Questões de Concurso Comentadas sobre sintaxe em português

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Q618510 Português
Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal.
Alternativas
Q618502 Português
                                        O que é que houve?

Resolvi fazer um check-up. Havia tempo que não fazia e o redondo número de minha idade vinha ultimamente chamando a minha atenção para a cadeirinha do plano de saúde que carrego na carteira. Não tinha nenhum sintoma. Era apenas uma checagem para não vir a ter nenhum sintoma.

Entrei na sala para o primeiro exame:

— O que é que houve? — me perguntou o doutor.

A pergunta me pegou de surpresa. Fiquei envergonhada. Tive medo de parecer hipocondríaca.

— Nada. Apenas rotina.

O exame foi feito. Tudo normal. Saí da sala aliviada por minha ausência de manchas, mas um tanto constrangida por mobilizar a atenção daquele médico que poderia estar se dedicando a outros abdomens, que, doentes, esperam por suas imagens em filas gigantescas pelos hospitais da cidade.

Segui para o próximo. O laboratório parecia um shopping. Gente circulando, o café lotado, televisões ligadas, pessoas concentradas em seus celulares e revistas, parecendo esbanjar saúde. Entrei na sala e, mais uma vez, veio a pergunta:

— O que é que houve?

Parecia que eles tinham combinado. Tive vontade de sair correndo dali, cantando e dançando pra celebrar minha saúde. Não o fiz. Que Deus me livrasse, mas, àquela altura, eu também já queria ver se tinha alguma coisa. Mais uma vez, e com a graça de Deus, não tinha nada.

Saí do laboratório sentindo um alívio desconfortável e entrei no táxi pensando numa melhor maneira de responder à tal pergunta.

— O que é que houve, doutor? Tenho a sorte de poder pagar um bom plano de saúde. Por isso, acabo achando normal usar todo este equipamento e estes médicos bem formados para investigarem no meu abdômen a eventual possibilidade de eu vir a ter o sintoma que não tenho.

Uso minha carteirinha para o que chamam de medicina preventiva, fazendo jus à mensalidade que tenho pago por medo de precisar usar o que não poderei pagar. Eles bem sabem o quanto fico feliz em pagar mais do que uso porque obviamente me oferecem um produto que não quero precisar usar. De certa maneira, me dão a bênção de perder o que paguei. E, assim, sem nem sequer me dar conta, me vingo minimamente, fazendo exames de rotina enquanto outras pessoas morrem nas filas dos hospitais. É bem esquisito, não é, doutor?

(autoria: Denise Fraga, colunista do jornal Folha de São Paulo, texto retirado do site: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/denisefraga/2015/ Data: 20/09/2015) 
Considere os seguintes trechos do texto.

“Saí da sala aliviada por minha ausência de manchas, mas um tanto constrangida..."

Por isso, acabo achando normal usar todo este equipamento..."

As palavras sublinhadas estabelecem, no texto, respectivamente, uma relação de: 
Alternativas
Q618501 Português
                                        O que é que houve?

Resolvi fazer um check-up. Havia tempo que não fazia e o redondo número de minha idade vinha ultimamente chamando a minha atenção para a cadeirinha do plano de saúde que carrego na carteira. Não tinha nenhum sintoma. Era apenas uma checagem para não vir a ter nenhum sintoma.

Entrei na sala para o primeiro exame:

— O que é que houve? — me perguntou o doutor.

A pergunta me pegou de surpresa. Fiquei envergonhada. Tive medo de parecer hipocondríaca.

— Nada. Apenas rotina.

O exame foi feito. Tudo normal. Saí da sala aliviada por minha ausência de manchas, mas um tanto constrangida por mobilizar a atenção daquele médico que poderia estar se dedicando a outros abdomens, que, doentes, esperam por suas imagens em filas gigantescas pelos hospitais da cidade.

Segui para o próximo. O laboratório parecia um shopping. Gente circulando, o café lotado, televisões ligadas, pessoas concentradas em seus celulares e revistas, parecendo esbanjar saúde. Entrei na sala e, mais uma vez, veio a pergunta:

— O que é que houve?

Parecia que eles tinham combinado. Tive vontade de sair correndo dali, cantando e dançando pra celebrar minha saúde. Não o fiz. Que Deus me livrasse, mas, àquela altura, eu também já queria ver se tinha alguma coisa. Mais uma vez, e com a graça de Deus, não tinha nada.

Saí do laboratório sentindo um alívio desconfortável e entrei no táxi pensando numa melhor maneira de responder à tal pergunta.

— O que é que houve, doutor? Tenho a sorte de poder pagar um bom plano de saúde. Por isso, acabo achando normal usar todo este equipamento e estes médicos bem formados para investigarem no meu abdômen a eventual possibilidade de eu vir a ter o sintoma que não tenho.

