Questões de Concurso Sobre sintaxe em português

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Q3146449 Português
Texto 9A1

        No cotidiano de todo brasileiro, podemos visualizar as marcas que constituíram, a partir do século XVI, a presença dos povos africanos, de origem Banto e Iorubá, no Brasil. Essa presença está nas palavras que falamos, na gestualidade que produzimos e no nosso modo de pronunciar a língua portuguesa falada no Brasil.

        A entrada de grande número de africanos no Brasil, com suas diferentes culturas e línguas, passou por um processo de adaptação, de certo ajuste cultural e linguístico com a assimilação de novas palavras e, consequentemente, da forma como elas orientavam o entendimento da nova realidade vivida em português. Entretanto, ainda é possível visualizar a presença das palavras africanas nos diferentes espaços da cultura brasileira.

         O Museu da Língua Portuguesa, ao expor o acervo de palavras africanas que entraram no vocabulário da língua portuguesa, favorece reconhecer a história da população africana no Brasil como agente da cultura e da língua portuguesa que se desenhava sobre este solo. No setor Palavras Cruzadas do museu, por exemplo, visualizam-se palavras que nos ensinaram a nomear determinados comportamentos, como: bagunça lengalenga, dengo. Essas são algumas das palavras africanas que continuam vivas a significar comportamentos e relações sociais. Outras ganharam o sentido de gíria na língua portuguesa falada no Brasil, como borocoxô, cafofo.

         A cultura é algo que está no corpo, nos gestos, na memória, na forma de andar, no contorno das expressões verbais e não verbais. Não é possível perdê-la. A mudança de um contexto cultural para outro acompanha adaptações e recriações dadas em palavras, por isso podemos falar em um movimento de antropofagia simbólica no lugar de uma simples assimilação de palavras e práticas.

         As línguas mudam ao acompanharem a história dos seus falantes. Esta é a história da língua portuguesa em solo brasileiro: ela também pode adaptar-se às novas relações linguísticas e culturais. No Brasil, a manutenção da estrutura latina da língua portuguesa não impediu que esta acolhesse uma nova sonoridade em relação à sua matriz e incorporasse um grande vocabulário de palavras que veio de outras línguas.

         Como um detetive que reúne pistas para contar uma história, as palavras africanas expostas no acervo do Museu da Língua Portuguesa compõem o papel de traduzir os sentidos e significados compartilhados na cultura brasileira. É uma história nem sempre contada em livros didáticos, mas que carregamos conosco para os diferentes lugares a que podemos ir. A importância da língua portuguesa como um bem museológico se faz nesse ato de contar histórias que não são definidas por nós, mas são praticadas e vividas coletivamente.

Wilmihara Santos.
A presença africana nas palavras que falamos em português.
2018. Internet:<museudalinguaportuguesa.org.br>  (com adaptações).

Em relação ao texto 9A1 e a aspectos gramaticais a ele relacionados, julgue o item que se segue.


No último período do texto, a substituição de “se faz” por faz-se manteria a correção gramatical do texto.

Alternativas
Q3146446 Português
Texto 9A1

        No cotidiano de todo brasileiro, podemos visualizar as marcas que constituíram, a partir do século XVI, a presença dos povos africanos, de origem Banto e Iorubá, no Brasil. Essa presença está nas palavras que falamos, na gestualidade que produzimos e no nosso modo de pronunciar a língua portuguesa falada no Brasil.

        A entrada de grande número de africanos no Brasil, com suas diferentes culturas e línguas, passou por um processo de adaptação, de certo ajuste cultural e linguístico com a assimilação de novas palavras e, consequentemente, da forma como elas orientavam o entendimento da nova realidade vivida em português. Entretanto, ainda é possível visualizar a presença das palavras africanas nos diferentes espaços da cultura brasileira.

         O Museu da Língua Portuguesa, ao expor o acervo de palavras africanas que entraram no vocabulário da língua portuguesa, favorece reconhecer a história da população africana no Brasil como agente da cultura e da língua portuguesa que se desenhava sobre este solo. No setor Palavras Cruzadas do museu, por exemplo, visualizam-se palavras que nos ensinaram a nomear determinados comportamentos, como: bagunça lengalenga, dengo. Essas são algumas das palavras africanas que continuam vivas a significar comportamentos e relações sociais. Outras ganharam o sentido de gíria na língua portuguesa falada no Brasil, como borocoxô, cafofo.

