Questões de Português - Termos integrantes da oração: Objeto direto, Objeto indireto, Complemento nominal, Agente da Passiva para Concurso

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Q2877345 Português

PM do Rio de Janeiro diminui participação no desfile da Independência

Mudança será feita para aumentar a segurança das ruas no sábado, quando estão programadas mais manifestações


O tradicional desfile de 7 de Setembro na avenida Presidente Vargas, no centro, vai ficar desfalcado neste ano. A Polícia Militar do Estado, que conta com várias unidades na parada, confirmou apenas a presença da Academia Dom João VI, de oficiais. O porta-voz da corporação, tenente-coronel Cláudio Costa Oliveira, explicou nesta quinta-feira (05) que a mudança será feita para aumentar a segurança das ruas no próximo sábado, quando estão programadas diversas manifestações.

“Estamos definindo o aumento do efetivo em razão dessas manifestações que estão sendo passadas pela internet”, explicou. “Mas isso não está totalmente definido”, disse o tenente-coronel. Ele informou que nesta sexta-feira (6) será decidida a programação do desfile.

Anualmente, homens e mulheres dos batalhões de Choque, Florestal e de Operações Especiais, entre outras unidades, participam do desfile da Independência. A parada também conta com representantes da Marinha, do Exército, além de bandas de escolas públicas. Amanhã, segundo Oliveira, será divulgado ainda o esquema de segurança para o sábado.

Martha Rocha, chefe da Polícia Civil, disse que o esquema da corporação para sábado será o mesmo de todos os feriados, com os delegados titulares de plantão. “Todos estarão trabalhando como sempre estivemos em qualquer feriado”, comentou, em entrevista concedida ontem.

Na página do grupo Black Bloc, no Facebook, foi convocado pelo grupo um ato paralelo ao desfile, às 7h30, na Avenida Presidente Vargas, na altura da Rua Uruguaiana, no centro. No mesmo local, está marcada para começar às 9h a manifestação popular do Grito dos Excluídos, que desde 1995 reúne no Dia da Independência, entidades, indivíduos, movimentos sociais e religiosos comprometidos com as causas dos excluídos. Também estão agendados nas mídias sociais o bloco Antiproibicionista, às 10h, em frente ao Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (Ifics), da Universidade Federal do Rio, no centro; o manifesto Fora Renan, às 17h, na Cinelândia; e o ato Independência de Quem?, também às 17h, no Largo do Machado, na zona sul da cidade.


Adaptado de http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/rj/2013-09-05/pm-do-rio-de-janeiro-diminui-participacao-no-desfile-da-independencia

Em “... foi convocado pelo grupo um ato paralelo ao desfile...”, a expressão destacada na oração exerce função de

Alternativas
Q2875498 Português

As questões de 01 a 10 referem-se ao texto a seguir.


Vergonha à brasileira

Matheus Pichonelli


Veio de um usuário do Twitter um dos “melhores” comentários feitos até agora sobre a gritaria

em torno da vinda dos médicos estrangeiros (leia-se cubanos) ao Brasil. “Médico estrangeiro é

3 populismo. Tem que voltar a política de deixar morrer”.

Populismo, oportunismo, escravidão (?). Enquanto médicos, fariseus e doutores da lei tentam

filtrar os mosquitos, uma fila de camelos é engolida nos rincões fora da rota turística do País.

6 Em outras palavras, as pessoas seguem morrendo, sem que mereçam um franzir de testa de

quem parece disposto a armar uma Intifada1 contra o programa Mais Médicos.

Segundo mapeamento do governo, existem hoje 701 cidades no País sem um único médico a

9 postos. Sabe quantos brasileiros demonstraram, em chamada recente, interesse em trabalhar

nesses municípios? Zero. Nesses lugares, falta o básico do básico, conforme mostrou o

repórter Gabriel Bonis em sua visita a Sítio do Quinto, município do interior baiano onde a

12 população não tem para onde correr em caso de emergência (o caso mais simbólico foi a

morte, testemunhada por uma técnica em enfermagem e um vigia, de um homem que levou

uma facada e não pôde ser atendido porque não havia médico de plantão). Não estamos

15 falando de cirurgia de alta complexidade, mas de carência humana, cuja atuação garantiria o

tratamento mínimo para problemas mínimos como diarreia, gripe ou ferimentos leves, que

neste diapasão de interesses e serviços se transformam em tragédias diárias e

18 desproporcionais.

Tragédias que parecem não comover quem, de antemão, diz se sentir envergonhado pela leva

de navios negreiros a aportar por aqui atolados de médicos dispostos a nivelar por baixo a

21 medicina brasileira. Pois Jean Marie Le-Pen, o líder ultradireitista francês, de xenofobia

desavergonhada, seria capaz de corar ao ver a reação dos médicos brasileiros, de maioria

branca, que hostilizaram, vaiaram e chamaram de “escravos” os colegas cubanos, de maioria

24 negra, durante um curso de preparação em Fortaleza. O protesto, organizado pelo Sindicato

dos Médicos do Ceará, foi talvez o estágio mais alto de uma ofensiva que já teve até

presidente de conselho regional de medicina pregando, como num culto, o boicote aos

27 camaradas estrangeiros. Os manifestantes, que provavelmente se divertem ainda hoje com a

herança colonial supostamente encerrada por uma lei - não coincidentemente - denominada

Áurea, talvez inovassem a rebelião contra o estado das coisas no período anterior a 1888. O

30 método consiste em cuspir no escravo para manifestar uma repulsa fajuta à escravatura.

