Questões de Concurso Sobre sintaxe em português

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Q3205586 Português
“Grande surpresa da noite”: como a imprensa internacional reagiu ao Globo de Ouro de Fernanda Torres


Por BBC News Brasil







(Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/articles/czen47g00k2o – texto adaptado especialmente para esta prova).
No trecho “ela classificou a vitória sobre pesos-pesados de Hollywood — incluindo Angelina Jolie, Nicole Kidman e Kate Winslet — como ‘estranha’ e ‘esquisita’” (l. 06-07), se a palavra sublinhada for colocada no plural, quantas outras alterações serão necessárias nesse fragmento?
Alternativas
Q3205584 Português
“Grande surpresa da noite”: como a imprensa internacional reagiu ao Globo de Ouro de Fernanda Torres


Por BBC News Brasil







(Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/articles/czen47g00k2o – texto adaptado especialmente para esta prova).
Em relação à regência verbal e ao acento indicativo de crase, assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas das linhas 10, 21 e 22 do texto.
Alternativas
Q3205515 Português
Leia o texto a seguir para responder à questão.

Ser mais legal é mais atraente do que ser bonito? O que diz a Ciência

Embora beleza física seja desejada, ela não é, segundo a Ciência, fator mais importante para quem busca sua cara-metade

William Park

Considerando a atenção que damos à aparência e a rapidez com que formamos — e mantemos — uma primeira impressão sobre os outros, seria natural presumir que a atração física é uma condição indispensável para um relacionamento dar certo.

Mas, embora ela seja desejada, não é, segundo a Ciência, o fator mais importante para quem busca sua cara-metade.

Aparência e sensualidade ocupam posições intermediárias nas sondagens sobre as características preferidas de pessoas que estão à procura de relacionamentos.

Menos significativos ainda são fatores como sucesso material ou segurança financeira.

Em vez disso, qualidades como agradabilidade, extroversão e inteligência são consideradas mais importantes do que a atração física para homens e mulheres, independentemente da orientação sexual.

Vale lembrar, contudo, que nesse tipo de levantamento, o viés da desejabilidade social — ou a nossa tendência em dar respostas "para parecer bem aos olhos dos outros" — pode distorcer os resultados, ressalva Greg Webster, professor de Psicologia na Universidade da Flórida, nos Estados Unidos.

Mas de fato priorizamos personalidade à aparência?

Segundo Jess Alderson, cofundadora do aplicativo de namoro So Syncd, que obriga aos usuários realizarem um teste psicométrico para determinar traços de sua personalidade, a resposta é sim.

De uma amostra de mais de mil usuários compartilhada com a BBC, quase 90% disseram preferir personalidade à aparência na busca de um relacionamento.

Aqui, vale outra observação: classificar a personalidade de alguém pode ser complicado.

Os testes psicométricos, que geralmente assumem a forma de questionário, têm sido utilizados há décadas na psiquiatria para descobrir o tipo de personalidade.

Esses testes tendem a medir o quanto as pessoas concordam com afirmações como "eu sou a vida e a alma da festa", por exemplo.

Pessoas mais simpáticas tendem a ver outras como gentis e amigáveis, dizem estudos.

Os psicólogos costumam usar o teste conhecido como "Big Five" (ou, em português, Cinco Grandes), que classifica as pessoas em cinco características — abertura para experiência, conscienciosidade, extroversão, agradabilidade e neuroticismo (instabilidade emocional).

Essas cinco qualidades são consideradas bastante comuns, mas esse teste não está imune a críticas.

Olhar apenas para cinco características é muito limitador, diz Webster.

Apesar disso, os testes psicométricos podem mostrar semelhanças e diferenças entre as pessoas, além de retratar quadros amplos de personalidades.

E algumas de nossas características parecem indicar se somos mais ou menos propensos a relacionamentos sérios.

Dos Cinco Grandes, a agradabilidade, que é um indicador das habilidades interpessoais de alguém (ou quão carinhosa e benevolente a pessoa é), desempenha um papel importante para ambos os sexos na avaliação inicial da desejabilidade de um encontro.

A agradabilidade é o elemento mais forte para a satisfação de um relacionamento atual e futuro, e único preditor significativo de dissolução de relacionamento.

Tanto para homens como para mulheres, a atração física deve estar associada à agradabilidade para antecipar o desejo de um relacionamento sério.

Ser uma pessoa legal, portanto, é "indispensável para relacionamentos harmoniosos de longo prazo", diz Webster

"A agradabilidade é uma espécie de necessidade", acrescenta o especialista.

Segundo Webster, a percepção de nossa própria personalidade e da de outras pessoas é moldada por nossos próprios valores.

Pessoas mais simpáticas, por exemplo, tendem a ver as outras como gentis e amigáveis, e vice-versa.

Neste sentido, nos sentimos atraídos por pessoas que compartilham valores semelhantes aos nossos.

Em resumo: a chance de dar o "match" perfeito é maior com pessoas que têm traços de personalidade semelhantes aos nossos.

Parceiros românticos que dizem ser "parecidos" nos cinco grandes traços de personalidade apresentam uma vantagem sobre outros casais.

Parceiros românticos que dizem ser "parecidos" nos cinco grandes traços de personalidade apresentam uma vantagem sobre outros casais na capacidade de resolver problemas e gerir tarefas diárias, acrescentam as sociólogas Terri Orbuch, da Universidade de Michigan, e Susan Sprecher, da Universidade Estadual de Illinois, ambas nos EUA.

Mas isso não quer dizer que seu relacionamento só será bem-sucedido com alguém que seja parecido com você.

Algumas diferenças de personalidade também podem ser atraentes. Estudos mostram, por exemplo, que preferimos estar em relacionamentos com pessoas que têm um nível de extroversão oposto aos nossos.