Uso minha carteirinha para o que chamam de medicina preventiva, fazendo jus à mensalidade que tenho pago por medo de precisar usar o que não poderei pagar. Eles bem sabem o quanto fico feliz em pagar mais do que uso porque obviamente me oferecem um produto que não quero precisar usar. De certa maneira, me dão a bênção de perder o que paguei. E, assim, sem nem sequer me dar conta, me vingo minimamente, fazendo exames de rotina enquanto outras pessoas morrem nas filas dos hospitais. É bem esquisito, não é, doutor?

(autoria: Denise Fraga, colunista do jornal Folha de São Paulo, texto retirado do site: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/denisefraga/2015/ Data: 20/09/2015) 
Na frase “Havia tempo que não fazia e o redondo número de minha idade...", se considerarmos a palavra “tempo" no plural, qual alternativa contém o verbo haver conjugado corretamente?

“__________ tempos que não fazia e o redondo número de minha idade". 
Alternativas
Q618363 Português
Na frase: Estamos aqui para a realização das atividades propostas pelos professores. A oração destacada indica: 
Alternativas
Q618360 Português
Na frase: “Para a realização das provas do concurso, chegamos no ônibus das 7h." A expressão destacada refere-se a: 
Alternativas
Q618352 Português
                                                Texto 2

Com a evolução política da humanidade, dois valores fundamentais consolidaram o ideal democrático: a liberdade e a igualdade, valores que foram traduzidos como objetivos maiores dos seres humanos em todas as épocas. Mas os avanços e as conquistas populares em direção a esses objetivos nem sempre se desenvolveram de forma pacífica. Guerras, destituições e enforcamentos de reis e monarcas, revoluções populares e golpes de Estado marcaram a trajetória da humanidade em sua busca de liberdade e igualdade.

(Clóvis Brigagão & Gilberto M. Rodrigues. 1998. Globalização a olho nu: o mundo conectado. São Paulo: Moderna). 
Na frase: Se não chover hoje à tarde faremos um belíssimo passeio. Há indicação de: 
Alternativas
Q618351 Português
                                                Texto 2

Com a evolução política da humanidade, dois valores fundamentais consolidaram o ideal democrático: a liberdade e a igualdade, valores que foram traduzidos como objetivos maiores dos seres humanos em todas as épocas. Mas os avanços e as conquistas populares em direção a esses objetivos nem sempre se desenvolveram de forma pacífica. Guerras, destituições e enforcamentos de reis e monarcas, revoluções populares e golpes de Estado marcaram a trajetória da humanidade em sua busca de liberdade e igualdade.

(Clóvis Brigagão & Gilberto M. Rodrigues. 1998. Globalização a olho nu: o mundo conectado. São Paulo: Moderna). 
É possível reescrever o excerto: “Mas os avanços e as conquistas populares em direção a esses objetivos nem sempre se desenvolveram de forma pacífica." Substituindo a conjunção destacada sem prejudicar o sentido da frase por: 
Alternativas
Q617920 Português

OBS: Não serão exigidas as alterações introduzidas pelo Decreto Federal 6.583/2008 - Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, alterado pelo Decreto nº 7.875/2012 que prevê que a implementação do Acordo obedecerá ao período de transição de 1º de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2015, durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova norma estabelecida.”. 

O destino viaja de ônibus 

    O que era para ser uma rotineira e inconsequente viagem, entre duas pequenas localidades, acaba mudando o destino de muitas vidas. O ônibus atola por causa de uma tempestade e está pronto o cenário. No percurso, cada passageiro criara um ______ de privacidade e proteção, cada um deles ruminando os próprios problemas. A partir daí começa a socialização. Juan, Alice, Camile, Tim tomam consciência que formam uma comunidade e o destino deles ainda não fora definido.
     “O destino viaja de ônibus” é um dos grandes romances do norte-americano John Steinbeck, Prêmio Nobel de Literatura de 1962. Ele assume uma das comparações favoritas da existência: a vida é uma grande viagem. Somos nós e nossas circunstâncias. Uma viagem monótona pode tomar cores vivas. A pessoa pode estar no lugar errado no momento errado. Ou ao contrário: estar no lugar certo no momento certo. Mesmo assim não podemos atribuir tudo _____ sorte ou ao azar.
    Afinal, você foi até o Terminal Rodoviário, escolheu o destino, escolheu o horário, escolheu o ônibus e até mesmo foi consultado sobre a poltrona favorita. Mas não escolheu os demais que viajariam no ônibus e também não teve qualquer decisão sobre o bom ou mau tempo, sobre a tempestade e sobre o atoleiro. Nossas escolhas ______ sempre alguma conexão entre elas. Depois surgem os outros e as circunstâncias.
    Podemos aumentar a alegoria lembrando que cada um dos viajantes carrega sua mala. Há malas importadas, malas que já fizeram muitas viagens, malas quase vazias, malas que transportam dinheiro, malas que transportam coisas inúteis, malas grandes ou pequenas, cada uma com um nome e todas elas protegendo seu segredo.
     Os fatalistas garantem que tudo está decidido. Temos a sensação de liberdade, mas esta liberdade é redirecionada a cada curva do caminho. Os imprevistos têm força de _____. Outros são de opinião que somos inteiramente livres e construímos sozinhos o nosso projeto.
    Quando nascemos, carregamos nosso destino. Somos feitos, direcionados, para Deus. As circunstâncias que surgem podem mudar o roteiro, podem nos levar longe do projeto original. Mas Deus refaz nosso projeto para alcançarmos um final feliz. Por outro lado, a felicidade não está no fim do caminho, mas é um modo de viajar. [...]

