Questões de Concurso
Sobre travessão em português
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Texto para à questão.
Marcia Tiburi. O aprendizado da angústia.
Internet: <https://revistacult.uol.com.br/home/>
(1) Vírgula. (2) Aspas. (3) Travessão.
( ) Paulo perguntou: __ Onde é o ponto de ônibus? ( ) O gato __o mais rebelde de todos__ saiu correndo. ( ) Segundo Fernando Pessoa: __Navegar é preciso, viver não é preciso__.
Como as bets afetam a saúde mental dos brasileiros
Por Revista Pesquisa Fapesp
(Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/como-as-bets-afetam-a-saude-mental-dos-brasileiros/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
Leia o texto I a seguir para responder à questão.
TEXTO I
Na era digital, as redes sociais tornaram‑se o palco onde muitos de nós encenam nossas vidas, dançando ao ritmo das curtidas e validações virtuais. Contudo, por trás da fachada de felicidade e sucesso, a roda da escravidão moderna está em pleno movimento, aprisionando muitos em uma busca incessante por uma validação que muitas vezes é ilusória.
Ao explorar as vidas aparentemente perfeitas que permeiam nossos feeds, é fácil cair na armadilha da comparação. A tirania dos valores “exibidos” nas redes sociais impõe padrões inatingíveis, criando uma ilusão de felicidade que obscurece a realidade complexa e multifacetada da experiência humana.
A busca incessante pela validação virtual cria uma dinâmica paradoxal. A roda da escravidão digital gira, e indivíduos se encontram cada vez mais distantes de suas próprias verdades, submersos na ilusão de que a aceitação on‑line equivale à validação pessoal. O preço pago por essa busca desenfreada é a perda da percepção de individualidade; à medida que nos moldamos para atender a padrões externos, muitas vezes em detrimento de nossa autenticidade, perdemos nossa verdadeira essência.
A sociedade contemporânea — marcada pela constante exposição nas redes sociais — propaga essa narrativa de sucesso e felicidade que muitas vezes é desconectada da realidade. A pressão para “parecer feliz, parecer bem‑sucedido” alimenta essa roda da ilusão, levando à exaustão emocional e à deterioração da saúde mental.
A reinvenção necessária não reside na perpetuação dessa farsa digital, mas na redescoberta da verdadeira autenticidade. É hora de desconectar‑se da tirania da validação virtual e reconectar‑se consigo mesmo. Ao invés de se perder nas imagens retocadas e narrativas cuidadosamente construídas, busque a essência de sua própria jornada.
Reverter esse ciclo demanda consciência, aceitação, ações conscientes para cultivar uma presença digital que reflita a verdadeira complexidade e autenticidade da experiência humana, promovendo a valorização do indivíduo para além das métricas virtuais.
Para se libertar é necessário buscar o autoconhecimento. Ao explorar as dinâmicas familiares, sociais e culturais que moldam nossas crenças e comportamentos, é possível desatar as correntes invisíveis desta roda da escravidão digital. Através do autodesenvolvimento é possível reconectar‑se consigo mesmo.
Nas palavras de Carl Jung, “quem olha para fora sonha, quem olha para dentro acorda”. A jornada interior nos desperta para a verdadeira essência, permitindo‑nos desafiar padrões prejudiciais e construir uma narrativa pessoal mais autêntica, tornando‑nos livres e felizes.
ARAGÃO, Alessandra. A roda da escravidão da felicidade virtual. Estado de Minas, 21 dez. 2023 (adaptado).
Releia o trecho do texto I a seguir:
“A sociedade contemporânea — marcada pela constante exposição nas redes sociais — propaga essa narrativa de sucesso e felicidade que, muitas vezes, é desconectada da realidade. A pressão para “parecer feliz, parecer bem‑sucedido” alimenta essa roda da ilusão, levando à exaustão emocional e à deterioração da saúde mental.”
Acerca dos sinais de pontuação nesse trecho, analise as afirmativas a seguir:
I. Os travessões, se substituídos por vírgulas, prejudicam o sentido pretendido.
II. As aspas em “parecer feliz, parecer bem‑sucedido” sugerem breve hesitação.
III. As vírgulas em “muitas vezes”, caso retiradas, mantêm a continuidade da frase.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)

I. Nas linhas 15-16, o emprego das aspas se deve à marcação da citação de frases que são popularmente ditas.
II. Na linha 19, os dois pontos são empregados para introduzir o que a autora se pergunta.
III. Na linha 24, os travessões são empregados para introduzir uma fala em discurso direto.
Quais estão corretas?