"Faz sentido que tenhamos evoluído para sentir atração por pessoas que são diferentes de nós", diz Alderson, cujo aplicativo de namoro online tem maior probabilidade de combinar perfis de pessoas com características complementares.

"Formamos um time mais forte e teremos mais chances de sobreviver. Mas, ainda assim, você e seu parceiro ainda precisam de um denominador comum."

O teste psicométrico usado no aplicativo de namoro So Syncd não é o mesmo do Big Five (Cinco Grandes), mas faz perguntas baseadas em temas semelhantes — como o quão extrovertidos os usuários são ou se eles constroem conexões emocionais com facilidade.

"Juntamos casais que têm semelhanças suficientes para formar uma conexão forte e diferenças suficientes para acender aquela faísca no relacionamento", diz Alderson.

"Nada é definitivo. Se você e seu parceiro são muito parecidos, pode ser um pouco chato. Mas se vocês são muito diferentes, o dia a dia pode ser bem difícil", acrescenta.

Nos relacionamentos, a agradabilidade aliada a outras características atraentes pode extrair o melhor das pessoas, diz Webster.

Em um estudo do qual participou, Webster analisou pessoas socialmente, fisicamente e financeiramente dominadoras, bem como o efeito que a agradabilidade teve na forma como eram vistas por parceiros em potencial.

Esses três tipos de dominância são atraentes, dizem os pesquisadores, pois cada um oferece algum nível de proteção ou acesso a necessidades básicas, como alimentação e abrigo, até as mais desejáveis, como estilos de vida luxuosos.

Mas essa dominância pode causar problemas.

"Os estudos mostram que as pessoas querem parceiros socialmente, fisicamente e financeiramente dominadores, mas querem se sentir dominadas por eles dentro de um relacionamento."

Segundo ele, portanto, a dominância e agradabilidade têm que caminhar lado a lado, acrescenta.

"Você pode ser uma pessoa com instinto dominador, mas estaria disposto a ser dominado por seu parceiro?", questiona o especialista.

Quando se trata de encontrar a combinação certa, diz Webster, a agradabilidade acentua as vantagens de outros traços da nossa personalidade.

Ou seja, em vez de focar na beleza física, talvez valha a pena ser apenas legal.


Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c3gy93ym4r9o
No trecho, “De uma amostra de mais de mil usuários compartilhada com a BBC, quase 90% disseram preferir personalidade à aparência na busca de um relacionamento.” Podemos dizer que a concordância está
Alternativas
Q3205512 Português
Leia o texto a seguir para responder à questão.

Ser mais legal é mais atraente do que ser bonito? O que diz a Ciência

Embora beleza física seja desejada, ela não é, segundo a Ciência, fator mais importante para quem busca sua cara-metade

William Park

Considerando a atenção que damos à aparência e a rapidez com que formamos — e mantemos — uma primeira impressão sobre os outros, seria natural presumir que a atração física é uma condição indispensável para um relacionamento dar certo.

Mas, embora ela seja desejada, não é, segundo a Ciência, o fator mais importante para quem busca sua cara-metade.

Aparência e sensualidade ocupam posições intermediárias nas sondagens sobre as características preferidas de pessoas que estão à procura de relacionamentos.

Menos significativos ainda são fatores como sucesso material ou segurança financeira.

Em vez disso, qualidades como agradabilidade, extroversão e inteligência são consideradas mais importantes do que a atração física para homens e mulheres, independentemente da orientação sexual.

Vale lembrar, contudo, que nesse tipo de levantamento, o viés da desejabilidade social — ou a nossa tendência em dar respostas "para parecer bem aos olhos dos outros" — pode distorcer os resultados, ressalva Greg Webster, professor de Psicologia na Universidade da Flórida, nos Estados Unidos.

Mas de fato priorizamos personalidade à aparência?

Segundo Jess Alderson, cofundadora do aplicativo de namoro So Syncd, que obriga aos usuários realizarem um teste psicométrico para determinar traços de sua personalidade, a resposta é sim.

De uma amostra de mais de mil usuários compartilhada com a BBC, quase 90% disseram preferir personalidade à aparência na busca de um relacionamento.

Aqui, vale outra observação: classificar a personalidade de alguém pode ser complicado.

Os testes psicométricos, que geralmente assumem a forma de questionário, têm sido utilizados há décadas na psiquiatria para descobrir o tipo de personalidade.

Esses testes tendem a medir o quanto as pessoas concordam com afirmações como "eu sou a vida e a alma da festa", por exemplo.

Pessoas mais simpáticas tendem a ver outras como gentis e amigáveis, dizem estudos.

Os psicólogos costumam usar o teste conhecido como "Big Five" (ou, em português, Cinco Grandes), que classifica as pessoas em cinco características — abertura para experiência, conscienciosidade, extroversão, agradabilidade e neuroticismo (instabilidade emocional).

Essas cinco qualidades são consideradas bastante comuns, mas esse teste não está imune a críticas.

Olhar apenas para cinco características é muito limitador, diz Webster.

Apesar disso, os testes psicométricos podem mostrar semelhanças e diferenças entre as pessoas, além de retratar quadros amplos de personalidades.

E algumas de nossas características parecem indicar se somos mais ou menos propensos a relacionamentos sérios.

Dos Cinco Grandes, a agradabilidade, que é um indicador das habilidades interpessoais de alguém (ou quão carinhosa e benevolente a pessoa é), desempenha um papel importante para ambos os sexos na avaliação inicial da desejabilidade de um encontro.

A agradabilidade é o elemento mais forte para a satisfação de um relacionamento atual e futuro, e único preditor significativo de dissolução de relacionamento.

Tanto para homens como para mulheres, a atração física deve estar associada à agradabilidade para antecipar o desejo de um relacionamento sério.

