Questões de Concurso Sobre termos integrantes da oração: objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, agente da passiva em português

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Q1876428 Português
Em, "Não deixe sua vida ficar muito séria", o termo "sua vida", é classificado sintaticamente como:
Alternativas
Q1875176 Português

Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.



A palavra sublinhada no trecho “... diligências que nesse sentido efetuei...” exerce a função sintática de:
Alternativas
Q1874752 Português

Leia atentamente o texto a seguir para responder a questão a seguir:

A MENTIROSA LIBERDADE

Lya Luft

        Comecei a escrever um novo livro, sobre os mitos e mentiras que nossa cultura expõe em prateleiras enfeitadas, para que a gente enfie esse material na cabeça e, pior, na alma – como se fosse algodão-doce colorido. Com ele chegam os medos que tudo isso nos inspira: medo de não estar bem enquadrados, medo de não ser valorizados pela turma, medo de não ser suficientemente ricos, magros, musculosos, de não participar da melhor balada, do clube mais chique, de não ter feito a viagem certa nem possuir a tecnologia de ponta no celular. Medo de não ser livres.

         Na verdade, estamos presos numa rede de falsas liberdades. Nunca se falou tanto em liberdade, e poucas vezes fomos tão pressionados por exigências absurdas, que constituem o que chamo a síndrome do “ter de”. Fala-se em liberdade de escolha, mas somos conduzidos pela propaganda como gado para o matadouro, e as opções são tantas que não conseguimos escolher com calma. Medicados como somos (a pressão, a gordura, a fadiga, a insônia, o sono, a depressão e a euforia, a solidão e o medo tratados a remédio), cedo recorremos a expedientes, porque nossa libido, quimicamente cerceada, falha, e a alegria, de tanta tensão, nos escapa.

        Preenchem-se fendas e falhas, manchas se removem, suspendem-se prazeres como sendo risco e extravagância, e nos ligamos no espelho: alguém por aí é mais eficiente, moderno, valorizado e belo que eu? Alguém mora num condomínio melhor que o meu? Em fileira ao longo das paredes, temos de parecer todos iguais nessa dança de enganos. Sobretudo, sempre jovens. Nunca se pôde viver tanto tempo e com tão boa qualidade, mas no atual endeusamento da juventude, como se só jovens merecessem amor, vitórias e sucesso, carregamos mais um ônus pesadíssimo e cruel: temos de enganar o tempo, temos de aparentar 15 anos se temos 30, 40 anos se temos 60, e 50 se temos 80 anos de idade. A deusa juventude traz vantagens, mas eu não a quereria para sempre: talvez nela sejamos mais bonitos, quem sabe mais cheios de planos e possibilidades, mas sabemos discernir as coisas que divisamos,   podemos optar com a mínima segurança, conseguimos olhar, analisar e curtir – ou nos falta o que vem depois: maturidade?

        Parece que do começo ao fim passamos a vida sendo cobrados: O que você vai ser? O que vai estudar? Como? Fracassou em mais um vestibular? Já transou? Nunca transou? Treze anos e ainda não ficou? E ainda não bebeu? Nem experimentou uma maconhazinha sequer? E um Viagra para melhorar ainda mais? Ainda aguenta os chatos dos pais? Saiba que eles o controlam sob o pretexto de que o amam. Sai dessa! Já precisa trabalhar? Que chatice! E depois: Quarenta anos ganhando tão pouco e trabalhando tanto? E não tem aquele carro? Nunca esteve naquele resort?

        Talvez a gente possa escapar dessas cobranças sendo mais natural, cumprindo deveres reais, curtindo a vida sem se atordoar. Nadar contra toda essa louca correnteza. Ter opiniões próprias, amadurecer, ajuda. Combater a ânsia por coisas que nem queremos, ignorar ofertas no fundo desinteressantes, como roupas ridículas e viagens sem graça, isso ajuda. Descobrir o que queremos e podemos é um bom aprendizado, mas leva algum tempo: não é preciso escalar o Himalaia social nem ser uma linda mulher nem um homem poderoso. É possível estar contente e ter projetos bem depois dos 40 anos, sem um iate, físico perfeito e grande fortuna. Sem cumprir tantas obrigações fúteis e inúteis, como nos ordenam os mitos e mentiras de uma sociedade insegura, desorientada, em crise. Liberdade não vem de correr atrás de “deveres” impostos de fora, mas de construir a nossa existência, para a qual, com todo esse esforço e desgaste, sobra tão pouco tempo. Não temos de correr angustiados atrás de modelos que nada têm a ver conosco, máscaras, ilusões e melancolia para aguentar a vida, sem liberdade para descobrir o que a gente gostaria mesmo de ter feito.

