Questões de Português - Sintaxe para Concurso
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“Falei com o diretor ele descobriu que tinham trocado a nota dela com um menino chamado Bruno”
Os sujeitos dos verbos destacados são classificados, RESPECTIVAMENTE, como:
“Não tenho nenhum luxo, não faço minhas unhas, não arrumo meu cabelo.”
Assinale a opção CORRETA, sobre o fragmento.
Assinale a única opção incorreta na aplicação da concordância verbal.
INSTRUÇÃO: As questões 08 a 10 referem-se ao Texto 3, a seguir. Leia-o com atenção, antes de respondê-las.
TEXTO 3
“Aos Treze” mostra que é impossível ser só legal e sobreviver
NINA LEMOS
colunista da Folha
Quais foram os últimos sacrifícios que você fez só para tentar ficar amigo de alguém? Provavelmente, você mentiu um pouquinho sobre o seu gosto musical. Se todo mundo gosta daquela banda, quem sou eu para não gostar? Também deve ter mudado algumas vezes o seu jeito de se vestir. Porque, se você não acompanhar a moda, vai ser chamada de cafona. Existe acusação mais grave?
Não se assuste. Todo mundo, alguns pouco, outros mais, faz esse tipo de coisa. Mas, às vezes, o buraco é mais embaixo. E nós acabamos fazendo coisas que realmente nos machucam só para “pegar bem” com a galera. Não, não tem nada a ver com aquele papo de mãe sobre o problema de andar com más companhias. Segundo os psicanalistas, nós fazemos isso para sermos aceitos. E, mais do que isso, para ter uma imagem boa diante dos outros.
Isso porque a gente costuma usar os outros como espelho e, vez ou outra, cai no pensamento: “Se eles me acham legal, então eu sou legal”, “se eles me acham péssima, eu sou péssima”. Deu para entender? Isso vai ficar ainda mais claro se você for assistir ao filme “Aos Treze”, baseado na experiência de Nikki Reed, atriz e co-roteirista do filme. [...]
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u37912.shtml. Acesso em: 25 jan.2018.
Leia este trecho:
Todo mundo, alguns pouco, outros mais, faz esse tipo de coisa. |
O termo destacado no texto classifica-se como
Leia o texto a seguir para responder as questões de 1 a 6.
ENCONTRADO ESQUELETO HUMANO DE 3.000 ANOS COM CÂNCER
É o mais antigo exemplo de restos mortais com a doença. Esqueleto foi descoberto em 2013 no Sudão
Publicado em 18/03/2014. Disponível em:
http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/encontrado-esqueleto-humano-de-3-mil-anos-com-cancer Acesso em 18 de abril de 2014
Arqueólogos britânicos anunciaram ter descoberto o mais antigo exemplar completo de um ser humano com câncer metastático. Os pesquisadores encontraram evidências de tumores por todo corpo em um esqueleto de mais de 3.000 anos de idade [...]. A equipe espera que a descoberta, publicada nesta segunda-feira na revista científica Plos One, possa fornecer novas pistas sobre a evolução da doença.
Os especialistas responsáveis pelo estudo são da Universidade Durham e do British Museum. De acordo com a pesquisa, o esqueleto em questão é de um adulto do sexo masculino com idade estimada entre 25 e 35 anos quando morreu. Ele foi encontrado no sítio arqueológico de Amara Oeste, na parte norte do Sudão, a 750 quilômetros da capital, Cartum.
A análise do esqueleto foi feita por meio de radiografias e de um microscópio eletrônico de varredura. Os pesquisadores conseguiram obter uma clara imagem que mostrou tumores nos ossos da clavícula, escápulas, braços superiores, vértebras, costelas, bacia e coxa. Não foi possível, porém, identificar o local no qual a doença se originou.
Segundo os autores do estudo, praticamente não há registros arqueológicos do câncer em comparação a outras doenças. Isso deu origem à ideia de que o câncer é causado principalmente pelo estilo de vida moderno e pelo fato de, hoje, as pessoas viverem durante mais tempo.
"O conhecimento adquirido em restos humanos como esses pode realmente nos ajudar a compreender a evolução e a história das doenças modernas", diz Michaela Binder, pesquisadora da Universidade Durham que coordenou o trabalho. Ela espera que seu estudo ajude outros cientistas a explorar as causas do câncer em populações antigas.
Releia: “Segundo os autores do estudo, praticamente não há registros arqueológicos do câncer em comparação a outras doenças. Isso deu origem à ideia de que o câncer é causado principalmente pelo estilo de vida moderno e pelo fato de, hoje, as pessoas viverem durante mais tempo”.
Analise as afirmações sobre esse trecho e assinale a única INCORRETA:
Leia o texto a seguir para responder as questões de 1 a 6.