         A cultura é algo que está no corpo, nos gestos, na memória, na forma de andar, no contorno das expressões verbais e não verbais. Não é possível perdê-la. A mudança de um contexto cultural para outro acompanha adaptações e recriações dadas em palavras, por isso podemos falar em um movimento de antropofagia simbólica no lugar de uma simples assimilação de palavras e práticas.

         As línguas mudam ao acompanharem a história dos seus falantes. Esta é a história da língua portuguesa em solo brasileiro: ela também pode adaptar-se às novas relações linguísticas e culturais. No Brasil, a manutenção da estrutura latina da língua portuguesa não impediu que esta acolhesse uma nova sonoridade em relação à sua matriz e incorporasse um grande vocabulário de palavras que veio de outras línguas.

         Como um detetive que reúne pistas para contar uma história, as palavras africanas expostas no acervo do Museu da Língua Portuguesa compõem o papel de traduzir os sentidos e significados compartilhados na cultura brasileira. É uma história nem sempre contada em livros didáticos, mas que carregamos conosco para os diferentes lugares a que podemos ir. A importância da língua portuguesa como um bem museológico se faz nesse ato de contar histórias que não são definidas por nós, mas são praticadas e vividas coletivamente.

Wilmihara Santos.
A presença africana nas palavras que falamos em português.
2018. Internet:<museudalinguaportuguesa.org.br>  (com adaptações).

Em relação ao texto 9A1 e a aspectos gramaticais a ele relacionados, julgue o item que se segue.


No primeiro período do primeiro parágrafo, o segmento “as marcas” desempenha a função sintática de sujeito da oração que o sucede.

Alternativas
Q3146444 Português
Texto 9A1

        No cotidiano de todo brasileiro, podemos visualizar as marcas que constituíram, a partir do século XVI, a presença dos povos africanos, de origem Banto e Iorubá, no Brasil. Essa presença está nas palavras que falamos, na gestualidade que produzimos e no nosso modo de pronunciar a língua portuguesa falada no Brasil.

        A entrada de grande número de africanos no Brasil, com suas diferentes culturas e línguas, passou por um processo de adaptação, de certo ajuste cultural e linguístico com a assimilação de novas palavras e, consequentemente, da forma como elas orientavam o entendimento da nova realidade vivida em português. Entretanto, ainda é possível visualizar a presença das palavras africanas nos diferentes espaços da cultura brasileira.

         O Museu da Língua Portuguesa, ao expor o acervo de palavras africanas que entraram no vocabulário da língua portuguesa, favorece reconhecer a história da população africana no Brasil como agente da cultura e da língua portuguesa que se desenhava sobre este solo. No setor Palavras Cruzadas do museu, por exemplo, visualizam-se palavras que nos ensinaram a nomear determinados comportamentos, como: bagunça lengalenga, dengo. Essas são algumas das palavras africanas que continuam vivas a significar comportamentos e relações sociais. Outras ganharam o sentido de gíria na língua portuguesa falada no Brasil, como borocoxô, cafofo.

         A cultura é algo que está no corpo, nos gestos, na memória, na forma de andar, no contorno das expressões verbais e não verbais. Não é possível perdê-la. A mudança de um contexto cultural para outro acompanha adaptações e recriações dadas em palavras, por isso podemos falar em um movimento de antropofagia simbólica no lugar de uma simples assimilação de palavras e práticas.

         As línguas mudam ao acompanharem a história dos seus falantes. Esta é a história da língua portuguesa em solo brasileiro: ela também pode adaptar-se às novas relações linguísticas e culturais. No Brasil, a manutenção da estrutura latina da língua portuguesa não impediu que esta acolhesse uma nova sonoridade em relação à sua matriz e incorporasse um grande vocabulário de palavras que veio de outras línguas.

         Como um detetive que reúne pistas para contar uma história, as palavras africanas expostas no acervo do Museu da Língua Portuguesa compõem o papel de traduzir os sentidos e significados compartilhados na cultura brasileira. É uma história nem sempre contada em livros didáticos, mas que carregamos conosco para os diferentes lugares a que podemos ir. A importância da língua portuguesa como um bem museológico se faz nesse ato de contar histórias que não são definidas por nós, mas são praticadas e vividas coletivamente.

Wilmihara Santos.
A presença africana nas palavras que falamos em português.
2018. Internet:<museudalinguaportuguesa.org.br>  (com adaptações).

Em relação ao texto 9A1 e a aspectos gramaticais a ele relacionados, julgue o item que se segue.


No primeiro período do último parágrafo, a conjunção “Como” classifica-se como subordinativa adverbial comparativa.

