Questões de Concurso
Comentadas sobre sintaxe em português
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Assinale a alternativa que completa adequadamente as lacunas da frase.
A biblioteca já informou ________ vezes que, para a retirada de livros e revistas ______ de seu acervo, é ___________ a apresentação de documento de identidade e de comprovante de endereço.
Surdos: os bilíngues bimodais
Em 26 de setembro foi comemorado o Dia Nacional do Surdo (Lei nº 11.796/2008). Esse dia foi escolhido como homenagem à data de criação, no Rio de Janeiro, da primeira Escola de Surdos do Brasil, hoje conhecida como Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines).
A história de criação do INES se confunde com a história de criação da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Aliás aproveitamos para explicar que Libras é uma língua e não uma linguagem. Porque é um idioma oficial, reconhecido por lei federal (Lei nº 10.436/2002) e contém estrutura e regras próprias - tendo sido regulamentada desde 2010 a profissão de tradutor e intérprete de Libras.
As crianças surdas adquirem a língua de sinais de forma natural e espontânea. Enquanto o acesso à língua portuguesa acontece formalmente. Esses fatos tornam a língua de sinais imprescindível ao desenvolvimento de uma linguagem para a criança surda. Porque línguas de sinais e línguas faladas são línguas em modalidades diferentes, assim, pode-se dizer que os surdos são bilíngues bimodais.
O termo 'bilíngue bimodal' foi usado mais recentemente por pesquisadores que lidaram com crianças e adultos ouvintes com uma língua de sinais e uma língua falada. Não obstante o reconhecimento da condição bilíngue dos surdos ter existido na educação das pessoas com perdas auditivas há muito mais tempo.
É importante que as crianças surdas, além do aprendizado da língua de sinais, sejam também alfabetizadas na língua portuguesa, pois que é justamente essa última, sua segunda língua, que vai ser usada com função social interativa, como elemento de comunicação escrita através das redes sociais por exemplo.
A língua portuguesa será usada ainda para ler notícias, fazer consultas, escrever para alguém ou ler as mensagens que receber, ao mesmo tempo em que usam a língua de sinais para conversar e, em algumas situações, até ler textos em sinais. Assim, os surdos podem ser considerados bilíngues bimodais, pois a modalidade da escrita, apesar de também ser visual, é gráfica, o que a diferencia da modalidade gestualvisual.
Ser bilíngue bimodal apresenta uma série de vantagens, pois além das pessoas estarem diante de duas identidades linguísticas diferentes que propicia vantagens de ordem sociocultural, tem-se ainda vantagens como: você pode falar à distância; enquanto mastiga; através de portas de vidro; em ambientes com muito barulho, como em discotecas e pode falar até debaixo d'água, além de valorizar o seu currículo e tornar a sociedade mais inclusiva, ou seja, vale a pena ser bilíngue bimodal.
Geraldo Nogueira. Subsecretário da Pessoa com Deficiência do Município do Rio de Janeiro Agência O Dia. Texto disponível em: https://odia.ig.com.br/opiniao/2018/11/5589537- surdos-os-bilingues-bimodais.html. Acesso em: 01 de novembro de 2018.
Considerando a sintaxe de concordância e regência,
qual dos períodos abaixo NÃO está de acordo com a
norma culta da Língua Portuguesa.
Ruído ruim, silêncio bom?
Segundo o pesquisador e neurologista Michael Wehr, da Universidade de Oregon, nossos neurônios se acendem durante a quietude, de modo que o cérebro a está reconhecendo: não o vive como uma ausência de inputs. Na mesma linha raciocina a cardiologista e neurologista Imke Kirste: uma pesquisa, realizada somente com camundongos, mostrou que o silêncio, em maior nível do que qualquer melodia, provoca neurogênese (nascimento de novos neurônios).
“O pensamento profundo e meditado gera novas conexões entre os neurônios. Ou seja, uma vida intelectual ativa, que exige concentração e, portanto, silêncio, desempenha um papel protetor em distúrbios neuronais. Por exemplo, sabemos que um alto nível de escolaridade está associado a um menor risco de sofrer da doença de Alzheimer”, diz o neurologista, que aconselha uma rotina pouco barulhenta e pontuada por momentos de silêncio.
“Não é preciso se isolar completamente. Basta viver uma vida normal, com especial atenção para a calma.” Na verdade, nenhum cérebro humano aguenta o silêncio total. Existem câmaras anecóicas que reproduzem, no ambiente médico, o que há de mais parecido ao silêncio absoluto, e ninguém consegue ficar mais de 40 minutos dentro delas, porque o cérebro está sempre à procura estímulos e se não os encontra fora, amplia o ruído do coração, dos intestinos”, continua o cientista.