ENCONTRADO ESQUELETO HUMANO DE 3.000 ANOS COM CÂNCER
É o mais antigo exemplo de restos mortais com a doença. Esqueleto foi descoberto em 2013 no Sudão
Publicado em 18/03/2014. Disponível em:
http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/encontrado-esqueleto-humano-de-3-mil-anos-com-cancer Acesso em 18 de abril de 2014
Arqueólogos britânicos anunciaram ter descoberto o mais antigo exemplar completo de um ser humano com câncer metastático. Os pesquisadores encontraram evidências de tumores por todo corpo em um esqueleto de mais de 3.000 anos de idade [...]. A equipe espera que a descoberta, publicada nesta segunda-feira na revista científica Plos One, possa fornecer novas pistas sobre a evolução da doença.
Os especialistas responsáveis pelo estudo são da Universidade Durham e do British Museum. De acordo com a pesquisa, o esqueleto em questão é de um adulto do sexo masculino com idade estimada entre 25 e 35 anos quando morreu. Ele foi encontrado no sítio arqueológico de Amara Oeste, na parte norte do Sudão, a 750 quilômetros da capital, Cartum.
A análise do esqueleto foi feita por meio de radiografias e de um microscópio eletrônico de varredura. Os pesquisadores conseguiram obter uma clara imagem que mostrou tumores nos ossos da clavícula, escápulas, braços superiores, vértebras, costelas, bacia e coxa. Não foi possível, porém, identificar o local no qual a doença se originou.
Segundo os autores do estudo, praticamente não há registros arqueológicos do câncer em comparação a outras doenças. Isso deu origem à ideia de que o câncer é causado principalmente pelo estilo de vida moderno e pelo fato de, hoje, as pessoas viverem durante mais tempo.
"O conhecimento adquirido em restos humanos como esses pode realmente nos ajudar a compreender a evolução e a história das doenças modernas", diz Michaela Binder, pesquisadora da Universidade Durham que coordenou o trabalho. Ela espera que seu estudo ajude outros cientistas a explorar as causas do câncer em populações antigas.
Se o primeiro verbo do trecho a seguir fosse escrito no pretérito imperfeito, teríamos a concordância correta em qual das alternativas?
“A equipe espera que a descoberta, publicada nesta segunda-feira na revista científica Plos One, possa fornecer novas pistas sobre a evolução da doença”.
Onde comprar estantes de livros?
Em 1970, voltando do meu doutoramento, comecei a montar casa no Rio de Janeiro.
Logo notei que as lojas não ofereciam estantes de livros. Havia estantes de tudo, menos de livros. Diante do orçamento apertado, descobri uma solução. Por serem feitas em série, escadas de subir cm postes de luz são muito baratas. Com elas e mais tábuas - para colocar os livros - resolvi o problema.
Quando fui morar em Brasília, em 1980, foi a mesma coisa, pois nas lojas só havia estantes profundas, para jarras ou processos administrativos. Para livros, nem pensar. Comprei sólidas tábuas de mogno e fiz minha linda estante.
Recentemente, com mudanças de escritório, precisei novamente de estantes. Debalde, peregrinei por Tok & 8tok, Etna, Walmart e Leroy Merlin. Eram as mesmas de antes, para bibelôs e jarros. Para livros, ou são horrendas e mal-acabadas (para bibliotecas públicas e feitas de chapa de metal) ou são os precários trilhos verticais, com mãos francesas de encaixe duvidoso.
Acabei comprando gôndolas de quitanda, no mesmo gênero, mas um pouquinho mais robustas. Por desfastio, busquei também no site do Magazine Luiza, encontrando centenas de estantes, mas nem uma só para livros (a maioria era para TV).
Como os donos dessas empresas não são tontos, é inevitável concluir que, se não oferecem boas estantes, é porque não há compradores. Ou seja, o brasileiro frequentador dessas lojas não possui o volume de livros que provocaria a demanda por elas.
Os poucos que precisam de estantes mais avantajadas se entendem com seu marceneiro e pagam as contas, também mais avantajadas.
Triste constatação, pois não? E como será no mundo mais rico? A média brasileira é de apenas 1,8 livro por habitante/ano. Na Colômbia, 2,4. Na França, 7.
Apenas para ter uma ide ia, abri o site do Ikea americano, uma cadeia multinacional de móveis baratos e de bom gosto. Digitando a palavra bookcase, aparecem 725 itens. Há um número para cada cor, aparecendo também acessórios e modelos menos apropriados para livros. Por seguro, digamos que existem mais de 300 modelos de estantes para livros. A comparação é escandalosa.
Falando de estantes de livros, em uma área rural da Islândia, uma casa de camponeses modestíssimos foi transformada em um museu sobre os hábitos e os estilos de vida locais. Mostra a casa como estaria por volta de 1920, austera e espartana, como tu cio no país. Chamou atenção a biblioteca do dono.
A estante, mais alta do que eu e com um bom metro c meio de largura, estava repleta de livros, com o desgaste que corresponde ao uso frequente. Quem já viu estante de livros nas aristocráticas fazendas brasileiras?
Na realidade, os islandeses estão entre os leitores mais furiosos, comprando oito livros por pessoa/ano e os domicílios abrigando uma média de 338 livros. Na Austrália e na Nova Zelândia, acima da metade dos lares tem mais de 100 livros.