(Disponível em Artigos & Idéias, 21/03/2009, VEJA – ONLINE)

“... angustiados atrás de modelos que nada têm a ver conosco, máscaras, ilusões e melancolia para aguentar a vida, sem liberdade para descobrir o que a gente gostaria...”. Os termos “a vida” e “o”, destacados no trecho anterior, são, respectivamente:
Alternativas
Q1874583 Português

OS NAMORADOS DA FILHA

    Quando a filha adolescente anunciou que ia dormir com o namorado, o pai não disse nada. Não a recriminou, não lembrou os rígidos padrões morais de sua antiga juventude. Homem avançado, já esperava que aquilo acontecesse um dia. Só não esperava que acontecesse tão cedo.

     Mas tinha uma exigência, além das clássicas recomendações. A moça podia dormir com o namorado:

     ─ Mas aqui em casa.

     Ela, por sua vez, não protestou. Até ficou contente. Aquilo resultava em inesperada comodidade. Vida amorosa em domicílio, o que mais podia desejar? Perfeito.

     O namorado não se mostrou menos satisfeito. Entre outras razões, porque passaria a partilhar o abundante café da manhã da família. Aliás, seu apetite era espantoso: diante do olhar assombrado e melancólico do dono da casa, devorava toneladas do melhor requeijão, do mais fino presunto, tudo regado a litros de suco de laranja.

     Um dia, o namorado sumiu. Brigamos, disse a filha, mas já estou saindo com outro. O pai pediu que ela trouxesse o rapaz. Veio, e era muito parecido com o anterior: magro, cabeludo, com apetite descomunal.

     Brevemente, o homem descobriria que constância não era uma característica fundamental de sua filha. Os namorados começaram a se suceder em ritmo acelerado. Cada manhã de domingo, era uma nova surpresa: este é o Rodrigo, este é o James, este é o Tato, este é o Cabeça. Lá pelas tantas, ele desistiu de memorizar nomes ou mesmo fisionomias. Se estava na mesa do café da manhã, era namorado. Às vezes, também acontecia ─ ah, essa próstata, essa próstata ─ que ele levantava à noite para ir ao banheiro e cruzava com um dos galãs no corredor. Encontro insólito, mas os cumprimentos eram sempre gentis. Uma noite, acordou, como de costume, e, no corredor, deu de cara com um rapaz que o olhou apavorado. Tranquilizou-o:

     ─ Eu sou o pai da Melissa. Não se preocupe, fique à vontade. Faça de conta que a casa é sua.E foi deitar. Na manhã seguinte, a filha desceu para tomar café. Sozinha.

    ─ E o rapaz? ─ perguntou o pai.

    ─ Que rapaz? ─ disse ela.

    Algo lhe ocorreu, e ele, nervoso, pôs-se de imediato a checar a casa. Faltava o CD player, a máquina fotográfica, a impressora do computador. O namorado não era namorado. Paixão poderia nutrir, mas era pela propriedade alheia.

    Um único consolo restou ao perplexo pai: aquele, pelo menos, não fizera estrago no café da manhã.

(Moacyr Scliar. Crônica extraída da Revista Zero Hora, 26/4/1998)

Quando a filha adolescente anunciou que ia dormir com o namorado, o pai não disse nada. Não a recriminou, não lembrou os rígidos padrões morais de sua antiga juventude”. As palavras sublinhadas são, respectivamente:
Alternativas
Q1874040 Português

Instrução: A questão a abaixo refere-se ao texto.



No trecho a seguir, assinale a alternativa que indica o termo que exerce a função de complemento nominal: “Enquanto eles entram em uma lógica (1) de tristeza (2) pós-aposentadoria, em razão do (3) desmantelamento da figura (4) do provedor (5)”.
Alternativas
Q1873864 Português
Assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q1873784 Português
A investigação de um crime pode demorar muito ou pouco tempo, conforme a complexidade da cena do crime, daí que seja absolutamente indispensável que o investigador possa dispor do tempo necessário e que seja possuidor de treinamento capaz de torná-lo eficiente.