(https://brasil.elpais.com/brasil/2016/09/07/ciencia/1473259838
_168902.html?id_externo_rsoc=FB_BR_CM)
“nossos neurônios se acendem durante a quietude, de modo que o cérebro a está reconhecendo: não o vive como uma ausência de inputs”
O emprego dos dois pontos poderia ser substituído, sem prejuízo da compreensão e da correção gramatical, por:
“Sustentar essa ordem era acreditar na importância das relações hierárquicas.” (linhas 14 e 15)
A respeito do período acima, analise as afirmativas a seguir:
I. Há duas orações subordinadas substantivas, uma subjetiva e uma objetiva indireta.
II. O período apresenta duas orações reduzidas e nenhuma desenvolvida.
III. A oração principal é “era”.
Assinale
Texto 1
Texto 1
Texto 1
7 caminhos para a mobilidade urbana
Algumas formas de melhorar o trânsito, reduzir a poluição
e aumentar a qualidade de vida de quem mora nas metrópoles
Cidades são para pessoas ou, pelo menos, deveriam ser. Mas na realidade o que se vê nos grandes centros urbanos são vias dominadas por automóveis, o que leva a um trânsito caótico, poluição do ar e estresse. É por isso que especialistas do mundo todo se debruçam sobre o tema para encontrar alternativas que possam aumentar a mobilidade urbana. “Reduzir o número de carros circulando nas grandes cidades é fundamental, não apenas para o trânsito mas para a saúde da população, já que, atualmente, 75% das emissões poluentes são provenientes do sistema de transporte privado e público. Isso é uma questão de sobrevivência”, alerta Nívea Maria Oppermann, professora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unisinos e diretora de Desenvolvimento Urbano do WRI Brasil Cidades Sustentáveis.
E, já que esvaziar as metrópoles não é uma possibilidade – ao contrário, uma estimativa realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU) mostra que, até 2050, mais de 70% da população mundial viverá em cidades –, como é possível melhorar a mobilidade e a qualidade de vida nesses grandes centros?
As respostas, você confere a seguir:
1- Incentivo aos transportes ativos
Incentivar deslocamentos não motorizados tende a melhorar a relação das pessoas com o espaço público, diminui a poluição, melhora a saúde pública e reduz gastos. Um estudo realizado por pesquisadores das universidades de Lund, na Suécia, e de Queensland, na Austrália, concluiu que em Copenhague – capital da Dinamarca, a primeira cidade mundial de ciclismo – cada quilômetro rodado de carro custa, pelo menos, seis vezes mais caro que um quilômetro percorrido de bicicleta.
2- Construção de ciclovias
Ao contrário do que muita gente pensa, não se faz uma ciclovia a partir da demanda gerada por ciclistas, mas sim para convidar as pessoas a optar por outros meios de transporte que não o carro. Foi assim em Copenhague. A cidade sofria com grandes congestionamentos já na década de 1950. Foi quando o jovem arquiteto Jan Gehl resolveu arriscar uma solução: fechar as ruas para os carros. A revolta foi geral. Mas, depois de 20 anos, Gehl conseguiu provar que quanto mais ciclovias existem, mais gente pedala e melhor fica o trânsito, o ar e a qualidade de vida da população.
3- Investimento em transporte coletivo
Ninguém merece chegar suado no trabalho depois de uma pedalada e não ter nem onde guardar a bicicleta e tomar banho. Para deixar o carro em casa, os funcionários precisam de infraestrutura na empresa, com bicicletários e vestiários, vagas especiais para quem oferece carona, bonificações para quem utiliza o transporte coletivo, horários flexíveis ou home office em alguns dias da semana, entre outros. “O ensino a distância também é uma maneira de reduzir o deslocamento, assim como a descentralização dos cursos”, conta Nívea.
4- Menos deslocamento
Bairros mistos ajudam muito a melhorar a mobilidade, pois oferecem moradia e comércio com pequenas distâncias entre si. “Temos que pensar em bairros mais completos, que tenham outras atividades, porque isso vai acabar gerando emprego e as pessoas podem trabalhar perto de suas casas”, afirma Nívea. Uma iniciativa interessante, realizada em Londres e Paris, é o aluguel social em áreas centrais, subsidiado pelo governo, que permite que pessoas de classes sociais diversas morem perto do trabalho.
5- Menos ruas, mais fluidez
De acordo com o último relatório divulgado pela Caltrans (empresa que gerencia o trânsito da Califórnia), novas vias motivam mais motoristas a pegar o carro com maior frequência. Segundo a pesquisa, um aumento de 10% na capacidade das vias tende a aumentar entre 3% e 6% as milhas automotivas percorridas em curto prazo e entre 6% e 10% em longo prazo. Por outro lado, a desativação de elevados, combinada com a melhoria de avenidas já existentes em São Francisco, por exemplo, contribuiu para a revitalização de áreas degradadas da cidade e produziu uma queda significativa no tráfego. Um ambiente menos hostil para ciclistas e pedestres faz com que as ruas sejam vistas como um espaço público, uma zona de convivência, e não apenas um ponto de passagem.