Como serão os hábitos de leitura dos brasileiros? Os resultados não são nada lisonjeiros. A média brasileira é de 1,8 livro lido por habitante/ano. Isso se . compara com 2,4 para nossos vizinhos colombianos, cinco para os americanos e sete para os franceses.
Diriam os cínicos, e daí? Um passatempo como outro qualquer.
Biblioteca familiar tem a ver com bons resultados na educação.
Infelizmente, não é assim. Uma pesquisa em 27 países mostrou que a biblioteca familiar se correlaciona mais com bons resultados na educação do que a própria escolaridade dos país.
Uma biblioteca de 500 livros se associa a acréscimos de escolaridade que vão de três a sete anos. Segundo os autores, "uma casa onde os livros são valorizados fornece às crianças ferramentas que são diretamente úteis no aprendizado escolar ... ". E tem mais, leitores mais assíduos visitam mais museus, fotografam mais e, surpresa, praticam mais esportes.
CASTRO, Claudio de Moura. Onde comprar estantes de livros? Revista Veja. 25 jan 2012.
Que opção exerce a mesma função sintática do termo em destaque na sequência: "Na área rural, pela riqueza de exemplares, chamou atenção a biblioteca do dono."
Leia o texto com atenção e responda as questões de 1 a 11.
Candeeiro familiar
Nas noites de minha meninice
existe um grande candeeiro amigo,
que sobre a vasta mesa de jantar
ilumina o meu serão antigo.
As doces sombras dos meus se projetavam
na parede branquinha do salão.
O primeiro cinema que eu conheci
foram essas sombras de carvão.
À procura do velho candeeiro
vinham asas da mata se queimar;
vinham de longe insetos viageiros,
borboletas de forma singular.
O candeeiro era a lanterna mágica,
que me fazia na parede branca
o homem grande que eu queria ser
e de que sou uma sombra, apenas uma sombra.
A ventania às vezes surpreendia
as janelas abertas do meu lar,
e então as doces sombras se moviam,
trêmulas, trêmulas a bailar.
Quem é lá? perguntavam.
- É a ventania que lá forte está.
E com o vento, como que entravam,
e se espalhavam pelos vãos da sala,
a mãe-preta, o pai joão, toda a senzala,
todas as sombras que não vivem mais.
Jorge de Lima
Na 1ª estrofe, o sujeito de “ilumina” é
Marque a opção CORRETA quanto à regência verbal.
Leia o texto para responder às questões 1 a 7.
Rápida utopia
Ação a distância, velocidade, comunicação, linha de montagem, triunfo das massas, holocausto: através das metáforas e das realidades que marcaram esses últimos anos, aparece a verdadeira doença do progresso…
Primeira regra: não se pode julgar um século, sobretudo alguns anos antes do seu fim, sem recolocá-lo na devida perspectiva histórica. Pensem no que teria respondido um geógrafo do século XV, se lhe tivesse pedido uma síntese de seu século em 1° de janeiro de 1490. Ou no que teríamos respondido se nos tivessem pedido um balanço de 1989 um mês antes da queda do Muro de Berlim e da Revolução da Romênia.
Segunda regra: quem julga? O julgamento de um cidadão do mundo ocidental é diferente do de um biafrense que morre de fome. Mas, se essa regra é válida para cada século, ela o é um pouco menos para o nosso. Para o bem ou para o mal, o modelo ocidental se impõe gradativamente sobre uma grande parte do planeta. Um camponês chinês está hoje, para o bem ou para o mal, mais próximo de um camponês francês do que estava há dois séculos.
Terceira regra: não se pode avaliar emocionalmente um século estando dentro dele e sem proceder a comparações estatísticas. O número de pessoas que hoje morrem de fome no mundo causa horror. Mas o número de pessoas que morreriam de fome no século passado também nos deve causar horror, sobretudo se o comparamos à população mundial da época. O século que chega ao fim é o que presenciou o Holocausto, Hiroshima, os massacres do Camboja e assim por diante.
Nosso século é o da aceleração tecnológica e científica, que se operou e continua a se operar em ritmos antes inconcebíveis. Foram necessários milhares de anos para passar do barco a remo à caravela ou da energia eólica ao motor de explosão; e em algumas décadas se passou do dirigível ao avião, da hélice ao turborreator e daí ao foguete interplanetário. Em algumas dezenas de anos, assistiu-se ao triunfo das teorias revolucionárias de Einstein e a seu questionamento.
O custo dessa aceleração da descoberta é a hiperespecialização. Estamos em via de viver a tragédia dos saberes separados: quanto mais os separamos, tanto mais fácil submeter a ciência aos cálculos do poder. Esse fenômeno está intimamente ligado ao fato de ter sido nesse século que os homens colocaram mais diretamente em questão a sobrevivência do planeta. Um excelente químico pode imaginar um excelente desodorante, mas não possui mais o saber que lhe permitiria darse conta de que seu produto irá provocar um buraco na camada de ozônio
Nosso século foi o da comunicação instantânea. Hernán Cortés pôde destruir uma civilização e, antes que a notícia se espalhasse, teve tempo para encontrar justificativas a seus empreendimentos. Os massacres da Praça Celestial, em Beijing, tornaram-se atualidade no momento mesmo em que se desenrolam e provocam a reação de todo o mundo civilizado. Mas informações simultâneas em excesso, provenientes de todos os pontos do globo, produzem um hábito. O século da comunicação transformou a informação em espetáculo. Arriscamo-nos a confundir a todo instante a atualidade e o divertimento.