Ser uma pessoa legal, portanto, é "indispensável para relacionamentos harmoniosos de longo prazo", diz Webster

"A agradabilidade é uma espécie de necessidade", acrescenta o especialista.

Segundo Webster, a percepção de nossa própria personalidade e da de outras pessoas é moldada por nossos próprios valores.

Pessoas mais simpáticas, por exemplo, tendem a ver as outras como gentis e amigáveis, e vice-versa.

Neste sentido, nos sentimos atraídos por pessoas que compartilham valores semelhantes aos nossos.

Em resumo: a chance de dar o "match" perfeito é maior com pessoas que têm traços de personalidade semelhantes aos nossos.

Parceiros românticos que dizem ser "parecidos" nos cinco grandes traços de personalidade apresentam uma vantagem sobre outros casais.

Parceiros românticos que dizem ser "parecidos" nos cinco grandes traços de personalidade apresentam uma vantagem sobre outros casais na capacidade de resolver problemas e gerir tarefas diárias, acrescentam as sociólogas Terri Orbuch, da Universidade de Michigan, e Susan Sprecher, da Universidade Estadual de Illinois, ambas nos EUA.

Mas isso não quer dizer que seu relacionamento só será bem-sucedido com alguém que seja parecido com você.

Algumas diferenças de personalidade também podem ser atraentes. Estudos mostram, por exemplo, que preferimos estar em relacionamentos com pessoas que têm um nível de extroversão oposto aos nossos.

"Faz sentido que tenhamos evoluído para sentir atração por pessoas que são diferentes de nós", diz Alderson, cujo aplicativo de namoro online tem maior probabilidade de combinar perfis de pessoas com características complementares.

"Formamos um time mais forte e teremos mais chances de sobreviver. Mas, ainda assim, você e seu parceiro ainda precisam de um denominador comum."

O teste psicométrico usado no aplicativo de namoro So Syncd não é o mesmo do Big Five (Cinco Grandes), mas faz perguntas baseadas em temas semelhantes — como o quão extrovertidos os usuários são ou se eles constroem conexões emocionais com facilidade.

"Juntamos casais que têm semelhanças suficientes para formar uma conexão forte e diferenças suficientes para acender aquela faísca no relacionamento", diz Alderson.

"Nada é definitivo. Se você e seu parceiro são muito parecidos, pode ser um pouco chato. Mas se vocês são muito diferentes, o dia a dia pode ser bem difícil", acrescenta.

Nos relacionamentos, a agradabilidade aliada a outras características atraentes pode extrair o melhor das pessoas, diz Webster.

Em um estudo do qual participou, Webster analisou pessoas socialmente, fisicamente e financeiramente dominadoras, bem como o efeito que a agradabilidade teve na forma como eram vistas por parceiros em potencial.

Esses três tipos de dominância são atraentes, dizem os pesquisadores, pois cada um oferece algum nível de proteção ou acesso a necessidades básicas, como alimentação e abrigo, até as mais desejáveis, como estilos de vida luxuosos.

Mas essa dominância pode causar problemas.

"Os estudos mostram que as pessoas querem parceiros socialmente, fisicamente e financeiramente dominadores, mas querem se sentir dominadas por eles dentro de um relacionamento."

Segundo ele, portanto, a dominância e agradabilidade têm que caminhar lado a lado, acrescenta.

"Você pode ser uma pessoa com instinto dominador, mas estaria disposto a ser dominado por seu parceiro?", questiona o especialista.

Quando se trata de encontrar a combinação certa, diz Webster, a agradabilidade acentua as vantagens de outros traços da nossa personalidade.

Ou seja, em vez de focar na beleza física, talvez valha a pena ser apenas legal.


Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c3gy93ym4r9o
No período: “Quando se trata de encontrar a combinação certa, diz Webster, a agradabilidade acentua as vantagens de outros traços da nossa personalidade.”, a oração sublinhada pode ser classificada como oração subordinada adverbial
Alternativas
Q3205505 Português
Leia o texto a seguir para responder à questão.

Ser mais legal é mais atraente do que ser bonito? O que diz a Ciência

Embora beleza física seja desejada, ela não é, segundo a Ciência, fator mais importante para quem busca sua cara-metade

William Park

Considerando a atenção que damos à aparência e a rapidez com que formamos — e mantemos — uma primeira impressão sobre os outros, seria natural presumir que a atração física é uma condição indispensável para um relacionamento dar certo.

Mas, embora ela seja desejada, não é, segundo a Ciência, o fator mais importante para quem busca sua cara-metade.

Aparência e sensualidade ocupam posições intermediárias nas sondagens sobre as características preferidas de pessoas que estão à procura de relacionamentos.

Menos significativos ainda são fatores como sucesso material ou segurança financeira.

Em vez disso, qualidades como agradabilidade, extroversão e inteligência são consideradas mais importantes do que a atração física para homens e mulheres, independentemente da orientação sexual.

Vale lembrar, contudo, que nesse tipo de levantamento, o viés da desejabilidade social — ou a nossa tendência em dar respostas "para parecer bem aos olhos dos outros" — pode distorcer os resultados, ressalva Greg Webster, professor de Psicologia na Universidade da Flórida, nos Estados Unidos.

Mas de fato priorizamos personalidade à aparência?

Segundo Jess Alderson, cofundadora do aplicativo de namoro So Syncd, que obriga aos usuários realizarem um teste psicométrico para determinar traços de sua personalidade, a resposta é sim.

De uma amostra de mais de mil usuários compartilhada com a BBC, quase 90% disseram preferir personalidade à aparência na busca de um relacionamento.

Aqui, vale outra observação: classificar a personalidade de alguém pode ser complicado.

