Questões de Português - Redação - Reescritura de texto para Concurso

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Q1044888 Português

Leia o texto para responder a questão.

(In)Civilidade no trânsito

            A maneira como dirigimos serve de medida para nossas virtudes cívicas – uma literal exposição do nosso compromisso com as “regras do caminho”. No Brasil, entretanto, é uma expressão dos nossos piores vícios: cerca de 47 mil pessoas são mortas a cada ano em acidentes de trânsito, um dos maiores pedágios do mundo.

         A civilidade que demonstramos nas estradas e ruas das cidades vem em pequenos atos. No entanto, é a incivilidade que percebemos nas rodovias brasileiras.

      Assim como na violência letal, há várias partes envolvidas no problema da violência no trânsito e que também precisam estar na solução. O bom planejamento de estradas, das sinalizações e fiscalizações de velocidade precisa ser uma prioridade dos distintos níveis de governo. É fundamental investir em pesquisas e campanhas inovadoras de mudança de atitude de quem está ao volante. E arrisco dizer que as regras para tirar a carteira de motorista e a educação para o trânsito devem ser repensadas. O processo ficou mais longo e caro sem resultar em mais segurança. Não é com burocracia e decoreba de regras que vamos conscientizar nossos cidadãos para que deixem de usar carros como armas letais.

           Não conheço estudos no Brasil que busquem uma correlação entre o estresse do trânsito e o nível de violência em nossa sociedade. Seria interessante olhar mais de perto essa questão. Entender em que parte dela melhor se encaixa o comportamento violento do brasileiro no trânsito ou o quanto o estresse ocasionado pelas condições de nosso trânsito nos torna mais violentos no dia a dia.

            Acima de tudo, como dirigimos é, de certa forma, um reflexo do nosso compromisso democrático mais amplo. O modelo atual de dependência excessiva dos carros em detrimento dos espaços dos pedestres e de um bom transporte público prioriza a elite e aprofunda a nossa desigualdade. Somos uma sociedade em busca do interesse público – respeito entre os cidadãos, valorização do transporte coletivo e dos pedestres? Ou somos uma sociedade que só preza por interesses individuais e familiares, driblando as regras e acelerando por nossos interesses privados? Isso, condutores, é uma questão que cada um de nós deve começar a considerar.

(Ilona Szabó de Carvalho. Folha de S.Paulo, 01.08.2018. Adaptado)

Assinale a alternativa em que, após alteração da frase – O processo ficou mais longo e caro sem resultar em mais segurança. –, a redação permanece com sentido compatível com o do texto original e de acordo com a norma-padrão de pontuação.
Alternativas
Q1044793 Português
Leia o texto para responder à questão.

(In)Civilidade no trânsito

    A maneira como dirigimos serve de medida para nossas virtudes cívicas – uma literal exposição do nosso compromisso com as “regras do caminho”. No Brasil, entretanto, é uma expressão dos nossos piores vícios: cerca de 47 mil pessoas são mortas a cada ano em acidentes de trânsito, um dos maiores pedágios do mundo.
    A civilidade que demonstramos nas estradas e ruas das cidades vem em pequenos atos. No entanto, é a incivilidade que percebemos nas rodovias brasileiras.
    Assim como na violência letal, há várias partes envolvidas no problema da violência no trânsito e que também precisam estar na solução. O bom planejamento de estradas, das sinalizações e fiscalizações de velocidade precisa ser uma prioridade dos distintos níveis de governo. É fundamental investir em pesquisas e campanhas inovadoras de mudança de atitude de quem está ao volante. E arrisco dizer que as regras para tirar a carteira de motorista e a educação para o trânsito devem ser repensadas. O processo ficou mais longo e caro sem resultar em mais segurança. Não é com burocracia e decoreba de regras que vamos conscientizar nossos cidadãos para que deixem de usar carros como armas letais.
    Não conheço estudos no Brasil que busquem uma correlação entre o estresse do trânsito e o nível de violência em nossa sociedade. Seria interessante olhar mais de perto essa questão. Entender em que parte dela melhor se encaixa o comportamento violento do brasileiro no trânsito ou o quanto o estresse ocasionado pelas condições de nosso trânsito nos torna mais violentos no dia a dia.
    Acima de tudo, como dirigimos é, de certa forma, um reflexo do nosso compromisso democrático mais amplo. O modelo atual de dependência excessiva dos carros em detrimento dos espaços dos pedestres e de um bom transporte público prioriza a elite e aprofunda a nossa desigualdade. Somos uma sociedade em busca do interesse público – respeito entre os cidadãos, valorização do transporte coletivo e dos pedestres? Ou somos uma sociedade que só preza por interesses individuais e familiares, driblando as regras e acelerando por nossos interesses privados? Isso, condutores, é uma questão que cada um de nós deve começar a considerar.

(Ilona Szabó de Carvalho. Folha de S.Paulo, 01.08.2018. Adaptado) 
Retirando-se os dois-pontos (:) da passagem – … é uma expressão dos nossos piores vícios: cerca de 47 mil pessoas são mortas a cada ano. –, a redação permanece com o sentido compatível com o do texto original em:
Alternativas
Q1044606 Português

                             A vida não mais nos pertence


      Os encontros deveriam ser marcados na última hora. Pena que não funcionam. Agendamos compromissos quando estamos dispostos de manhã e não nos damos conta da exaustão do final do dia. Planejamos um cinema, um show, uma balada com amigos no momento de tranquilidade, e não percebemos que ainda teremos que atravessar um percurso inteiro de preocupações. Não há como ter conhecimento prévio do estresse que nos espera.