Nosso século presenciou o triunfo da ação à distância. Hoje, aperta-se um botão e entra-se em comunicação com Pequim. Aperta-se um botão e um país inteiro explode. Aperta-se um botão e um foguete é lançado a Marte. A ação a distância salva numerosas vidas, mas irresponsabiliza o crime.
Umberto Eco
A ação a distância salva numerosas vidas, mas irresponsabiliza o crime. Sobre esse período, marque a opção CORRETA.
Leia o texto para responder às questões 1 a 7.
Rápida utopia
Ação a distância, velocidade, comunicação, linha de montagem, triunfo das massas, holocausto: através das metáforas e das realidades que marcaram esses últimos anos, aparece a verdadeira doença do progresso…
Primeira regra: não se pode julgar um século, sobretudo alguns anos antes do seu fim, sem recolocá-lo na devida perspectiva histórica. Pensem no que teria respondido um geógrafo do século XV, se lhe tivesse pedido uma síntese de seu século em 1° de janeiro de 1490. Ou no que teríamos respondido se nos tivessem pedido um balanço de 1989 um mês antes da queda do Muro de Berlim e da Revolução da Romênia.
Segunda regra: quem julga? O julgamento de um cidadão do mundo ocidental é diferente do de um biafrense que morre de fome. Mas, se essa regra é válida para cada século, ela o é um pouco menos para o nosso. Para o bem ou para o mal, o modelo ocidental se impõe gradativamente sobre uma grande parte do planeta. Um camponês chinês está hoje, para o bem ou para o mal, mais próximo de um camponês francês do que estava há dois séculos.
Terceira regra: não se pode avaliar emocionalmente um século estando dentro dele e sem proceder a comparações estatísticas. O número de pessoas que hoje morrem de fome no mundo causa horror. Mas o número de pessoas que morreriam de fome no século passado também nos deve causar horror, sobretudo se o comparamos à população mundial da época. O século que chega ao fim é o que presenciou o Holocausto, Hiroshima, os massacres do Camboja e assim por diante.
Nosso século é o da aceleração tecnológica e científica, que se operou e continua a se operar em ritmos antes inconcebíveis. Foram necessários milhares de anos para passar do barco a remo à caravela ou da energia eólica ao motor de explosão; e em algumas décadas se passou do dirigível ao avião, da hélice ao turborreator e daí ao foguete interplanetário. Em algumas dezenas de anos, assistiu-se ao triunfo das teorias revolucionárias de Einstein e a seu questionamento.
O custo dessa aceleração da descoberta é a hiperespecialização. Estamos em via de viver a tragédia dos saberes separados: quanto mais os separamos, tanto mais fácil submeter a ciência aos cálculos do poder. Esse fenômeno está intimamente ligado ao fato de ter sido nesse século que os homens colocaram mais diretamente em questão a sobrevivência do planeta. Um excelente químico pode imaginar um excelente desodorante, mas não possui mais o saber que lhe permitiria darse conta de que seu produto irá provocar um buraco na camada de ozônio
Nosso século foi o da comunicação instantânea. Hernán Cortés pôde destruir uma civilização e, antes que a notícia se espalhasse, teve tempo para encontrar justificativas a seus empreendimentos. Os massacres da Praça Celestial, em Beijing, tornaram-se atualidade no momento mesmo em que se desenrolam e provocam a reação de todo o mundo civilizado. Mas informações simultâneas em excesso, provenientes de todos os pontos do globo, produzem um hábito. O século da comunicação transformou a informação em espetáculo. Arriscamo-nos a confundir a todo instante a atualidade e o divertimento.
Nosso século presenciou o triunfo da ação à distância. Hoje, aperta-se um botão e entra-se em comunicação com Pequim. Aperta-se um botão e um país inteiro explode. Aperta-se um botão e um foguete é lançado a Marte. A ação a distância salva numerosas vidas, mas irresponsabiliza o crime.
Umberto Eco
Analise sintaticamente a oração “O século da comunicação transformou a informação em espetáculo” e marque a opção CORRETA.
Atenção: Nesta prova, considera-se uso correto da Língua Portuguesa o que está de acordo com a norma padrão escrita.
Leia o texto a seguir para responder as questões sobre seu conteúdo.
MISSÃO CASSINI INICIA MERGULHO NOS ANÉIS DE SATURNO
Sonda vai terminar missão de duas décadas em setembro de 2017, com uma série de mergulhos nos anéis do planeta
Por: Da redação. Atualizado em 30 nov 2016, 17h22 Disponível em: http://veja.abril.com.br/ciencia/missao-cassini-inicia-mergulho-nosaneis-de-saturno/ Acesso em 03 dez 2016.