Sobre a estruturação desse pequeno texto, a afirmação adequada é:
Alternativas
Ano: 2022 Banca: FCM Órgão: Prefeitura de Timóteo - MG Provas: FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Advogado | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Biólogo | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Terapeuta Ocupacional | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Engenheiro Eletricista | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Engenheiro de Segurança do Trabalho | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Engenheiro Civil | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Psicólogo | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Professor II - Matemática | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Engenheiro Ambiental | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Odontólogo | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Médico Ortopedista | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Professor II - Língua Portuguesa | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Médico Clínico Geral | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Professor II - Artes | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Professor II - Ciências | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Professor II - Educação Física | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Professor II - Geografia | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Professor II - História | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Fonoaudiólogo | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Fisioterapeuta | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Professor II - Inglês | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Assistente Social | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Arquiteto | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Analista em Gestão Municipal - Contador | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Analista em Gestão Municipal | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Pedagogo | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Engenheiro Sanitarista | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Fiscal de Tributos | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Nutricionista | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Professor I | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Enfermeiro | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Farmacêutico - Bioquímico |
Q1873243 Português
leia o texto a seguir e, depois, responda à questão.

O QUE A FOLHA PENSA
Ação entre amigos
Governo poupa militares do ajuste fiscal e destina à área 28% dos investimentos

1. O balanço das contas do governo federal de 2019 surpreendeu até mesmo os responsáveis pelo controle do gasto público no Tesouro Nacional. De repente, em dezembro, brotou uma despesa imprevista de cerca de R$ 10 bilhões.  

2. Era o dinheiro do aumento de capital de três empresas estatais, na maior parte para a Emgepron, firma ligada à Marinha e dedicada a construir navios, que recebeu R$ 7,6 bilhões em uma canetada.

3. O valor equivale a todo investimento federal em obras e equipamentos dos ministérios da Saúde e da Educação, por exemplo.

4. Dadas as peculiaridades da contabilidade pública, tal despesa não toma o lugar de outra, pois não se sujeita ao limite constitucional do chamado teto de gastos.

5. De qualquer modo, o déficit público acabou maior. Além do mais, essa decisão inopinada e em quase nada transparente desmoraliza a alardeada política de privatização do governo de Jair Bolsonaro, pífia em sua morosidade e inoperância.

6. O aumento do capital da Emgepron é, no entanto, coerente com uma das linhas de força do governo: o poder militar. Quase um terço dos ministérios é comandado por oficiais da ativa ou da reserva das Forças Armadas, até porque, em sua carreira, Bolsonaro não cultivou relações com outros grupos de quadros técnicos ou profissionais, além de ter sido na prática um líder sindical da categoria.

7. Governo e Congresso se acertaram a fim de permitir que militares se aposentem em condições privilegiadas (com o equivalente de salários e reajustes integrais da ativa). Este governo também se prontificou a conceder generosos reajustes para os soldos, em particular para o alto oficialato.

8. O aumento de capital da Emgepron foi R$ 4 bilhões além do previsto para o ano, liberalidade facilitada pela entrada dos recursos do leilão dos campos de petróleo.

9. Assim, o Ministério da Defesa ficou com mais de 28% do total dos recursos federais destinados a investimentos. A despesa com pessoal militar, civil, aposentados e suas pensões vai aumentar; já consomem pelo menos 26% do gasto total com servidores.

10. O esforço para o necessário ajuste das contas públicas não tem sido distribuído de modo mais equânime. Subsídios diversos continuam intocados, por exemplo. Não é aceitável que também a despesa militar seja poupada de contribuir para essa emergência nacional.

11. É argumentável que o equipamento militar brasileiro pode estar sendo sucateado. Mas também este é o caso da infraestrutura física e social, de estradas a hospitais. Ainda mais neste momento de escassez aguda de recursos, é preciso repensar e explicar com transparência as prioridades.