      Sempre ocorre um desgaste mental, um jogo de nervos, um dilema moral: será que vou ou não vou?

      O contentamento vai desaparecendo lentamente, devido às atribulações da rotina. Somos um ao combinar saídas e outro completamente diferente na véspera de sair. Não é desamor pelas amizades, não é velhice ou depressão, é simplesmente cansaço inesperado. Não possuímos controle do que virá pela frente, dos improvisos e desmandos profissionais. Somos sugados pela carga cada vez maior do emprego, pois não descansamos nem um minuto dos apelos das obrigações, dos e-mails e das ligações. Morreu o lanche da tarde que animava o serviço e renovava o gás – o recreio e a sirene ficaram enterrados na vida escolar. A jornada de 8 horas é folclore – não conheço quem não se dedique mais de 12 horas para a sobrevivência.

      Quando um amigo desmarca um encontro, não condeno. Perdoo os furões. Sei que ele também é vítima da insalubridade digital.

(Fabrício Carpinejar. Disponível em: http://carpinejar.blogspot.com/2018/01/a-vida-nao-mais-nos-pertence.html. Acesso em: 23.08.2018. Fragmento).

Assinale a alternativa em que a reescrita de passagem do texto está adequada quanto à concordância, de acordo com a norma-padrão da língua.
Alternativas
Q1044172 Português
Leia o texto para responder a questão.

       Ao filósofo americano Daniel Dennett, os editores da revista Edge perguntaram: “Em 2013, o que deve nos preocupar?”. Ele contou que em 1980 se temia que a revolução do computador aumentasse a distância entre os países ricos “do Ocidente” e os países pobres, que não teriam acesso à nova tecnologia e a seus aparelhos. A verdade é que a informática criou fortunas enormes, mas permitiu também a mais profunda disseminação niveladora da tecnologia que já se viu na história. “Celulares e laptops e, agora, smartphones e tablets puseram a conectividade nas mãos de bilhões”, afirmou Dennett.
         O planeta, segundo o filósofo, ficou mais transparente na informação como ninguém imaginaria há 40 anos. Isso é maravilhoso, disse Dennett, mas não é o paraíso. E citou a lista daquilo com que devemos nos preocupar: ficamos dependentes e vulneráveis neste novo mundo, com ameaças à segurança e à privacidade. E sobre as desigualdades, ele disse que Golias ainda não caiu; milhares de Davis*, porém, estão rapidamente aprendendo o que precisam. Os “de baixo” têm agora meios para confrontar os “de cima”. O conselho do filósofo é que os ricos devem começar a pensar em como reduzir as distâncias criadas pelo poder e pela riqueza de poucos.

* referência ao episódio bíblico em que Davi, aparentemente mais fraco, derrota o gigante Golias.
(Míriam Leitão. História do futuro: o horizonte do Brasil no século XXI. Rio de Janeiro, Intrínseca, 2015)
Assinale a alternativa em que a frase – Foram os editores da revista Edge que apresentaram a discussão ao filósofo americano Daniel Dennett. – está corretamente reescrita, tanto no que respeita à regência verbal quanto no que se refere ao emprego e à colocação pronominal, tendo a expressão “a discussão” substituída por um pronome.
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Q1044168 Português
Leia o texto para responder a questão.

       Ao filósofo americano Daniel Dennett, os editores da revista Edge perguntaram: “Em 2013, o que deve nos preocupar?”. Ele contou que em 1980 se temia que a revolução do computador aumentasse a distância entre os países ricos “do Ocidente” e os países pobres, que não teriam acesso à nova tecnologia e a seus aparelhos. A verdade é que a informática criou fortunas enormes, mas permitiu também a mais profunda disseminação niveladora da tecnologia que já se viu na história. “Celulares e laptops e, agora, smartphones e tablets puseram a conectividade nas mãos de bilhões”, afirmou Dennett.
         O planeta, segundo o filósofo, ficou mais transparente na informação como ninguém imaginaria há 40 anos. Isso é maravilhoso, disse Dennett, mas não é o paraíso. E citou a lista daquilo com que devemos nos preocupar: ficamos dependentes e vulneráveis neste novo mundo, com ameaças à segurança e à privacidade. E sobre as desigualdades, ele disse que Golias ainda não caiu; milhares de Davis*, porém, estão rapidamente aprendendo o que precisam. Os “de baixo” têm agora meios para confrontar os “de cima”. O conselho do filósofo é que os ricos devem começar a pensar em como reduzir as distâncias criadas pelo poder e pela riqueza de poucos.

