Questões de Português - Substantivos para Concurso
Foram encontradas 2.145 questões
O Fenômeno da Matureia
A história de Matureia está relacionada com os primórdios do Povoado dos Canudos do qual se originou o município de Teixeira. O nome próprio do lugar foi derivado do capitão-de-Campos, Francisco da Costa Teixeira que nos idos de 1761 tomou posse de extensa região localizada num dos prolongamentos da Serra da Borborema. O antigo Povoado de Canudos mudou o nome para Vila do Teixeira e, em 1874, foi elevada à condição de cidade.
O povoado de Matureia pertencia a Teixeira. Durante sua formação, evoluiu da condição de ponto de passagem de mercadores e tangerinos de gado para um arruado que ficou famoso pelo fenômeno vegetal da prolongada maturação dos seus cajueiros. Pela observação dos antigos moradores daquele lugar, os maturis, como são chamados os cajus novos, ainda verdes (pedúnculos) tinham longa maturescência. O fenômeno tem explicação científica: Matureia fica muito próxima às elevações serranas que culminam no Pico do Jabre, o ponto mais alto do Estado da Paraíba.
Ali, o regime climatológico cria, como que degraus para a incidência das chamadas chuvas do caju, numa escala de variação ditada pela Natureza. Dependendo da altitude, o fenômeno da Matureia, segundo a linguagem matuta, acontece em períodos distintos, todavia sequenciados. A região tem, portanto, prolongada maturescência, produzindo safras contínuas de cajus. Esse fenômeno interessante do ponto de vista botânico vem sendo prejudicado pelo desmatamento e pelas constantes queimadas praticadas nos pés-de-guerra. Recentemente o Governo do Estado zoneou uma área de preservação ambiental disciplinando o uso do solo nos arredores do Pico do Jabre.
A Vila de Matureia foi transformada em cidade, desmembrando-se de Teixeira, por força da Lei número: 6175 de 13 de Dezembro de 1995. São considerados os fundadores do local, os ascendentes das famílias Dantas, Jerônimo, Vasco, Maia, Costa e Firmino. Os descendentes dessas famílias habitam o local e se dedicam a variadas atividades econômicas relacionadas com a agricultura e à pecuária.
http://www.matureia.pb.gov.br
Os cajus novos, ainda verdes (pedúnculos) tinham longa maturescência.
Assinale a opção que contém a classificação correta das palavras destacadas, RESPECTIVAMENTE
Ninguém se cura permanecendo no mesmo ambiente em que adoeceu
Ninguém se cura sem cortar a causa do mal, sem se privar do que machuca e contamina sua felicidade, sem evitar ficar junto de quem não faz nada mais do que sofrer.
A gente adoece por várias razões, tanto físicas quanto psicológicas. O mesmo se dá com os tipos de doenças: existem males do corpo e males da alma. Mente e corpo são indissociáveis, assim como na Antiguidade já se ensinava, ou seja, temos que cuidar de tudo o que nos constitui, por dentro e por fora. De nada adianta um corpo perfeito habitado por uma alma sucateada, e vice-versa.
Infelizmente, é difícil atentarmos para essa necessidade de equilibrarmos o que vem de fora e o que nasce aqui dentro, o que o espelho reflete e o que não, o que fazemos com nosso corpo e o que fazem com nossa alma. O mundo todo supervaloriza as aparências, o que dificulta a atenção que deve ser voltada ao que sentimos, ao que nos faz bem. Sabemos muito bem qual roupa queremos vestir, mas é complicado saber o que acelera o nosso coração.
Talvez ninguém consiga se livrar da infelicidade que toma conta de si, caso permaneça parado, sem sair do lugar. Aquilo que nos adoece deve ser evitado, seja o vento gelado, seja o tratamento frio do outro. Ser descuidado com a saúde adoece, ser descuidado com os sentimentos também. Práticas saudáveis incluem tanto atividades físicas quanto exercitar o amor próprio. Alimentar o corpo e a alma, sempre.
Ninguém há de ser feliz permanecendo em histórias cujo final não tem chance de ser feliz. Ninguém se cura sem cortar a causa do mal, sem se privar do que machuca e contamina sua felicidade, sem evitar ficar junto de quem não faz nada mais do que sofrer. Ninguém volta a sorrir nos lugares onde sua felicidade foi perdida, roubada, aviltada, negada.