Referência: FOLHA DE S.PAULO. Ação entre amigos. São Paulo, 5 fev. 2020. Disponível em: < https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2020/02/acao -entre-amigos.shtml>. Acesso em: 5 fev. 2020.
A respeito de funções sintáticas dos termos, é correto afirmar que, no período “[...] é preciso repensar e explicar com transparência as prioridades.”, o termo destacado é
Alternativas
Ano: 2022 Banca: FCM Órgão: Prefeitura de Timóteo - MG Provas: FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Advogado | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Biólogo | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Terapeuta Ocupacional | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Engenheiro Eletricista | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Engenheiro de Segurança do Trabalho | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Engenheiro Civil | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Psicólogo | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Professor II - Matemática | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Engenheiro Ambiental | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Odontólogo | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Médico Ortopedista | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Professor II - Língua Portuguesa | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Médico Clínico Geral | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Professor II - Artes | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Professor II - Ciências | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Professor II - Educação Física | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Professor II - Geografia | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Professor II - História | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Fonoaudiólogo | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Fisioterapeuta | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Professor II - Inglês | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Assistente Social | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Arquiteto | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Analista em Gestão Municipal - Contador | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Analista em Gestão Municipal | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Pedagogo | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Engenheiro Sanitarista | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Fiscal de Tributos | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Nutricionista | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Professor I | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Enfermeiro | FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Farmacêutico - Bioquímico |
Q1873241 Português
leia o texto a seguir e, depois, responda à questão.

O QUE A FOLHA PENSA
Ação entre amigos
Governo poupa militares do ajuste fiscal e destina à área 28% dos investimentos

1. O balanço das contas do governo federal de 2019 surpreendeu até mesmo os responsáveis pelo controle do gasto público no Tesouro Nacional. De repente, em dezembro, brotou uma despesa imprevista de cerca de R$ 10 bilhões.  

2. Era o dinheiro do aumento de capital de três empresas estatais, na maior parte para a Emgepron, firma ligada à Marinha e dedicada a construir navios, que recebeu R$ 7,6 bilhões em uma canetada.

3. O valor equivale a todo investimento federal em obras e equipamentos dos ministérios da Saúde e da Educação, por exemplo.

4. Dadas as peculiaridades da contabilidade pública, tal despesa não toma o lugar de outra, pois não se sujeita ao limite constitucional do chamado teto de gastos.

5. De qualquer modo, o déficit público acabou maior. Além do mais, essa decisão inopinada e em quase nada transparente desmoraliza a alardeada política de privatização do governo de Jair Bolsonaro, pífia em sua morosidade e inoperância.

6. O aumento do capital da Emgepron é, no entanto, coerente com uma das linhas de força do governo: o poder militar. Quase um terço dos ministérios é comandado por oficiais da ativa ou da reserva das Forças Armadas, até porque, em sua carreira, Bolsonaro não cultivou relações com outros grupos de quadros técnicos ou profissionais, além de ter sido na prática um líder sindical da categoria.

7. Governo e Congresso se acertaram a fim de permitir que militares se aposentem em condições privilegiadas (com o equivalente de salários e reajustes integrais da ativa). Este governo também se prontificou a conceder generosos reajustes para os soldos, em particular para o alto oficialato.

8. O aumento de capital da Emgepron foi R$ 4 bilhões além do previsto para o ano, liberalidade facilitada pela entrada dos recursos do leilão dos campos de petróleo.

9. Assim, o Ministério da Defesa ficou com mais de 28% do total dos recursos federais destinados a investimentos. A despesa com pessoal militar, civil, aposentados e suas pensões vai aumentar; já consomem pelo menos 26% do gasto total com servidores.

10. O esforço para o necessário ajuste das contas públicas não tem sido distribuído de modo mais equânime. Subsídios diversos continuam intocados, por exemplo. Não é aceitável que também a despesa militar seja poupada de contribuir para essa emergência nacional.

11. É argumentável que o equipamento militar brasileiro pode estar sendo sucateado. Mas também este é o caso da infraestrutura física e social, de estradas a hospitais. Ainda mais neste momento de escassez aguda de recursos, é preciso repensar e explicar com transparência as prioridades.

Referência: FOLHA DE S.PAULO. Ação entre amigos. São Paulo, 5 fev. 2020. Disponível em: < https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2020/02/acao -entre-amigos.shtml>. Acesso em: 5 fev. 2020.
Analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.

I – No décimo primeiro parágrafo, primeiro período, a oração “[...] que o equipamento militar brasileiro pode estar sendo sucateado.” é uma subordinada substantiva, subjetiva,

PORQUE

II – exerce a função sintática de objeto direto da oração principal “É argumentável [...]”.

A respeito das asserções, é correto afirmar que
Alternativas
Q1872943 Português
Assinale a alternativa que classifica INCORRETAMENTE um dos termos do seguinte fragmento do texto: “No Brasil, essa atividade envolve aproximadamente 4,4 milhões de famílias e é responsável por gerar renda para 70% dos brasileiros no campo segundo informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)”.
Alternativas
Q1872467 Português

O texto seguinte servirá de base para responder questão a seguir.

