Questões de Português - Tipologia Textual para Concurso

Foram encontradas 785 questões

Q2627843 Português

Leia o texto a seguir:

Brasil tem 1.294 pesquisadores na lista dos cientistas com maior impacto do mundo

Número quase quadruplicou nos últimos cinco anos, saindo de 342 em 2017 para 1.294 neste ano

O Brasil tem 1.294 pesquisadores no ranking dos cientistas mais influentes do mundo. Alista é elaborada anualmente pelo professor John PA. loannidis com pesquisadores da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, e classifica os cientistas em suas respectivas áreas de atuação. A quinta edição da "Updated science-wide author databases of standardized citation indicators" foi publicada recentemente pela Elsevier, a maior editora científica do mundo.

Alguns nomes citados na publicação são Paulo Hoff, presidente da Oncologia D'Or e colunista do GLOBO, a cardiologista e intensivista Ludhmila Hajjar, colunista do GLOBO e professora de cardiologia da Faculdade de Medicina da USP, o epidemiologista e professor da Faculdade de Medicina da USP Paulo Lotufo e a pesquisadora do Instituto de Medicina Tropical Ester Sabino.

O número representa um crescimento de 287% no número de pesquisadores brasileiros incluídos na lista desde sua primeira edição, em 2017. Naquele ano, apenas 342 cientistas nacionais foram mencionados.

Dos pesquisadores brasileiros incluídos na nova atualização, 528 (40,8%) são ligados a instituições paulistas e 482 integram quadros de universidades, segundo informações da USP. Dentre esses, 244 são pesquisadores da USP, 89 da Unicamp, 67 da Unesp, 26 da Unifesp, 16 da UFABC e 12 da UFSCar.

Outras instituições brasileiras que tiveram pesquisadores citados na publicação são: Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e Universidade Federal de Lavras (UFLA).

A seleção dos pesquisadores é feita por meio de uma análise de registros do Scopus, um dos mais importantes bancos de dados mundiais de resumos e citações científicas revisadas por pares, com mais de 85 milhões de publicações editadas por mais de sete mil editoras.

A metodologia utiliza o índice composto de citações (c-core), calculado com base em seis parâmetros:

  1. Número total de citações (exceto autocitações);
  2. Índice H (quantifica a produtividade e o impacto de artigos científicos mais citados);
  3. Índice de coautoria de Schreiber ajustado (índice Hm);
  4. Número de citações recebidas em trabalhos cujo pesquisador é um único autor;
  5. Número de citações recebidas em trabalhos cujo pesquisador é o único autor ou o primeiro autor;
  6. Número de citações recebidas em trabalhos cujo pesquisador é o único autor, o primeiro autor ou o último autor.

A seleção final inclui os 100 mil melhores cientistas com maior pontuação (c-score), mais os 100 mil cientistas classificados entre os 2% com maior pontuação (c-score) para cada subárea de conhecimento. Considerando os dois indicadores, a lista final contém 210.198 pesquisadores.

Fonte: https://oglobo.globo.com/saude/noticia/2023/10/20/brasil-tem-1294- pesquisadores-na-lista-dos-cientistas-com-maior-impacto-do-mundo. ghimi?utm source=Twitter&utm medium=Social&utm campaign=0OGlobo&fbcli d=IwAR3KDomyxLcpJiSsGSYAg6Evy63VuMdIsoouqgzDDa-hiyKvyUIt-4N43 vo. Acesso em: 15 nov. 2023.

Afinalidade principal do texto anterior é:

Alternativas
Q2609770 Português

Em todos os textos abaixo ocorre a presença de uma falácia argumentativa, que é corretamente identificada na seguinte opção:

Alternativas
Q2589803 Português

Sustentabilidade é estratégica para bancos


Em todo o mundo, 94% das instituições financeiras já reconhecem a sustentabilidade como uma prioridade estratégica. O dado consta no relatório de progresso mais recente do programa “Princípios da ONU para Bancos Responsáveis”, que reúne mais de 300 signatários. Essa percepção também tem se fortalecido no mercado brasileiro – tanto no setor público como no privado. Não há futuro e sucesso econômico sem observarmos as questões socioambientais e climáticas. Os bancos são peças-chave nessa caminhada, têm um papel fundamental em direcionar capital aproveitando as melhores oportunidades em impacto positivo.


COUTINHO, Cláudio. Disponível em: <https://exame.com/esg/ sustentabilidade-e-estrategica-para-bancos-em-2023/>. Acesso em: 25 abr. 2024, com adaptações.


Do ponto de vista da tipologia, o texto deve ser classificado como, predominantemente,

Alternativas
Q2589028 Português

Texto I


Os desafios das mulheres que começam em casa e se consolidam na política

Somados à dupla/tripla jornada, há a desigualdade de gênero e o assédio, em todos os ambientes


1 Todos os anos fazemos pesquisas sobre as mulheres para monitorar o avanço ou o retrocesso nesse

tema relevante.