Alternativas
Q3146418 Português
        Na base da estratificação social, como a camada mais explorada, sem qualquer representação ou direito, ficava a grande massa escrava de trabalhadores das minas, das lavouras e dos transportes. Todo o aparato ostensivo de repressão vigiava, em cada vila, a esses miseráveis, para prevenir as fugas, a vadiagem e, sobretudo, as rebeliões. A insurreição surge, porém, na classe alta, de que se destaca uma elite letrada, que se propõe formular um projeto alternativo ao colonial de reordenação da sociedade. Trata-se do mais ousado dos projetos libertários da história colonial brasileira, uma vez que previa estruturar uma república de molde norte-americano, que aboliria a escravidão, decretaria a liberdade de comércio e promoveria a industrialização. A eclosão da mal chamada Inconfidência Mineira deveria ter lugar em 1789. Presos por denúncia, todos os inconfidentes foram desterrados para a África, onde morreram, exceto Tiradentes, a figura principal da conspiração, enforcado após três anos de cárcere e, depois, esquartejado e exposto nos lugares onde antes conspirara, para escarmento da população.

Darcy Ribeiro. O povo brasileiro. A formação e o sentido do Brasil.
São Paulo: Global, 2013, p. 278-279 (com adaptações). 

Julgue o próximo item, em relação às ideias e a aspectos linguísticos do texto precedente.


No quarto período do texto, a flexão da forma verbal “Trata-se” na terceira pessoa do singular justifica-se por sua concordância com o segmento posposto “do mais ousado dos projetos libertários da história colonial brasileira”, que é o sujeito da oração.

Alternativas
Q3146122 Português
Dentre os exemplos abaixo, assinale a alternativa que possui um erro de regência verbal.
Alternativas
Q3146119 Português
As regras de concordância nominal não foram respeitadas em qual alternativa?
Alternativas
Q3146118 Português
Assinale a alternativa que seguiu corretamente as regras de concordância verbal
Alternativas
Q3146093 Português

Detox de Dopamina:


Rolar o feed nas redes sociais e verificar constantemente e-mails ou mensagens pode estar sobrecarregando seu cérebro; veja como fazer uma pausa estratégica


Já notou a sensação de prazer ao verificar o celular? A atenção constante ao barulho das notificações e o scroll infinito nas redes sociais podem parecer ações inofensivas, mas sobrecarregam o sistema de dopamina do cérebro, o que torna mais difícil manter o foco e a motivação. No trabalho, isso se reverte em mais procrastinação e menos atenção a metas e projetos a longo prazo. Se você está com dificuldades para se concentrar, pode estar precisando de uma desintoxicação de dopamina.


O detox ou jejum de dopamina consiste em uma pausa estratégica nas atividades superestimulantes para reiniciar o cérebro e restaurar a capacidade de se concentrar em metas significativas e de longo prazo. Ao minimizar os "picos" de dopamina a curto prazo, que pode vir de redes sociais, jogos ou de acumular muitas tarefas ao mesmo tempo, você pode reconstruír sua capacidade de fazer um trabalho profundo e retomar o controle da sua atenção.


https://forbes.com.br/carreira/2024/09/detox-de-dopamina-passos-para aumentar-o-foco-e-vencer-a-procrastinacao/

"A atenção constante ao barulho das notificações e o scroll infinito nas redes sociais podem parecer ações inofensivas, mas sobrecarregam o sistema de dopamina do cérebro, o que torna mais difícil manter o foco e a motivação."


Considerando o período acima, julgue as afirmativas:


 I. 'barulho' completa o substantivo 'atenção' e 'notificações' completa o substantivo 'barulho', assim, ambos exercem a função sintática de complemento nominal.


II. O verbo 'sobrecarregar' tem como sujeito 'ações inofensivas'.


III. 'o sistema de dopamina do cérebro' é objeto direto do verbo 'sobrecarregar'.


IV.  Há um sujeito composto.


Estão corretas:

Alternativas
Q3146092 Português

Detox de Dopamina:


Rolar o feed nas redes sociais e verificar constantemente e-mails ou mensagens pode estar sobrecarregando seu cérebro; veja como fazer uma pausa estratégica


Já notou a sensação de prazer ao verificar o celular? A atenção constante ao barulho das notificações e o scroll infinito nas redes sociais podem parecer ações inofensivas, mas sobrecarregam o sistema de dopamina do cérebro, o que torna mais difícil manter o foco e a motivação. No trabalho, isso se reverte em mais procrastinação e menos atenção a metas e projetos a longo prazo. Se você está com dificuldades para se concentrar, pode estar precisando de uma desintoxicação de dopamina.