* referência ao episódio bíblico em que Davi, aparentemente mais fraco, derrota o gigante Golias.
(Míriam Leitão. História do futuro: o horizonte do Brasil no século XXI. Rio de Janeiro, Intrínseca, 2015)
Ao filósofo americano Daniel Dennett, os editores da revista Edge perguntaram: “Em 2013, o que deve nos preocupar?”. (1º parágrafo)
Essa frase está corretamente reescrita, no que se refere à pontuação, em:
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Q1042522 Português

                                  As palavras e as coisas


      Confesso que, de início, não acreditava que Moana, aos 9 anos, pudesse se interessar pela leitura da versão integral do clássico de J.R.R. Tolkien, O Hobbit. É verdade que se trata de uma aventura povoada por magos e repleta de objetos encantados. Mas é um romance longo, com descrições densas e vocabulário sofisticado. Para minha surpresa, no entanto, seu envolvimento com a obra crescia a cada noite que a líamos juntos.

      Ao terminarmos a leitura do décimo capítulo, Moana não me desejou boa-noite. Com olhos ainda despertos, me perguntou se não podíamos comentar aquilo que mais havia agradado até então. Pensei que o pedido não passasse de mais uma de suas estratégias para adiar a hora de dormir. Recusei, mas ela argumentou: “Não é assim que vocês fazem, você e a mamãe, quando leem Arendt e Paul Ricoeur em seus grupos de estudos?”. Jamais imaginara que, quando a levamos a esses encontros – premidos por alguma necessidade – ela pudesse prestar qualquer atenção ao que se passava. Sempre a via absorta em suas tarefas, desenhos e leituras. Mas, em seu silêncio, ela se dava conta do sentido de uma leitura partilhada.

      Falamos, então, das transformações que ocorreram no personagem central, que abandonara sua vida confortável e pacata de hobbit, para se tornar um aventureiro épico. Mas foi só no dia seguinte que percebi a profundidade contida em seu pedido para que partilhássemos as impressões de nossas leituras. Lembrei-me de uma bela passagem de Homens em tempos sombrios, na qual Hannah Arendt afirma que o “mundo não é humano simplesmente por ter sido feito por mãos humanas, nem se torna humano meramente porque a voz humana nele ressoa. Por mais afetados que sejamos pelas coisas do mundo [como um livro], por mais profundamente que elas possam nos instigar e estimular, essas coisas só se tornam humanas para nós quando podemos discuti-las com nossos companheiros”.

       É porque a fala humaniza as obras que gostamos tanto de comentar um filme, de compartilhar a interpretação de um livro ou fazer uma refeição com nossos amigos. São as expressões do discurso humano que transformam uma coisa – como um livro – em objeto de um legado simbólico que nos humaniza.

      Na escola, é por meio das trocas discursivas entre professores e alunos que um romance ou um programa computacional deixam de ser coisas inertes para se transformarem em objetos que desempenham uma função educativa e, assim, adquirem seu sentido humanizador. São as palavras – e não as coisas – que conferem sentido às experiências humanas.

(José Sérgio Fonseca de Camargo, “As palavras e as coisas”. Em: http://www.revistaeducacao.com.br. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a frase, reescrita a partir das informações textuais, está correta quanto à colocação pronominal, segundo a norma-padrão.
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Q1042259 Português

                          [A harmonia natural em Rousseau]


      A civilização foi vista por Jean-Jacques Rousseau (1713-1784) como responsável pela degeneração das exigências morais mais profundas da natureza humana e sua substituição pela cultura intelectual. A uniformidade artificial de comportamento, imposta pela sociedade às pessoas, leva-as a ignorar os deveres humanos e as necessidades naturais.

      A vida do homem primitivo, ao contrário, seria feliz porque ele sabe viver de acordo com suas necessidades inatas. Ele é amplamente autossuficiente porque constrói sua existência no isolamento das florestas, satisfaz as necessidades de alimentação e sexo sem maiores dificuldades e não é atingido pela angústia diante da doença e da morte. As necessidades impostas pelo sentimento de autopreservação – presente em todos os momentos da vida primitiva e que impele o homem selvagem a ações agressivas – são contrabalançadas pelo inato sentimento que o impede de fazer mal aos outros desnecessariamente.

      Desde suas origens, o homem natural, segundo Rousseau, é dotado de livre arbítrio e sentido de perfeição, mas o desenvolvimento pleno desses sentimentos só ocorre quando estabelecidas as primeiras comunidades locais, baseadas sobretudo no grupo familiar. Nesse período da evolução, o homem vive a idade do ouro, a meio caminho entre a brutalidade das etapas anteriores e a corrupção das sociedades civilizadas.

(Encarte, sem indicação de autoria, a Jean-Jacques Rousseau – Os Pensadores. Capítulo 34. São Paulo: Abril, 1973, p. 473) 

A vida do homem primitivo seria mais feliz que a dos civilizados porque ele sabe viver de acordo com suas necessidades inatas.

Uma nova redação da frase acima, em que se respeitem sua clareza, seu sentido básico e sua correção, poderá ser:

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Q1041954 Português

                      Como assistiremos a filmes daqui a 20 anos?


      Com muitos cineastas trocando câmeras tradicionais por câmeras 360 (que capturam vistas de todos os ângulos), o momento atual do cinema é comparável aos primeiros anos intensamente experimentais dos filmes no final do século 19 e início do século 20.

      Uma série de tecnologias em rápido desenvolvimento oferece um potencial incrível para o futuro dos filmes – como a realidade aumentada, a inteligência artificial e a capacidade cada vez maior de computadores de criar mundos digitais detalhados.

      Como serão os filmes daqui a 20 anos? E como as histórias cinematográficas do futuro diferem das experiências disponíveis hoje? De acordo com o guru da realidade virtual e artista Chris Milk, os filmes do futuro oferecerão experiências imersivas sob medida. Eles serão capazes de “criar uma história em tempo real que é só para você, que satisfaça exclusivamente a você e o que você gosta ou não”, diz ele.

                     (Adaptado de: BUCKMASTER, Luke. Disponível em: www.bbc.com

Quanto à concordância, o segmento do texto reescrito corretamente está em:
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Q1041727 Português

      Durante quase dois milhões de anos, os seres humanos evoluíram em sincronia com o meio ambiente. Mas há 250 anos chegou a Revolução Industrial e mudou tudo. Embora a inovação e a tecnologia trazidas pelo fenômeno tenham gerado muitos benefícios para a humanidade, nossos corpos tiveram de pagar um alto custo físico nesse processo. Os trabalhos que fazíamos, que antes envolviam tarefas manuais, realizadas ao ar livre, passaram a ser feitos a portas fechadas e a exigir que passássemos a maior parte do dia sentados e parados, fosse em uma fábrica, em um escritório ou dirigindo um veículo, por exemplo. Isso teve um impacto enorme sobre nossos corpos, e um dos primeiros afetados foram nossos pés.

      Hoje, nossos pés são mais fracos, maiores e mais planos do que os de nossos antepassados. E isso é uma má notícia para a saúde do corpo inteiro. A perda de eficiência dos nossos pés se reflete em um fato surpreendente: quase 80% das pessoas que praticam corridas sofrem algum tipo de lesão todos os anos. Hannah Rice, da Universidade de Exeter, deu como exemplo o corredor “clássico”, que pratica o esporte três ou quatro vezes por semana e passa o restante do tempo sentado no escritório ou no sofá da casa, para explicar que o que realmente nos machuca não é correr, mas o que fazemos quando não estamos correndo.

      Foi a partir dos anos 70, quando correr virou moda, que a dimensão real do estado de nossos pés começou a se revelar. A loucura por corridas acrescentou um novo problema: a moda de usar tênis no dia a dia. Talvez você ache que isso deveria ser uma boa notícia, já que muitos desses calçados são anunciados pelos supostos benefícios que oferecem aos pés. No entanto, desde que começamos nosso caso de amor com os tênis, a incidência de pés chatos tem aumentado em muitas partes do mundo, especialmente no Ocidente.

      Uma das coisas mais simples (e baratas) que podemos fazer para melhorar a saúde dos nossos pés é caminhar. Idealmente, descalços. Vybarr Cregan-Reid, da Universidade de Kent, acredita que devemos “redescobrir nossos pés para aprender a usá-los novamente”. Pequenos hábitos como tirar os sapatos dentro de casa e tentar se mover mais podem ajudar.

(Como o sedentarismo mudou nossos pés, 21.05.2019. www.bbc.com. Adaptado)

Caso se substitua o vocábulo Embora por Apesar de, na frase – Embora a inovação e a tecnologia trazidas pelo fenômeno tenham gerado muitos benefícios para a humanidade, nossos corpos tiveram de pagar um alto custo físico nesse processo. (1° parágrafo) –, a forma verbal tenham deverá ser substituída por
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Q1041411 Português
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão

Ai, que vergonha... 

   Sou tímida. Já nasci assim, veio de algum gene que meus pais me transmitiram, o que não deixa de ser estranho, já que sou incomparavelmente mais tímida que os dois juntos. 
   Só quem é tímido − e não me refiro aí aos falsos tímidos, aqueles que têm uma timidezinha boba de vez em quando, por exemplo, ao chegar a uma festa sem conhecer ninguém − sabe a dificuldade de se dizer “não” a um amigo ou de cobrar alguma coisa de alguém. E só nós tímidos sabemos também o quanto nos custa entrar em uma loja e experimentar uma roupa. O verdadeiro tímido tem vergonha de tudo e de todos. 
   Hoje em dia, depois de anos de teatro e terapia, melhorei demais. Muita gente me afronta e diz que não sou tímida nada, que eu nunca subiria em um palco se minha timidez fosse de verdade. Eu digo que uma coisa não tem nada a ver com a outra. O palco possui uma parede invisível, e quando subo nele é como se não visse ninguém. Além disso, quando as pessoas vão a alguma das minhas apresentações, é esperado que eu cante. Muito diferente é ir a um churrasco e me pedirem para tocar violão. Morro de vergonha. As pessoas param de conversar e ficam me olhando, na expectativa. A minha voz nem sai direito, tamanha a vontade de desaparecer do recinto. 
   Os psicólogos dizem que timidez, na verdade, é orgulho. O tímido seria alguém com tal mania de perfeição que não se dá o direito de errar. Não concordo. Eu digo que o tímido é alguém que tem vergonha de errar, de acertar, de ser julgado ignorante, de ser considerado inteligente, de ser taxado de prepotente... 
  Eu tenho vergonha de tudo. Mas já descobri − até há bastante tempo − o antídoto da timidez. Quando gosto e quero realmente alguma coisa, vergonha nenhuma me impede. Aí eu finjo que sou uma outra pessoa, coloco uma base no rosto para disfarçar a vermelhidão e vou em frente. É assim inclusive com essas crônicas, que tenho vergonha de publicar, mas gosto demais de escrever para parar. 
(Adaptado de: PIMENTA, Paula. Disponível em: www.patio.com.br. 13/12/2006) 

Observe o seguinte trecho do 5º parágrafo.
É assim inclusive com essas crônicas, que tenho vergonha de publicar, mas gosto demais de escrever para parar ...
Preservando a correção e a relação de sentido estabelecida com o elemento sublinhado, a frase acima pode ser completada com a seguinte expressão:
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Q1041410 Português
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão

Ai, que vergonha... 

   Sou tímida. Já nasci assim, veio de algum gene que meus pais me transmitiram, o que não deixa de ser estranho, já que sou incomparavelmente mais tímida que os dois juntos. 
   Só quem é tímido − e não me refiro aí aos falsos tímidos, aqueles que têm uma timidezinha boba de vez em quando, por exemplo, ao chegar a uma festa sem conhecer ninguém − sabe a dificuldade de se dizer “não” a um amigo ou de cobrar alguma coisa de alguém. E só nós tímidos sabemos também o quanto nos custa entrar em uma loja e experimentar uma roupa. O verdadeiro tímido tem vergonha de tudo e de todos. 
   Hoje em dia, depois de anos de teatro e terapia, melhorei demais. Muita gente me afronta e diz que não sou tímida nada, que eu nunca subiria em um palco se minha timidez fosse de verdade. Eu digo que uma coisa não tem nada a ver com a outra. O palco possui uma parede invisível, e quando subo nele é como se não visse ninguém. Além disso, quando as pessoas vão a alguma das minhas apresentações, é esperado que eu cante. Muito diferente é ir a um churrasco e me pedirem para tocar violão. Morro de vergonha. As pessoas param de conversar e ficam me olhando, na expectativa. A minha voz nem sai direito, tamanha a vontade de desaparecer do recinto. 
   Os psicólogos dizem que timidez, na verdade, é orgulho. O tímido seria alguém com tal mania de perfeição que não se dá o direito de errar. Não concordo. Eu digo que o tímido é alguém que tem vergonha de errar, de acertar, de ser julgado ignorante, de ser considerado inteligente, de ser taxado de prepotente... 
  Eu tenho vergonha de tudo. Mas já descobri − até há bastante tempo − o antídoto da timidez. Quando gosto e quero realmente alguma coisa, vergonha nenhuma me impede. Aí eu finjo que sou uma outra pessoa, coloco uma base no rosto para disfarçar a vermelhidão e vou em frente. É assim inclusive com essas crônicas, que tenho vergonha de publicar, mas gosto demais de escrever para parar. 
(Adaptado de: PIMENTA, Paula. Disponível em: www.patio.com.br. 13/12/2006) 

O período O tímido seria alguém com tal mania de perfeição que não se dá o direito de errar (4º parágrafo) está reescrito corretamente, preservando-se a relação de causa e efeito entre as orações, em:
O tímido seria alguém com extrema mania de perfeição
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Q1041402 Português
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.

Como vamos lidar com robôs em casa, na educação e no trabalho?

    A combinação entre a imaginação dos escritores de ficção e a tendência a aceitar desafios dos cientistas costuma gerar revoluções nas nossas vidas. Assim também foi com o surgimento dos robôs. O nome foi usado pela primeira vez em uma peça teatral da década de 1920 para designar um ciborgue ficcional que tinha como principal tarefa servir à humanidade. 
  Desde então, passamos a ver robôs em todos os lugares: nas indústrias, montando ou soldando peças; nos atendimentos telefônicos; e até nos comandos de voz que damos aos assistentes digitais dos nossos smartphones. No entanto, nem todas essas automações são exatamente robôs. “Para se tornar um robô é preciso ser físico, como um carro autônomo ou um robô de operação industrial”, frisa Flavio Tonidandel, professor do Centro Universitário FEI e pesquisador de robótica e inteligência artificial (IA). Além de ter um corpo físico, outro pré-requisito é mover-se de forma autônoma, semiautônoma ou controlada a distância, bem como ser capaz de interagir com o ambiente.
   “Existe uma grande confusão entre os conceitos de robôs e de inteligência artificial”, afirma Tonidandel. Simplificando bastante, o professor explica que a IA seria o equivalente ao cérebro do robô, capaz de dar a ele potencial de tomada de decisão, raciocínio, aprendizagem e reconhecimento de padrões. 
  O desenvolvimento interdependente entre as tecnologias de IA e robótica trouxe uma nova geração de robôs, capazes de interagir com os humanos para executar tarefas, transitar pelos mesmos lugares que as pessoas e atuar como assistentes nas tarefas do dia a dia. É a chamada robótica de serviços, que promete levar robôs para dentro de casas, empresas, hospitais e até escolas. 
  Conviver com esses seres autônomos e com tendência a nos servir, contudo, traz novas questões. A que regras eles estarão sujeitos? O que poderão (ou não) fazer? Como fica o mercado de trabalho com a robotização de serviços que hoje ainda são feitos pelos humanos? São perguntas bem difíceis de responder, mas que fazem parte da próxima fronteira para a evolução da robótica.

(Adaptado de: LAFLOUFA, Jacqueline. Disponível em: https://revistagalileu.globo.com. 30/05/2019) 
No trecho ... capaz de dar a ele potencial de tomada de decisão, raciocínio, aprendizagem e reconhecimento de padrões (3º parágrafo), o termo sublinhado pode ser corretamente substituído por
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Q1041395 Português
Atenção: Considere o texto abaixo para responder a questão.

Alerta hídrico: demanda mundial por água deve crescer 40% até 2030   

O elemento água está presente em quase tudo na Terra. Dois terços do planeta é composto por água. No entanto, apenas 2,5% é doce, e a maior parte está presa nas geleiras das calotas polares. A economia não gira e a sociedade não vive sem recursos hídricos, mas é preciso se contentar com 0,5% do suprimento disponível para uso. Contudo, a demanda mundial deverá aumentar 40% até 2030 e 55% até 2050, ano no qual se estima que mais de 40% da população mundial viverá em áreas de grave estresse hídrico. 
No Brasil, que tem a sorte de estar sobre o maior aquífero do globo, o Guarani, a demanda aumentou 80% nas últimas duas décadas, segundo dados da Agência Nacional de Águas (ANA). A previsão do órgão é de que, até 2030, a retirada aumente 24%. “O histórico da evolução dos usos da água está diretamente relacionado ao desenvolvimento econômico e ao processo de urbanização do país”, diz estudo da agência. No entanto, o maior consumo de água é na irrigação agrícola. 
O uso da água no meio rural representa 83% da demanda de captação de água total brasileira, dos quais 72% são destinados à irrigação, prática em franca expansão no Brasil. Passou de 462 mil hectares em 1960 para 6,1 milhões de hectares em 2014, em especial por meio de pivôs centrais. “Assim, uma necessidade para o presente e o futuro é tornar mais eficiente a prática da irrigação. Estima-se hoje uma perda de 40% devido a sistemas inadequados de irrigação ou vazamentos nas tubulações”, diz o chefegeral da Embrapa Meio Ambiente, Marcelo Augusto Boechat Morandi. 

(Adaptado de: KAFRUNI, Simone. Disponível em: www.correiobraziliense.com.br. 04/03/2019)  


Uma escrita alternativa para a frase Estima-se hoje uma perda de 40% devido a sistemas inadequados de irrigação ou vazamentos nas tubulações (3º parágrafo), com o sentido e a correção preservados, é:
Estima-se hoje que sistemas inadequados de irrigação ou vazamentos nas tubulações
Alternativas
Q1041394 Português
Atenção: Considere o texto abaixo para responder a questão.

Alerta hídrico: demanda mundial por água deve crescer 40% até 2030   

O elemento água está presente em quase tudo na Terra. Dois terços do planeta é composto por água. No entanto, apenas 2,5% é doce, e a maior parte está presa nas geleiras das calotas polares. A economia não gira e a sociedade não vive sem recursos hídricos, mas é preciso se contentar com 0,5% do suprimento disponível para uso. Contudo, a demanda mundial deverá aumentar 40% até 2030 e 55% até 2050, ano no qual se estima que mais de 40% da população mundial viverá em áreas de grave estresse hídrico. 
No Brasil, que tem a sorte de estar sobre o maior aquífero do globo, o Guarani, a demanda aumentou 80% nas últimas duas décadas, segundo dados da Agência Nacional de Águas (ANA). A previsão do órgão é de que, até 2030, a retirada aumente 24%. “O histórico da evolução dos usos da água está diretamente relacionado ao desenvolvimento econômico e ao processo de urbanização do país”, diz estudo da agência. No entanto, o maior consumo de água é na irrigação agrícola. 
O uso da água no meio rural representa 83% da demanda de captação de água total brasileira, dos quais 72% são destinados à irrigação, prática em franca expansão no Brasil. Passou de 462 mil hectares em 1960 para 6,1 milhões de hectares em 2014, em especial por meio de pivôs centrais. “Assim, uma necessidade para o presente e o futuro é tornar mais eficiente a prática da irrigação. Estima-se hoje uma perda de 40% devido a sistemas inadequados de irrigação ou vazamentos nas tubulações”, diz o chefegeral da Embrapa Meio Ambiente, Marcelo Augusto Boechat Morandi. 

(Adaptado de: KAFRUNI, Simone. Disponível em: www.correiobraziliense.com.br. 04/03/2019)  


O trecho destacado em uma necessidade [...] é tornar mais eficiente a prática da irrigação estará corretamente substituído por: é necessário
Alternativas
Q1041393 Português
Atenção: Considere o texto abaixo para responder a questão.