Os testes psicométricos, que geralmente assumem a forma de questionário, têm sido utilizados há décadas na psiquiatria para descobrir o tipo de personalidade.

Esses testes tendem a medir o quanto as pessoas concordam com afirmações como "eu sou a vida e a alma da festa", por exemplo.

Pessoas mais simpáticas tendem a ver outras como gentis e amigáveis, dizem estudos.

Os psicólogos costumam usar o teste conhecido como "Big Five" (ou, em português, Cinco Grandes), que classifica as pessoas em cinco características — abertura para experiência, conscienciosidade, extroversão, agradabilidade e neuroticismo (instabilidade emocional).

Essas cinco qualidades são consideradas bastante comuns, mas esse teste não está imune a críticas.

Olhar apenas para cinco características é muito limitador, diz Webster.

Apesar disso, os testes psicométricos podem mostrar semelhanças e diferenças entre as pessoas, além de retratar quadros amplos de personalidades.

E algumas de nossas características parecem indicar se somos mais ou menos propensos a relacionamentos sérios.

Dos Cinco Grandes, a agradabilidade, que é um indicador das habilidades interpessoais de alguém (ou quão carinhosa e benevolente a pessoa é), desempenha um papel importante para ambos os sexos na avaliação inicial da desejabilidade de um encontro.

A agradabilidade é o elemento mais forte para a satisfação de um relacionamento atual e futuro, e único preditor significativo de dissolução de relacionamento.

Tanto para homens como para mulheres, a atração física deve estar associada à agradabilidade para antecipar o desejo de um relacionamento sério.

Ser uma pessoa legal, portanto, é "indispensável para relacionamentos harmoniosos de longo prazo", diz Webster

"A agradabilidade é uma espécie de necessidade", acrescenta o especialista.

Segundo Webster, a percepção de nossa própria personalidade e da de outras pessoas é moldada por nossos próprios valores.

Pessoas mais simpáticas, por exemplo, tendem a ver as outras como gentis e amigáveis, e vice-versa.

Neste sentido, nos sentimos atraídos por pessoas que compartilham valores semelhantes aos nossos.

Em resumo: a chance de dar o "match" perfeito é maior com pessoas que têm traços de personalidade semelhantes aos nossos.

Parceiros românticos que dizem ser "parecidos" nos cinco grandes traços de personalidade apresentam uma vantagem sobre outros casais.

Parceiros românticos que dizem ser "parecidos" nos cinco grandes traços de personalidade apresentam uma vantagem sobre outros casais na capacidade de resolver problemas e gerir tarefas diárias, acrescentam as sociólogas Terri Orbuch, da Universidade de Michigan, e Susan Sprecher, da Universidade Estadual de Illinois, ambas nos EUA.

Mas isso não quer dizer que seu relacionamento só será bem-sucedido com alguém que seja parecido com você.

Algumas diferenças de personalidade também podem ser atraentes. Estudos mostram, por exemplo, que preferimos estar em relacionamentos com pessoas que têm um nível de extroversão oposto aos nossos.

"Faz sentido que tenhamos evoluído para sentir atração por pessoas que são diferentes de nós", diz Alderson, cujo aplicativo de namoro online tem maior probabilidade de combinar perfis de pessoas com características complementares.

"Formamos um time mais forte e teremos mais chances de sobreviver. Mas, ainda assim, você e seu parceiro ainda precisam de um denominador comum."

O teste psicométrico usado no aplicativo de namoro So Syncd não é o mesmo do Big Five (Cinco Grandes), mas faz perguntas baseadas em temas semelhantes — como o quão extrovertidos os usuários são ou se eles constroem conexões emocionais com facilidade.

"Juntamos casais que têm semelhanças suficientes para formar uma conexão forte e diferenças suficientes para acender aquela faísca no relacionamento", diz Alderson.

"Nada é definitivo. Se você e seu parceiro são muito parecidos, pode ser um pouco chato. Mas se vocês são muito diferentes, o dia a dia pode ser bem difícil", acrescenta.

Nos relacionamentos, a agradabilidade aliada a outras características atraentes pode extrair o melhor das pessoas, diz Webster.

Em um estudo do qual participou, Webster analisou pessoas socialmente, fisicamente e financeiramente dominadoras, bem como o efeito que a agradabilidade teve na forma como eram vistas por parceiros em potencial.

Esses três tipos de dominância são atraentes, dizem os pesquisadores, pois cada um oferece algum nível de proteção ou acesso a necessidades básicas, como alimentação e abrigo, até as mais desejáveis, como estilos de vida luxuosos.

Mas essa dominância pode causar problemas.

"Os estudos mostram que as pessoas querem parceiros socialmente, fisicamente e financeiramente dominadores, mas querem se sentir dominadas por eles dentro de um relacionamento."

Segundo ele, portanto, a dominância e agradabilidade têm que caminhar lado a lado, acrescenta.

"Você pode ser uma pessoa com instinto dominador, mas estaria disposto a ser dominado por seu parceiro?", questiona o especialista.

Quando se trata de encontrar a combinação certa, diz Webster, a agradabilidade acentua as vantagens de outros traços da nossa personalidade.

Ou seja, em vez de focar na beleza física, talvez valha a pena ser apenas legal.


Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c3gy93ym4r9o
Na frase “Apesar disso, os testes psicométricos podem mostrar semelhanças e diferenças entre as pessoas, além de retratar quadros amplos de personalidades.”, a expressão sublinhada apresenta ideia de
Alternativas
Q3205392 Português
Analise o trecho a seguir.

