo era um jovem bonobo, um primata parecido com um chimpanzé, e a prisão em que foi encarcerado é o zoológico de Milwaukee. Não há, portanto, nada de humano nesse comportamento, descrito pelo biólogo holandês Frans de Waal. [...] Um campo de estudos vem dando força, nos últimos anos, à tese de que a moral não deriva da civilização, e sim de nossa própria “porção animal”. Recentes pesquisas de neurocientistas e psicólogos sugerem que os seres humanos têm um senso inato de certo e errado. Os cientistas usaram imagens de ressonância magnética para mapear quais áreas do cérebro são acionadas quando julgamentos morais são feitos. E descobriram que tomar uma decisão ética aumenta a atividade cerebral principalmente em regiões associadas a resposta emocionais. Portanto, resolver um dilema moral está ligado à emoção, ainda que regiões encarregadas do pensamento racional também sejam ativadas. O resultado das pesquisas reforça a tese de que já nascemos com um senso moral. Mas, se os seres humanos vêm “equipados de fábrica” com um senso moral, por que não vivemos num mundo perfeito, em que todos fazem o bem uns aos outros? O pesquisador Marc Hauser, da Universidade Harvard, responde com um conceito emprestado do estudo da linguagem, desenvolvido pelo americano Noam Chomsky. A tese de Chomsky é que todos os seres humanos nascem sabendo as estruturas fundamentais da linguagem, que seriam comuns a todas as línguas. Mas o idioma que cada um falará dependerá do ambiente e da cultura onde cresce. Segundo Hauser, o mesmo ocorreria com a moral. Todos os seres humanos nascem com esse senso codificado em seu cérebro. A estrutura seria a mesma. Mas sua interpretação mudaria de acordo com os valores do ambiente. A ciência começa a nos mostrar de onde vem a moral. Mas isso não nos exime da responsabilidade de ensiná-la, praticá-la e vigiar os que se desviam dela. (Texto adaptado - Revista Época, 10 de dezembro de 2007). |
Julgue os itens a seguir sobre a estrutura do texto.
I. No último parágrafo do texto pode-se inferir uma relação de contradição expressa na primeira oração, com relação ao parágrafo anterior.
II. O uso das vírgulas no primeiro período do primeiro parágrafo e no primeiro período do segundo parágrafo é exigência de uma mesma regra gramatical.
III. As palavras sublinhadas em “Neste caso, estaríamos errados.” e “nada de humano nesse comportamento”, ambas no primeiro parágrafo, retomam a um mesmo referente no texto.
Está CORRETO o que se afirma em:
Leia o texto B para responder às questões de 31 a 39.
TEXTO B DE ONDE VEM NOSSA MORAL Numa prisão em Milwaukee, nos Estados Unidos, há uma disciplina rigorosa a ser seguida. Os presos têm de ficar em lugares específicos durante as atividades diárias de limpeza, exercícios e alimentação. Isso se tornou um problema para um jovem prisioneiro, que não conseguia entender o que os carcereiros queriam que ele fizesse. Foi aí que o grupo todo de presos passou a protegê-lo. Cada vez que o jovem Kidogo se sentia agitado e confuso, gritava. Os demais presos vinham em seu socorro, pegavam-lhe a mão e lhe indicavam o que fazer. Ao ouvir uma história dessas, tendemos a definir essa demonstração de solidariedade como um comportamento humanitário. Neste caso, estaríamos errados. Kidogo era um jovem bonobo, um primata parecido com um chimpanzé, e a prisão em que foi encarcerado é o zoológico de Milwaukee. Não há, portanto, nada de humano nesse comportamento, descrito pelo biólogo holandês Frans de Waal. [...] Um campo de estudos vem dando força, nos últimos anos, à tese de que a moral não deriva da civilização, e sim de nossa própria “porção animal”. Recentes pesquisas de neurocientistas e psicólogos sugerem que os seres humanos têm um senso inato de certo e errado. Os cientistas usaram imagens de ressonância magnética para mapear quais áreas do cérebro são acionadas quando julgamentos morais são feitos. E descobriram que tomar uma decisão ética aumenta a atividade cerebral principalmente em regiões associadas a resposta emocionais. Portanto, resolver um dilema moral está ligado à emoção, ainda que regiões encarregadas do pensamento racional também sejam ativadas. O resultado das pesquisas reforça a tese de que já nascemos com um senso moral. Mas, se os seres humanos vêm “equipados de fábrica” com um senso moral, por que não vivemos num mundo perfeito, em que todos fazem o bem uns aos outros? O pesquisador Marc Hauser, da Universidade Harvard, responde com um conceito emprestado do estudo da linguagem, desenvolvido pelo americano Noam Chomsky. A tese de Chomsky é que todos os seres humanos nascem sabendo as estruturas fundamentais da linguagem, que seriam comuns a todas as línguas. Mas o idioma que cada um falará dependerá do ambiente e da cultura onde cresce. Segundo Hauser, o mesmo ocorreria com a moral. Todos os seres humanos nascem com esse senso codificado em seu cérebro. A estrutura seria a mesma. Mas sua interpretação mudaria de acordo com os valores do ambiente. A ciência começa a nos mostrar de onde vem a moral. Mas isso não nos exime da responsabilidade de ensiná-la, praticá-la e vigiar os que se desviam dela. (Texto adaptado - Revista Época, 10 de dezembro de 2007). |
Sobre o texto B, está CORRETO afirmar que:
Leia o texto B para responder às questões de 31 a 39.