Entender que as dores e doenças são alertas que nos pedem calma, que nos clamam por um repensar, por um respirar, por sobrevivência, acaba nos encorajando a tomar as atitudes certas, por mais que doam, que entristeçam, que pareçam impossíveis. Nada é impossível, quando ainda há sonhos a serem alcançados e vida dentro da gente. Caso não consigamos cair fora do que nos adoece, então morrerão os sonhos, morrerão os planos, morreremos nós, ainda que com vida. Ainda que por muitos dias. Por anos…
Por Marcel Camargo
Disponível em: https://www.contioutra.com/ninguem-se-cura-permanecendo-no-mesmo-ambiente-em-que-adoeceu/
Nativos digitais: como as novas tecnologias contribuem para o aprendizado infantil
O uso de tecnologia por crianças exige o acompanhamento cuidadoso
dos pais, mas pode trazer bons resultados no aprendizado
Cada vez mais, a tecnologia é usada no processo de aprendizagem infantil, com ferramentas interativas que facilitam a aquisição de conhecimento, o compartilhamento de pontos de vista e a discussão de diferentes ideias, auxiliando no desenvolvimento de um pensamento crítico e colaborativo. O Brasil vem em queda no ranking mundial de aprendizado de inglês. De acordo com o Índice de Proficiência em Inglês da Education First, em apenas 5 anos o país caiu 10 posições no ranking. Em 2011 ocupava o 31º lugar entre 80 países. Atualmente, a performance dos brasileiros com o inglês desceu até o posto 41.
Em relação ao ensino do inglês na infância, um estudo da plataforma global Lingokids, para crianças de 2 a 8 anos, mostra que os pequenos retêm o dobro de vocabulário com o uso de aplicativos, em comparação com os métodos de aprendizado mais comuns. "A diversão é um fator chave para a rápida aquisição de vocabulário. Aprender brincando é uma forma muito eficaz de ensino, porque motiva as crianças e aumenta consideravelmente o tempo de atenção à atividade. Vídeos e jogos permitem interações com as palavras de forma divertida”, diz Cristobal Viedma, CEO e fundador de Lingokids.
Há alguns anos, os pais tentavam decidir o tempo que seria permitido para seus filhos assistirem a televisão e jogarem videogame. Recentemente, essa preocupação passou a se estender para a utilização de tablets, celulares e computador. Desde tenra idade, as crianças estão imersas em um mundo tecnológico que influencia seus comportamentos. Por isso, há vários estudos que recomendam os limites de utilização de tecnologia, bem como a maneira como os pequenos devem interagir com ela.
Para a diretora de tecnologias de aprendizagem da New America Foundation Lisa Guernsey, autora do livro Toque, clique e Leia com Michael Levine, crianças a partir de 18 meses já podem se beneficiar do uso de dispositivos tecnológicos. É importante que os pais participem ativamente dessas interações, supervisionando a qualidade do conteúdo que seus filhos consomem e o tempo de uso, bem como estabelecendo horários para brincadeiras, estudo, refeições e descanso.
A jornalista Anya Kamenetz, autora do livro A arte do tempo de tela, compartilha da mesma ideia e assinala que “há um exagero quando se fala dos malefícios das telas” e que o importante é o acompanhamento ativo dos pais. “As crianças precisam da nossa ajuda para aprender a respeito das mídias e para interpretar o que veem. E ao ouvir seus filhos, você também pode compreender seus interesses. A paternidade digital positiva exige dedicação”, salienta a especialista.
Com conteúdo da Divisão de Ensino da Língua Inglesa (ELT) da Oxford University Press, o aplicativo da Lingokids contém diferentes tipos de atividades, como vídeos e músicas com personagens animados, jogos e exercícios de alfabetização para atender a diferentes estilos de aprendizagem. Como 50% da capacidade de aprender é desenvolvida nos primeiros anos de vida, os sites e aplicativos pedagógicos são uma das formas mais interessantes de apresentar as crianças à tecnologia. A responsabilidade sobre o uso dos mesmos, como de tudo o que acontece com as crianças, fica do lado dos papais.