“Rir é o melhor remédio, diz o bordão popular. Mas certamente isso não se aplica ao riso sardônico, aquele de contração espasmódica dos músculos, próprio dos doentes com tétano. Aliás, os antigos diziam que ele era causado por uma erva da Sardenha, daí o nome, onde os gladiadores morriam com uma expressão de sorriso no rosto.”
PESTANA, Paulo. A graça de cada um. Correio Braziliense, 18 de dezembro de 2023. Disponível em: https://blogs.correiobraziliense.com.br/paulopestana/a-gracade-cada-um/. Acesso em: 10 jan. 2024.

Marque a alternativa que apresenta uma afirmação CORRETA sobre a sintaxe do trecho.
Alternativas
Q3205385 Português
Leia o texto para responder à questão.


Esse poema é para quem?


As aparências enganam. Sempre existe a nudez da verdade por baixo das casualidades


Publicado em 17 de novembro de 2023 | Por Fabrício Carpinejar


O ciúme é falar sem pensar. É falhar sem pensar.


    Se você tivesse se reservado o direito de meditar por alguns minutos, chegaria à conclusão de que não há nada de comprometedor no comportamento do outro

    As aparências enganam. Sempre existe a nudez da verdade por baixo das casualidades.

    Eu diria até que o ciúme é mais preventivo do que real. Você o usa para sondar, para avisar, para advertir, nem tem aquela pretensão toda de desmascarar alguém.

    Eu sinto ciúme, minha esposa sente ciúme. Tentamos controlar o nosso radar para não culminar na chatice da possessividade e na arbitrariedade do controle. 

    Já protagonizei cenas em que falei algo e me arrependi de ter duvidado de Beatriz. Foi bobagem da minha parte sob o pretexto de preocupação e receio quanto à segurança. Antes — hoje confesso com vergonha — achava um perigo ela ir sozinha a uma roda de samba. Como se ela não pudesse se defender. Como se ela fosse minha filha menor de idade. Só faltava recomendar não beber.

    O melhor ciúme é o que se mostra mesmo infundado, o que deixa o ciumento com cara de detetive fracassado e renova a lealdade entre o casal.

    Minha esposa encontrou uma folha com a minha letra em cima da mesa.

Estava escrito:

“Por muito tempo achei que a ausência é falta.

E lastimava, ignorante, a falta.

Hoje não a lastimo.

Não há falta na ausência.

    A ausência é um estar em mim.

    E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços, que rio e danço e invento exclamações alegres, porque a ausência, essa ausência assimilada, ninguém a rouba mais de mim”.

    E logo veio me questionar, brandindo a folha, sobre para quem eu tinha feito aquele poema lindo.

Já chegou chutando a porta:

    — Espero que não tenha sido para nenhuma ex!

    Ela pensava que eu estava tendo uma recaída. Não tinha cabimento. Escorpianos não têm recaídas. São vingativos, ora bolas. Quando esquecem uma pessoa, enterram-na para sempre.

    Fiz cara de culpado para criar suspense — não sou bobo de perder essa chance de ter razão, são momentos raros no meu relacionamento — e respondi:

    — Foi um sentimento sincero. Não podemos censurar. Trata-se de uma saudade violenta.

Ela se mostrava contrariada:

— Tá confessando, então…

Antes que apanhasse sem concluir a história, larguei uma charada:

    — Mas acho que será difícil descobrir de quem o poema fala.

Ela ficou intrigada:

— __________?

Eu esclareci:

    — Pois a pessoa que escreveu está morta. É um poema de Carlos Drummond de Andrade.

    — Da próxima vez que sentir ciúme, saiba com quem está casada. Eu não escrevo tão bem.


CARPINEJAR, Fabrício. Esse poema é para quem? O Tempo, 17 de novembro de 2023. Disponível em: https://www.otempo.com.br/opiniao/fabricio-carpinejar/essepoema-e-para-quem-1.3275457. Acesso em: 10 jan. 2024. Adaptado.
Qual é a classificação sintática da oração sublinhada no início do texto?
Alternativas
Q3205280 Português
Observe a oração: Sentíamos a chegada da primavera.
A função sintática do termo sublinhado na oração acima é a mesma do que vem sublinhado em qual das alternativas a seguir?
Alternativas
Q3205278 Português
Assinale a alternativa que preenche CORRETAMENTE as lacunas:
Um dos candidatos _____ prefeito de Vitória informou, em uma entrevista, _____assessores _____o abacaxi de Marataízes era o ____ mais gostava.
Alternativas
Q3205273 Português
Observe o seguinte período composto: É importante observar que grande parte da elite política, em vários momentos históricos, atuou ao lado de grupos que ajudaram a solapar a estabilidade dos regimes democráticos.
A oração grifada exerce, em relação à oração principal, a função sintática contida em qual das alternativas a seguir?
Alternativas
Q3204618 Português
Qual a opção em que a concordância verbal está CORRETA?
Alternativas
Q3204617 Português
Marque a opção em que a concordância nominal está CORRETA. 
Alternativas
Q3204616 Português
Marque a alternativa em que a regência nominal está CORRETA.
Alternativas
Q3204608 Português

Lily Gladstone se torna a primeira atriz indígena a ganhar um Globo de Ouro


Atriz venceu por sua atuação em "Assassinos da Rua das Flores", dirigido por Martin Scorsese


Lily Gladstone fez história no Globo de Ouro no domingo (8), quando se tornou a primeira pessoa que se identifica como indígena a ganhar o prêmio de Melhor Atriz em Drama durante a cerimônia.

Gladstone venceu por sua atuação no drama dirigido por Martin Scorsese “Assassinos da Rua das Flores”, no qual estrela ao lado de Leonardo DiCaprio e Robert De Niro.

“Este é um caso histórico. Não pertence apenas a mim. Estou segurando agora, segurando com todas as minhas lindas irmãs”, disse ela durante seu discurso.