O detox ou jejum de dopamina consiste em uma pausa estratégica nas atividades superestimulantes para reiniciar o cérebro e restaurar a capacidade de se concentrar em metas significativas e de longo prazo. Ao minimizar os "picos" de dopamina a curto prazo, que pode vir de redes sociais, jogos ou de acumular muitas tarefas ao mesmo tempo, você pode reconstruír sua capacidade de fazer um trabalho profundo e retomar o controle da sua atenção.


https://forbes.com.br/carreira/2024/09/detox-de-dopamina-passos-para aumentar-o-foco-e-vencer-a-procrastinacao/

"Ao minimizar os "picos" de dopamina a curto prazo, que pode vir de redes sociais, jogos ou de acumular muitas tarefas ao mesmo tempo, você pode reconstruír sua capacidade de fazer um trabalho profundo e retomar o controle da sua atenção."


O período apresenta erros relacionados:

Alternativas
Q3145850 Português
    Pesquisadores da Universidade Raboud, na Holanda, analisando cerca de 5.000 participantes de 358 tarefas cognitivas, chegaram à conclusão de que pensar dói. Não ria. A análise foi feita com o auxílio de um programa especial da NASA. Pelo que entendi, certas atividades cerebrais, como fazer cálculos matemáticos, ler Gertrude Stein ou tomar decisões que envolvam um sim ou não de vida ou morte, provocam sensações orgânicas que podem ser classificadas como dolorosas.
     Segundo o estudo, quanto maior o esforço mental, maior o desconforto físico. Não é preciso pensar muito para se chegar a este óbvio, por definição, ululante. A pesquisa não considera a hipótese de todo esforço mental ser relativo — para muitos, calcular uma reles raiz quadrada será uma tarefa intransponível, enquanto, para outros, discutir a conjectura de Poincaré com Alfred North Whitehead pode ser tão simples como falar de futebol no botequim.
     O que me espanta é que a conclusão de que pensar dói tenha vindo de uma instituição da Holanda, país admirado por produzir pensadores em tantos ramos. Eram holandeses Erasmo de Roterdão (1466-1536) e Spinoza (1632-1677), dois pilares da filosofia, atividade cuja única ferramenta é o pensamento. E não há registro de que os filósofos sofressem de lombalgia ou dor de dentes por pensar.
     Os holandeses inventaram também a fita cassete, o CD e o DVD, e temos de lhes ser gratos por isso. Mas depois os desinventaram — e pensar nisso, sim, dói. 

Ruy Castro. Pensar dói? Internet: <folha.uol.com.br> (com adaptações). 
Considerando os sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.

O autor lança mão das múltiplas possibilidades de regência do verbo “pensar” para estabelecer no texto nuances de sentido, o que se nota, por exemplo, nos trechos “pensar dói” (primeiro período do primeiro parágrafo) e “pensar nisso, sim, dói” (final do último parágrafo).  
Alternativas
Q3145843 Português
    Um cientista empenhado em pesquisa — no campo da física, por exemplo — pode atacar diretamente o problema que enfrenta. Pode penetrar, de imediato, no cerne da questão, isto é, no cerne de uma estrutura organizada. Com efeito, conta sempre com a existência de uma estrutura de doutrinas científicas já existentes e com uma situação-problema que é reconhecida como problema nessa estrutura. Essa é a razão por que pode entregar a outros a tarefa de adequar ao quadro geral do conhecimento científico a sua contribuição.
     O filósofo vê-se em posição diversa. Ele não se coloca diante de uma estrutura organizada, mas, antes, em face de algo que semelha um amontoado de ruínas (embora, talvez, haja tesouros ocultos). Não lhe é dado apoiar-se no fato de existir uma situação-problema, geralmente reconhecida como tal, pois não existir algo semelhante é possivelmente o fato geralmente reconhecido. Com efeito, tornou-se agora questão frequente, nos círculos filosóficos, saber se a filosofia chegará a colocar um problema genuíno.
     Apesar de tudo, há quem acredite que a filosofia possa colocar problemas genuínos acerca das coisas e quem, portanto, ainda tenha a esperança de ver esses problemas discutidos, e afastados aqueles monólogos desalentadores que hoje passam por discussão filosófica. Se, por acaso, se julgam incapazes de aceitar qualquer das orientações existentes, tudo o que lhes resta fazer é começar de novo, desde o princípio.