(Aldo Colombo – Jornal Correio Riograndense – Edição nº 5417 - disponível em http://www.correioriograndense.com.br – acesso em 15/04/2015 - adaptado)

Julgue as assertivas abaixo relativas a estrutura do texto:

I– Há sujeito após o verbo em “Depois surgem os outros e as circunstâncias...” (3º§)

II – Em “Há malas importadas, ...” (4º§) o verbo “Há” pode ser substituído por “Existe” sem prejuízo à correção gramatical e ao sentido.

III – Na última oração do texto, caso o conetivo “mas” fosse substituído por “porém”, haveria prejuízo à correção gramatical e ao sentido.

Está (ão) correta (s):

Alternativas
Q617869 Português
                                                       
A linguagem poética

Em relação à prosa comum, o poema se define de certas restrições e de certas liberdades. Frequentemente se confunde a poesia com o verso. Na sua origem, o verso tem uma função mneumotécnica (= técnica de memorizar); os textos narrativos, líricos e mesmo históricos e didáticos eram comunicados oralmente, e os versos – repetição de um mesmo número de sílabas ou de um número fixo de acentos tônicos e eventualmente repetição de uma mesma sonoridade (rima) – facilitavam a memorização. Mais tarde o verso se tornou um meio de enfeitar o discurso, meio que se desvalorizou pouco a pouco: a poesia contemporânea é rimada, mas raramente versificada. Na verdade o valor poético do verso decorre de suas relações com o ritmo, com a sintaxe, com as sonoridades, com o sentido das palavras. O poema é um todo.

(…)

Os poetas enfraquecem a sintaxe, fazendo-a ajustar-se às exigências do verso e da expressão poética. Sem se permitir verdadeiras incorreções gramaticais, eles se permitem “licenças poéticas".

Além disso, eles trabalham o sentido das palavras em direções contrárias: seja dando a certos termos uma extensão ou uma indeterminação inusitadas; seja utilizando sentidos raros, em desuso ou novos; seja criando novas palavras.

Tais liberdades aparecem mais particularmente na utilização de imagens. Assim, Jean Cohen, ao estudar o processo de fabricação das comparações poéticas, observa que a linguagem corrente faz espontaneamente apelo a comparações “razoáveis" (pertinentes) do tipo “a terra é redonda como uma laranja" (a redondeza é efetivamente uma qualidade comum à terra e a uma laranja), ao passo que a linguagem poética fabrica comparações inusitadas tais como: “Belo como a coisa nova/Na prateleira até então vazia" (João Cabral de Melo Neto). Ou, então estranhas como: “A terra é azul como uma laranja" (Paul Éluard).

Francis Vanoye
Assinale a alternativa correta quanto à regência verbal.
Alternativas
Q617820 Português
Era uma vez... 

     As crianças de hoje parecem nascer já familiarizadas com todas as engenhocas eletrônicas que estarão no centro de suas vidas. Jogos, internet, e-mails, músicas, textos, fotos, tudo está à disposição à qualquer hora do dia e da noite, ao alcance dos dedos. Era de se esperar que um velho recurso para se entreter e ensinar crianças como adultos − contar histórias − estivesse vencido, morto e enterrado. Ledo engano. Não é incomum que meninos abandonem subitamente sua conexão digital para ouvirem da viva voz de alguém uma história anunciada pela vetusta entrada do “Era uma vez...". 
      Nas narrativas orais − talvez o mais antigo e proveitoso deleite da nossa civilização – a presença do narrador faz toda a diferença. As inflexões da voz, os gestos, os trejeitos faciais, os silêncios estratégicos, o ritmo das palavras – tudo é vivo, sensível e vibrante. A conexão se estabelece diretamente entre pessoas de carne e osso, a situação é única e os momentos decorrem em tempo real e bem marcado. O ouvinte sente que o narrador se interessa por sua escuta, o narrador sabe-se valorizado pela atenção de quem o ouve, a narrativa os une como num caloroso laço de vozes e de palavras.
     As histórias clássicas ganham novo sabor a cada modo de contar, na arte de cada intérprete. Não é isso, também, o que se busca num teatro? Nas narrações, as palavras suscitam imagens íntimas em quem as ouve, e esse ouvinte pode, se quiser, interromper o narrador para esclarecer um detalhe, emitir um juízo ou simplesmente uma interjeição. Havendo vários ouvintes, forma-se uma roda viva, uma cadeia de atenções que dá ainda mais corpo à história narrada. Nesses momentos, é como se o fogo das nossas primitivas cavernas se acendesse, para que em volta dele todos comungássemos o encanto e a magia que está em contar e ouvir histórias. Na época da informática, a voz milenar dos narradores parece se fazer atual e eterna.  