Há mudanças? Há! Mas numa escala e velocidade tão menores do que é necessário que, não raro, temos

que lutar contra o desânimo. Como mudar? Os processos são lentos, mas reside nos programas e

5 políticas públicas o caminho mais eficiente para a universalização de mudanças.

E elas, as políticas, têm acontecido? Sim, mas os mecanismos de dissuasão e as malandragens têm sido

mais eficientes. O ditado do crime que compensa muitas vezes se materializa nesses casos. Com isso

levamos mais tempo — ou perdemos mais tempo — para transformações inexoráveis. Por exemplo: os

partidos políticos são obrigados a ter 30% de candidatas mulheres e investir a mesma proporção do fundo

10 partidário em candidatas. Na última eleição, várias artimanhas foram constatadas para burlar a regra, com

candidaturas laranja para, na realidade, canalizar recursos para o partido e candidaturas masculinas.

Resultado das eleições municipais de 2020: em números redondos, dos 56 mil vereadores eleitos,

somente 9.000 (16%) são mulheres e 47 mil (84%), homens. A sub-representação das mulheres atrasa a

definição de políticas que promovem equidade de gênero.

15 Na pesquisa do Instituto Cidades Sustentáveis/Rede Nossa São Paulo, realizada pelo Ipec na cidade de

São Paulo, duas em cada três mulheres declaram ter sofrido algum tipo de assédio: gestos, olhares

incômodos e comentários invasivos. O lugar onde mais ocorrem é no transporte coletivo, seguido do

ambiente de trabalho. O fato de sabermos que há assédio e onde ocorre contribui para a construção de

soluções. A partir daí é questão de conscientização e decisão política.

20 Os registros de violência contra mulheres aumentaram 700% de 2016 para 2023. Eram 1.276 casos e,

agora, são 9.150. Os números não garantem que os casos aumentaram porque podem indicar a enorme

subnotificação de um passado regido pelo medo e que, paulatinamente, se altera devido ao encorajamento

proporcionado pelo ganho de consciência.

Quando a pergunta é como enfrentar a violência, quase a metade responde: aumentar a punição. Em

25 seguida vêm as medidas protetivas e as campanhas de comunicação. Idealmente, os políticos deveriam

criar políticas para causas comuns e de interesse público, pois representam a população como um todo.

Mas uma maior representação feminina na Câmara de Vereadores ajudaria muito nessas mudanças. Hoje,

a câmara de São Paulo tem 23% de mulheres. Das capitais, Porto Alegre é a que apresenta o maior

percentual de vereadoras, 30%, e Campo Grande, o menor (3%).

30 No mundo da política, as mulheres estão sub-representadas, lembrando que são 51,5% da população

brasileira. No governo Bolsonaro, eram 13% do ministério e, no atual governo Lula, 29%. Na alta liderança

do poder público, elas são 34%.

No mundo empresarial não é diferente — as mulheres também são sub-representadas: 38% ocupam

cargos de liderança, sendo que somente 6% são mulheres negras e 17% são CEOs. No que diz respeito a

35 salários, elas recebem 22% a menos do que homens na mesma função.

A divisão de tarefas domésticas segue desigual. Quatro em cada dez lares de São Paulo têm mulheres

como totalmente responsáveis pela maior parte dos afazeres: limpar a casa, preparar refeições e lavar a

louça são as tarefas mais citadas. Aos homens cabem a manutenção da casa e a retirada do lixo. A

diferença de percepção sobre a divisão de tarefas merece registro: para 32% das mulheres, os serviços

40 são divididos igualmente, mas entre os homens esse percentual sobe para 50%. Aparece aqui o

machismo ainda latente de nossa sociedade.

Dados da União Interparlamentar mostram que o Brasil ocupa a posição 143 entre 188 países no que diz

respeito à quantidade de deputadas no parlamento nacional (18%), o que dá a medida do quão atrasados

estamos se comparados a outros países.

45 Em 2024 temos eleições municipais, momento de olhar as propostas de candidatas e candidatos. Temos

hoje 658 prefeitas (12%) nas 5.570 cidades brasileiras. Diante dessa desigualdade, saber o que propõem

para reduzir a violência e o assédio, aumentar as oportunidades para as mulheres e avançar na equidade

de gênero nas cidades pode ser, sim, parâmetro para a definição do voto.


Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jorge-abrahao/2024/03/os-desafios-das-mulheres-que-comecam-em-casa-e-se-consolidam-na-politica.shtml. Texto adaptado.


De acordo com o Texto I, responda às questões de números 1 a 8.

Para buscar chamar a atenção do leitor, o autor usa como estratégia a:

Alternativas
Q2589027 Português

Texto I


Os desafios das mulheres que começam em casa e se consolidam na política

Somados à dupla/tripla jornada, há a desigualdade de gênero e o assédio, em todos os ambientes


1 Todos os anos fazemos pesquisas sobre as mulheres para monitorar o avanço ou o retrocesso nesse

tema relevante.