Por Camila Achutti Disponível em: https://epocanegocios.globo.com/colunas/Novos-tempos/noticia/2018/08/nativos-digitais-como-novas-tecnologias-contribuem-para-o-aprendizado-infantil.html
Mais da metade dos seres humanos hoje vivem em cidades, e esse número deve aumentar para 70% até 2050. Em termos econômicos, os resultados da urbanização foram notáveis. As cidades representam 80% do Produto Interno Bruto (PIB) global. Nos Estados Unidos, o corredor Boston-Nova York-Washington gera mais de 30% do PIB do país.
Mas o sucesso tem sempre um custo - e as cidades não são exceção, segundo análise do Fórum Econômico Mundial. Padrões insustentáveis de consumo, degradação ambiental e desigualdade persistente são alguns dos problemas das cidades modernas. Recentemente, entraram na equação as consequências da transformação digital. Há quem fale sobre uma futura desurbanização. Mas os especialistas consultados pelo Fórum descartam essa possibilidade. Preferem discorrer sobre como as cidades vão se adaptar à era da digitalização e como vão moldar a economia mundial.
A digitalização promete melhorar a vida das pessoas nas cidades. Em cidades inteligentes como Tallinn, na Estônia, os cidadãos podem votar nas eleições nacionais e envolver-se com o governo local via plataformas digitais, que permitem a assinatura de contratos e o pagamento de impostos, por exemplo. Programas similares em Cingapura e Amsterdã tentam criar uma espécie de “governo 4.0”.
Além disso, a tecnologia vai permitir uma melhora na governança. Plataformas digitais possibilitam acesso, abertura e transparência às operações de governos locais e provavelmente irão mudar a forma como os governos interagem com as pessoas.
(Adaptado de:“5 previsões para a cidade do futuro, segundo o Fórum Econômico Mundial”. Disponível em: https://epocanegocios.globo.com)
Em relação à classe e ao emprego de palavras no texto, na
oração “A abordagem social constitui-se em um processo de
trabalho planejado de aproximação” (linhas 1 e 2), os
vocábulos sublinhados classificam-se, respectivamente, em
Saúde não é brinquedo político, diz diretor da OMS
“A saúde não é um brinquedo político, ela deve ser usada para promover o bem-estar e a qualidade de vida. E isso só vai acontecer quando nos comprometermos a fazer da atenção primária à saúde a base da assistência universal.”
A afirmação é do diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante a assinatura nesta quinta (25/10/2018) de um acordo internacional em Astana, capital do Cazaquistão, em que 194 países membros da OMS, incluindo o Brasil, comprometeram-se a fortalecer a atenção primária.
Chamado de “Declaração de Astana”, o acordo também comemora o 40o aniversário da histórica Declaração de Alma Alta, que exortou o mundo a fazer dos cuidados primários de saúde o pilar da cobertura universal de saúde em 1978.
Ocorre que, embora nos últimos 40 anos a expectativa de vida tenha aumentado e a mortalidade infantil, caído pela metade, por exemplo, o progresso em saúde tem sido desigual e injusto entre países e dentro dos países.
“Devemos reconhecer que não alcançamos esse objetivo [saúde para todos]. Em vez de saúde para todos, conseguimos saúde para alguns. Temos ficado muito focados em combater doenças específicas, muito focados no tratamento, em detrimento da prevenção de doenças”, disse Ghebreyesus.
Quase metade da população mundial não tem acesso a serviços essenciais de saúde e, segundo a OMS, 100 milhões de pessoas são empurradas para a pobreza a cada ano por causa de gastos catastróficos em saúde. A atenção primária à saúde pode fornecer de 80% a 90% das necessidades de saúde de uma pessoa durante sua vida.
A Declaração de Astana aponta a necessidade de uma ação multissetorial que inclua tecnologia, conhecimento científico e tradicional, juntamente com profissionais de saúde bem treinados e remunerados, e participação das pessoas e da comunidade para que seja alcançada a tão sonhada saúde para todos com qualidade.
(Cláudia Collucci, Saúde não é brinquedo político, diz diretor da OMS.
Em: Folha de S.Paulo, 25.10.2018. Adaptado)
Leia a oração abaixo.
Concerteza todos se esforçaram para obter o melhor desempenho, mas nem sempre isso é possível.
Na oração acima ocorre um ERRO de
Leia a oração abaixo.