Parece um método pouco inteligente para quem levou seis anos para retirar o diploma. Não

cola.

33 O episódio mostra que, até mesmo quando se trata de salvar a vida humana, a vida humana é

contagiada pela mais devastadora das doenças: a ignorância d e quem enxerga o mundo entre

o certo e o errado e nada mais entre uma ponta e outra. A ignorância, neste caso, parece

36 desnudar um resquício de desumanidade presente em um dos últimos bolsões de um elitismo

pré-colonial. Um elitismo que tolera o esquecimento e a omissão, mas esperneia ao menor

sinal de desprestígio, este galgado longe, bem longe, dos salões onde mais se precisa de

39 médicos. Onde o jaleco se suja de terra ao fim do expediente.

A opção de ficar nos grandes centros é, de certo modo, compreensível. Não se discute as

fragilidades de um programa de emergência. Seria pouco razoável, por exemplo, negar a

42 ausência de uma estrutura adequada para a atuação de quaisquer médicos pelo interior do

País. Seria pouco razoável também negar a dificuldade para amarrar juridicamente um

contrato de trabalho que prevê a triangulação entre países (um deles, bem pouco afeito à

45 transparência) para remunerar o trabalhador. Não se nega ainda a necessidade de se regular

a atuação desse médico conforme o tamanho de sua responsabilidade. Não se discute a

necessidade de se validar diplomas com base em um critério honesto que não tenha como

48 finalidade a reserva de mercado. Da mesma forma, seria razoável (ou deveria ser) supor que a

urgência para a garantia de atendimento básico preceda os ajustes de rota – estes facilmente

remediados com boa vontade, o que não é o caso de uma vida por um fio.

51 Mas, para boa parte dos ativistas de ocasião, cruzar os braços diante da suposta politicagem,

do suposto populismo, do suposto oportunismo e do suposto navio negreiro é mais nobre do

que atacar o problema real. Parecem a versão remodelada da conferência das aranhas do

54 conto A Sereníssima República, de Machado de Assis. É a mais perfeita alegoria de nossa

incompetência histórica: “Uns entendem que a aranha deve fazer as teias com fios retos, é o

partido retilíneo; outros pensam, ao contrário, que as teias devem ser trabalhadas com fios

57 curvos, - é o partido curvilíneo. Há ainda um terceiro partido, misto e central, com este

postulado: as teias devem ser urdidas de fios retos e fios curvos; é o partido reto-curvilíneo; e

finalmente, uma quarta divisão política, o partido anti-reto-curvilíneo, que fez tábua rasa de

60 todos os princípios litigantes, e propõe o uso de umas teias urdidas de ar, obra transparente e

leve, em que não há linhas de espécie alguma”.

Nessa conferência, a discussão gira em torno dos símbolos atribuídos a uma mesma teia. O

63 imobilismo é o único resultado da gritaria.

Como as aranhas de Machado de Assis, preferimos discutir o sexo dos anjos em vez de atingir

o cerne de uma questão urgente: o abandono de uma parte considerável da população. Seria

66 razoável que elas estivessem no centro do debate. Mas a razoabilidade é um objeto raro

quando a ala (sempre em tese) mais esclarecida do País tem como um cartão de visita a vaia,

a arrogância e a agressão.


http://www.cartacapital.com.br/saude/vergonha-a-brasileira-8881.html. [adaptado]


1. Rebelião popular palestina contra as forças de ocupação de Israel na faixa de Gaza e na Cisjordânia.

As questões 07 e 08 referem-se ao período a seguir.


Enquanto médicos, fariseus e doutores da lei tentam filtrar os mosquitos, uma fila de camelos é engolida nos rincões fora da rota turística do País.


As expressões em negrito (da lei, de camelos, da rota e do País), presentes no período, correspondem a

Alternativas
Q2875439 Português
Assinale a alternativa correta. Em “...terá deixado à solta um assassino que executou pessoas apenas por discordarem de sua organização terrorista....”, temos, em destaque, respectivamente,
Alternativas
Q2873008 Português

Em uma das alternativas a seguir, o termo destacado da primeira parte do primeiro parágrafo do texto funciona como objeto direto da oração a qual pertence. Assinale-o .

Alternativas
Q2872711 Português

Texto 02 para as questões 11 e 12.

“Não basta conquistar a sabedoria, é preciso usá-la." (Cícero)

Em relação aos verbos sublinhados no texto 02, é CORRETO afirmar que

Alternativas
Respostas
61: B
62: D
63: A
64: B
65: D