O uso do travessão no trecho acima justifica-se por:
A questão se refere ao texto abaixo.
Protejam as crianças da literatura
Wilson Gomes
"Eu sou a favor da suspensão, porque não é certo o ensinamento desse livro", afirmou uma jovem mãe mineira, ao ser indagada sobre o que achava de o "Menino Marrom", de Ziraldo, ter tido o seu uso didático temporariamente suspenso em Conselheiro Lafaiete, em Minas Gerais. Essa convicção se repete na voz de um jovem pai, que acrescenta que é preciso estar alerta aos livros escolares, sim, e já tinha até planejado ir à Secretaria de Educação "com relação a alguns livros" de leitura obrigatória. Notem o plural.
Fatos dessa natureza têm recebido enorme cobertura da mídia e inundado o debate público nacional a partir dos ambientes digitais. Não é claro para mim se foi a cobertura que aumentou ou se realmente houve um incremento nas ações de pais e autoridades para restringir o acesso de crianças e jovens a determinados livros. De todo modo, é notável como esses episódios continuam a se repetir.
Há quem salte para grandes conclusões, atribuindo ao avanço da extrema direita uma onda de moralismo inquisitorial e uma temporada de caça a livros e a outras bruxarias artísticas e literárias no país. E há quem diga claramente que a paixão por censurar se restringe a obras antirracistas ou com temáticas relacionadas à cultura africana no Brasil. As evidências, contudo, não autorizam saltos tão grandes.
Primeiro, se é verdade que a ultradireita acredita que o mal pode residir em livros e representações artísticas, identitários de esquerda compartilham o mesmo temor e idêntica vontade de proibir, cancelar e punir. A única diferença real entre as duas posições reside na definição do que exatamente constitui o mal. Para identitários, livros ofendem minorias, oferecem "gatilhos" que acionam sofrimentos em certas pessoas, induzem ao racismo, à misoginia, à homofobia e à transfobia e colonizam o pensamento. Para os ultraconservadores, a literatura ensina ideias religiosas falsas, induz à homossexualidade, faz doutrinação ideológica, promove a ideologia de gênero e o comunismo, além de expor crianças à violência e ao sexo.
Em ambos os casos, há a convicção comum de que as crianças, quando não todas as pessoas, precisam ser protegidas dos livros. E, se possível, que se deem alguns passos mais, que variam desde a reescrita "politicamente correta" — alô, Lobato — ou "de acordo com a sã doutrina" de obras literárias, até a criação de listas de livros e de autores proibidos e a emissão de condenações públicas contra autores, eventualmente, até enquadrando-os em algum tipo penal.
A rapidez com que se passa do julgamento moral de alguém que se sente ofendido — e o "sentir-se ofendido" é considerado motivo suficiente para a decisão de que um livro não presta — até o pedido de censura e punição ao autor é a mesma nos dois grupos. O identitário grita "racismo religioso" ou "transfobia" com a mesma celeridade com que o conservador conclui que "não é certo o ensinamento desse livro".
Em segundo lugar, ao examinar as razões enunciadas por quem considera que a obra faz mal, notamos que a censura é invariavelmente vista como um ato de amor e zelo, pois o censor está sempre protegendo alguém vulnerável — crianças, jovens, membros de minorias, pessoas ignorantes, a massa ingênua. Na bibliografia sobre o tema, já se constatou, há anos, que três variáveis são importantes — o quão protetora é a pessoa que pede por censura, o quão vulnerável ela julga ser a pessoa ou grupo que quer proteger e a magnitude do mal que ela julga ver no objeto que deseja censurar.
A estimativa do nível do mal depende de muitos fatores, inclusive do grau de conhecimento da obra julgada. Grandes leitores raramente têm medo de livros. Quem joga games eletrônicos não vê os danos que os não jogadores imaginam. Os extremamente protetores tendem a querer censurar tudo — celulares, games, televisão, YouTube, livros —, enquanto os que acham que todo mundo sabe se virar no mundo não querem censurar nada. Quem considera os outros muito ingênuos, estúpidos ou influenciáveis fica aflito com o que eles leem ou veem. Quem acha que todo mundo é mais ou menos como ele acredita que todos são suficientemente sagazes para driblar manipulações.