6- Tecnologia como aliada
Aprimorar os serviços de informações em tempo real, facilitando o acesso a esquemas de compartilhamento de automóveis, bicicletas, vans, entre outros, e a horários, itinerários e serviços de transporte coletivo, é um grande negócio. “A tecnologia otimiza percurso, reduz desperdício e aumenta o ganho de tempo, ou seja, a qualidade de vida da população”, explica Nívea. Em algumas cidades, como Seul, na Coreia do Sul, todos os veículos têm GPS, o que permite às autoridades monitorar a velocidade e a localização dos ônibus. As informações são repassadas via celular e em tempo real para o usuário, que pode saber quanto tempo falta para o ônibus chegar ao ponto e qual rota ou conexão escolher.
7- Contribuição das empresas e instituições de ensino
Sem um sistema eficiente de transporte coletivo, é impossível estimular a população a substituir o carro. Por isso, é fundamental a criação de infraestrutura para a construção de novos modais como VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), metrô, BRT (Bus Rapid Transit), a implantação de corredores exclusivos e preferenciais para ônibus, entre outros, além de investimento em informação inteligente para a promoção do uso dessa nova infraestrutura. Mas, para que funcione, é preciso planejamento. “Precisamos de melhores projetos de transporte, adequados para cada realidade, porque não adianta uma cidade querer colocar BRT e não ter passageiros suficientes pra isso”, ressalta Nívea. Um exemplo é a Alemanha, onde o sistema Mo-bility integra a rede de transportes públicos a serviços de aluguel de bicicleta e carros elétricos em um único bilhete.
Fonte: http://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2016/05/7-caminhos-para-mobilidade-urbana.html Acesso em: 01/04/2017. [adaptado]
Leia:
“Precisamos de melhores projetos de transporte, adequados para cada realidade, porque não adianta uma cidade querer colocar BRT e não ter passageiros suficientes pra isso” [...]
Acerca do sujeito da oração destacada, pode-se dizer que:
TEXTO 1
Os camelos do Islã
Por Reinaldo José Lopes
Quando a gente pensa em eventos históricos, precisa sempre levar em conta um termo meio técnico, meio filosófico, sem o qual é muito fácil cometer escorregadas feias. O termo é contingência. Em outras palavras, o papel do que poderíamos chamar de coincidência ou acaso em mover as engrenagens da história, e o fato de que os eventos históricos são caóticos, quase que no sentido físico do termo: alterações minúsculas podem conduzir a efeitos gigantes.
Por que estou me saindo com essa conversa mole? Bem, porque escrevi não faz muito tempo uma reportagem para esta Folha contando como uma série de alterações climáticas ligadas a erupções de vulcões a partir do século 6º d.C. parecem ter contribuído para acabar com o mundo antigo e “criar” a Idade Média.
No texto original, acabou não cabendo um detalhe absolutamente fascinante: segundo os modelos computacionais climáticos usados pelos pesquisadores suíços que assinam o estudo, um dos efeitos do frio intenso trazido pela erupção vulcânica pode ter sido um considerável aumento da umidade — chuva, portanto — na Arábia. E daí, perguntará você?
Bom, mais chuva = mais grama para os camelos e cavalos comerem. Mais camelos e cavalos = mais poderio militar para as tribos árabes. As quais, no período de que estamos falando, tinham acabado de adotar uma nova e empolgante ideologia religiosa trazida por um certo profeta chamado Maomé — uma ideologia que estava “pronta para exportação”, digamos assim.
Aí a gente cai de novo na tal da contingência. A expansão árabe certamente não teria acontecido sem o surgimento do Islã — mas talvez não fosse viável sem aquele monte de camelos e cavalos que só nasceram graças a algumas erupções vulcânicas. Fatores assim interagem o tempo todo, e dificilmente a gente tem clareza suficiente para entendê-los na hora em que estão ocorrendo, ou mesmo muitos séculos depois.
In: http://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2016/03/08/os-camelos-do-isla/ Acesso em: 30 set. 2016
Leia o poema seguinte:
Rotação
Roda mundo, roda vida, roda vento.
Passa tudo, passa tanto, passa tempo.
Rodopiam as cores
na eterna reticência do momento.
Entre uma volta e outra do destino,
continuo apenas um menino
a soprar meu gira-sonho como um catavento.
(Flora Figueiredo. O trem que traz a noite. Novo Século, 2000.)
Assinale a alternativa INCORRETA.
Considere o poema abaixo:
Alegria não tenho,
Tristeza comigo mora;
Quando eu tiver alegria,
Jogarei tristeza fora.
(Maria José Nóbrega e Rosane Pamplona. Diga um verso bem bonito! - Trovas. São Paulo: Moderna, 2005. p.27.)
Assinale a alternativa INCORRETA