Depois de duas décadas ao redor de Saturno, a missão Cassini, da Nasa, começa nesta quarta-feira uma série de mergulhos nos anéis do planeta, que encerrará a jornada da sonda que trouxe incríveis descobertas sobre o gigante gasoso. Até 2017, Cassini utilizará o que resta de seu combustível para orbitar ao redor dos polos do planeta e explorar as regiões ainda desconhecidas dos anéis. Com essa experiência, os astrônomos da agência espacial americana esperam captar ainda mais informações sobre Saturno, antes que a sonda realize uma colisão final no planeta, em 15 de setembro, e encerre a missão.
Lançada em 1997 com o objetivo de buscar informações sobre Saturno, seus anéis e campo magnético, a missão Cassini chegou ao planeta em 2004 e, desde então, registrou mais de 300.000 imagens. Seus instrumentos revelaram as sete luas de Saturno, mostraram grandes tempestades no planeta e trouxeram evidências para a existência de lagos de metano em Titã, uma das luas de Saturno, e de um oceano (e talvez, vida), na lua Enceladus.
Para o que a Nasa está chamando de “Grand finale”, a sonda vai realizar diversos rasantes entre os anéis e os polos e, em seguida, a partir de abril de 2017, nos anéis mais internos do planeta. Essa será a observação mais próxima e detalhada dessa região e pretende sondar a composição dos anéis, que podem revelar como se formaram e qual sua idade. As manobras também devem oferecer mais informações sobre as menores luas de Saturno, como Atlas e Pandora. Pouco antes de colidir com o planeta e encerrar a missão, Cassini será a sonda que mais chegou perto de Saturno – estará a 1.628 quilômetros das nuvens que o formam o gigante gasoso. A pequena distância dará a oportunidade de estudar os campos gravitacional e magnético.
Segundo a Nasa, a decisão de encerrar a missão dessa forma aconteceu para evitar o impacto e a contaminação em algumas das luas que podem abrigar vida.
Enceladus e Titã ganharam as primeiras páginas do noticiário na última década porque Cassini revelou o potencial de que essas luas sejam habitáveis – ou prébióticas. Para evitar a improvável possibilidade de que Cassini colida, algum dia, com essas luas e as contamine com algum micróbio terrestre que sobreviveu na sonda, a Nasa escolheu fazer o descarte seguro da espaçonave em Saturno”, afirma a Nasa no site da missão.
Analise as proposições a seguir sobre o terceiro parágrafo do texto.
I. As aspas em “Grand finale” indicam o emprego de um termo em que não se utiliza o sentido literal das palavras.
II. Da mesma forma que o plural da palavra “anel” é “anéis”, tal como empregada nesse parágrafo, também se dá da mesma forma o plural das palavras: chapéu e tonel.
III. A palavra “essa”, destacada no texto, pertence à classe dos pronomes demonstrativos e refere-se, no parágrafo, ao termo “observação mais próxima e detalhada dessa região”.
IV. A forma verbal “vai realizar”, destacada no parágrafo, é uma locução verbal que indica tempo futuro. Dessa forma, poderia ser substituída, sem prejuízo à correção, por “realizará”.
Assinale a alternativa que contenha a análise correta das proposições.
TEXTO I
Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação no contexto escolar: possibilidades
01 ____ Ao longo das últimas décadas, as tecnologias
02 digitais da informação e comunicação, também
03 conhecidas por TDICs, têm alterado nossas formas
04 de trabalhar, de se comunicar, de se relacionar e de
05 aprender. Na educação, as TDICs têm sido
06 incorporadas às práticas docentes como meio para
07 promover aprendizagens mais significativas, com o
08 objetivo de apoiar os professores na
09 implementação de metodologias de ensino ativas,
10 alinhando o processo de ensino-aprendizagem à
11 realidade dos estudantes e despertando maior
12 interesse e engajamento dos alunos em todas as
13 etapas da Educação Básica.
14 ____ As razões pelas quais as tecnologias e
15 recursos digitais devem, cada vez mais, estar
16 presentes no cotidiano das escolas, no entanto, não
17 se esgotam aí. É necessário promover a
18 alfabetização e o letramento digital, tornando
19 acessíveis as tecnologias e as informações que
20 circulam nos meios digitais e oportunizando a
21 inclusão digital.
22 ____ Nesse sentido, a Base Nacional Comum
23 Curricular contempla o desenvolvimento de
24 competências e habilidades relacionadas ao uso
25 crítico e responsável das tecnologias digitais tanto
26 de forma transversal – presentes em todas as áreas
27 do conhecimento e destacadas em diversas
28 competências e habilidades com objetos de
29 aprendizagem variados – quanto de forma
30 direcionada – tendo como fim o desenvolvimento
31 de competências relacionadas ao próprio uso das
32 tecnologias, recursos e linguagens digitais –, ou
33 seja, para o desenvolvimento de competências de
34 compreensão, uso e criação de TDICs em diversas
35 práticas sociais.
[...]
