Questões de Concurso Comentadas sobre uso do ponto e vírgula em português

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Q3253470 Português

"A gente não brinca, canso de repetir isso, e festeja porque a vida é mole; a turma faz isso porque a vida é dura. Sem repouso nas alegrias, cá para nós, ninguém segura o rojão." (Luiz Antônio Simas). Após a leitura do trecho, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta.


I- As duas expressões entre vírgulas são índices de inclusão do emissor.


II- "porque", no período, é um substantivo.


III- Há emprego denotativo de "dura", "mole" e "rojão".


IV-O ponto e vírgula assinala períodos com ideias antitéticas.


V- As formas "brinca" e "faz" exemplificam concordância ideológica (silepse).

Alternativas
Q3219432 Português
Analise as alternativas abaixo, destaque a que traz um erro de pontuação.
Alternativas
Q3193776 Português
Em se tratando de sinais de pontuação, pode-se afirmar que a vírgula e o ponto e vírgula servem, respectivamente, para:
Alternativas
Q3147655 Português
Texto 19A1

        Em uma teoria da compreensão de texto, o primeiro aspecto importante é a noção de língua que se adota. Alguns manuais escolares concebem a língua simplesmente como um código ou um sistema de sinais autônomo, totalmente transparente, sem história, e fora da realidade social dos falantes. Mas a língua é muito mais do que um sistema de estruturas fonológicas, sintáticas e lexicais. A rigor, a língua não é sequer uma estrutura; ela é estruturada simultaneamente em vários planos, seja o fonológico, sintático, semântico e cognitivo no processo de enunciação. A língua é um fenômeno cultural, histórico, social e cognitivo que varia ao longo do tempo e de acordo com os falantes: ela se manifesta no uso e é sensível ao uso.

         Portanto, a língua é uma atividade constitutiva com a qual podemos construir sentidos; é uma forma cognitiva com a qual podemos expressar nossos sentimentos, ideias, ações e representar o mundo; é uma forma de ação pela qual podemos interagir com nossos semelhantes. Em consequência, a língua se manifesta nos processos discursivos, no nível da enunciação, concretizando-se nos usos textuais mais diversos. É importante não confundir a língua com o discurso.

        Nessa perspectiva, a língua é mais do que um simples instrumento de comunicação; mais do que um código ou uma estrutura. Enquanto atividade, ela é indeterminada sob o ponto de vista semântico e sintático. Por isso, as significações e os sentidos textuais e discursivos não podem estar aprisionados no interior dos textos pelas estruturas linguísticas. A língua é opaca, não é totalmente transparente, podendo ser ambígua, polissêmica, de modo que os textos podem ter mais de um sentido, e o equívoco nas atividades discursivas é um fato comum.

         Na realidade, um texto bem-sucedido é aquele que consegue dizer o suficiente para ser bem-entendido, supondo apenas aquilo que é possível esperar como sabido pelo ouvinte ou leitor. É interessante notar que, se o autor ou falante de um texto diz uma parte e supõe outra parte como de responsabilidade do leitor ou ouvinte, então a atividade de produção de sentidos (ou de compreensão de texto) é sempre uma atividade de coautoria. Isto quer dizer que os sentidos são parcialmente produzidos pelo texto e parcialmente completados pelo leitor.

         Ao lado da noção de língua, é necessário ter uma noção de texto. A escola trata o texto como um produto acabado e que funciona como uma cesta natalina, de onde a gente tira coisas. O texto não é um produto nem um simples artefato pronto; ele é um processo. Assim, não sendo um produto acabado, objetivo, como uma espécie de depósito de informações, mas sendo um processo, o texto se acha em permanente elaboração e reelaboração ao longo de sua história e ao longo das diversas recepções pelos diversos leitores. Em suma, texto é uma proposta de sentido e ele se acha aberto a várias alternativas de compreensão.

Luiz Antônio Marcuschi. Exercícios de compreensão ou copiação nos manuais de ensino de língua?
Em Aberto, Brasília, ano 16, n.º 69, jan.-mar./1996 (com adaptações).