Alerta hídrico: demanda mundial por água deve crescer 40% até 2030   

O elemento água está presente em quase tudo na Terra. Dois terços do planeta é composto por água. No entanto, apenas 2,5% é doce, e a maior parte está presa nas geleiras das calotas polares. A economia não gira e a sociedade não vive sem recursos hídricos, mas é preciso se contentar com 0,5% do suprimento disponível para uso. Contudo, a demanda mundial deverá aumentar 40% até 2030 e 55% até 2050, ano no qual se estima que mais de 40% da população mundial viverá em áreas de grave estresse hídrico. 
No Brasil, que tem a sorte de estar sobre o maior aquífero do globo, o Guarani, a demanda aumentou 80% nas últimas duas décadas, segundo dados da Agência Nacional de Águas (ANA). A previsão do órgão é de que, até 2030, a retirada aumente 24%. “O histórico da evolução dos usos da água está diretamente relacionado ao desenvolvimento econômico e ao processo de urbanização do país”, diz estudo da agência. No entanto, o maior consumo de água é na irrigação agrícola. 
O uso da água no meio rural representa 83% da demanda de captação de água total brasileira, dos quais 72% são destinados à irrigação, prática em franca expansão no Brasil. Passou de 462 mil hectares em 1960 para 6,1 milhões de hectares em 2014, em especial por meio de pivôs centrais. “Assim, uma necessidade para o presente e o futuro é tornar mais eficiente a prática da irrigação. Estima-se hoje uma perda de 40% devido a sistemas inadequados de irrigação ou vazamentos nas tubulações”, diz o chefegeral da Embrapa Meio Ambiente, Marcelo Augusto Boechat Morandi. 

(Adaptado de: KAFRUNI, Simone. Disponível em: www.correiobraziliense.com.br. 04/03/2019)  


A expressão apenas 2,5% é doce (1º parágrafo) estará corretamente substituída por: apenas 2,5%
Alternativas
Q1041351 Português
Atenção: Para responder a questão, considere o texto abaixo.

Quem fala português não se limita a comer, a gente também gosta de falar sobre comida. Sendo duas coisas diferentes, na verdade são a mesma. A língua portuguesa tem um valor nutritivo que as outras não têm. Creio que é possível engordar a falar de comida em português. Vai uma linguicinha? E se amanhã fizéssemos um costelão? Boa sorte a traduzir estas perguntas para inglês, francês ou alemão.
Eles sabem (vagamente) o que é linguiça e costela. Mas nunca hão de saber o que é uma linguicinha e um costelão. Sem esses nomes, o sabor é diferente. Já tenho tomado refeições com gente que fala outras línguas e nunca vi nada parecido. Numa mesa de falantes de português, come-se, recordam-se refeições passadas e projetam-se refeições futuras. Falantes de português, depois de terem comido uma feijoada, recordam uma moqueca capixaba que comeram em 1987 e planejam o acarajé que vão fazer para o jantar do dia seguinte. A gente ama através da comida — e é um amor bruto, que é o único amor que vale a pena. Dizemos coisas que, apesar de carinhosas, estão bastante próximas do universo do crime. Por exemplo: “Você não sai daqui sem provar este vatapá”. Isso é vocabulário de sequestrador. Contudo, é ternura.

(Adaptado de: PEREIRA, Ricardo A. “Uma série de séries”. 08/09/19. Disponível em: www1.folha.uol.com.br)
Isso é vocabulário de sequestrador. Contudo, é ternura. (final do texto)
As frases acima articulam-se em um único período, sem prejuízo do sentido, em:
Alternativas
Q1041344 Português
Atenção: Para responder a questão, considere o texto abaixo. 

Nisto entrou o moleque trazendo o relógio com o vidro novo. Era tempo; já me custava estar ali; dei uma moedinha de prata ao moleque; disse a Marcela que voltaria noutra ocasião, e saí a passo largo. Para dizer tudo, devo confessar que o coração me batia um pouco; mas era uma espécie de dobre de finados. O espírito ia travado de impressões opostas. Notem que aquele dia amanhecera alegre para mim. Meu pai, ao almoço, repetiu-me, por antecipação, o primeiro discurso que eu tinha de proferir na Câmara dos Deputados; rimo-nos muito, e o sol também, que estava brilhante, como nos mais belos dias do mundo; do mesmo modo que Virgília devia rir, quando eu lhe contasse as nossas fantasias do almoço. Vai senão quando, cai-me o vidro do relógio; entro na primeira loja que me fica à mão; e eis me surge o passado, ei-lo que me lacera e beija; ei-lo que me interroga, com um rosto cortado de saudades e bexigas... 
Lá o deixei; meti-me às pressas na sege, que me esperava no Largo de S. Francisco de Paula, e ordenei ao boleeiro que rodasse pelas ruas fora. O boleeiro atiçou as bestas, a sege entrou a sacolejar-me, as molas gemiam, as rodas sulcavam rapidamente a lama que deixara a chuva recente, e tudo isso me parecia estar parado. Não há, às vezes, um certo vento morno, não forte nem áspero, mas abafadiço, que nos não leva o chapéu da cabeça, nem rodomoinha nas saias das mulheres, e todavia é ou parece ser pior do que se fizesse uma e outra coisa, porque abate, afrouxa, e como que dissolve os espíritos? Pois eu tinha esse vento comigo; e, certo de que ele me soprava por achar-me naquela espécie de garganta entre o passado e o presente, almejava por sair à planície do futuro. O pior é que a sege não andava.
− João, bradei eu ao boleeiro. Esta sege anda ou não anda?
− Uê! nhonhô! Já estamos parados na porta de sinhô conselheiro. 