(Demócrito Serapião, inédito) 
O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se em uma forma do plural para preencher corretamente a lacuna da frase:
Alternativas
Q617817 Português
Era uma vez... 

     As crianças de hoje parecem nascer já familiarizadas com todas as engenhocas eletrônicas que estarão no centro de suas vidas. Jogos, internet, e-mails, músicas, textos, fotos, tudo está à disposição à qualquer hora do dia e da noite, ao alcance dos dedos. Era de se esperar que um velho recurso para se entreter e ensinar crianças como adultos − contar histórias − estivesse vencido, morto e enterrado. Ledo engano. Não é incomum que meninos abandonem subitamente sua conexão digital para ouvirem da viva voz de alguém uma história anunciada pela vetusta entrada do “Era uma vez...". 
      Nas narrativas orais − talvez o mais antigo e proveitoso deleite da nossa civilização – a presença do narrador faz toda a diferença. As inflexões da voz, os gestos, os trejeitos faciais, os silêncios estratégicos, o ritmo das palavras – tudo é vivo, sensível e vibrante. A conexão se estabelece diretamente entre pessoas de carne e osso, a situação é única e os momentos decorrem em tempo real e bem marcado. O ouvinte sente que o narrador se interessa por sua escuta, o narrador sabe-se valorizado pela atenção de quem o ouve, a narrativa os une como num caloroso laço de vozes e de palavras.
     As histórias clássicas ganham novo sabor a cada modo de contar, na arte de cada intérprete. Não é isso, também, o que se busca num teatro? Nas narrações, as palavras suscitam imagens íntimas em quem as ouve, e esse ouvinte pode, se quiser, interromper o narrador para esclarecer um detalhe, emitir um juízo ou simplesmente uma interjeição. Havendo vários ouvintes, forma-se uma roda viva, uma cadeia de atenções que dá ainda mais corpo à história narrada. Nesses momentos, é como se o fogo das nossas primitivas cavernas se acendesse, para que em volta dele todos comungássemos o encanto e a magia que está em contar e ouvir histórias. Na época da informática, a voz milenar dos narradores parece se fazer atual e eterna.  

(Demócrito Serapião, inédito) 

Atente para esta sequência de frases que compõem um período do texto:

I. O ouvinte sente que o narrador se interessa por sua escuta,

II. o narrador sabe-se valorizado pela atenção de quem o ouve,

III. a narrativa os une como num caloroso laço de vozes e de palavras.

Não se altera o sentido do período acima introduzindo-se as frases II e III, respectivamente, com as seguintes expressões:

Alternativas
Q617812 Português
Revolução
     Notícias de homens processados nos Estados Unidos por assédio sexual quando só o que fizeram foi uma gracinha ou um gesto são vistas aqui como muito escândalo por pouca coisa e mais uma prova da hipocrisia americana em matéria de sexo. A hipocrisia existe, mas o aparente exagero tem a ver com a luta da mulher americana para mudar um quadro de pressupostos e tabus tão machistas lá quanto em qualquer país latino, e que só nos parece exagerada porque ainda não chegou aqui com a mesma força. As mulheres americanas não estão mais para brincadeira, em nenhum sentido. 
        A definição de estupro é a grande questão atual. Discute-se, por exemplo, o que chamam de date rape, que não é o ataque sexual de um estranho ou sexo à força, mas o programa entre namorados ou conhecidos que acaba em sexo com o consentimento relutante da mulher. Ou seja, sedução também pode ser estupro. Isso não é apenas uma novidade, é uma revolução. O homem que se criou convencido de que a mulher resiste apenas para não parecer “fácil" não está preparado para aceitar que a insistência, a promessa e a chantagem sentimental ou profissional são etapas numa escalada em que o uso da força, se tudo o mais falhar, está implícito. E que muitas vezes ele está estuprando quem pensava estar convencionalmente conquistando. No dia em que o homem brasileiro aceitar isso, a revolução estará feita e só teremos de dar graças a Deus por ela não ser retroativa. 
     A verdadeira questão para as mulheres americanas é que o homem pode recorrer a tudo na sociedade − desde a moral dominante até as estruturas corporativas e de poder − para seduzi-las, que toda essa civilização é no fundo um álibi montado para o estupro, e que elas só contam com um “não" desacreditado para se defender. Estão certas. 
<
(VERISSIMO, Luis Fernando. Sexo na cabeça. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002, p. 143) 

Atente para as seguintes construções:

I. Haveria ainda mais hipocrisia, nas relações entre o homem e a mulher americanos, caso não venham a se organizar os atuais protestos contra o assédio sexual.