Karl Popper. A lógica da pesquisa científica.
Tradução: Leonidas Hegenberg e Octanny Silveira da Mota.
São Paulo: Editora Cultrix, 2008, p. 23 (com adaptações). 
Em relação aos sentidos e aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item subsequente.

No primeiro parágrafo, o sujeito da forma verbal “conta” (terceiro período) retoma “Um cientista empenhado em pesquisa” (primeiro período). 
Alternativas
Q3145842 Português
    Um cientista empenhado em pesquisa — no campo da física, por exemplo — pode atacar diretamente o problema que enfrenta. Pode penetrar, de imediato, no cerne da questão, isto é, no cerne de uma estrutura organizada. Com efeito, conta sempre com a existência de uma estrutura de doutrinas científicas já existentes e com uma situação-problema que é reconhecida como problema nessa estrutura. Essa é a razão por que pode entregar a outros a tarefa de adequar ao quadro geral do conhecimento científico a sua contribuição.
     O filósofo vê-se em posição diversa. Ele não se coloca diante de uma estrutura organizada, mas, antes, em face de algo que semelha um amontoado de ruínas (embora, talvez, haja tesouros ocultos). Não lhe é dado apoiar-se no fato de existir uma situação-problema, geralmente reconhecida como tal, pois não existir algo semelhante é possivelmente o fato geralmente reconhecido. Com efeito, tornou-se agora questão frequente, nos círculos filosóficos, saber se a filosofia chegará a colocar um problema genuíno.
     Apesar de tudo, há quem acredite que a filosofia possa colocar problemas genuínos acerca das coisas e quem, portanto, ainda tenha a esperança de ver esses problemas discutidos, e afastados aqueles monólogos desalentadores que hoje passam por discussão filosófica. Se, por acaso, se julgam incapazes de aceitar qualquer das orientações existentes, tudo o que lhes resta fazer é começar de novo, desde o princípio.

Karl Popper. A lógica da pesquisa científica.
Tradução: Leonidas Hegenberg e Octanny Silveira da Mota.
São Paulo: Editora Cultrix, 2008, p. 23 (com adaptações). 
Em relação aos sentidos e aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item subsequente.

No primeiro período do terceiro parágrafo, a palavra “afastados” está flexionada no masculino e no plural porque concorda com o termo “problemas”.
Alternativas
Q3145836 Português
    A inteligência artificial (IA) é um tópico frequente de discussão desde o aumento da popularidade de ferramentas como o ChatGPT. Uma análise do Fundo Monetário Internacional (FMI) abrangendo diferentes países avaliou que, no Brasil, 41% dos empregos têm alta exposição à IA. Esse critério do estudo — exposição de empregos à IA — engloba tanto trabalhos que vão se beneficiar da tecnologia como aqueles que estarão ameaçados por ela no futuro.
     Para avaliar se o impacto da IA será bom ou ruim no mercado de trabalho, o relatório do FMI criou outra categoria: a complementaridade. Empregos com alta complementaridade são aqueles que se beneficiarão com a IA, mas não serão extintos por ela. Por exemplo, profissionais como administradores ou advogados terão grandes ganhos de produtividade com a IA. Suas atividades não estarão ameaçadas, pois a execução delas sempre dependerá de um grande componente humano. Já os empregos de baixa complementaridade são os mais ameaçados pela IA, uma vez que podem ser totalmente substituídos pelas novas tecnologias, dada a pouca necessidade de um componente humano. É o caso de operadores de telemarketing.
     É nesse ponto que a IA pode fazer crescer a desigualdade social. Conforme o FMI, trabalhadores com mais educação e mais jovens têm melhores condições de encontrar empregos de alta complementaridade (beneficiados pela IA); os com menos escolaridade e mais velhos estarão mais sujeitos a empregos de baixa complementaridade (ameaçados pela IA).
     Segundo o FMI, para aproveitar plenamente o potencial da IA, cada país deve estabelecer suas prioridades de acordo com seu nível atual de desenvolvimento. As economias de mercado emergentes avançadas e mais desenvolvidas devem investir na inovação e integração da IA ao mesmo tempo em que promovem quadros regulamentares adequados para otimizar os benefícios do aumento de sua utilização. Para as economias de mercados emergentes e em desenvolvimento menos preparadas, a criação de infraestruturas e a construção de uma força de trabalho digitalmente qualificada são fundamentais. Para todas as economias, as redes de segurança social e a reciclagem dos trabalhadores ameaçados pela IA são cruciais para garantir a inclusão.