TEXTO B DE ONDE VEM NOSSA MORAL Numa prisão em Milwaukee, nos Estados Unidos, há uma disciplina rigorosa a ser seguida. Os presos têm de ficar em lugares específicos durante as atividades diárias de limpeza, exercícios e alimentação. Isso se tornou um problema para um jovem prisioneiro, que não conseguia entender o que os carcereiros queriam que ele fizesse. Foi aí que o grupo todo de presos passou a protegê-lo. Cada vez que o jovem Kidogo se sentia agitado e confuso, gritava. Os demais presos vinham em seu socorro, pegavam-lhe a mão e lhe indicavam o que fazer. Ao ouvir uma história dessas, tendemos a definir essa demonstração de solidariedade como um comportamento humanitário. Neste caso, estaríamos errados. Kidogo era um jovem bonobo, um primata parecido com um chimpanzé, e a prisão em que foi encarcerado é o zoológico de Milwaukee. Não há, portanto, nada de humano nesse comportamento, descrito pelo biólogo holandês Frans de Waal. [...] Um campo de estudos vem dando força, nos últimos anos, à tese de que a moral não deriva da civilização, e sim de nossa própria “porção animal”. Recentes pesquisas de neurocientistas e psicólogos sugerem que os seres humanos têm um senso inato de certo e errado. Os cientistas usaram imagens de ressonância magnética para mapear quais áreas do cérebro são acionadas quando julgamentos morais são feitos. E descobriram que tomar uma decisão ética aumenta a atividade cerebral principalmente em regiões associadas a resposta emocionais. Portanto, resolver um dilema moral está ligado à emoção, ainda que regiões encarregadas do pensamento racional também sejam ativadas. O resultado das pesquisas reforça a tese de que já nascemos com um senso moral. Mas, se os seres humanos vêm “equipados de fábrica” com um senso moral, por que não vivemos num mundo perfeito, em que todos fazem o bem uns aos outros? O pesquisador Marc Hauser, da Universidade Harvard, responde com um conceito emprestado do estudo da linguagem, desenvolvido pelo americano Noam Chomsky. A tese de Chomsky é que todos os seres humanos nascem sabendo as estruturas fundamentais da linguagem, que seriam comuns a todas as línguas. Mas o idioma que cada um falará dependerá do ambiente e da cultura onde cresce. Segundo Hauser, o mesmo ocorreria com a moral. Todos os seres humanos nascem com esse senso codificado em seu cérebro. A estrutura seria a mesma. Mas sua interpretação mudaria de acordo com os valores do ambiente. A ciência começa a nos mostrar de onde vem a moral. Mas isso não nos exime da responsabilidade de ensiná-la, praticá-la e vigiar os que se desviam dela. (Texto adaptado - Revista Época, 10 de dezembro de 2007). |
“Mas isso não nos exime da responsabilidade de ensiná-la, praticá-la e vigiar os que se desviam dela.”
O final do texto B, transcrito acima, está também revelado na seguinte afirmação:
A concordância está totalmente de acordo com a norma padrão da língua em:
Atenção: As questões de números 1 a 6 referem-se ao texto apresentado abaixo.
Ernesto Sábato assinala com precisão que todas as vezes que se pretendeu elevar um enunciado científico à condição de dogma, de verdade final e cabal, um pouco mais à frente a própria continuidade da aplicação do método científico invariavelmente acabou por demonstrar que tal dogma não passava senão... de um equívoco.
O adequado entendimento daquilo que assinala Ernesto Sábato está expresso, de forma clara e correta, em:
Atenção: As questões de números 1 a 6 referem-se ao texto apresentado abaixo.
É correto afirmar que
Atenção: As questões de números 1 a 6 referem-se ao texto apresentado abaixo.
É correto afirmar:
Atenção: As questões de números 1 a 6 referem-se ao texto apresentado abaixo.
1 Os mitólogos costumam chamar de imagens de
mundo certas estruturas simbólicas pelas quais, em todas
as épocas, as diferentes sociedades humanas fundamen
taram, tanto coletiva quanto individualmente, a experiência
5 do existir. Ao longo da história, essas constelações de
idéias foram geradas quer pelas tradições étnicas, locais,
de cada povo, quer pelos grandes sistemas religiosos. No
Ocidente, contudo, desde os últimos três séculos uma
outra prática de pensamento veio se acrescentar a estes
10 modos tradicionais na função de elaborar as bases de
nossas experiências concretas de vida: a ciência. Com
efeito, a partir da revolução científica do Renascimento as
ciências naturais passaram a contribuir de modo cada vez
mais decisivo para a formulação das categorias que a
15 cultura ocidental empregará para compreender a realidade
e agir sobre ela.