II. Não fossem as iniciativas das mulheres americanas, que não hesitam em processar os desrespeitadores machistas, não se demoveriam práticas detestáveis de discriminação e desrespeito.

III. Havendo ameaça de um processo, é natural que os homens americanos passem a acautelar-se quanto às atitudes que venham a tomar em suas relações com as mulheres.

A correlação entre tempos e modos verbais está plenamente respeitada APENAS em

Alternativas
Q617811 Português
Revolução
     Notícias de homens processados nos Estados Unidos por assédio sexual quando só o que fizeram foi uma gracinha ou um gesto são vistas aqui como muito escândalo por pouca coisa e mais uma prova da hipocrisia americana em matéria de sexo. A hipocrisia existe, mas o aparente exagero tem a ver com a luta da mulher americana para mudar um quadro de pressupostos e tabus tão machistas lá quanto em qualquer país latino, e que só nos parece exagerada porque ainda não chegou aqui com a mesma força. As mulheres americanas não estão mais para brincadeira, em nenhum sentido. 
        A definição de estupro é a grande questão atual. Discute-se, por exemplo, o que chamam de date rape, que não é o ataque sexual de um estranho ou sexo à força, mas o programa entre namorados ou conhecidos que acaba em sexo com o consentimento relutante da mulher. Ou seja, sedução também pode ser estupro. Isso não é apenas uma novidade, é uma revolução. O homem que se criou convencido de que a mulher resiste apenas para não parecer “fácil" não está preparado para aceitar que a insistência, a promessa e a chantagem sentimental ou profissional são etapas numa escalada em que o uso da força, se tudo o mais falhar, está implícito. E que muitas vezes ele está estuprando quem pensava estar convencionalmente conquistando. No dia em que o homem brasileiro aceitar isso, a revolução estará feita e só teremos de dar graças a Deus por ela não ser retroativa. 
     A verdadeira questão para as mulheres americanas é que o homem pode recorrer a tudo na sociedade − desde a moral dominante até as estruturas corporativas e de poder − para seduzi-las, que toda essa civilização é no fundo um álibi montado para o estupro, e que elas só contam com um “não" desacreditado para se defender. Estão certas. 
<
(VERISSIMO, Luis Fernando. Sexo na cabeça. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002, p. 143) 
As exigências quanto à concordância verbal estão plenamente atendidas na frase:
Alternativas
Q617594 Português
                                        As sandálias da humildade

Ignorar a existência de um problema equivale a eternizá-lo. Albert Einstein já dizia que só quando a gente reconhece uma limitação é que se torna capaz de superá-la.
Os japoneses entendem essa lição de forma clara. Dei-me conta disso com a reação das autoridades aos resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, da OCDE, que compara o rendimento de secundaristas em diferentes países. Os estudantes do Japão alcançaram o quarto lugar em leitura e em ciências e o sétimo em matemática. Tais resultados representaram uma melhora da posição do Japão nas três matérias em relação ao exame anterior.
No entanto, não se viu discurso triunfalista; os resultados foram recebidos com sobriedade. A maioria dos comentários chamava a atenção para a importância de que se fizessem esforços ainda maiores para aprimorar a qualidade acadêmica e a competitividade internacional dos estudantes japoneses.
Na mesma avaliação, o Brasil também melhorou em leitura, matemática e ciências. As autoridades brasileiras saudaram os resultados como "grande avanço".
Talvez seja a influência da cultura japonesa em mim, mas acho muito cedo para nos vangloriarmos. Nesse campo, vejo mais batalha que vitória. Fizemos progressos, mas poderíamos ter feito muito mais. Entre 65 países avaliados, o Brasil ficou em 58º. Nossa posição é, em si, vergonhosa. Acabamos bem abaixo da média. Saímos reprovados.
Somos um país em desenvolvimento. Temos nossas limitações. No entanto, para superá-las, primeiro temos de reconhecê-las, como sugeriu Albert Einstein. Recentemente, o ministro dos Esportes anunciou que alguns dos estádios prometidos para a Copa não serão entregues no prazo contratado. Algo no planejamento ou na execução dos projetos falhou. Essas coisas acontecem. Todo mundo está sujeito a atrasos involuntários. Mas a primeira coisa que a gente faz quando se atrasa é desculpar-se. A segunda é explicar o atraso a quem teve de aguentá-lo.
O ministro não fez nem uma coisa nem outra. Comparou a Copa do Mundo a um casamento e os estádios a noivas, que sempre se atrasam. Esqueceu-se, no entanto, de considerar que, nos casamentos, a festa é paga com recursos privados. A construção dos estádios, porém, é financiada com verbas públicas. No caso da noiva, o atraso pode ser charme. No caso de obras públicas, atrasos nada mais são do que falhas, involuntárias ou não, de quem é responsável por construí-las.
Para corrigir esse tipo de problema, precisamos admitir sua existência. Somos um país em desenvolvimento. Temos o direito de errar. Mas, se não aprendermos com os nossos erros, ficaremos em desenvolvimento para sempre - ou, pelo menos, por mais tempo do que seria necessário. Uma vez mais, chegaremos atrasados.
Para acelerar o passo, talvez devêssemos calçar mais frequentemente as sandálias da humildade. Quem sabe elas tornem mais rápida a longa caminhada que, como país, ainda temos diante de nós.