36 ____ Nesse contexto, é preciso lembrar que
37 incorporar as tecnologias digitais na educação não
38 se trata de utilizá-las somente como meio ou
39 suporte para promover aprendizagens ou despertar
40 o interesse dos alunos, mas sim de utilizá-las com os
41 alunos para que construam conhecimentos com e
42 sobre o uso dessas TDICs.
[...]
43 ____ Em resumo, incorporar as TDICs nas práticas
44 pedagógicas e no currículo como objeto de
45 aprendizagem requer atenção especial e não pode
46 mais ser um fator negligenciado pelas escolas. É
47 preciso repensar os projetos pedagógicos com o
48 olhar de utilização das tecnologias e recursos
49 digitais tanto como meio, ou seja, como apoio e
50 suporte à implementação de metodologias ativas e
51 à promoção de aprendizagens significativas, quanto
52 como um fim, promovendo a democratização ao
53 acesso e incluindo os estudantes no mundo digital.
54 Para isso, é preciso fundamentalmente revisitar a
55 proposta pedagógica da escola e investir na
56 formação continuada de professores.
57 ____ Além do uso das tecnologias para apoio à
58 prática do ensino, como apresentações digitais,
59 mostras de vídeos etc., e para o desenvolvimento
60 de pesquisas, alguns relatos propõem o uso das
61 TDICs para promover a criação de conteúdos
62 digitais. Uma possibilidade para isso é o uso de
63 softwares para a elaboração de histórias em
64 quadrinhos (HQs). Outra possibilidade está na
65 criação de conteúdos midiáticos ou multimidiáticos.
66 Com o uso de ferramentas simples e acessíveis, os
67 alunos podem criar áudios e vídeos para
68 compartilhar as aprendizagens de uma aula ou
69 sequência didática. Que tal conhecer algumas
70 dessas possibilidades?
MINISTÉRIO da Educação. Tecnologias digitais da informação e comunicação no contexto escolar: possibilidades. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/implementacao/praticas/caderno-de-praticas/aprofundamentos/193-tecnologias-digitais-da-informacao-e-comunicacao-no-contexto-escolar-possibilidades. Acesso em: 14 fev. 2023.
Relacione corretamente os termos destacados com as respectivas funções sintáticas, numerando os parênteses abaixo de acordo com a seguinte indicação: 1. sujeito; 2. adjunto adverbial; 3. complemento nominal; 4. Objeto direto.
( ) “Ao longo das últimas décadas, as tecnologias digitais da informação e comunicação, também conhecidas por TDICs, têm alterado nossas formas de trabalhar, de se comunicar, de se relacionar e de aprender.” (linhas 01-05)
( ) “As razões pelas quais as tecnologias e recursos digitais devem, cada vez mais, estar presentes no cotidiano das escolas, no entanto, não se esgotam aí.” (linhas 14-17)
( ) “Nesse contexto, é preciso lembrar que incorporar as tecnologias digitais na educação não se trata de utilizá-las somente como meio ou suporte para promover aprendizagens ou despertar o interesse dos alunos [...]” (linhas 36-40)
( ) É preciso repensar os projetos pedagógicos com o olhar de utilização das tecnologias e recursos digitais tanto como meio, ou seja, como apoio e suporte à implementação de metodologias ativas e à promoção de aprendizagens significativas, quanto como um fim[...]” (linhas 46-52)
A sequência correta, de cima para baixo, é
Para responder às questões de 1 a 5, leia o texto abaixo.
Nova lei permite transporte de animais em ônibus em
Florianópolis
Gatos e cachorros de até dez quilos poderão ser
transportados.
O prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Junior, (*) o Projeto de Lei Complementar que permite o transporte de animais domésticos de pequeno porte nas linhas de ônibus municipais. A medida já está valendo desde a (**).
De acordo com a lei, é permitido o transporte de cães e gatos com até dez quilos. Cada usuário pode levar até dois bichinhos por viagem. A fiscalização fica a cargo dos cobradores de cada ônibus.
A medida é válida em todas as linhas que circulam no território de Florianópolis, tanto as convencionais, quanto executivas, desde que os animais cumpram as exigências da lei.
Segundo o vereador Tiago Silva, autor do projeto, a medida assegura um direito que é dos animais e dos próprios donos.
"Eu fui procurado no meu gabinete para debater essa questão em uma audiência pública. Muitos donos de animais não têm carro e assim não conseguem levar seus bichinhos ao veterinário, por exemplo. Acho que a medida contribui muito para a causa de direitos dos animais", afirma.
Ainda segundo o vereador, a lei é pioneira em Santa Catarina e as ideias da proposta foram baseadas nas Câmaras das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, onde o transporte já é permitido.
Condições
Para o deslocamento, os animais deverão ser colocados em caixas de transporte apropriadas durante a sua permanência no veículo, devendo ser colocados em local definido pela empresa e que ofereça condições de proteção e conforto.
Além disso, para ter o direito, o proprietário deve apresentar atestado de veterinário indicando as boas condições de saúde do animal, emitido no período de 15 dias antes da data da viagem.
A carteira de vacinação atualizada também será exigida e nela deverá constar, no mínimo, as vacinas antirrábica e polivalente.