Há mudanças? Há! Mas numa escala e velocidade tão menores do que é necessário que, não raro, temos

que lutar contra o desânimo. Como mudar? Os processos são lentos, mas reside nos programas e

5 políticas públicas o caminho mais eficiente para a universalização de mudanças.

E elas, as políticas, têm acontecido? Sim, mas os mecanismos de dissuasão e as malandragens têm sido

mais eficientes. O ditado do crime que compensa muitas vezes se materializa nesses casos. Com isso

levamos mais tempo — ou perdemos mais tempo — para transformações inexoráveis. Por exemplo: os

partidos políticos são obrigados a ter 30% de candidatas mulheres e investir a mesma proporção do fundo

10 partidário em candidatas. Na última eleição, várias artimanhas foram constatadas para burlar a regra, com

candidaturas laranja para, na realidade, canalizar recursos para o partido e candidaturas masculinas.

Resultado das eleições municipais de 2020: em números redondos, dos 56 mil vereadores eleitos,

somente 9.000 (16%) são mulheres e 47 mil (84%), homens. A sub-representação das mulheres atrasa a

definição de políticas que promovem equidade de gênero.

15 Na pesquisa do Instituto Cidades Sustentáveis/Rede Nossa São Paulo, realizada pelo Ipec na cidade de

São Paulo, duas em cada três mulheres declaram ter sofrido algum tipo de assédio: gestos, olhares

incômodos e comentários invasivos. O lugar onde mais ocorrem é no transporte coletivo, seguido do

ambiente de trabalho. O fato de sabermos que há assédio e onde ocorre contribui para a construção de

soluções. A partir daí é questão de conscientização e decisão política.

20 Os registros de violência contra mulheres aumentaram 700% de 2016 para 2023. Eram 1.276 casos e,

agora, são 9.150. Os números não garantem que os casos aumentaram porque podem indicar a enorme

subnotificação de um passado regido pelo medo e que, paulatinamente, se altera devido ao encorajamento

proporcionado pelo ganho de consciência.

Quando a pergunta é como enfrentar a violência, quase a metade responde: aumentar a punição. Em

25 seguida vêm as medidas protetivas e as campanhas de comunicação. Idealmente, os políticos deveriam

criar políticas para causas comuns e de interesse público, pois representam a população como um todo.

Mas uma maior representação feminina na Câmara de Vereadores ajudaria muito nessas mudanças. Hoje,

a câmara de São Paulo tem 23% de mulheres. Das capitais, Porto Alegre é a que apresenta o maior

percentual de vereadoras, 30%, e Campo Grande, o menor (3%).

30 No mundo da política, as mulheres estão sub-representadas, lembrando que são 51,5% da população

brasileira. No governo Bolsonaro, eram 13% do ministério e, no atual governo Lula, 29%. Na alta liderança

do poder público, elas são 34%.

No mundo empresarial não é diferente — as mulheres também são sub-representadas: 38% ocupam

cargos de liderança, sendo que somente 6% são mulheres negras e 17% são CEOs. No que diz respeito a

35 salários, elas recebem 22% a menos do que homens na mesma função.

A divisão de tarefas domésticas segue desigual. Quatro em cada dez lares de São Paulo têm mulheres

como totalmente responsáveis pela maior parte dos afazeres: limpar a casa, preparar refeições e lavar a

louça são as tarefas mais citadas. Aos homens cabem a manutenção da casa e a retirada do lixo. A

diferença de percepção sobre a divisão de tarefas merece registro: para 32% das mulheres, os serviços

40 são divididos igualmente, mas entre os homens esse percentual sobe para 50%. Aparece aqui o

machismo ainda latente de nossa sociedade.

Dados da União Interparlamentar mostram que o Brasil ocupa a posição 143 entre 188 países no que diz

respeito à quantidade de deputadas no parlamento nacional (18%), o que dá a medida do quão atrasados

estamos se comparados a outros países.

45 Em 2024 temos eleições municipais, momento de olhar as propostas de candidatas e candidatos. Temos

hoje 658 prefeitas (12%) nas 5.570 cidades brasileiras. Diante dessa desigualdade, saber o que propõem

para reduzir a violência e o assédio, aumentar as oportunidades para as mulheres e avançar na equidade

de gênero nas cidades pode ser, sim, parâmetro para a definição do voto.


Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jorge-abrahao/2024/03/os-desafios-das-mulheres-que-comecam-em-casa-e-se-consolidam-na-politica.shtml. Texto adaptado.


De acordo com o Texto I, responda às questões de números 1 a 8.

Os textos argumentativos geralmente trazem marcas do posicionamento de seu autor em relação àquilo que diz. O trecho que se apresenta como uma opinião é:

Alternativas
Respostas
16: A
17: D
18: E
19: C
20: A