Sócrates e a fofoca

Na Grécia antiga, Sócrates era um mestre reconhecido por sua sabedoria. Certo dia, o grande filósofo se encontrou com um conhecido que lhe disse:

- Sócrates, sabe o que acabo de ouvir sobre um de seus alunos?

- Um momento, respondeu Sócrates. Antes de me dizer, gostaria de que você passasse por um pequeno teste. Chama-se "Teste dos 3 filtros".

- Três filtros?

- Sim, continuou Sócrates. Antes de me contar o que quer que seja sobre meu aluno, é bom pensar um pouco e filtrar o que vais me dizer. O primeiro filtro é o da Verdade. Estás completamente seguro de que o que me vai dizer é verdade?

- Bem... Acabo de saber...

- Então, sem saber se é verdade, ainda assim quer me contar? Vamos ao segundo filtro, que é o da Bondade. Quer me contar algo de bom sobre meu aluno?

- Não, pelo contrário. - Então, interrompeu Sócrates, queres me contar algo de ruim sobre ele, que não sabes se é verdade! Ora veja! Ainda podes passar no teste, pois ainda resta o terceiro filtro, que é o da Utilidade. O que queres me contar vai ser útil para mim?

- Acho que não muito.

- Portanto, concluiu Sócrates, se o que você quer me contar pode não ser verdade, não ser bom e pode não ser útil, então para que contar?

Esse episódio demonstra a grandeza de Sócrates e porque era tão estimado.

https://www.contandohistorias.com.br/html/contandohistorias.html

No trecho: "Antes de me contar o que quer que seja sobre meu aluno, é bom PENSAR UM POUCO e filtrar o que vais me dizer", a oração "PENSAR UM POUCO", está exercendo a função sintática de: 
Alternativas
Q1872024 Português

Em relação à frase: ‘para lhes dar uma má notícia’ (l. 07), afirma-se que: 

I. ‘Uma má notícia’ funciona como sujeito oracional.

II. O referente do pronome ‘lhes’ é identificado no parágrafo anterior.

III. ‘lhes’ é um pronome que funciona como complemento verbal.

Quais estão corretos?

Alternativas
Q1871541 Português
Texto CB1A1-I

   A pandemia transformou a rotina de diversas pessoas ao redor do mundo, principalmente em relação à sustentabilidade.
   Dentro de casa, aumentou a percepção quanto à importância de modelos de consumo mais conscientes e responsáveis, como a escolha de produtos mais duráveis e menos geradores de resíduos. No entanto, a transformação mais significativa, que deveria vir das empresas, ainda é relativamente tímida.
   De acordo com Mariana Schuchovski, professora de Sustentabilidade do ISAE Escola de Negócios, a disseminação do vírus é resultado do atual modelo de desenvolvimento, que fomenta o uso irracional de recursos naturais e a destruição de hábitats, como florestas e outras áreas, o que faz que animais, forçados a mudar seus hábitos de vida, contraiam e transmitam doenças que não existiriam em situações normais. “Situações de desequilíbrio ambiental, causadas principalmente por desmatamento e mudanças de clima, aumentam ainda mais a probabilidade de que zoonoses, ou seja, doenças de origem animal, nos atinjam e alcancem o patamar de epidemias e pandemias”, explica a professora.
   A especialista aponta que todos nós, indivíduos, sociedade e empresas, precisamos entender os impactos desta pandemia no meio ambiente e na sustentabilidade bem como refletir sobre eles e, principalmente, sobre a sua relação inversa: o impacto da (in)sustentabilidade dos nossos modelos de produção e consumo como causador desta pandemia. “Toda escolha que fazemos pode ser para apoiar ou não a sustentabilidade”, diz Mariana. Por outro lado, para que possamos fazer melhores escolhas e praticar o verdadeiro consumo consciente, é necessário que, em primeiro lugar, as empresas realizem a produção consciente, assumindo sua verdadeira responsabilidade pelos impactos que causam. 

Internet: <www.ecodebate.com.br> (com adaptações).
Com relação aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item que se segue.

No segundo período do terceiro parágrafo, a forma pronominal ‘nos’ funciona como complemento das formas verbais ‘atinjam’ e ‘alcancem’. 
Alternativas
Q1870571 Português

Instrução: A questão refere-se ao texto 1, abaixo.