Mas os saberes científicos têm uma característica
inescapável: os enunciados que produzem são necessaria
mente provisórios, estão sempre sujeitos à superação e à
20 renovação. Outros exercícios do espírito humano, como a
cogitação filosófica, a inspiração poética ou a exaltação
mística poderão talvez aspirar a pronunciar verdades
últimas; as ciências só podem pretender formular verdades
transitórias, sempre inacabadas. Ernesto Sábato assinala
25 com precisão que todas as vezes que se pretendeu elevar
um enunciado científico à condição de dogma, de verdade
final e cabal, um pouco mais à frente a própria
continuidade da aplicação do método científico invariavel
mente acabou por demonstrar que tal dogma não passava
30 senão... de um equívoco. Não há exemplo melhor deste
tipo de superstição que o estatuto da noção de raça no
nazismo
(Luiz Alberto Oliveira. “Valores deslizantes: esboço de um ensaio sobre técnica e poder”, In O avesso da liberdade. Adauto Novaes (Org). São Paulo: Companhia das Letras, 2002. p. 191)
No parágrafo 2,
TEXTO II:
Contar é muito dificultoso. Não pelos anos que já se passaram. Mas pela astúcia que têm certas coisas passadas de fazer balancê, de se remexerem dos lugares. A lembrança da vida da gente se guarda em trechos diversos; uns com outros acho que nem se misturam (...) Contar seguido, alinhavado, só mesmo sendo coisas de rasa importância. Tem horas antigas que ficaram muito mais perto da gente do que outras de recente data. Toda saudade é uma espécie de velhice. Talvez, então, a melhor coisa seria contar a infância não como um filme em que a vida acontece no tempo, uma coisa depois da outra, na ordem certa, sendo essa conexão que lhe dá sentido, princípio, meio e fim, mas como um álbum de retratos, cada um completo em si mesmo, cada um contendo o sentido inteiro. Talvez seja esse o jeito de escrever sobre a alma em cuja memória se encontram as coisas eternas, que permanecem...
(Guimarães Rosa. Apud Rubem Alves. Na morada das palavras. Campinas: Papirus, 2003. p. 139)
Assinale a alternativa em que a forma verbal em destaque concorda com a expressão indicada entre parênteses:
"Nesta época, no ano passado, começou a se constatar nas prateleiras dos supermercados uma "maquiagem" de produtos."; a correspondência correta entre os elementos presentes nessa primeira frase do texto é:
Levando em consideração a concordância nominal, assinale a alternativa que está INCORRETA:
“A mensagem focaliza o receptor e organiza-se de forma a influenciá-lo, chamar sua atenção. Aparece geralmente nos textos publicitários, nos discursos políticos, horóscopos, e textos em geral que visam persuadir o receptor.”
A caracterização acima melhor se refere à função:
Na frase: “Penso, logo existo”, do filósofo francês René Descartes, a conjunção presente nessa frase, é utilizada em orações coordenadas sindéticas conclusivas. Uma conjunção que substituiria corretamente a conjunção “logo” na frase em questão encontra-se na opção:
Observe a seguinte manchete do site de notícias UOL, de 03/10/2010:
Algoz de Nadal, García-López fatura o 2º título da carreira, em Bancoc
O espanhol Guillermo García-López não decepcionou após tirar de seu caminho o maior favorito ao título do torneio de Bancoc, na Tailândia. Neste domingo, ele ergueu sua s gunda taça da carreira, ao vencer o finlandês Jarkko Niem nen.
Número 53 do ranking mundial _ Nieminen é 60º _ o tenista espanhol bateu Rafael Nadal na semifinal, sábado, em jogo de três sets. Na decisão, também teve parada dura, mas faturou o título pelo placar de 6-4, 3-6 e 6-4, em 1h54.
Com o resultado, que dá o 18º título a um espanhol este ano, García-López deve aparecer por volta da 40ª colocação do ranking da ATP. Ele havia enfrentado o finlandês apenas uma vez e havia perdido, em 2004.
Nieminen teve um grande desempenho no saque, com sete aces e 77% de aproveitamento de primeiro serviço, mas não foi o suficiente na luta também pelo segundo título da carreira.
García-López, de 27 anos, soube aproveitar melhor as chances e fechou a partida com uma quebra de saque no momento mais importante, em 5-4 no terceiro set.
Podemos concluir, de acordo com a notícia, que:
Nas frases abaixo, todas as crases estão colocadas corretamente, exceto em:
Observe o trecho abaixo, retirado da música “É a vida”, de Victor & Leo:
Se você pensa que sou leigo
Nas coisas que dizem respeito ao coração
Se engana muito
Sou vivido
Conheço cada passo de uma paixão...
A palavra em destaque poderia ser substituída, com o mesmo significado, por:
Observe o diálogo:
Mãe: “Joãozinho, o que você quer tomar no lanche?”
Filho: “Ah, mãe, quero leite e iogurte.”
Mãe: “Não, ou você toma um ou outro."
A oração em destaque no diálogo é coordenada: