Questões de Concurso
Comentadas sobre significação contextual de palavras e expressões. sinônimos e antônimos. em português
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Atente para o fragmento (1º parágrafo):
O título "agressivo" é proposital. As intenções são duas: provocar os que dizem que só se pode compreender um texto - ou mesmo uma palavra - escrito "corretamente"; se algum desses sábios consegue ler "as placas" em "as praca" - os melhores sintomas são o riso de superioridade ou a correção que fará - sua tese será desmentida no ato. Também quero verificar se, de fato, alguém não consegue ler este título (eventualmente, tentará descobrir alguma ironia ou, ao menos, uma alusão ou sugestão, que o texto esclarecerá). Assim, eu poderia gritar "ignorante!", se alguém não consegue mesmo entender o sentido do título.
Sobre ele, são afirmativas corretas, EXCETO:
Julgue o item.
O termo concisão pode ser conceituado como a união
íntima das partes de um todo. Assim, o texto conciso é
aquele em que as palavras, as orações, os períodos e os
parágrafos estão interligados e coerentemente
dispostos.
e amigos que eu nunca mais vi.
Substituindo o pronome relativo "que" por outro, e respeitando a regência verbal, a forma adequada é:
CIENTISTAS CHILENOS ENCONTRAM FÓSSIL DE UM PTEROSSAURO NO ATACAMA
Réptil voador habitou o planeta Terra no período jurássico há cerca de 160 milhões de anos atrás
Uma equipe de cientistas chilenos identificou pela primeira vez, no deserto do Atacama, restos fósseis de um pterossauro, um dragão voador que habitou esta região do norte do país durante o período Jurássico, há cerca de 160 milhões de anos, informou, nesta sexta-feira (10), a Universidade do Chile.
O grupo de pesquisadores da Universidade do Chile descobriu, durante uma expedição realizada em 2009, alguns restos fósseis muito bem preservados de uma espécie desconhecida, que podia ser um animal pré-histórico marinho do período Jurássico.
O fóssil foi encontrado na localidade de Cerritos Bayos, a 30 km da cidade de Calama, em pleno deserto do Atacama. O local tem sido uma região de importantes descobertas paleontológicas.
Mas análises posteriores determinaram que se tratava de um pterossauro perto da idade adulta, pertencente à subfamília Ramphorhynchinae, do qual foi encontrado o úmero esquerdo, uma possível vértebra dorsal e dois fragmentos de uma falange de asa, todos preservados em três dimensões.
Cerritos Bayos tem sido uma região de importantes descobertas paleontológicas. A mesma equipe descobriu em 2020 plesiossauros dos gêneros Muraenosaurus e Vinialesaurus e também os primeiros restos de pliossauros (parentes dos plesiossauros, mas com crânios grandes e pescoço curto), lembrou a Universidade do Chile.
Disponível em: https://noticias.r7.com/tecnologiae-ciencia/cientistas-chilenos-encontram- ossil-de-umpterossauro-no-atacama-10092021 (adaptado)
Texto I
O racismo cresce e assusta na Europa, onde estive durante o último mês e pouco. Acontece um tétrico torneio de violência entre etnias e grupos – brancos contra negros e árabes, árabes contra negros e judeus, neonazistas contra negros, árabes, judeus e o que estiver pela frente. Racismo não é novidade no continente, e nem é preciso invocar a velha tradição antissemita e o seu paroxismo nazista. Na Europa desigual que emergiu da II Guerra Mundial, portugueses, espanhóis, italianos, gregos e outros em fuga das regiões mais pobres eram discriminados onde procuravam os empregos que não tinham em casa, e o problema dos magrebinos na França é anterior à II Guerra. Mas todos integraram-se de um jeito ou de outro no país escolhido ou voltaram aos seus próprios países economicamente recuperados, e o velho racismo foi solucionado, ou pelo menos amenizado, pelo tempo e o progresso.
O que assusta no novo racismo é a ausência de qualquer solução parecida à vista. Ele é econômico como o outro, claro. Existe na sua grande parte entre jovens marginalizados e sem perspectiva. Mas envolve cor e religião e ódios culturais novos, ou – no caso de judeus e muçulmanos – ódios antigos importados. E o tempo só piora o novo racismo. Caso curioso é o do futebol, que deveria estar contribuindo para o entendimento racial, mas ajuda a deteriorá-lo. Não há grande clube europeu que não tenha um bom número de jogadores negros, que são ídolos das suas torcidas, mas alvos dos insultos raciais das torcidas adversárias – que esquecem seus próprios ídolos negros na hora do xingamento. É nos estádios de futebol que tem havido os piores incidentes raciais. Na França fazem campanhas contra o preconceito e a violência, e contra as novas manifestações do antissemitismo, que tem sido uma infecção recorrente na história da Europa cristã. A luta parece em vão num mundo que, quanto mais cosmopolita fica, mais se retribaliza.
VERÍSSIMO, L.F. “Novos ódios”. Zero Hora, 31 mar.2005. Disponível
em:<http://observatoriodaimprensa.com.br/armazemliterario/misterio-resolvido/
Analise as seguintes assertivas:
I. No segundo período do segundo parágrafo, o adjetivo “econômico”, considerando-se o contexto, é sinônimo de “moderado”.
II. Em “Na Europa desigual que emergiu da II Guerra Mundial”, a transposição da oração destacada para sua forma reduzida geraria a forma verbal “emersa”.
III. Em “as novas manifestações do antissemitismo, que tem sido uma infecção recorrente na história da Europa” o pronome destacado pode referir-se tanto a “antissemitismo” quanto a “manifestações”.
Está correto o que se afirma em
A carteira (fragmento)
De repente, Honório olhou para o chão e viu uma carteira.
Abaixar-se, apanhá-la e guardá-la foi obra de alguns instantes.
Ninguém o viu, salvo um homem que estava à porta de uma loja,
e que, sem o conhecer, lhe disse rindo:
– Olhe, se não dá por ela, perdia-a de uma vez.
– É verdade, concordou Honório envergonhado.
Para avaliar a oportunidade desta carteira, é preciso saber que Honório tem de pagar amanhã uma dívida, quatrocentos e tantos mil-réis, e a carteira trazia o bojo recheado. A dívida não parece grande para um homem da posição de Honório, que advoga; mas todas as quantias são grandes ou pequenas, segundo as circunstâncias, e as dele não podiam ser piores. Gastos de família excessivos, a princípio por servir a parentes, e depois por agradar à mulher, que vivia aborrecida da solidão; baile daqui, jantar dali, chapéus, leques, tanta cousa mais, que não havia remédio senão ir descontando o futuro. Endividou-se. Começou pelas contas de lojas e armazéns; passou aos empréstimos, duzentos a um, trezentos a outro, quinhentos a outro, e tudo a crescer, e os bailes a darem-se, e os jantares a comerem-se, um turbilhão perpétuo, uma voragem.
– Tu agora vais bem, não? dizia-lhe ultimamente o Gustavo C..., advogado e familiar da casa.
– Agora vou, dizia o Honório.
A verdade é que ia mal. Poucas causas, de pequena monta,
e constituintes remissos; por desgraça perdera ultimamente um
processo, em que fundara grandes esperanças. Não só recebeu
pouco, mas até parece que ele lhe tirou alguma cousa à reputação
jurídica; em todo caso, andavam mofinas nos jornais.
D. Amélia não sabia nada; ele não contava nada à mulher,
bons ou maus negócios. Não contava nada a ninguém. Fingia-se
tão alegre como se nadasse em um mar de prosperidades. Quando
o Gustavo, que ia todas as noites à casa dele, dizia uma ou duas
pilhérias, ele respondia com três e quatro; e depois iam ouvir os
trechos de música alemã, que D. Amélia tocava muito bem ao
piano, e que o Gustavo escutava com indizível prazer, ou
jogavam cartas, ou simplesmente falavam de política.
Um dia, a mulher foi achá-lo dando muitos beijos à filha,
criança de quatro anos, e viu-lhe os olhos molhados; ficou
espantada, e perguntou-lhe o que era.
– Nada, nada.
Compreende-se que era o medo do futuro e o horror da
miséria. Mas as esperanças voltavam com facilidade. A ideia de
que os dias melhores tinham de vir dava-lhe conforto para a luta.
Estava com trinta e quatro anos; era o princípio da carreira: todos
os princípios são difíceis. E toca a trabalhar, a esperar, a gastar,
pedir fiado ou: emprestado, para pagar mal e a más horas.
ASSIS, Machado de. “A carteira” (fragmento). Disponível em:ASSIS, Machado de. “A carteira” (fragmento). Disponível em:
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000169.pdf>
( ) As expressões “novas regras” e “norma vigente” são exemplos de sinonímia.
( ) A expressão “vetada” pode ser substituída por “proibida” sem prejuízo do sentido original.
( ) A expressão “alvo de rusgas” remete à ideia de “objeto de desentendimentos”.
( ) Na palavra “descontentes”, o prefixo des- indica “separação”.
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.
Tio Maneco disse para o meu pai: – Esse cachorro é veadeiro.
Ao se transpor o texto acima para o discurso indireto, a forma verbal sublinhada será substituída por
Texto CG2A1-I
Direito e justiça são conceitos que se entrelaçam, a tal ponto de serem considerados uma só coisa pela consciência social. Fala-se no direito com o sentido de justiça, e vice-versa. Sabe-se, entretanto, que nem sempre eles andam juntos. Nem tudo o que é direito é justo e nem tudo o que é justo é direito. Isso acontece porque a ideia de justiça engloba valores inerentes ao ser humano, transcendentais, como a liberdade, a igualdade, a fraternidade, a dignidade, a equidade, a honestidade, a moralidade, a segurança, enfim, tudo aquilo que vem sendo chamado de direito natural desde a Antiguidade. O direito, por seu turno, é uma invenção humana, um fenômeno histórico e cultural concebido como técnica para a pacificação social e a realização da justiça.
Em suma, enquanto a justiça é um sistema aberto de valores, em constante mutação, o direito é um conjunto de princípios e regras destinado a realizá-la. E nem sempre o direito alcança esse desiderato, quer por não ter acompanhado as transformações sociais, quer pela incapacidade daqueles que o conceberam, quer, ainda, por falta de disposição política para implementá-lo, tornando-se, por isso, um direito injusto.
É possível dizer que a justiça está para o direito como o horizonte está para cada um de nós. Quanto mais caminhamos em direção ao horizonte — dez passos, cem passos, mil passos —, mais ele se afasta de nós, na mesma proporção. Nem por isso o horizonte deixa de ser importante, porque é ele que nos permite caminhar. De maneira análoga, o direito, na permanente busca da justiça, está sempre caminhando, em constante evolução.
Nesse compasso, a finalidade da justiça é a transformação social, a construção de uma sociedade justa, livre, solidária e fraterna, sem preconceitos, sem pobreza e sem desigualdades sociais. A criação de um direito justo, com efetivo poder transformador da sociedade, entretanto, não é obra apenas do legislador, mas também, e principalmente, de todos os operadores do direito, de sorte que, se ainda não temos uma sociedade justa, é porque temos falhado nessa sagrada missão de bem interpretar e aplicar o direito.
Sergio Cavalieri Filho. Direito, justiça e sociedade.
In: Revista da EMERJ, v. 5, n.º 8, 2002, p. 58-60 (com adaptações).
I “dos milhares” (segundo período) por das milhares
II “parecer” (quarto período) por parecerem
III “entrar” (sexto período) por entrarem
Assinale a opção correta.
Observe as frases a seguir.
I. Estudar e trabalhar engrandece o homem.
II. Rir e chorar fazem parte da vida.
III. O falar e o escrever caracterizam homens dinâmicos.
Marque a alternativa CORRETA