Curiosamente, as mesmas pessoas que consideram patéticas e absurdas as alegações de que o livro de Ziraldo incentivaria a violência, que é um fato, consideram altamente sofisticado acreditar que smartphones e plataformas digitais vão tornar seus filhos estúpidos, que games os tornarão violentos, que a televisão... Ah, desculpem, as crianças não veem mais televisão. Deve ser, por isso, que estamos melhores.
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas. Acesso em: 07 nov. 2024. [Adaptado]
Quem joga games eletrônicos não vê os danos que os não jogadores imaginam. Os extremamente protetores tendem a querer censurar tudo — celulares, games, televisão, YouTube, livros —, enquanto os que acham que todo mundo sabe se virar no mundo não querem censurar nada.
De acordo com o padrão escrito da língua portuguesa, o uso da vírgula, após o travessão,
Leia o texto a seguir:
A corretora
Rubem Braga
A mulher entrou no meu escritório com um sorriso muito amável e os olhos muito azuis. Desenrolou um mapa e começou a falar com uma certa velocidade, como é uso dos chilenos. Gosto de ver mapas, e me ergui para olhar aquele.
Quando percebi que se tratava de um loteamento, e a mulher queria me vender uma “parcela”, me coloquei na defensiva; disse que no momento suspendi meus negócios imobiliários, e até estava pensando em vender meus imensos territórios no Brasil; que além disso o Chile é um país muito estreito e sua terra deveria ser dividida entre seu povo; até ficaria mal a um estrangeiro querer especular com um trecho de “faja angosta”, que é como os chilenos chamam sua tira estreita de terra, que por sinal costumam dizer que é “larguísima”, para assombro do brasileiro, recém-chegado que não sabe que isso em castelhano quer dizer “compridíssima”.
Os olhos azuis fixaram-se nos meus, a mão ágil mergulhou numa pasta, extraiu de lá a fotografia de um terreno plantado de pinheirinhos de dois ou três anos; não se tratava de especulação imobiliária; dentro de poucos anos eu seria um madeireiro, poderia cortar meus pinheiros... Ponderei que tenho uma pena imensa de cortar árvores.
— A senhora não tem?
Ela também tinha. E então baixou a voz, sombreou os olhos de poesia, e me disse que ela mesma, corretora, também comprara duas parcelas naquele terreno. E tinha certeza — confessava — que também não teria coragem de mandar cortar seus pinheiros; também adorava árvores e passarinhos, cortaria apenas os pinheiros necessários para fazer uma casinha de madeira; o lugar é lindo, em um pequeno planalto, dá para uns penedos junto ao mar; as árvores choram e cantam com as ondas quando sopra o vento do oceano...
Confesso que paguei a primeira prestação; ela passou o recibo, sorriu, me disse muchas gracias, e hasta lueguito e partiu com seus olhos azuis, me deixando meio tonto, com a vaga impressão de ter comprado o oceano Pacífico.
Fonte: https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/11250/a-corretora. Acesso em 08/01/2025

( ) As aspas do segundo parágrafo do texto foram empregadas com função de destacar uma expressão.
( ) Os travessões das linhas 27-28 isolam um aposto.
( ) Os travessões do primeiro parágrafo do texto poderiam ser substituídos por parênteses.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
Complete a frase com as pontuações:
No fim ___ gritou de alegria: ___ Ganhei ___
Considerando o trecho destacado acima, marque a alternativa INCORRETA.

A função dos travessões no trecho “E se faltassem – oh, vida desprovida e ingrata – , ele as criava.” (6º§) é:
https://www.pensador.com/osho/. Acesso em: 11 out. 2024.
Julgue o item que se segue, relativos às ideias e a aspectos linguísticos do texto precedente.
No último parágrafo, o trecho introduzido pelo travessão permaneceria coerente e correto caso fosse reescrito da seguinte forma: no ano de 2022, estudo focou na compreensão das formas como os estudantes abordam as estratégias de aprendizagem e em como vêem a vida.