(g1.globo.com)
Sobre a palavra “antirrábica”, que aparece no último parágrafo do texto, pode-se afirmar corretamente que:
Para responder às questões de 1 a 5, leia o texto abaixo.
Nova lei permite transporte de animais em ônibus em
Florianópolis
Gatos e cachorros de até dez quilos poderão ser
transportados.
O prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Junior, (*) o Projeto de Lei Complementar que permite o transporte de animais domésticos de pequeno porte nas linhas de ônibus municipais. A medida já está valendo desde a (**).
De acordo com a lei, é permitido o transporte de cães e gatos com até dez quilos. Cada usuário pode levar até dois bichinhos por viagem. A fiscalização fica a cargo dos cobradores de cada ônibus.
A medida é válida em todas as linhas que circulam no território de Florianópolis, tanto as convencionais, quanto executivas, desde que os animais cumpram as exigências da lei.
Segundo o vereador Tiago Silva, autor do projeto, a medida assegura um direito que é dos animais e dos próprios donos.
"Eu fui procurado no meu gabinete para debater essa questão em uma audiência pública. Muitos donos de animais não têm carro e assim não conseguem levar seus bichinhos ao veterinário, por exemplo. Acho que a medida contribui muito para a causa de direitos dos animais", afirma.
Ainda segundo o vereador, a lei é pioneira em Santa Catarina e as ideias da proposta foram baseadas nas Câmaras das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, onde o transporte já é permitido.
Condições
Para o deslocamento, os animais deverão ser colocados em caixas de transporte apropriadas durante a sua permanência no veículo, devendo ser colocados em local definido pela empresa e que ofereça condições de proteção e conforto.
Além disso, para ter o direito, o proprietário deve apresentar atestado de veterinário indicando as boas condições de saúde do animal, emitido no período de 15 dias antes da data da viagem.
A carteira de vacinação atualizada também será exigida e nela deverá constar, no mínimo, as vacinas antirrábica e polivalente.
(g1.globo.com)
A respeito do último parágrafo do texto, analise as afirmações.
I. Há um desvio em relação à concordância verbal.
II. Há um desvio em relação à concordância nominal.
III. A forma verbal “deverá” teria de ser substituída por “deverão” para seguir a Norma Padrão.
IV. As palavras “antirrábica” e “polivalente” deveriam aparecer, obrigatoriamente, no plural, para manter a adequação às regras de concordância nominal.
V. A expressão “no mínimo” indica que não pode haver, na carteira de vacinação, registro de qualquer outra dose que não seja das vacinas mencionadas.
Está correto o que se afirma em:
Para responder às questões de 1 a 5, leia o texto abaixo.
Por que os alunos abandonam as bibliotecas conforme crescem?
BIA REIS
Levantamento do Todos pela Educação mostra que porcentual de alunos que nunca ou quase nunca utiliza a biblioteca escolar salta de 18,5% para 35,1% do 5º para o 9º ano do ensino fundamental
O hábito da leitura é um prazer a ser descoberto e conquistado – e não há melhor fase para adquiri-lo do que a infância e a adolescência. Parte das crianças tem o privilégio de ter pais leitores, livros em casa e muito estímulo. Mas, infelizmente, essa não é a realidade de todas. Por isso as bibliotecas escolares e comunitárias são tão importantes.
Apesar da importância, nem todas as escolas conseguem fazer um bom uso desse equipamento – que não é apenas uma sala com livros e deve dialogar com o projeto pedagógico da instituição. Levantamento feito pelo movimento Todos pela Educação para o Observatório do Plano Nacional de Educação (PNE), com dados da Prova Brasil 2011, mostram que o porcentual de alunos da rede pública que nunca ou quase nunca utilizam a biblioteca de sua escola salta de 18,5% para 35,1% do 5º para o 9º ano do ensino fundamental no País. Em contrapartida, o número de estudantes que sempre ou quase sempre usa a biblioteca despenca de 57,4% para 29,9%, entre as mesmas séries.
Outro dado também chama a atenção: o porcentual de professores que leva seus alunos para a biblioteca para “momentos de leitura literária e estudos em geral”. A taxa cai de 40,1% entre professores do 5º ano para 23% entre os do 9º.
Alejandra Meraz Velasco, gerente técnica do Todos pela Educação e responsável pela coordenação do Observatório do PNE, afirma que a biblioteca costuma ser mais utilizada como recurso pedagógico no fundamental 1 e, nesse período, as escolas não estão conseguindo desenvolver a capacidade de pesquisa e de leitura autônoma dos alunos.
Para Alejandra, a estrutura das duas etapas de ensino é diferente e também pode explicar, em parte, a questão. “No fundamental 1 há um professor regente (ou polivalente), que utiliza recursos mais lúdicos para ensinar. No fundamental 2, a estrutura já é mais parecida com o ensino médio, e o professor fica mais limitado à sua disciplina”, afirma.
Integrante do Movimento Brasil Literário (MBL), a coordenadora da rede de bibliotecas públicas da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte, Fabíola Farias, também chama a atenção para o papel do professor. “Na educação infantil e no ensino fundamental, o aluno é levado pelo professor à biblioteca para desenvolver uma série de projetos. Mas, quando não há uma ação propositiva em torno do livro e da leitura literária, o estudante não assimila e depois abandona a biblioteca.”