Assinale a alternativa que apresenta a função sintática exercida pela oração que o impacto das condições socioeconômicas seria mais amplo (l. 05-06)
Alternativas
Ano: 2022 Banca: FEPESE Órgão: Prefeitura de Guatambú - SC Provas: FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Professor de Educação Infantil - Edital nº 002 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Professor de Artes - Edital nº 002 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Professor de Educação Especial - Edital nº 002 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Professor de Educação Física - Edital nº 002 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Professor de Ensino Fundamental - 1ª a 5ª série - Edital nº 002 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Pedagogo Social - Edital nº 001 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Assistente Social - Edital nº 001 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Procurador do Município - Edital nº 001 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Controlador Interno - Edital nº 001 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Contador - Edital nº 001 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Auditor Fiscal - Edital nº 001 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Fiscal de Vigilância Sanitária - Edital nº 001 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Fisioterapeuta - Edital nº 001 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Médico 20/40 h - Edital nº 001 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Odontólogo 20/40h - Edital nº 001 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Enfermeiro - Edital nº 001 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Engenheiro Civil - Edital nº 001 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Farmacêutico - Edital nº 001 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Fiscal de Obras - Edital nº 001 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Tesoureiro - Edital nº 001 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Psicólogo - Edital nº 001 | FEPESE - 2022 - Prefeitura de Guatambú - SC - Técnico em Recursos Humanos - Edital nº 001 |
Q1870234 Português

Leia o texto de Luís Fernando Veríssimo.


Foi numa festa de família, dessas de fim de ano. Já que o bisavô estava morre não morre, decidiram tirar uma fotografia de toda a família reunida, talvez pela última vez.

A bisa e o bisa sentados, filhos, filhas, noras, genros e netos em volta, bisnetos na frente, esparramados pelo chão. Castelo, o dono da câmara, comandou a pose, depois tirou o olho do visor e ofereceu a câmara a quem ia tirar a fotografia. Mas quem ia tirar a fotografia? – Tira você mesmo, ué. – Ah, é? E eu não saio na foto?

O Castelo era o genro mais velho. O primeiro genro. O que sustentava os velhos. Tinha que estar na fotografia. – Tiro eu - disse o marido da Bitinha. – Você fica aqui - comandou a Bitinha. Havia uma certa resistência ao marido da Bitinha na família. A Bitinha, orgulhosa, insistia para que o marido reagisse. “Não deixa eles te humilharem, Mário Cesar”, dizia sempre. O Mário Cesar ficou firme onde estava, do lado da mulher.

A própria Bitinha fez a sugestão maldosa: – Acho que quem deve tirar é o Dudu… O Dudu era o filho mais novo de Andradina, uma das noras, casada com o Luiz Olavo. Havia a suspeita, nunca claramente anunciada, de que não fosse filho do Luiz Olavo. O Dudu se prontificou a tirar a fotografia, mas a Andradina segurou o filho. – Só faltava essa, o Dudu não sai.

E agora? – Pô, Castelo. Você disse que essa câmara só faltava falar. E não tem nem timer!

O Castelo impávido. Tinham ciúmes dele. Porque ele tinha um Santana do ano. Porque comprara a câmara num duty free da Europa. Aliás, o apelido dele entre os outros era “Dutifri”, mas ele não sabia.

– Revezamento - sugeriu alguém. – Cada genro bate uma foto em que ele não aparece, e… A ideia foi sepultada em protestos. Tinha que ser toda a família reunida em volta da bisa. Foi quando o próprio bisa se ergueu, caminhou decididamente até o Castelo e arrancou a câmara da sua mão. – Dá aqui. – Mas seu Domício… – Vai pra lá e fica quieto. – Papai, o senhor tem que sair na foto. Senão não tem sentido! – Eu fico implícito - disse o velho, já com o olho no visor. E antes que houvesse mais protestos, acionou a câmara, tirou a foto e foi dormir.

Considerando as frases retiradas do texto:

1. “Não deixa eles te humilharem, Mário Cesar”, dizia sempre.