No que se refere à pontuação e ortografia no texto 19A1, bem como a aspectos fonológicos de vocábulos nele empregados, julgue o item que se segue.


No quarto período do primeiro parágrafo, o emprego do ponto e vírgula ressalta a ideia de oposição estabelecida entre a primeira e a segunda orações do período.

Alternativas
Q3120560 Português

O texto seguinte servirá de base para responder a questão.


O amor que acaba


Felizmente, a dor de cotovelo inspirou centenas de músicas, poemas e versos, oferecendo consolo a quem sobrevive ao desamor. Também existem viagens ao Caribe, à Patagônia ou, no pior dos casos, amigos e uísque para amenizar o sofrimento. Afinal, o término de um amor traz uma tristeza cruel, especialmente quando a paixão esfria e desaparece.


As razões para o fim do amor são variadas. Pode ser o tédio, a rotina, ou até a faísca que se acende por outra pessoa. Recentemente, deparei-me com dois casos tristes. O primeiro é o término de um casamento centenário entre Bibi e Poldi, tartarugas de 300 kg do zoológico de Viena. Unidos desde 1897, o casal vivia em harmonia até que, inesperadamente, Bibi atacou Poldi, cansada da relação. Ele, ferido, escondeu-se em sua carapaça enquanto ela ignorava sua presença. Assim, terminou um relacionamento de 115 anos.


O segundo caso, ainda mais triste, aconteceu na Itália. Em Recoaro Terme, um bêbado matou um cisne macho, deixando sua parceira devastada. Fiéis por natureza, os cisnes formam laços profundos. Após a morte do parceiro, a fêmea isolou-se, recusou comida e morreu três dias depois. O caso comoveu a Itália, levando à prisão do culpado e ao sepultamento das aves ao som de violinos.


Fosse apenas uma fantasia, eu diria que ambos, tartarugas e cisnes, agora aparecem serenamente sob a lua, deixando rastros luminosos para casais apaixonados.


Chega; parem de chorar, seus românticos molengas.


Fernando Fabbrini - Texto Adaptado


https://www.otempo.com.br/opiniao/fernando-fabbrini/2024/9/26/o-amor -que-acaba


Considere o seguinte trecho do texto:


"Chega; parem de chorar, seus românticos molengas."


A pontuação no trecho acima desempenha diferentes funções. Assinale a alternativa correta sobre o uso do ponto e vírgula e da vírgula:

Alternativas
Q3030233 Português

O texto seguinte servirá de base para responder à questão.



Razões pelas quais pessoas dormiam em armários na Idade Média


Em um museu em Wick, no extremo norte da Escócia, existe um objeto em exibição com a aparência de um armário de pinho particularmente grande.

Com duas portas grandes e malas empilhadas em cima, ele ficaria bem adaptado a um quarto de dormir modesto. O armário foi até montado como um móvel comum, com várias peças que se encaixam, para ser facilmente movido e montado novamente.

Esse armário não foi projetado para guardar camisas ou casacos. Seu lado interno não tem cabides, nem prateleiras.

Trata-se de uma cama-armário, projetada para as pessoas dormirem no seu interior.

A cama-armário foi surpreendentemente popular em toda a Europa entre a era medieval e o início do século 20. Esses móveis pesados são exatamente o que você imagina: uma caixa de madeira contendo uma cama.

Algumas camas-armário eram simples e modestas − apenas caixas básicas de madeira. Outras eram detalhadamente decoradas, com laterais pintadas, revestidas ou entalhadas.

Muitas vezes, os armários tinham portas que se fechavam para fornecer escuridão à pessoa que ali dormia. Outros tinham uma pequena janela com cortinas.

Os mais sofisticados possuíam diversos outros usos e incluíam gavetas e um assento na base.

Por séculos, sonolentos agricultores, peixeiros e até membros da nobreza se esgueiravam todas as noites para essas confortáveis tocas de madeira e se fechavam ali dentro para dormir.

As camas-armário eram móveis versáteis. Muitas vezes, elas eram usadas como quartos de dormir em miniatura — lugares sobressalentes para as pessoas dormirem quando não havia espaço suficiente.