Falando inicialmente na língua Blackfeet, Gladstone continuou dizendo que a Nação Blackfeet é a “bela comunidade, nação que me criou e me encorajou a continuar, continuar fazendo isso”.

Ela também homenageou sua mãe, que a acompanhou na cerimônia no domingo, dizendo: “minha mãe, embora não seja Blackfeet, trabalhou incansavelmente para levar nosso idioma às nossas salas de aula, então tive uma professora de inglês Blackfeet enquanto crescia”.

Gladstone expressou sua gratidão por poder falar “um pouco” de sua língua “porque neste negócio, os atores nativos costumavam falar suas falas em inglês e então os mixadores de som as rodavam de trás para frente para conseguir os idiomas nativos diante das câmeras”.

Passando a mencionar a nação Osage, centrada em “Flower Moon”, Gladstone encerrou seu discurso dizendo que este prêmio é para as crianças que “se viram representadas em nossas histórias contadas por nós mesmos em nossas próprias palavras, com tremendos aliados e tremendos confiar.”

Gladstone cresceu na reserva Blackfeet, no noroeste de Montana, de acordo com o The Guardian, contando à publicação em 2017 que viveu em terras da reserva até os 11 anos de idade. Ela tem afiliações tribais que incluem Kainai, Amskapi Piikani e Nimi’ipuu First Nations.

Em “Assassinos da Rua das Flores”, ela interpreta Mollie Burkhart, uma mulher osage que é esposa de Ernest Burkhart, de DiCaprio. Isso marca a primeira indicação e vitória de Gladstone ao Globo.


Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/entretenimento/lily-gladstone-se-torna-aprimeira-atriz-indigena-a-ganhar-um-globo-de-ouro/

Em “Gladstone expressou sua gratidão por poder falar “um pouco” de sua língua “porque neste negócio, os atores nativos costumavam falar suas falas em inglês (...)” A palavra sublinhada estabelece a relação semântica de
Alternativas
Q3204522 Português
Analise o trecho a seguir.

Se você está em busca de um amor para chamar de seu, veja se os movimentos astrológicos estão favoráveis ou não. Assim, você pode aproveitar caso esteja, ou então correr um pouco mais atrás para superar os possíveis desafios. Nada é impossível, viu?”

SEU cupido vai acertar? Veja quais signos terão mais sorte no amor em 2024. Capricho, 31 de dezembro de 2023. Disponível em: https://capricho.abril.com.br/comportamento/horoscopo-quais-signos-terao-maissorte-no-amor-em-2024/. Acesso em: 08 jan. 2024.

Quais são, respectivamente, as classificações das orações subordinadas em destaque no trecho?
Alternativas
Q3204516 Português

Leia o Texto para resolver as questão.


Bebês com anemia dormem menos



Bebês que dormem menos do que deveriam podem estar com anemia ferropriva, causada pela falta de ferro. A associação entre a duração do sono e esse distúrbio orgânico provém de um estudo da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) com 123 crianças nascidas na maternidade de Rio Largo, município próximo a Maceió. Elas foram acompanhadas durante um ano, com dados sobre sono e parâmetros sanguíneos coletados aos 3, 6 e 12 meses de idade. As análises indicaram que 37% dos bebês dormiam menos de 10 horas, quantidade mínima recomendada para essa faixa de idade, e 85% tinham anemia ferropriva, definida para crianças com até 5 anos como níveis de hemoglobina no sangue menores que 11 gramas por decilitro (g/dL). Entre os bebês que dormiam menos de 10h, 93,3% tinham anemia. Levantamentos nacionais registraram anemia em 10% de crianças menores de 5 meses e 18,9% de 6 a 23 meses. Quase metade (43%) das famílias das crianças acompanhadas pelos pesquisadores da Ufal recebia menos de um salário-mínimo de renda mensal. Caracterizada também pela palidez e movimentos lentos, a anemia, [se] não tratada com a suplementação de ferro, pode prejudicar o crescimento, facilitar o surgimento de doenças crônicas e causar danos cognitivos (Revista Paulista de Pediatria, julho).


BEBÊS com anemia dormem menos. Pesquisa Fapesp, dezembro de 2023. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/bebes-com-anemia-dormem-menos/. Acesso em: 09 jan. 2024. Adaptado.

Qual é o sentido veiculado pela palavra destacada entre colchetes nesse texto?
Alternativas
Q3204513 Português

Leia o texto a seguir para resolver à questão.


Um país (quase) sem leitores


Livros não são meros acervos de palavras: são janelas para outros mundos, portadores de experiências e ensinamentos acumulados ao longo dos séculos


Estado de Minas | 08 de janeiro de 2024



    Uma pesquisa encomendada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e divulgada no fim do ano passado apresentou um dado estarrecedor, mas que acabou sendo pouco discutido. Segundo a pesquisa "Panorama do Consumo de Livros", aplicada pela Nielsen BookData em 16 mil pessoas com 18 anos ou mais, entre os dias 23 e 31 de outubro de 2023, aproximadamente 84% da população brasileira acima de 18 anos não comprou nenhum livro nos últimos 12 meses. Ou seja, em 2023, apenas 16% das pessoas se dispuseram a ir a uma livraria ou a um site para comprar um livro sobre qualquer assunto. Além disso, apenas 25 milhões dos 214,3 milhões de brasileiros se consideram consumidores de livros, ou seja, menos de 10%.


    É um sinal de alerta que não pode ser ignorado. Mesmo sendo uma pesquisa sobre a compra de livros – outros modos de acesso, como bibliotecas, não foram considerados –, o número revela, de modo claro, a ausência de interesse pela leitura da população brasileira, o que traz implicações mais amplas para a educação e o desenvolvimento da sociedade.