O desafio tanto das bibliotecas escolares como das comunitárias, afirma Fabíola, é mostrar às crianças e aos adolescentes que nesses espaços estão parte da produção escrita da humanidade.
Castigo. O levantamento do Todos pela Educação retrata ainda que 3% dos professores do 9º ano do fundamental costumam mandar para a biblioteca os alunos que atrapalham as aulas, contra 1% do 5º ano. O porcentual não é alto, mas deveria ser menor ainda. Para Alejandra, a mensagem é contraditória. “Faz o aluno associar a biblioteca à uma experiência desagradável”. “O próprio professor muitas vezes não compreende o espaço da biblioteca, não tem o valor da leitura constituído”, diz Fabíola.
(Disponível em estadao.com.br)
A respeito da concordância verbal em "O desafio [...] é mostrar às crianças e aos adolescentes que nesses espaços estão parte da produção escrita da humanidade.", pode-se afirmar corretamente que:
Para responder às questões de 1 a 5, leia o texto abaixo.
Por que os alunos abandonam as bibliotecas conforme crescem?
BIA REIS
Levantamento do Todos pela Educação mostra que porcentual de alunos que nunca ou quase nunca utiliza a biblioteca escolar salta de 18,5% para 35,1% do 5º para o 9º ano do ensino fundamental
O hábito da leitura é um prazer a ser descoberto e conquistado – e não há melhor fase para adquiri-lo do que a infância e a adolescência. Parte das crianças tem o privilégio de ter pais leitores, livros em casa e muito estímulo. Mas, infelizmente, essa não é a realidade de todas. Por isso as bibliotecas escolares e comunitárias são tão importantes.
Apesar da importância, nem todas as escolas conseguem fazer um bom uso desse equipamento – que não é apenas uma sala com livros e deve dialogar com o projeto pedagógico da instituição. Levantamento feito pelo movimento Todos pela Educação para o Observatório do Plano Nacional de Educação (PNE), com dados da Prova Brasil 2011, mostram que o porcentual de alunos da rede pública que nunca ou quase nunca utilizam a biblioteca de sua escola salta de 18,5% para 35,1% do 5º para o 9º ano do ensino fundamental no País. Em contrapartida, o número de estudantes que sempre ou quase sempre usa a biblioteca despenca de 57,4% para 29,9%, entre as mesmas séries.
Outro dado também chama a atenção: o porcentual de professores que leva seus alunos para a biblioteca para “momentos de leitura literária e estudos em geral”. A taxa cai de 40,1% entre professores do 5º ano para 23% entre os do 9º.
Alejandra Meraz Velasco, gerente técnica do Todos pela Educação e responsável pela coordenação do Observatório do PNE, afirma que a biblioteca costuma ser mais utilizada como recurso pedagógico no fundamental 1 e, nesse período, as escolas não estão conseguindo desenvolver a capacidade de pesquisa e de leitura autônoma dos alunos.
Para Alejandra, a estrutura das duas etapas de ensino é diferente e também pode explicar, em parte, a questão. “No fundamental 1 há um professor regente (ou polivalente), que utiliza recursos mais lúdicos para ensinar. No fundamental 2, a estrutura já é mais parecida com o ensino médio, e o professor fica mais limitado à sua disciplina”, afirma.
Integrante do Movimento Brasil Literário (MBL), a coordenadora da rede de bibliotecas públicas da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte, Fabíola Farias, também chama a atenção para o papel do professor. “Na educação infantil e no ensino fundamental, o aluno é levado pelo professor à biblioteca para desenvolver uma série de projetos. Mas, quando não há uma ação propositiva em torno do livro e da leitura literária, o estudante não assimila e depois abandona a biblioteca.”
O desafio tanto das bibliotecas escolares como das comunitárias, afirma Fabíola, é mostrar às crianças e aos adolescentes que nesses espaços estão parte da produção escrita da humanidade.
Castigo. O levantamento do Todos pela Educação retrata ainda que 3% dos professores do 9º ano do fundamental costumam mandar para a biblioteca os alunos que atrapalham as aulas, contra 1% do 5º ano. O porcentual não é alto, mas deveria ser menor ainda. Para Alejandra, a mensagem é contraditória. “Faz o aluno associar a biblioteca à uma experiência desagradável”. “O próprio professor muitas vezes não compreende o espaço da biblioteca, não tem o valor da leitura constituído”, diz Fabíola.
(Disponível em estadao.com.br)
Releia esta passagem do texto:
“Levantamento feito pelo movimento Todos pela Educação para o Observatório do Plano Nacional de Educação (PNE), com dados da Prova Brasil 2011, mostram que o porcentual de alunos da rede pública que nunca ou quase nunca utilizam a biblioteca de sua escola salta de 18,5% para 35,1% do 5º para o 9º ano do ensino fundamental no País.”
Agora, assinale a alternativa que contenha análises corretas.