Internet: <bbc.com> (com adaptações).  
A respeito das ideias e de aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item seguinte.

No último parágrafo, os termos “plenamente” (primeiro período) e “digitalmente” (penúltimo período) exercem a função sintática de adjunto adverbial, referindo-se o primeiro a um verbo — “aproveitar” — e o segundo, a um adjetivo — “qualificada”.
Alternativas
Q3145828 Português
    A inteligência artificial (IA) é um tópico frequente de discussão desde o aumento da popularidade de ferramentas como o ChatGPT. Uma análise do Fundo Monetário Internacional (FMI) abrangendo diferentes países avaliou que, no Brasil, 41% dos empregos têm alta exposição à IA. Esse critério do estudo — exposição de empregos à IA — engloba tanto trabalhos que vão se beneficiar da tecnologia como aqueles que estarão ameaçados por ela no futuro.
     Para avaliar se o impacto da IA será bom ou ruim no mercado de trabalho, o relatório do FMI criou outra categoria: a complementaridade. Empregos com alta complementaridade são aqueles que se beneficiarão com a IA, mas não serão extintos por ela. Por exemplo, profissionais como administradores ou advogados terão grandes ganhos de produtividade com a IA. Suas atividades não estarão ameaçadas, pois a execução delas sempre dependerá de um grande componente humano. Já os empregos de baixa complementaridade são os mais ameaçados pela IA, uma vez que podem ser totalmente substituídos pelas novas tecnologias, dada a pouca necessidade de um componente humano. É o caso de operadores de telemarketing.
     É nesse ponto que a IA pode fazer crescer a desigualdade social. Conforme o FMI, trabalhadores com mais educação e mais jovens têm melhores condições de encontrar empregos de alta complementaridade (beneficiados pela IA); os com menos escolaridade e mais velhos estarão mais sujeitos a empregos de baixa complementaridade (ameaçados pela IA).
     Segundo o FMI, para aproveitar plenamente o potencial da IA, cada país deve estabelecer suas prioridades de acordo com seu nível atual de desenvolvimento. As economias de mercado emergentes avançadas e mais desenvolvidas devem investir na inovação e integração da IA ao mesmo tempo em que promovem quadros regulamentares adequados para otimizar os benefícios do aumento de sua utilização. Para as economias de mercados emergentes e em desenvolvimento menos preparadas, a criação de infraestruturas e a construção de uma força de trabalho digitalmente qualificada são fundamentais. Para todas as economias, as redes de segurança social e a reciclagem dos trabalhadores ameaçados pela IA são cruciais para garantir a inclusão.

Internet: <bbc.com> (com adaptações).  
A respeito das ideias e de aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item seguinte.

No segundo período do primeiro parágrafo, o segmento “à IA” funciona sintaticamente como complemento da forma verbal “avaliou”.
Alternativas
Q3145460 Português
Destaque a alternativa que as regras de regência nominal não foram seguidas. 
Alternativas
Q3145459 Português
Em relação às regras de concordância nominal, assinale a alternativa correta 
Alternativas
Q3145454 Português
Destaque a frase que traz um erro de regência verbal. 
Alternativas
Q3145367 Português
Analise cada alternativa e assinale a que não traz nenhum erro de regência verbal.
Alternativas
Q3145168 Português
Analise as proposições que seguem quanto à concordância verbal:

I.Em "Cada um dos estudantes deve preencher corretamente as fichas de inscrição", o verbo dever fica no singular porque o sujeito está representado pela expressão cada um de + plural.

II.Em "Sei que há mais de um que não se preocupa com ela", o verbo é empregado no singular depois da expressão mais de um , sendo raro o uso no plural.

III.Em "Vínhamos pela estrada, calmamente, ela, o pai e eu", tem-se um sujeito composto por diferentes pronomes pessoais, dentre os quais há "eu" ou "nós". Nesse caso, o verbo deve ser conjugado na 1ª pessoa do plural.

É correto o que se afirma em:
Alternativas
Q3145079 Português
Na frase “O assistente administrativo preparou os documentos e enviou as cópias por e-mail”, qual é a relação estabelecida pela palavra “e” na estrutura do período? 
Alternativas
Respostas
581: C
582: E
583: C
584: E
585: A
586: E
587: C
588: B
589: C
590: C
591: C
592: E
593: C
594: E
595: D
596: B
597: D
598: B
599: C
600: B