    Afinal, livros não são meros acervos de palavras: são janelas para outros mundos, portadores de experiências e ensinamentos acumulados ao longo dos séculos. Eles são um dos principais dispositivos que a humanidade dispõe de transmissão de conhecimento ao longo de gerações, e são ferramentas fundamentais para o aprendizado e a educação. Além disso, a leitura, ao estimular o pensamento crítico, promove a capacidade de análise e de síntese. São habilidades fundamentais para um mundo cada vez mais dominado pelas telas e pelos algoritmos das redes sociais. A educação proporcionada pelos livros torna-se um antídoto poderoso contra a superficialidade e a desinformação. A leitura é um instrumento democratizador do conhecimento, permitindo que indivíduos de todas as origens tenham acesso a ideias e perspectivas que enriquecem sua compreensão do mundo e leva a uma mobilidade na pirâmide social. 


    Mudar o cenário de baixo interesse pelos livros e ampliar a base de consumidores e leitores no Brasil é possível, mas não será simples. Os próprios dados da pesquisa apontam alguns dos problemas a serem combatidos para resolver a questão. Entre os 84% de entrevistados que não compraram livros em 2023, 60% afirmaram que consideram o hábito da leitura importante, mas se sentem desmotivados para isso. Entre os motivos para o desânimo estão a ausência de livrarias próximas, a falta de tempo e, principalmente, o custo.


    É preciso, portanto, que o debate sobre o estímulo à leitura seja ampliado. O preço do livro no Brasil, por exemplo, vem sendo exaustivamente discutido por editoras, livreiros, entidades e políticos desde a consolidação da Amazon – acusada de praticar uma concorrência desleal contra livrarias e prejudicar toda a cadeia produtiva do livro –, mas raramente inclui a opinião do consumidor final, ou seja, o leitor. Outras ações para o incentivo à leitura, como programas educacionais, campanhas de conscientização e parcerias entre governos, empresas e organizações da sociedade civil também podem desempenhar um papel vital nesse esforço conjunto e devem ser considerados. Afinal, investir na educação, com foco na promoção da leitura, é investir no futuro. Ao garantir que mais brasileiros tenham acesso a livros e se sintam motivados a explorar suas páginas, a mudança que virá não vai se refletir apenas em conhecimento, mas também em um país mais culturalmente rico e promissor para todos.


UM país (quase) sem leitores. Estado de Minas, 08 de janeiro de 2024. Disponível em: https://www.em.com.br/opiniao/2024/01/6781938-um-pais-quase-semleitores.html. Acesso em: 09 jan. 2024. Adaptado.

Analise o período a seguir.

“A educação proporcionada pelos livros torna-se um antídoto poderoso contra a superficialidade e a desinformação.” (7º parágrafo)

Assinale a alternativa que apresenta uma afirmação CORRETA sobre a sintaxe do período.
Alternativas
Q3204511 Português

Leia o texto a seguir para resolver à questão.


Um país (quase) sem leitores


Livros não são meros acervos de palavras: são janelas para outros mundos, portadores de experiências e ensinamentos acumulados ao longo dos séculos


Estado de Minas | 08 de janeiro de 2024



    Uma pesquisa encomendada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e divulgada no fim do ano passado apresentou um dado estarrecedor, mas que acabou sendo pouco discutido. Segundo a pesquisa "Panorama do Consumo de Livros", aplicada pela Nielsen BookData em 16 mil pessoas com 18 anos ou mais, entre os dias 23 e 31 de outubro de 2023, aproximadamente 84% da população brasileira acima de 18 anos não comprou nenhum livro nos últimos 12 meses. Ou seja, em 2023, apenas 16% das pessoas se dispuseram a ir a uma livraria ou a um site para comprar um livro sobre qualquer assunto. Além disso, apenas 25 milhões dos 214,3 milhões de brasileiros se consideram consumidores de livros, ou seja, menos de 10%.


    É um sinal de alerta que não pode ser ignorado. Mesmo sendo uma pesquisa sobre a compra de livros – outros modos de acesso, como bibliotecas, não foram considerados –, o número revela, de modo claro, a ausência de interesse pela leitura da população brasileira, o que traz implicações mais amplas para a educação e o desenvolvimento da sociedade.


    Afinal, livros não são meros acervos de palavras: são janelas para outros mundos, portadores de experiências e ensinamentos acumulados ao longo dos séculos. Eles são um dos principais dispositivos que a humanidade dispõe de transmissão de conhecimento ao longo de gerações, e são ferramentas fundamentais para o aprendizado e a educação. Além disso, a leitura, ao estimular o pensamento crítico, promove a capacidade de análise e de síntese. São habilidades fundamentais para um mundo cada vez mais dominado pelas telas e pelos algoritmos das redes sociais. A educação proporcionada pelos livros torna-se um antídoto poderoso contra a superficialidade e a desinformação. A leitura é um instrumento democratizador do conhecimento, permitindo que indivíduos de todas as origens tenham acesso a ideias e perspectivas que enriquecem sua compreensão do mundo e leva a uma mobilidade na pirâmide social. 


    Mudar o cenário de baixo interesse pelos livros e ampliar a base de consumidores e leitores no Brasil é possível, mas não será simples. Os próprios dados da pesquisa apontam alguns dos problemas a serem combatidos para resolver a questão. Entre os 84% de entrevistados que não compraram livros em 2023, 60% afirmaram que consideram o hábito da leitura importante, mas se sentem desmotivados para isso. Entre os motivos para o desânimo estão a ausência de livrarias próximas, a falta de tempo e, principalmente, o custo.