Em um caso de 1890, uma família que morava nos planaltos escoceses era grande demais para sua casa de um dormitório. Por isso, alguns de seus membros dormiam em uma cama-armário no celeiro, entre os cães e os cavalos, segundo a organização histórica Wick Society.

Também era comum usar as camas-armário para abrigar trabalhadores migrantes em algumas regiões, como os limpadores de peixe que viajavam para a região de Wick durante a estação de pesca do arenque. Nessas ocasiões, cinco ou seis pessoas costumavam compartilhar a mesma cama.

Na verdade, compartilhar uma cama-armário com familiares ou colegas de trabalho não era algo incomum.

Algumas tinham orifícios de ventilação, mas agrupar muitas pessoas em um ambiente tão fechado gerava riscos de asfixia. Um conto francês do século 13 fala de uma mulher que escondeu três convidados secretos dentro de uma cama e eles morreram no seu interior abafado.

Mas havia outro benefício nesses caixões usados para dormir: o aquecimento.

Sem os sistemas modernos de aquecimento ou isolamento, os quartos de dormir podiam ser literalmente congelantes no inverno − tão frios que era prática comum ir para a cama usando um chapéu, expondo apenas o rosto. E o clima era significativamente mais frio naquela época.


https://www.bbc.com/portuguese/articles/ c6p90n6p3edo.adaptado.

As camas-armário eram móveis versáteis. Muitas vezes, elas eram usadas como quartos de dormir em miniatura.
Assinale a opção correta quanto à nova pontuação sem alteração do sentido original da frase. 
Alternativas
Q3017857 Português

O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


Sal e os riscos à saúde


O sal é a principal fonte de sódio na nossa dieta. Nosso organismo precisa de sódio para muitas funções, sendo as principais o funcionamento correto das células e a regulação do equilíbrio de fluidos, eletrólitos e da pressão arterial. Assim, o sódio é essencial para que o corpo funcione.

Mas e o sal? A ingestão de sal de mesa fornece 90% do sódio da nossa dieta. A OMS, Organização Mundial da Saúde, recomenda que pessoas saudáveis consumam menos de 5 gramas de sal por dia, o equivalente a cerca de uma colher de chá.

No Brasil, o consumo é de 9,34 gramas de sal por dia, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013.

Consumir muito sal aumenta a pressão arterial em qualquer idade. Além disso, o excesso implica maior risco de doenças cardiovasculares, câncer gástrico e acidentes vasculares cerebrais.

No entanto, sabemos que podemos reduzir o risco dessas doenças melhorando os níveis de pressão arterial ao reduzir o consumo de sal.

Diferentes tipos de sal estão disponíveis nos supermercados para temperar comidas.

Eles variam conforme a técnica de extração, zona geográfica, composição, textura ou cor e a opção mais saudável é sempre a de menor quantidade de sódio.

O sal refinado ou comum é o mais utilizado, composto por cloreto de sódio, em uma proporção entre 97% e 99%. Por ser tão refinado, não contém impurezas e é pobre em nutrientes.

Já o sal marinho é extraído a partir da evaporação da água do mar, não é refinado e possui mais oligoelementos e minerais. Além disso, é rico em iodo, o que é bom para o organismo. A flor de sal marinho, os cristais colhidos manualmente após evaporação da água do mar, contém 10% menos sódio do que o sal comum.

Assim como o sal marinho, o sal rosa do Himalaia também contém menos sódio que o refinado, porém contém outros minerais como magnésio e potássio. O sal céltico ou sal cinzento também é baixo em sódio e rico em outros minerais. Há, ainda, o chamado sal light, ou de baixo teor de sódio, que contém 50% menos sódio que o sal comum.

E, finalmente, existe o sal de potássio, que não tem sódio. Embora pareça uma solução para o excesso de sal, seu uso deve ser prescrito por um médico, pois só é indicado em caso de algumas doenças, já que pode levar a um excesso de potássio na dieta.


https://www.bbc.com/portuguese/articles/cjjgl60yp2yo.adaptado.

No Brasil, o consumo é de 9,34 gramas de sal por dia, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde de 2013.