2. O Mário Cesar ficou firme onde estava, do lado da mulher.

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Ano: 2022 Banca: FAURGS Órgão: SES-RS Provas: FAURGS - 2022 - SES-RS - Administrador - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Enfermeiro - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Educador Físico - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Bibliotecário - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Biólogo - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Contador - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Designer Gráfico - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Economista - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Bioquímico - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Administrador de Banco de Dados - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Arquivista - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Analista de Desenvolvimento de Sistemas - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Analista de Sistemas - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Engenheiro Ambiental - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Analista de Suporte - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Assessor Jurídico - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Físico - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Fisioterapeuta - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Fonoaudiólogo - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Médico Veterinário - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Nutricionista - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Médico Clínico Geral - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Farmacêutico - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Engenheiro de Produção - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Gestor em Saúde - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Médico - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Gestor Financeiro - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Engenheiro de Segurança do Trabalho - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Assistente Social - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Engenheiro Agrônomo - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Pedagogo - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Analista de Políticas Públicas - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Psicólogo - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Terapeuta Ocupacional - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Sociólogo - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Químico - Edital nº 15 | FAURGS - 2022 - SES-RS - Engenheiro Civil - Edital nº 15 |
Q1869418 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo.


Excerto adaptado de: CENSON, Dianine; BARCELOS, Marcio.
O papel do estado na gestão da crise ocasionada
 pela covid-19: visões distintas sobre federalismo e
 as relações entre união e municípios. Revista Brasileira
de Gestão e Desenvolvimento Regional,v. 16, n. 4, 2020. Disponível em: 
https://www.rbgdr.net/revista/index.php/rbgdr/article/view/5977.
Acesso em: 30 de setembro de 2021.

Considere as afirmações abaixo, referentes às expressões aos entes federados (l. 08) e aos níveis inferiores de governo local (l. 08-09).

I - Ambas as expressões estão em paralelismo sintático, pois são complementos nominais da mesma estrutura.
II - A segunda expressão retoma referencialmente a primeira.
III- Ambas as expressões estão em paralelismo lexical, pois estão numa relação de paronímia.

Quais estão corretas?
Alternativas
Q1867927 Português
Considerando-se as orações e seus termos, marcar C para as afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:

( ) Em “Ela tem nojo de mim.”, a parte sublinhada é complemento nominal.
( ) A oração “Há vidro no chão” é uma oração sem sujeito. 
Alternativas
Q1866354 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.



Assinale o número do termo que indica o núcleo do objeto direto do verbo “gerar” no período a seguir: “começou a gerar, no seio (1) da comunidade de profissionais da saúde (2), de sanitaristas e da própria sociedade (3) brasileira, um movimento (4) na direção de uma reforma (5) sanitária e de uma transformação dos paradigmas do sistema de saúde”. (l. 40-43). Os números correspondem ao termo sublinhado imediatamente anterior a ele.  
Alternativas
Q1866047 Português
Leia o texto abaixo e, em seguida responda à questão


O ceguinho (Stanislaw Ponte Preta)


    No duro mesmo só existiriam dois tipos de cegos: o de nascença e o que ficou cego em vida. Mas, como diz Primo Altamirando, contrariando a chamada voz popular, Deus põe e o homem dispõe. Assim, há um terceiro tipo de cego que nenhum oftalmologista, seja qual for a amplitude de seus conhecimentos oftalmológicos, jamais poderá curar: o cego por necessidade.

    E que o leitor mais apressado pouquinha coisa não pense que estou me referindo àquele tipo de camarada que se encaixa perfeitamente no dito "o pior cego é o que não quer ver", porque este é cego por metáfora, enquanto que o terceiro tipo de cego, isto é, o cego por necessidade, é considerado por todos como cego no duro, às vezes com carteirinha de cego e tudo.

    Seu Júlio, que hoje é lavador de automóveis (e entre os automóveis que lava, lava o meu), já foi cego por necessidade. Começou sua carreira na porta da Igreja de Nosso Senhor do Bonfim (agora Matriz de Nossa Senhora de Copacabana). Seu Júlio, artista consciencioso, era um cego perfeito e ganhava esmola às pampas.

    - E o senhor sempre trabalhou como cego, seu Júlio?

    - Não senhor. Eu comecei perneta, sim senhor.

    - Perneta?

    - Usava perna de pau. Quem me ensinou foi um cigano meu amigo. Agente botando uma calça larga o truque é fácil de fazer.

    Mas, como perneta, seu Júlio um dia teve uma contrariedade. Apareceu pela aí um chefe de polícia com intenções de endireitar o Brasil e foi chato. Organizou uma campanha de perseguição à mendicância e seu Júlio entrou bem. Quando o carro da polícia, mais conhecido na linguagem policial como viatura, parou na porta da igreja, mendigo que podia se pirou, mas seu Júlio não pôde correr de calça larga e perna de pau, que a tanta perfeição não chegaram os engodos do cigano. Seu Júlio foi em cana.