(Alexandre Vidal Porto – Folha de São Paulo – adaptado)

A questão a seguir refere-se ao texto acima:


Leia as afirmativas a seguir, a respeito do texto:


I – Em “No entanto, não se viu discurso triunfalista; ...” a próclise é obrigatória por causa da palavra “não”, que atrai o pronome.

II – No trecho “Albert Einstein já dizia que só quando a gente reconhece...” o verbo “dizia” é classificado como REGULAR.

III – Em “estudantes japoneses” (3º parágrafo) a palavra “japoneses” é um adjetivo pátrio que qualifica o substantivo ao qual se refere.

IV – No período “Esqueceu-se, no entanto, de considerar que, nos casamentos, a festa é paga com recursos privados.” a conjunção “no entanto” é coordenativa adversativa.


Estão corretas:

Alternativas
Q617588 Português
                                        As sandálias da humildade

Ignorar a existência de um problema equivale a eternizá-lo. Albert Einstein já dizia que só quando a gente reconhece uma limitação é que se torna capaz de superá-la.
Os japoneses entendem essa lição de forma clara. Dei-me conta disso com a reação das autoridades aos resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, da OCDE, que compara o rendimento de secundaristas em diferentes países. Os estudantes do Japão alcançaram o quarto lugar em leitura e em ciências e o sétimo em matemática. Tais resultados representaram uma melhora da posição do Japão nas três matérias em relação ao exame anterior.
No entanto, não se viu discurso triunfalista; os resultados foram recebidos com sobriedade. A maioria dos comentários chamava a atenção para a importância de que se fizessem esforços ainda maiores para aprimorar a qualidade acadêmica e a competitividade internacional dos estudantes japoneses.
Na mesma avaliação, o Brasil também melhorou em leitura, matemática e ciências. As autoridades brasileiras saudaram os resultados como "grande avanço".
Talvez seja a influência da cultura japonesa em mim, mas acho muito cedo para nos vangloriarmos. Nesse campo, vejo mais batalha que vitória. Fizemos progressos, mas poderíamos ter feito muito mais. Entre 65 países avaliados, o Brasil ficou em 58º. Nossa posição é, em si, vergonhosa. Acabamos bem abaixo da média. Saímos reprovados.
Somos um país em desenvolvimento. Temos nossas limitações. No entanto, para superá-las, primeiro temos de reconhecê-las, como sugeriu Albert Einstein. Recentemente, o ministro dos Esportes anunciou que alguns dos estádios prometidos para a Copa não serão entregues no prazo contratado. Algo no planejamento ou na execução dos projetos falhou. Essas coisas acontecem. Todo mundo está sujeito a atrasos involuntários. Mas a primeira coisa que a gente faz quando se atrasa é desculpar-se. A segunda é explicar o atraso a quem teve de aguentá-lo.
O ministro não fez nem uma coisa nem outra. Comparou a Copa do Mundo a um casamento e os estádios a noivas, que sempre se atrasam. Esqueceu-se, no entanto, de considerar que, nos casamentos, a festa é paga com recursos privados. A construção dos estádios, porém, é financiada com verbas públicas. No caso da noiva, o atraso pode ser charme. No caso de obras públicas, atrasos nada mais são do que falhas, involuntárias ou não, de quem é responsável por construí-las.
Para corrigir esse tipo de problema, precisamos admitir sua existência. Somos um país em desenvolvimento. Temos o direito de errar. Mas, se não aprendermos com os nossos erros, ficaremos em desenvolvimento para sempre - ou, pelo menos, por mais tempo do que seria necessário. Uma vez mais, chegaremos atrasados.
Para acelerar o passo, talvez devêssemos calçar mais frequentemente as sandálias da humildade. Quem sabe elas tornem mais rápida a longa caminhada que, como país, ainda temos diante de nós.