Todas as terças-feira, as aulas começam às 8h50min.
Na oração acima ocorre um ERRO de
Complete a frase abaixo com o substantivo flexionado corretamente no plural.
“Os ............ que os .................. roubaram receberam as ..................... de toda torcida e passaram por vários .................... deste município de Fraiburgo.”
Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto.
Uma andorinha não faz verão
No domingo de sol anterior ao Dia de Finados, evitei a praia lotada e subi para um refresco nas Paineiras. Morei dez anos em São Conrado e, na época, costumava fazer o trajeto com frequência, mas desisti do programa, depois de dar com dois corpos desovados pelo caminho. Agora só arrisco a visita nos feriados, quando o parque se enche de gente.
A beleza do Rio é comparável à sua barbárie.
No último mirante, depois da terceira queda d'água, o vento soprava forte, anunciando a virada de tempo na Guanabara. Dezenas de andorinhas aproveitavam a corrente de ar ascendente, impulsionando o voo num vertiginoso balé. Eu, conformada com as pernas, invejei a farra dos que nascem com asas. O espetáculo pontuou o fim do passeio.
Uma semana depois, esperando o sinal abrir no cruzamento da Lagoa, ao lado do Clube do Flamengo, fui surpreendida por uma andorinha solitária, que cruzou o para-brisa do carro a toda. Depois de driblar o trânsito, arriscando a vida num rasante pela via expressa, ela se meteu no vão entre o verde e o vermelho do sinal de pedestres do outro lado da rua.
Surpresa, percebi um resto de capim seco saindo da fresta do poste. Era um ninho em plena Avenida Epitácio Pessoa. Com tanta mata, tantas árvores e prédios altos na cidade, por que criar filhos num lugar tão desolado? Neurose urbana? Só pode ser.
Chocar ovos requer um planejamento requintado. É preciso encontrar um parceiro disposto, um endereço seguro e esmerar-se para juntar a palha. Não é algo que pega uma ave de surpresa, como uma contração fora de hora que te obriga a parir na estrada.
Que anomalia era aquela que fazia um casal de andorinhas trocar o êxtase das Paineiras pela tensão do asfalto? A solidão de uma esquina feia?
O delírio da passarinhada do alto da Tijuca não tinha nada de humano. Era um estado natural, como o das plantas e o das pedras, sem consciência ou sentido em si. Mas o ser do sinal de pedestres da esquina na Rodrigo de Freitas era um indivíduo escarrado, um quase parente. Ao vê-lo, eu me reconheci na sofreguidão de seu retorno para casa, no esforço de criar os filhos num ambiente inóspito, no risco e na ansiedade.
A andorinha aculturada sou eu.
Neste mês, o Brasil assassinou um rio e o El aterrorizou Paris. O mundo não anda nada hospitaleiro. Mesmo assim, ainda creio nos ninhos e nas revoadas.
Fernanda Torres. In: [email protected]
Termos rebuscados atrapalham a compreensão de sentenças judiciais e textos do Direito
Em vez de cadeia, “ergástulo público”. No lugar de viúvo, “consorte supérstite”. E cheque não, mas sim “cártula chéquica”. Palavras do nosso idioma estranhas e desconhecidas, entrecortadas por expressões e citações em latim, uma língua morta, tornam incompreensíveis muitas sentenças judiciais e outros textos do Direito. O costume de inviabilizar a comunicação existe não só entre juízes, mas também entre advogados e outros profissionais da área. A orientação pela informação clara e compreensível, porém, cresce bastante entre os próprios magistrados.... A Associação de Magistrados Brasileiros (AMB) já fez uma intensa campanha a favor da simplificação da linguagem jurídica. A partir de 2005, foram feitos concursos para estudantes e magistrados, palestras com o professor Pasquale Cipro Neto e distribuição de uma cartilha com glossário de expressões jurídicas. A iniciativa foi motivada depois que uma pesquisa do Ibope encomendada pela própria AMB revelou que a população brasileira se incomodava não só com a lentidão dos processos na Justiça, mas também com a linguagem hermética, prolixa e pedante. (…)
(Disponível em https://www12.senado.leg.br/.../termos-rebuscados-atrapalham-a-compreensao-de-sentenças judiciais e textos do direito)