    - E quando saiu das grades?

    - Virei cego por necessidade. Treinei uns dois meses em casa, passando dia e noite com uma venda nos olhos. Fiquei bárbaro em trejeito de cego. A pessoa podia fazer o maior barulho do meu lado, que eu nem me virava pra ver o que tinha acontecido. Fiquei um cego tão legal que um dia houve um desastre bem em frente à igreja. Um carro bateu num caminhão da Cervejaria Brahma e caiu garrafa pra todo lado. Foi um barulho infernal. Pois eu fiquei impávido. Nem me mexi.

    Quando seu Júlio me contou esta passagem, notei o orgulho estampado em seu semblante. Era como um velho ator a contar, numa entrevista, a noite em que a plateia interrompeu seu trabalho com aplausos consagradores em cena aberta. Era como um veterano craque de futebol a descrever para os netos o gol espetacular que fizera e que deu às suas cores o campeonato daquele ano.

    - Como cego o senhor nunca foi em cana, seu Júlio?

    - Nunquinha. Sabe como é... Cego vê longe. Mal surgia um polícia suspeito eu me mandava a 120.

    - E por que abandonou a carreira de cego?

    - Concorrência desleal.

    E explica que, no tempo dele, não havia essa coisa de alugar criança subnutrida para pedir esmola. Depois que apareceram as mães de araque, o cego tornou-se quase obsoleto no setor da mendicância. Apolícia também, hoje em dia, é praticamente omissa.
    - E sendo a polícia omissa, dá muito mais mendigo à saída da missa diz seu Júlio, sem evitar o encabulamento pelo trocadilho infame. Toda essa desorganização administrativa levou-o a abandonar a carreira de cego por necessidade.

    Nos países subdesenvolvidos a mendicância é uma miséria. Seu Júlio que o diga. Era um cego dos melhores, mas largou a carreira na certeza de que, mais dia menos dia, vai ter muito mais gente pedindo do que dando esmola. (Acontece na cidade/ Carlos E. Novaes [et. al.], S. Paulo: Ática, 2005)
Analise as explicações a seguir com relação a alguns recursos linguísticos presentes no texto e assinale (V) para as proposições verdadeiras e (F) para as falsas.

( ) Em: “No duro mesmo só existiriam dois tipos de cegos: o de nascença e o que ficou cego em vida.”, o item “o” se classifica como pronome demonstrativo.
( ) Em: “Não pense que estou me referindo àquele tipo de camarada que se encaixa perfeitamente no dito "o pior cego é o que não quer ver", porque este é cego por metáfora, enquanto que o terceiro tipo de cego, isto é, o cego por necessidade, é considerado por todos como cego no duro,[...]”, os conectivos “porque” e “enquanto que” podem ser substituídos, sem prejuízo semântico, por “pois” e “mas”, respectivamente.
( ) Em: “Seu Júlio, que hoje é lavador de automóveis (e entre os automóveis que lava, lava o meu), já foi cego por necessidade”, a expressão “Seu Júlio”, que inicia o parágrafo, assume a função de vocativo na frase.
( ) Na resposta apresentada pelo personagem: “ – (Eu)Virei cego por necessidade”, o termo “cego” assume, na frase, a função de objeto direto e a unidade “por necessidade”, de adjunto adverbial de causa.

A sequência CORRETAse apresenta em:
Alternativas
Ano: 2022 Banca: IBFC Órgão: MGS Prova: IBFC - 2022 - MGS - Monitor Educacional |
Q1864967 Português
Faça a análise sintática da seguinte estrutura: “O professor divulgou as notas aos alunos”. A este respeito, analise as afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).

( ) “O professor” é o sujeito da oração.
( ) “divulgou as notas aos alunos” é o predicado.
( ) “as notas” é o objeto indireto.
( ) “aos alunos” é o objeto direto.
( ) “o”, “aos” são adjuntos adnominais.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
Alternativas
Respostas
1001: C
1002: B
1003: C
1004: B
1005: D
1006: A
1007: A
1008: D
1009: B
1010: E
1011: B
1012: C
1013: E
1014: C
1015: B
1016: D
1017: A
1018: D
1019: E
1020: A