Questões de Português - Uso do ponto, do ponto de exclamação e do ponto de interrogação para Concurso

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Q2130329 Português

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Disponível em: <https://deposito-de-tirinhas.tumblr.com/post/34233070095/por-andr%C3%A9-dahmermalvados>. Acesso em: 28 fev. 2023.

Em qual das alternativas o uso do ponto de exclamação apresenta sentido semelhante ao indicado no último quadrinho da tira?

Alternativas
Q2129095 Português
Leia atentamente o texto a seguir, escrito por Nelson Rodrigues, para responder a questão.

“Um dos momentos mais patéticos da minha infância foi quando ouvi alguém chamar alguém de ‘canalha’. Note-se: era a primeira vez. Teria eu que idade? Cinco anos, talvez. Ou menos. Vá lá: cinco anos. E me encolhi de espanto. Minto: de medo. Foi medo e não espanto. Para mim, uma palavra estava nascendo, era o nascimento de uma palavra. Paro de escrever. Por um momento, repito para mim mesmo: ‘Canalha, canalha!’. O som ainda me fascina como na infância. E pergunto a mim mesmo se ‘o canalha’ é uma dimensão obrigatória de cada um. Pode haver alguém que não tenha um mínimo de canalha? Um santo, talvez, ou nem isso. Disse, não sei quem, que há santos canalhas. Eis o que eu queria dizer: o medo dos cinco anos perdura em mim até hoje. Ainda agora me pergunto se alguém tem o direito de chamar um semelhante de canalha. Poderão dizer que ‘idiota’ é um insulto equivalente. Ilusão. Vi um sujeito ser chamado de ‘idiota’. Retrucou ao outro: ‘Idiota é você!’. E o incidente morreu aí. Dez minutos depois, os dois ‘idiotas’ estavam, na esquina, bebendo cerveja. O sujeito pode ser idiota e, como tal, beber cerveja. Não há entre o idiota e a cerveja. Mas ninguém pode ser canalha. A simples palavra constrói uma solidão inapelável e eterna. Eis o que eu queria dizer: o canalha é o pior solitário”. (Os falsos canalhas, de Nelson Rodrigues, com adaptações).
Na oração “Teria eu que idade?”, o autor emprega o sinal de pontuação denominado:
Alternativas
Q2125640 Português
A Canoa

Em um largo rio de difícil travessia, havia um barqueiro que atravessava as pessoas de um lado para o outro. Em uma das viagens, iam um advogado e uma professora.

O advogado pergunta ao barqueiro:
– Companheiro, você entende de leis?
– Não – respondeu o barqueiro.
E o advogado, compadecido:
– É uma pena, você perdeu metade da vida.
A professora entra na conversa:
– Seu barqueiro, você sabe ler e escrever?
– Também não – respondeu o barqueiro.
– Que pena! Você perdeu metade de sua vida.
Nesse momento chega uma onda bastante forte e vira o barco. O barqueiro, preocupado, pergunta:
– Vocês sabem nadar?
– Não! – responderam o advogado e a professora.
– Então – disse o barqueiro – é uma pena. Vocês perderam toda a vida!

(Paulo Freire. https://ejaemais.blogspot.com/2017/07/textos-para-eja.html. Adaptado).
Assinale a alternativa que apresenta uma frase interrogativa. 
Alternativas
Q2124535 Português
Na lanchonete, a garota na outra mesa sorri.
O rapaz na mesa em frente sorri também.
Dois jovens encantadores!
Um momento lindo?

Não sorriem um para o outro.
Sorriem olhando para seus celulares.

Sorriem para quem está a quilômetros de distância,
e sequer imaginam a felicidade que poderia ser
se sorrissem um para o outro ...

(Augusto Branco. https://www.pensador.com/
textos_para_jovens_e_adultos/. Adaptado).
Assinale a alternativa que apresenta uma frase interrogativa. 
Alternativas
Q2122116 Português
Texto 10A1-I

    A discussão sobre um gênero neutro na linguagem deriva do uso do gênero gramatical masculino para denotar homens e mulheres (Todos nessa sala de aula devem entregar o trabalho.) e do feminino específico (Clarice Lispector é incluída pela crítica especializada entre os principais autores brasileiros do século 20.).
     Na gramática, o uso do masculino genérico é visto como gênero não marcado, ou seja, usá-lo não dá a entender que todos os sujeitos sejam homens ou mulheres — ele é inespecífico. Por ser algo cotidiano, é difícil pensar nas implicações políticas de empregar o masculino genérico, mas o tema foi amplamente discutido por especialistas como uma forma de marcar a hierarquização de gêneros na sociedade, priorizando o homem e invisibilizando a mulher. O masculino genérico é chamado, inclusive, de falso neutro.
    Entretanto, essa abordagem não é unânime no campo da linguística. Para muitos estudiosos, a interpretação sexista do masculino genérico ignora as origens latinas da língua portuguesa.
     No latim havia três designações: feminina, masculina e neutra. As formas neutras de adjetivos e substantivos no latim acabaram absorvidas por palavras de gênero masculino. A única marcação de gênero no português é o feminino. O neutro estaria, portanto, junto ao masculino.
    O Brasil não é o único país onde a linguagem neutra é discutida. Alguns setores acadêmicos, instituições de ensino e ativistas estadunidenses já consideram usar pronome neutro para se referir a todos, em vez de recorrer à demarcação de gênero binário.
    Especialistas avaliam que a modificação gramatical em línguas latinas pode ser muito mais complexa e custosa do que no inglês ou no alemão, em que já está em uso o gênero neutro, porque as línguas anglo-saxônicas em si já oferecem essa opção.
     Segundo especialistas, esse tipo de inovação é mais fácil de ocorrer no inglês, em que, com exceção daquelas palavras herdadas do latim, como actor (ator) e actress (atriz), a flexão de gênero não altera os substantivos e adjetivos. No caso do português, essa transformação não depende apenas da alteração de um pronome, porque a flexão de gênero afeta todo o sintagma nominal. Assim, a flexão de gênero é demarcada pela vogal temática a ou o (como em pesquisadoras brasileiras) e(ou) por meio do artigo a ou o (como em a intérprete).
     Mesmo com os desafios morfológicos, linguistas afirmam que não é impossível pensar em proposições mais inclusivas, e que isso não necessariamente significa que haja uma tentativa de destruição do português. Segundo explicam esses especialistas, a história de uma língua sempre conta muito sobre a história de seus falantes, de modo que as coisas que falamos hoje em dia não brotaram da terra nem vieram prontas, mas dependem da nossa história como humanidade. Nesse sentido, as propostas já existentes seriam os primeiros passos nesse movimento, e não uma forma final a ser imposta a todos os falantes.  

 Internet: <https://tab.uol.com.br> (com adaptações).

Em relação à pontuação empregada no texto 10A1-I, julgue o item a seguir.


A junção do terceiro e do quarto períodos do quarto parágrafo em um só, substituindo-se o ponto após “feminino” pelo sinal de dois-pontos, ainda que feito o devido ajuste de maiúsculas e minúsculas, provocaria incorreção gramatical no texto.

Alternativas
Respostas
171: E
172: C
173: D
174: C
175: C