(Alexandre Vidal Porto – Folha de São Paulo – adaptado)

A questão a seguir refere-se ao texto acima:


Leia os trechos a seguir:


I – Fizemos progressos, mas poderíamos ter feito muito mais.”

II – Temos nossas limitações. No entanto, para superá-las,...”

III – Mas, se não aprendermos com os nossos erros...”

IV – A construção dos estádios, porém, é financiada com verbas públicas.”


Marque a alternativa que contém as ideias que as conjunções sublinhadas acima estabelecem entre os segmentos do texto no qual estão inseridas, respectivamente:

Alternativas
Q617564 Português
                                       O último povo das cavernas

      Ela está deitada, morrendo. Lídia Maiyu jaz encolhida ao pé da fogueira do acampamento, dentro de uma caverna. Pernas e braços são meros gravetos, os olhos estão esbugalhados com a apreensão da morte. Tosse, seu corpo se ____________ e ela chora de dor. Lídia tem uns 15 anos – não sabe ao certo. _______ meses antes ela deu à luz, e o bebê morreu. O grupo deixou o corpo em uma caverna e mudou-se. Pasu Aiyo, o marido de Lídia, me diz que é assim que se faz. “Quando você fica doente, ou melhora ou morre", sentencia.

      A escuridão é impenetrável, exceto pelo fulgor da fogueira. Não há estrelas, como se fosse demais contar com elas. Em vez disso, chove forte fora do abrigo na saliência da rocha, e ondas de água estapeiam incansáveis as gigantescas frondes da selva. Parece que sempre chove à noite nas montanhas de Papua – Nova Guiné. É por isso que Lídia e os que restam do seu povo buscam ___________ nas rochas: são secas. As cavernas ficam no alto de penhascos, e o acesso a elas às vezes requer uma traiçoeira escalada por cipós. São também uma fortaleza natural que em outros tempos protegia os povos das cavernas de seus inimigos: caçadores de cabeça, canibais e ladrões de noivas. Mas isso foi em gerações passadas. Agora seus inimigos são menos violentos, embora não menos mortais: malária e tuberculose.

      Pasu, o marido de Lídia, enxota o cão de caça, e se senta ao pé do fogo. __________ sua tanga de folhas e deita a cabeça de Lídia em seu colo. Pálida, ela olha para ele com grande esforço. Pasu, muito sério, pede para seu irmão que nos pergunte se há alguma coisa que possamos fazer por ela.

      Um membro da nossa equipe de pesquisa, que fez treinamento para atendimento médico para urgências, examina Lídia e constata que ela tem os pulmões cheios de líquido, o coração está disparado, com 140 batimentos por minuto, e a febre bate nos 40 graus. Diagnostica uma provável pneumonia grave, e dá a Lídia doses duplas de antibiótico e Tylenol. “Conseguimos convencê-la a tomar uma xícara de água esterilizada com açúcar e sal, a deixamos sentada nos braços do marido para que possa respirar melhor a noite e sugerimos que ao amanhecer seja levada das montanhas, descendo o rio, até uma clínica do vilarejo", numa tentativa de salvar mais uma vida desses povos das cavernas.

                                                               (Revista National Geographic - adaptado)
Os dois vocábulos sublinhados nas frases abaixo expressam ideia de:

Quando você fica doente, ..."

Agora seus inimigos são menos violentos, ..." 
Alternativas
Q617409 Português
Com base no excerto a seguir, responda à questão:

“O povo tinha necessidade de alimentos.
Mas também de vida.
O povo tinha necessidade de vida.
De acordar pela manhã e fortalecer a esperança com um sorriso no rosto.
De sorrir pela manhã por ter a esperança fortalecida.
O povo tinha necessidade de alimentos. Alimento de vida. E alimento de alma.
Mas a cada dia, a fome só aumentava.”
Na expressão “O povo tinha necessidade de vida”, o termo em destaque “o povo” caracteriza-se sintaticamente em:
Alternativas
Q617406 Português
 Com relação aos termos integrantes de uma oração, na expressão “Acompanhei meus irmãos até a esquina”, os termos em destaque “meus irmãos” são sintaticamente classificados em: 
Alternativas
Q617397 Português
Os sinais de pontuação são recursos gráficos da linguagem escrita que possibilitam estruturar o texto. Na frase “Ângela, mulher de bom caráter e bom coração, dedicou seu tempo a ajudar os pobres”, a vírgula empregada isola o:
Alternativas
Q617269 Português
Voo solo  