(Machado de Assis. Memórias póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2001, p. 135-136) 
O trecho e todavia é ou parece ser pior do que se fizesse uma e outra coisa (2º parágrafo) pode ser reescrito, sem prejuízo para o seu sentido original, da seguinte forma:
Alternativas
Q1040648 Português

                                   O futuro do trabalho


      Foi lançado nesse mês, em meio às celebrações do centenário da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o relatório da comissão global sobre o futuro do trabalho, que tive a honra de integrar. O que o texto revela é uma visão centrada em políticas públicas para enfrentar desafios que o século trouxe para a humanidade.

      Frente à chamada revolução industrial 4.0, ao envelhecimento da população e à mudança climática, a resposta aparece na forma de programas para evitar o crescimento da desigualdade e melhorar a preparação das gerações futuras e o conceito de uma sociedade ativa ao longo da vida.

      É importante lembrar que, segundo pesquisadores, haverá em poucos anos a extinção de profissões e de tarefas dentro de várias ocupações, diante da automação e da robotização aceleradas. Outras serão criadas, demandando, porém, competências distintas das que estavam em alta até pouco tempo. O cenário exige grande investimento nas pessoas. Por isso, o relatório clama por uma agenda econômica centrada em seres humanos, especialmente uma ampliação em suas capacidades.

      Isso envolve trabalhar com o conceito de aprendizagem ao longo da vida, ou seja, desde a primeira infância, a fim de desenvolver competências basilares, necessárias para promover autonomia para que todos possam aprender a aprender.

      Afinal, numa vida em que tarefas vão sendo extintas e assumidas por máquinas, teremos que nos reinventar continuamente, passando a desempenhar atividades que demandam capacidade de resolução criativa e colaborativa de problemas complexos, reflexão crítica e maior profundidade de análise.

      Teremos também que contar com um ecossistema educacional que inclua modalidades ágeis de cursos para capacitação, recapacitação e requalificação. A certificação de conhecimentos previamente adquiridos ganha força e sentido de urgência, além de um investimento maior em escolas técnicas e profissionais que fomentem a aquisição das competências necessárias não só para exercer uma profissão específica, mas também para obter outra rapidamente, se necessário.

                                           (Claudia Costin. Folha de S.Paulo, 25.01.2019. Adaptado)

Assinale a alternativa em que, após a inserção das vírgulas, a frase do texto estará em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa.
Alternativas
Q1040499 Português

                                        O futuro do trabalho


      Foi lançado nesse mês, em meio às celebrações do centenário da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o relatório da comissão global sobre o futuro do trabalho, que tive a honra de integrar. O que o texto revela é uma visão centrada em políticas públicas para enfrentar desafios que o século trouxe para a humanidade.

      Frente à chamada revolução industrial 4.0, ao envelhecimento da população e à mudança climática, a resposta aparece na forma de programas para evitar o crescimento da desigualdade e melhorar a preparação das gerações futuras e o conceito de uma sociedade ativa ao longo da vida.

      É importante lembrar que, segundo pesquisadores, haverá em poucos anos a extinção de profissões e de tarefas dentro de várias ocupações, diante da automação e da robotização aceleradas. Outras serão criadas, demandando, porém, competências distintas das que estavam em alta até pouco tempo. O cenário exige grande investimento nas pessoas. Por isso, o relatório clama por uma agenda econômica centrada em seres humanos, especialmente uma ampliação em suas capacidades.

      Isso envolve trabalhar com o conceito de aprendizagem ao longo da vida, ou seja, desde a primeira infância, a fim de desenvolver competências basilares, necessárias para promover autonomia para que todos possam aprender a aprender.

Afinal, numa vida em que tarefas vão sendo extintas e assumidas por máquinas, teremos que nos reinventar continuamente, passando a desempenhar atividades que demandam capacidade de resolução criativa e colaborativa de problemas complexos, reflexão crítica e maior profundidade de análise.

      Teremos também que contar com um ecossistema educacional que inclua modalidades ágeis de cursos para capacitação, recapacitação e requalificação. A certificação de conhecimentos previamente adquiridos ganha força e sentido de urgência, além de um investimento maior em escolas técnicas e profissionais que fomentem a aquisição das competências necessárias não só para exercer uma profissão específica, mas também para obter outra rapidamente, se necessário.

                                          (Claudia Costin. Folha de S.Paulo, 25.01.2019. Adaptado)

Substituindo-se os termos destacados na frase “Por isso, o relatório clama por uma agenda econômica centrada em seres humanos...” a redação permanecerá em conformidade com a norma-padrão de regência em:
Alternativas
Q1039801 Português

Para que haja argumentação, é mister que, num dado momento, realize-se uma comunidade efetiva de espíritos. É mister que se esteja de acordo, antes de mais nada e em princípio, sobre a formação dessa comunidade intelectual e, depois, sobre o fato de se debater uma questão determinada.

(PERELMAN, Chaïm & OLBRECHTS-TYTECA. Tratado da argumentação. A nova retórica. São Paulo: Martins Fontes, 2005, p. 16) 

A síntese do parágrafo na forma de uma frase, preservando a sua intenção de sentido, está corretamente reescrita em:
Alternativas
Respostas
1441: D
1442: A
1443: D
1444: B
1445: A
1446: A
1447: C
1448: B
1449: E
1450: E
1451: B
1452: A
1453: B
1454: E
1455: D
1456: E
1457: A
1458: C
1459: B
1460: D