    É preciso, portanto, que o debate sobre o estímulo à leitura seja ampliado. O preço do livro no Brasil, por exemplo, vem sendo exaustivamente discutido por editoras, livreiros, entidades e políticos desde a consolidação da Amazon – acusada de praticar uma concorrência desleal contra livrarias e prejudicar toda a cadeia produtiva do livro –, mas raramente inclui a opinião do consumidor final, ou seja, o leitor. Outras ações para o incentivo à leitura, como programas educacionais, campanhas de conscientização e parcerias entre governos, empresas e organizações da sociedade civil também podem desempenhar um papel vital nesse esforço conjunto e devem ser considerados. Afinal, investir na educação, com foco na promoção da leitura, é investir no futuro. Ao garantir que mais brasileiros tenham acesso a livros e se sintam motivados a explorar suas páginas, a mudança que virá não vai se refletir apenas em conhecimento, mas também em um país mais culturalmente rico e promissor para todos.


UM país (quase) sem leitores. Estado de Minas, 08 de janeiro de 2024. Disponível em: https://www.em.com.br/opiniao/2024/01/6781938-um-pais-quase-semleitores.html. Acesso em: 09 jan. 2024. Adaptado.

O conectivo “portanto”, empregado no início do último parágrafo do texto, NÃO pode ser substituído por
Alternativas
Q3204510 Português

Leia o texto a seguir para resolver à questão.


Um país (quase) sem leitores


Livros não são meros acervos de palavras: são janelas para outros mundos, portadores de experiências e ensinamentos acumulados ao longo dos séculos


Estado de Minas | 08 de janeiro de 2024



    Uma pesquisa encomendada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e divulgada no fim do ano passado apresentou um dado estarrecedor, mas que acabou sendo pouco discutido. Segundo a pesquisa "Panorama do Consumo de Livros", aplicada pela Nielsen BookData em 16 mil pessoas com 18 anos ou mais, entre os dias 23 e 31 de outubro de 2023, aproximadamente 84% da população brasileira acima de 18 anos não comprou nenhum livro nos últimos 12 meses. Ou seja, em 2023, apenas 16% das pessoas se dispuseram a ir a uma livraria ou a um site para comprar um livro sobre qualquer assunto. Além disso, apenas 25 milhões dos 214,3 milhões de brasileiros se consideram consumidores de livros, ou seja, menos de 10%.


    É um sinal de alerta que não pode ser ignorado. Mesmo sendo uma pesquisa sobre a compra de livros – outros modos de acesso, como bibliotecas, não foram considerados –, o número revela, de modo claro, a ausência de interesse pela leitura da população brasileira, o que traz implicações mais amplas para a educação e o desenvolvimento da sociedade.


    Afinal, livros não são meros acervos de palavras: são janelas para outros mundos, portadores de experiências e ensinamentos acumulados ao longo dos séculos. Eles são um dos principais dispositivos que a humanidade dispõe de transmissão de conhecimento ao longo de gerações, e são ferramentas fundamentais para o aprendizado e a educação. Além disso, a leitura, ao estimular o pensamento crítico, promove a capacidade de análise e de síntese. São habilidades fundamentais para um mundo cada vez mais dominado pelas telas e pelos algoritmos das redes sociais. A educação proporcionada pelos livros torna-se um antídoto poderoso contra a superficialidade e a desinformação. A leitura é um instrumento democratizador do conhecimento, permitindo que indivíduos de todas as origens tenham acesso a ideias e perspectivas que enriquecem sua compreensão do mundo e leva a uma mobilidade na pirâmide social. 


    Mudar o cenário de baixo interesse pelos livros e ampliar a base de consumidores e leitores no Brasil é possível, mas não será simples. Os próprios dados da pesquisa apontam alguns dos problemas a serem combatidos para resolver a questão. Entre os 84% de entrevistados que não compraram livros em 2023, 60% afirmaram que consideram o hábito da leitura importante, mas se sentem desmotivados para isso. Entre os motivos para o desânimo estão a ausência de livrarias próximas, a falta de tempo e, principalmente, o custo.


    É preciso, portanto, que o debate sobre o estímulo à leitura seja ampliado. O preço do livro no Brasil, por exemplo, vem sendo exaustivamente discutido por editoras, livreiros, entidades e políticos desde a consolidação da Amazon – acusada de praticar uma concorrência desleal contra livrarias e prejudicar toda a cadeia produtiva do livro –, mas raramente inclui a opinião do consumidor final, ou seja, o leitor. Outras ações para o incentivo à leitura, como programas educacionais, campanhas de conscientização e parcerias entre governos, empresas e organizações da sociedade civil também podem desempenhar um papel vital nesse esforço conjunto e devem ser considerados. Afinal, investir na educação, com foco na promoção da leitura, é investir no futuro. Ao garantir que mais brasileiros tenham acesso a livros e se sintam motivados a explorar suas páginas, a mudança que virá não vai se refletir apenas em conhecimento, mas também em um país mais culturalmente rico e promissor para todos.


UM país (quase) sem leitores. Estado de Minas, 08 de janeiro de 2024. Disponível em: https://www.em.com.br/opiniao/2024/01/6781938-um-pais-quase-semleitores.html. Acesso em: 09 jan. 2024. Adaptado.

No trecho “Entre os motivos para o desânimo estão a ausência de livrarias próximas, a falta de tempo e[,] principalmente[,] o custo.” (4º parágrafo), as vírgulas, sinalizadas com colchetes, foram empregadas para isolar um(a) 
Alternativas
Q3204020 Português
No trecho “— Trabalhei a vida inteira no setor (i) — lastimava-se — e almejava legar a meus filhos (ii) a tradição das abotoaduras de punho (iii), como requinte terminal de uma camisa digna desse nome. (linhas 07-10)”, os termos em destaque classificam-se sintaticamente como
Alternativas
Respostas
581: A
582: D
583: C
584: E
585: B
586: C
587: D
588: E
589: E
590: A
591: C
592: E
593: D
594: E
595: A
596: A
597: E
598: A
599: D
600: B