O inferno são os outros! A conhecida frase de Jean-Paul Sartre agora dá sentido a um fenômeno de massa. Se o inferno são os outros, então nossos contemporâneos parecem estar se movimentando para fugir das catacumbas sulfurosas. Segundo Eric Klinenberg, professor de Sociologia da Universidade de Nova York e autor do livro Going Solo: The extraordinary rise and surprising appeal of living alone (editora Penguin), cada vez mais pessoas optam por viver sozinhas.
O autor carrega nas tintas, embalado por um mercado editorial viciado em títulos de impacto, argumentos surpreendentes e fatos irrefutáveis, mas o livro tem méritos. Segundo Klinenberg, estamos presenciando uma inflexão histórica. Cultivamos, durante milênios, uma repulsa existencial e filosófica à solidão. “O homem que vive isolado, que é incapaz de partilhar os benefícios da associação política ou não precisa partilhar porque já é autossuficiente, não faz parte da pólis, e deve, portanto, ser ou uma besta ou um deus”, escreveu Aristóteles (apud Klinenberg).
As sociedades humanas se estruturaram em torno do desejo fundamental de os indivíduos viverem na companhia uns dos outros. O isolamento é frequentemente associado à punição. Uma criança mal comportada é separada de seus pares e colocada sozinha. Um prisioneiro malcomportado é trancafiado na solitária.
 Entretanto, segundo Klinenberg, tudo isso está mudando. Nas últimas décadas, houve um aumento expressivo do número de homens e mulheres que passaram a viver voluntariamente sozinhos. O fenômeno é consequência do desenvolvimento econômico, que permite maior autonomia; da superação da lógica econômica do casamento, que dá maior liberdade às pessoas para buscar arranjos alternativos; da urbanização, que adensa as comunidades humanas; e da evolução das tecnologias de informação e de comunicação, que facilitam a interação entre as pessoas. Resultado: estamos casando mais tarde, prolongando o período entre o divórcio e o novo casamento, ou evitando um novo casamento, e escapando o quanto possível da possibilidade de viver com outra pessoa. É o novo solteirismo!
Nas grandes cidades norte-americanas, 40% das moradias têm um único ocupante. Em Washington e Manhattan, casos extremos, são 50%. E o fenômeno não se restringe aos Estados Unidos. Paris apresenta números superiores a 50% e, em Estocolmo, a taxa chega a 60%. China, Índia e Brasil, países em desenvolvimento, caminham no mesmo sentido.
 Viver sozinho deixou de ser fonte de medo e causa de isolamento social. As vantagens são notáveis: controle sobre a própria vida, liberdade de ação e melhores condições para perseguir atividades voltadas para a autorrealização.No imaginário social, vai surgindo um novo modelo ideal: o neossolteiro, um ou uma profissional de sucesso, socialmente atuante e mestre de sua existência.
O fenômeno do novo solteirismo relaciona-se a outro fenômeno, maior, de enfraquecimento dos vínculos e das relações, que se manifesta na vida social e na vida profissional. Richard Sennet registrou a tendência no livro A Corrosão do Caráter (editora Record), no fim da década de 1990. De fato, o comprometimento dos indivíduos com instituições e organizações vem se fragilizando há algumas décadas. Hoje, transitamos por inúmeros grupos, empresas e comunidades, porém estabelecemos relacionamentos apenas tênues e temporários. 
Nas empresas, depois de seguidas ondas de reestruturações, enxugamentos e terceirizações, os empregos “para toda a vida” estão quase extintos. Paradoxalmente, empresários e executivos continuam esperando alto grau de envolvimento e comprometimento de seus funcionários, e frustram-se quando não os conseguem. Com a ajuda de asseclas de recursos humanos, tentam tapar o sol com a peneira, programando palestras motivacionais, abraçando árvores e promovendo interlúdios culturais. Pouco adianta.
 As novas gerações representam para as empresas um considerável desafio: os mais jovens são individualistas, inquietos e despudoradamente ambiciosos. Saltam de galho em galho corporativo sem olhar para trás. Habitam redes fluidas, sejam elas comunidades reais ou virtuais. São impacientes com o presente e ansiosos pelo futuro.
Neste admirável mundo novo, perde espaço o que é estável e profundo, ganha espaço o que é efêmero e superficial. Afirmam os profetas do mundo plano que terão vantagens os mais dinâmicos, os mais extrovertidos, aqueles com mais iniciativa e sem medo de errar, aqueles capazes de usar diligentemente seu capital social em prol da própria marca. E os incomodados que se mudem… de planeta?  

Fonte: cartacapital, 11 de abril de 2012.  
O uso da palavra “entretanto”, no primeiro período do quarto parágrafo, expressa uma relação
Alternativas
Respostas
10081: C
10082: B
10083: B
10084: D
10085: E
10086: B
10087: E
10088: A
10089: A
10090: E
10091: B
10092: E
10093: C
10094: C
10095: D
10096: B
10097: A
10098: B
10099: B
10100: D