Assinale a opção CORRETA quanto à nova pontuação sem alteração do sentido original da frase:

Alternativas
Q3014968 Português
O JULGAMENTO DA OVELHA



Um cachorro de maus bofes acusou uma pobre ovelhinha de lhe haver furtado um osso.

       – Para que furtaria eu esse osso – alegou ela – se sou herbívora e um osso para mim vale tanto quanto um pedaço de pau?

         – Não quero saber de nada. Você furtou o osso e vou já levá-la aos tribunais.

         E assim fez. Queixou-se ao gavião-de-penacho e pediu-lhe justiça.
 
       O gavião reuniu o tribunal para julgar a causa, sorteando para isso doze urubus de papo vazio.

      Comparece a ovelha. Fala. Defende-se de forma cabal, com razões muito claras. Mas o júri, composto de carnívoros gulosos, não quis saber de nada e deu a sentença:

     – Ou entrega o osso já, ou condenamos você à morte!

      A ré tremeu: não havia escapatória!… Osso não tinha e não podia, portanto, restituir; mas tinha vida e ia entregá-la em pagamento do que não furtara.

      Assim aconteceu. O cachorro sangrou-a, espostejou-a, reservou para si um quarto e dividiu o restante com os juízes famintos.


                Moral: a justiça dos poderosos é justiça? 


Fonte: https://www.pensador.com/ – (Adaptado) Monteiro Lobato

Assinale a alternativa que apresenta os sinais de pontuação da fábula acima:
Alternativas
Q2588483 Português

Urubus urbanos

Por mais curioso que pareça, é cada vez mais comum olhar para o alto de casas e prédios em ambientes urbanos e deparar-se com urubus acomodados nos telhados. Essas aves, frequentemente interpretadas como sinal de mau agouro, desempenham uma função ecológica nesse contexto urbano.

A primeira questão que deve ficar clara é que se deve evitar pensamentos supersticiosos em relação aos urubus. Ter um urubu sobre o telhado de sua casa não significa mau agouro, mas sim que provavelmente há algum tipo de carcaça nas proximidades.

Devido à sua natureza necrófaga, alimentando-se de materiais em decomposição, os urubus exercem uma função específica no ecossistema urbano. O aumento na produção de lixo nas grandes cidades se torna um dos principais atrativos para essas aves.

A partir da observação do crescimento da quantidade de urubus presentes nas grandes cidades, constata-se que essas aves se adaptaram ao ambiente urbano. O fenômeno começou há pouco mais de uma década, com o número de urubus nas cidades aumentando progressivamente. Até certo momento, os moradores mal percebiam esse aumento; as pessoas achavam curioso quando viam um urubu pousado no telhado do vizinho.

À medida que essas aves foram se tornando mais à vontade, os moradores passaram a se assustar. Trata-se de um animal com um bico curvo e afiado, pronto para o ataque. Contudo, a questão é que devemos entender que o planeta pertence a todas as espécies vivas que o habitam. Dessa forma, não temos o direito de questionar a presença dos urubus, apenas pensar em soluções que tornem a convivência mais tranquila.

Cultura Mix - “Significado de Urubu no Telhado”. Com adaptações.

Além do ponto final, são sinais de pontuação que aparecem no trecho abaixo:


Até certo momento, os moradores mal percebiam esse aumento; as pessoas achavam curioso quando viam um urubu pousado no telhado do vizinho.

Alternativas
Q2572408 Português

Texto CB1A2-I 


        A Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), em sua 41.ª sessão, reconhece os impactos profundos e dinâmicos, positivos e negativos da inteligência artificial (IA) nas sociedades, no meio ambiente, nos ecossistemas e nas vidas humanas, inclusive na mente humana, em parte devido às novas formas como seu uso influencia o pensamento, a interação e a tomada de decisões e afeta a educação, as ciências humanas, sociais e naturais, a cultura, a comunicação e a informação.


        A Conferência considera que as tecnologias de IA podem ser de grande utilidade para a humanidade e podem beneficiar todos os países, mas também suscitam questões éticas fundamentais, por exemplo, em relação às distorções que podem incorporar e exacerbar, o que resultaria potencialmente em discriminação, desigualdade, exclusão digital, exclusão em geral e ameaça à diversidade cultural, social e biológica, além de divisões sociais ou econômicas. Suscitam, ainda, questões relativas à necessidade de transparência e compreensibilidade do funcionamento dos algoritmos e dos dados com que eles foram alimentados, além de seu potencial impacto sobre, entre outros aspectos, a dignidade humana; os direitos humanos e as liberdades fundamentais; a igualdade de gênero; a democracia; os processos sociais, econômicos, políticos e culturais; as práticas científicas e de engenharia; o bem-estar dos animais; o meio ambiente e os ecossistemas.


        A Conferência reconhece, ainda, que as tecnologias de IA podem aprofundar as divisões e as desigualdades existentes no mundo, dentro dos países e entre eles, e que a justiça, a confiança e a equidade devem ser defendidas para que nenhum país e nenhum indivíduo sejam deixados para trás, seja em razão do acesso justo às tecnologias de IA e de seus benefícios, seja em razão de medidas de proteção contra suas implicações negativas. Reconhecem-se as diferentes circunstâncias de diferentes países e respeita-se o desejo de algumas pessoas de não participar de todos os desenvolvimentos tecnológicos.


        Com base nas considerações acima, entre outras, a UNESCO aprova a presente Recomendação sobre a Ética da Inteligência Artificial.


UNESCO. Recomendação sobre a Ética da Inteligência Artificial (com adaptações).





Julgue o item seguinte, referentes aos sentidos e a aspectos linguísticos do texto CB1A2-I. 


A correção do texto seria mantida caso, no segundo período do segundo parágrafo, o sinal de ponto e vírgula, em todas as suas ocorrências, fosse substituído por vírgula. 

Alternativas
Q2570101 Português
Como o chocolate é produzido?


      O começo de tudo está no cacau — é dele que vem o chocolate. A fruta é quebrada e as sementes são retiradas. Após torradas e trituradas, elas dão origem à manteiga de cacau e a um líquido grosso, marrom e amargo, chamado licor de cacau — os dois produtos são usados na produção, dependendo do tipo de chocolate desejado.

       O chocolate amargo leva licor de cacau e não contém leite. Já o meio amargo tem licor de cacau, manteiga de cacau e açúcar. O chocolate ao leite contém leite, açúcar, manteiga de cacau e menos licor de cacau do que o amargo e o meio amargo. O chocolate branco leva leite, açúcar e manteiga de cacau (não tem licor de cacau).

     Nas indústrias, o primeiro passo é fazer a massa do chocolate que, em geral, leva manteiga de cacau, licor de cacau, leite, além do açúcar, que recebe um tratamento: tem os cristais quebrados até ficarem tão pequenos que nosso paladar não consegue senti-los. Isso deixa o chocolate mais macio.

    Um dos truques para fazer chocolate está no processo de temperagem, em que a temperatura da massa (ainda derretida) é reduzida a 24 graus Celsius, por um sistema de agitação. A técnica evita que o chocolate pronto derreta nas suas mãos.


(Fonte: Recreio — adaptado.)
Em se tratando de pontuação, assinalar a alternativa que segue CORRETAMENTE a norma-padrão: 
Alternativas
Q2568479 Português
Antes da inauguração da CEASA (ES), o sistema de comércio de hortifrutigranjeiros acontecia no antigo mercado da Vila Rubim, no Centro de Vitória; na feirinha da Ponte Moacir Avidos; e no Mercado São Sebastião, em Jucutuquara.
(Disponível em: https://ceasa.es.gov.br/historia. Acesso em: 30 jul. 2024, com adaptações.)

Assinale a alternativa em que se justifica corretamente a pontuação no texto.
Alternativas
Q2565374 Português
Almanaque

      É doce aprender coisas simples; depois de uma certa idade, em que a nossa ignorância está sobrecarregada de mil noções úteis e inúteis, certas ou erradas, acho um encanto especial em descobrir que a esmeralda não é um cristal feito com os olhos lindos das virgens de olhos verdes que morreram de amor, mas um silicato de alumínio e glucínio, é irmã gêmea da água-marinha e do berilo, ao passo que a ametista é apenas um quartzo com seus 15 por cento de óxido de manganês.
      Encho meus domingos com uma longa e vária cultura de almanaque: é uma sabença que não nos oprime, toda cômoda e folgada como um pijama velho. Direis que não vale nada. É que não sois capaz de sentir a pequena e pura emoção intelectual que há em saber que no estado do Espírito Santo acontecem por ano em média 30 suicídios, ou que os cocóis são cabeços de madeira pregados nos alcatrates, e que servem de reforço às aberturas das falcas. Isso talvez não vos seja muito útil, oh leitor ignorante, pois não fazeis ideia muito precisa do que são alcatrates e falcas. Eu também não; mas a verdade é que nos momentos de crise íntima eu me sinto um tanto reconfortado e um pouco mais tranquilo sabendo que os cocóis, pregados nos alcatrates, reforçam bastante as aberturas das falcas. Um dia, quando estiver mais folgado de dinheiro, hei de comprar um bom par de cocóis: meu velho sonho era ter um barco; isso nunca pode ser; mas comecemos pelos cocóis.
      Estou abusando um pouco do ponto e vírgula, o que talvez seja sinal de raciocínio cansado, que anda um pouco, para um pouco. Não importa, visto que meu espírito se aprimora, e sinto que sou provavelmente, em todo o quarteirão, a única pessoa conhecedora do verdadeiro nome dos tucanos, que é ramphastos. Há muita qualidade de ramphastos, mas pela beleza do nome eu tenho uma indisfarçável preferência pelo ramphasto ariel, que as pessoas vulgares chamam de tucano do bico preto.
      Dessas puras noções encho meu dia; é melhor que ler os suplementos; e à noite, quando me recolho ao duro leito, tenho a consciência tranquila de quem fez algo de útil, e sonho que sou Fernão Dias Paes Leme, o caçador de silicatos de alumínio e glucínio, e vejo um belo ramphastos bicando a cabeça do torvo Caliban, que me pretende separar da linda Miranda, filha de Próspero, o verdadeiro duque de Milão. Estou munido de excelentes alcatrates. A filha do senhor duque de Milão tem os cabelos dourados como um bife à milanesa, e... não, não devo contar meus sonhos. Fazei como eu, isto é, fazei cultura.

(BRAGA, Rubem. Almanaque. Correio da Manhã, Rio de Janeiro-RJ, 17 nov. 1954.) 
No trecho “Estou abusando um pouco do ponto e vírgula, [...]” (3º§), o autor pondera sobre seu uso de determinado sinal de pontuação. É correto afirmar que esse sinal de pontuação, denominado ponto e vírgula, pode ter seu uso corretamente empregado para quaisquer das funções descritas nas alternativas a seguir, EXCETO separar: 
Alternativas
Q2562148 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

Pesquisador brasileiro pode ter encontrado novo planeta no Sistema Solar


Um estudo que foi publicado no final do ano passado, cujos principais autores são um pesquisador brasileiro e outro japonês, aponta a possibilidade de que haja um novo planeta em nosso Sistema Solar.

Os dois astrônomos, o brasileiro Patryk Sofia Lykawka, que hoje é professor na Universidade Kindai, no Japão, e Takashi Ito, do Observatório Astronômico Nacional do Japão, dizem que o planeta estaria localizado depois de Netuno, em uma região chamada de Cinturão de Kuiper.

"Prevemos a existência de um planeta similar à Terra e alguns outros objetos transnetúnicos (TNO, na sigla em inglês) em órbitas peculiares nos limites do Sistema Solar", escreveram os cientistas no trabalho publicado na revista The Astronomical Journal.

Os pesquisadores estudam o Cinturão de Kuiper, uma área localizada a cerca de 30 unidades astronômicas (a unidade astronômica equivale aproximadamente à distância da Terra ao Sol, cerca de 150 milhões de quilômetros ou 8 minutos-luz) depois de Netuno, que abriga rochas geladas e planetas anões, como Plutão, Quaoar, Orcus e Makemake.

O suposto novo planeta seria de 1,5 a três vezes maior do que a Terra, bem maior que os planetas-anões localizados no Cinturão — mesmo Plutão, que já foi classificado como planeta no passado, tem apenas 18% do tamanho da Terra.

Antes que a existência de um novo planeta seja confirmada, os cientistas precisam encontrá-lo. Para isso, eles seguem estudando os objetos do Cinturão de Kuiper em busca de perturbações em suas órbitas que indiquem a presença de algum outro planeta maior.

"Baseados em extensas simulações do Sistema Solar externo, incluindo um hipotético planeta com massas semelhantes à da Terra (testei também várias órbitas para o planeta), obtive resultados que poderiam explicar as propriedades orbitais das populações do Cinturão de Kuiper distante. Isso sugere um papel vital desempenhado pelo planeta na formação do Cinturão de Kuiper", explicou Patryk, em entrevista à Unisinos — Universidade do Rio Grande do Sul na qual ele se formou em física e em matemática antes de se mudar para o Japão.

Para prosseguir com a pesquisa, Patryk pretende realizar novas simulações e aprimorar os resultados. "Assim, a massa e a órbita do planeta hipotético poderiam ser ainda mais refinadas", disse ele.

Retirado de: PINOTTI, Fernanda. Pesquisador brasileiro pode ter encontrado novo planeta no Sistema Solar. CNN Brasil. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/tecnologia/
Assinale a alternativa que apresenta o correto emprego dos sinais de pontuação:
Alternativas
Q2561402 Português
Assinale a alternativa em que o texto este corretamente pontuado.
Alternativas
Q2555075 Português
Sobre pontuação, conforme descreve Bechara, analise as assertivas abaixo:
I. Põe-se o ponto de exclamação no fim de oração enunciada com entonação exclamativa e depois de uma interjeição. II. Postas no fim do enunciado, as reticências dispensam o ponto final. Caso sirvam para indicar uma enumeração inconclusa, podem ser substituídas por “etc.”. III. O ponto e vírgula representa uma pausa maior que a da vírgula e menor que a do ponto. É empregado, entre outras funções, para separar as adversativas em que se quer ressaltar o contraste.
Quais estão corretas?
Alternativas
Q2553490 Português
Julgue o item que se segue.


O uso correto do ponto e vírgula é crucial em frases complexas para separar elementos que complementam a mesma frase, mas que precisam de uma distinção clara para evitar confusão.
Alternativas
Q2552436 Português
A mente de Deus é como a internet: ela pode ser acessada por qualquer um, no mundo todo.

(Américo Barbosa – Folha de São Paulo). 
Marque a alternativa que corresponde ao período de pontuação correta. 
Alternativas
Q2529975 Português

Lembranças do passado


1     Nasci na Itália e vim pequena para o Brasil. Meu pai era lavrador e trabalhou duro nas fazendas de café. Ganhava pouco, mas, com muita economia, conseguiu juntar dinheiro e mudamos para a cidade de São Paulo, em 1900. Foi uma emoção viajar naquele trem que soltava fagulhas pela chaminé!

2     Fomos morar em uma casa pequena, mas o quintal era enorme. Tinha horta; galinheiro; forno de barro para fazer pães e pizzas; duas cabras e um porco.

3     De tardezinha, a gente brincava na rua. Nem era preciso olhar para os lados, porque não tinha carros naquele tempo. Para ir de um lugar para outro, só a pé, a cavalo ou nos bondes puxados a burros.

4    Quando escurecia, passava o acendedor de lampiões, carregando uma vara comprida, com fogo na ponta, e, com ela, ia acendendo os bicos de gás dos postes. Quando a eletricidade chegou, muita coisa mudou. Os lampiões a gás foram substituídos pelas lâmpadas elétricas. Chegou o rádio e a família toda ficava ouvindo as notícias e as novelas. Chegou também o cinema, que, naquele tempo, tinha imagem, mas não tinha som. A inauguração dos bondes elétricos foi uma emoção. Todo mundo foi ver. Ele passou descendo a ladeira, e a molecada foi correndo atrás…

5     No fim de semana, a diversão preferida era o futebol. Foram os ingleses que trouxeram este esporte para o Brasil e todo mundo gostou. Cada bairro tinha seu time e muitos campinhos de futebol. Os rios eram tão limpos que neles a gente nadava e fazia competições de natação.

6     Os primeiros automóveis foram uma sensação. No começo eram poucos, mas foram aumentando e tomando conta da cidade. Os cheiros e barulhos mudaram.

7     A cidade foi mudando cada vez mais depressa e a vida da gente também. As novidades foram chegando: panelas de alumínio, geladeira, liquidificador, aspirador de pó, fogão a gás, objetos de plástico, roupas de náilon e, por fim, a melhor das novidades – a televisão. Mas quem era pobre só conseguiu comprar essas coisas depois que elas começaram a ser fabricadas no Brasil.

8     São Paulo foi crescendo sem parar. Dizem que é a cidade que mais depressa cresceu em todo o mundo, e isso era motivo de grande orgulho para os paulistas. […]


Rosicler Martins Rodrigues. Cidades brasileiras: o passado e o presente. São Paulo: Moderna, 1992

“Fomos morar em uma casa pequena, mas o quintal era enorme. Tinha horta; galinheiro; forno de barro para fazer pães e pizzas; duas cabras e um porco”. A partir da correta análise da frase acima em que o ponto e vírgula (;) está inserido, pode-se afirmar que sua função está identificada na alternativa:
Alternativas
Q2525603 Português
Creio, logo é!


    Quando as informações conflitam com as nossas crenças, reinterpretamos os fatos de acordo com nossas convicções. Se uma previsão falha, em vez de abandonarmos a crença, buscamos explicações, muitas vezes, irracionais para justificar ou atenuar o erro e alimentar a crença na previsão. É como desenhar o alvo em torno da flecha e acreditar na pontaria do arqueiro.

    É comum tomarmos decisões baseadas em preferências inconsistentes, com consequências reais, simplesmente por rejeitarmos informações e evidências contrárias às nossas crenças. O autoengano é uma forma de proteger a autoestima e evitar o confronto com a possibilidade de que nossas certezas estejam erradas.

    Quando temos uma opinião positiva sobre uma questão, buscamos mensagens positivas a respeito de tal fato; quando a visão é negativa, buscamos mensagens negativas sobre a questão. De maneira tendenciosa, escolhemos informações ou desinformações consistentes com as nossas ideologias.

   A formação ou modificação de uma opinião envolve reestruturação cognitiva, um processo de aprendizagem. Todos nós temos alguma dificuldade em reconhecer nossos erros e reconfigurar nossas ideias. Não é tranquilo desconstruir concepções antigas, porém reafirmadas, o tempo todo, na contemporaneidade, por força dos grupos aos quais pertencemos.

    Temos a percepção equivocada de que apenas as nossas crenças são úteis ou corretas. Torturamos os fatos e as evidências contrárias até que eles confessem o que pretendemos.

    Mas tudo isso é muito antigo. “Uma vez que o entendimento de um homem se baseia em algo, seja porque é uma crença já aceita ou porque o agrada, isso atrai tudo a sua volta para apoiar e concordar com a opinião adotada. Mesmo que um número maior de evidências contrárias seja encontrado, ele as ignora ou desconsidera, ou faz distinções sutis para rejeitá-las, preservando a autoridade de suas primeiras concepções” (Bacon, 1620).


(Mara Lúcia Madureira. Painel de ideias. Diário da Região, 28.03.2024. Adaptado) 
Observe o emprego do ponto e vírgula na seguinte passagem do terceiro parágrafo.

Quando temos uma opinião positiva sobre uma questão, buscamos mensagens positivas a respeito de tal fato; quando a visão é negativa, buscamos mensagens negativas sobre a questão.

Assinale a alternativa em que esse sinal de pontuação está empregado segundo a regra adotada na passagem.
Alternativas
Respostas
1: A
2: B
3: A
4: C
5: B
6: D
7: C
8: B
9: A
10: C
11: B
12: B
13: D
14: E
15: B
16: E
17: C
18: D
19: A
20: D