Questões de Português - Vocativo e Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal, Diferença entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal, Adjunto Adverbial e Aposto para Concurso
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Temperaturas extremas causaram impactos sem precedentes nos oceanos
As temperaturas extremas causam impactos sem precedentes nos biomas de água salgada, mostra relatório internaciona
Paloma Oliveto - Correio Braziliense
Se o relatório sobre mudanças climáticas divulgado em agosto pela Organização das Nações Unidas (ONU) trouxe dados alarmantes sobre as consequências do aquecimento no planeta, um estudo não menos preocupante revelou, ontem, que os oceanos sofrem tantos impactos negativos quanto a atmosfera. Na avaliação dos 120 especialistas de mais de 30 instituições europeias que elaboraram o Copernicus Ocean State Report, os impactos verificados nas águas salgadas, que cobrem três terços da superfície da Terra, não encontram precedentes históricos.
O relatório, publicado no Journal of Operational Oceanography e presidido pela Mercator Ocean International, foi divulgado a pouco mais de dois meses da conferência do clima, a COP26, quando líderes mundiais serão chamados a adotar políticas de enfrentamento e mitigação das mudanças climáticas. Segundo o documento, o aquecimento do oceano Ártico - provocado por uma atmosfera cada vez mais quente - está contribuindo para cerca de 4% de toda a elevação da temperatura global oceânica.
Os níveis de degelo ártico registrados nos últimos dois anos atingiram patamares recordes, enquanto por década, entre 1979 e 2020, caíram quase 13%. Os cientistas apontaram que uma redução de quase 90% da espessura média do gelo marinho já foi testemunhada no Mar de Barents - uma pequena parte do Ártico -, o que levou à diminuição na importação de gelo marinho da bacia polar, fenômeno importante para resfriar a temperatura oceânica.
No Mar do Norte, no oceano Atlântico, entre a Noruega e a Dinamarca, a variabilidade extrema de períodos de frio e ondas de calor marinha foi associada a mudanças relatadas nas capturas de linguado, lagosta europeia, robalo, salmonete e caranguejos comestíveis, diz o documento. Já no Mar Mediterrâneo, ocorreram quatro inundações recordes consecutivas em Veneza (novembro de 2019), além de terem sido registradas alturas de ondas acima da média na porção sul.
"Essa variabilidade em curto prazo nas temperaturas do oceano, na forma de ondas de calor ou períodos de frio, durando de dias a algumas semanas, é uma questão de preocupação crescente no ambiente marinho porque pode afetar muitos aspectos desses ecossistemas", explica Sarah Wakelin, um dos coautores do relatório e pesquisadora do Centro Nacional de Oceanografia (CNO), no Reino Unido.
"O documento destaca como as temperaturas extremas no Mar do Norte causaram uma mudança nas capturas de espécies comercialmente importantes de peixes e crustáceos. Aspectos mais amplos, como migração para águas mais quentes ou mais frias, mudanças na desova e no crescimento, bem como mortalidade e mudanças comportamentais significam que, em resposta aos extremos de temperatura, os desembarques pesqueiros de algumas espécies aumentam, enquanto de outras serão reduzidos."
Monitoramento
Os cientistas documentaram que, globalmente, a temperatura média do mar subiu a uma taxa de 0,015 grau Celsius por ano, de 1993 a 2019, e os níveis de oxigênio (estoque de O2) no Mar Negro caíram a uma taxa de - 0,16mol/ m2 por ano, entre 1955 e 2019. Em nota, a presidente do relatório, Darina von Schuckmann, da Mercator Ocean International, destacou a necessidade urgente de medidas de monitoramento e proteção.
"Mudanças climáticas, poluição e superexploração colocaram pressões sem precedentes sobre o oceano, exigindo, com urgência, medidas sustentáveis de governança, adaptação e gestão, a fim de garantir os vários papéis de suporte de vida que esse ecossistema oferece para o bem-estar humano", disse. "Considerar o oceano como um fator fundamental no sistema terrestre e abraçar a sua natureza multidimensional e interconectada é a base para um futuro sustentável."
Nas 185 páginas do relatório, que investiga as condições e as variações em curso no oceano global e nos mares europeus, os cientistas apresentam diversos outros cenários preocupantes, como migrações de peixes-leões invasivos para o Mar Báltico, precipitações e secas extremas no Dipolo do Oceano Índico, aumento incomum do nível do mar no Mar Báltico e condições extremas de ondas no Golfo de Bótnia.
"Como o recentemente publicado IPCC (painel de especialistas em mudanças climáticas da ONU), o Ocean State Report indica que as taxas anuais de aumento médio do nível do mar global ultrapassaram os 3mm por ano, o que é maior do que o observado no século 20 e sugere uma aceleração nas taxas de aumento do nível do mar", diz Angela Hibbert, chefe de Nível do Mar e Clima Oceânico do CNO.
Segundo a especialista, quando as marés altas e as grandes ondas de tempestade coincidem, é mais provável que resultem em inundações costeiras prejudiciais, especialmente se o nível médio do oceano também estiver elevado. "O aquecimento crescente e a perda de massa de gelo das geleiras e mantos de gelo na Groenlândia e na Antártica também farão com que esses aumentos continuem. Portanto, eventos como o Venetian 'Acqua Alta' destacado nesse relatório (as inundações em Veneza em 2019) devem se tornar cada vez mais comuns, à medida que o nível do mar continua a subir."
Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/ciencia/2021/09/23/interna_ciencia,1308251/temperaturas-extremas-causaram-impactos-sem-precedentes-nos-oceanos.shtml Acesso em: 08 de outubro de 2021.
Segundo estudo, perder 15% do peso corporal pode frear o diabetes tipo 2
Proposta é defendida por cientistas que constataram efeito em estudo com 5 mil adultos monitorados ao longo de cinco anos
Paloma Oliveto - Correio Braziliense
Perder peso pode retardar o avanço ou mesmo reverter o diabetes 2, além de reduzir potenciais complicações da doença, segundo um estudo publicado na revista The Lancet e apresentado ontem, on-line, na reunião anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (Easd). De acordo com os autores, no caso dos pacientes que não apresentam problemas cardiovasculares, o foco do tratamento deve ser a eliminação da obesidade, uma condição que pode levar ao desenvolvimento do distúrbio metabólico e, ao mesmo tempo, piorar o prognóstico de quem já foi diagnosticado.
Para os autores, a perda de peso deve ser a medida central do controle da doença. "Essa abordagem teria o benefício adicional de se direcionar não apenas ao açúcar elevado no sangue, mas a outras complicações relacionadas à obesidade, como fígado gorduroso, apneia obstrutiva do sono, osteoartrite, pressão alta e perfil elevado de gorduras no sangue, tendo, assim, um impacto na saúde geral da pessoa muito maior do que apenas controlar a glicemia", disse, em uma coletiva de imprensa, a coautora Ildiko Lingvay, da Universidade do Texas, nos EUA.
A defesa da perda de peso como principal meio de controle do diabetes é resultado de um estudo, o DiRECT, que incluiu dados de mais de 5 mil adultos monitorados por até seis anos. O objetivo era identificar o impacto de uma intervenção baseada em mudanças no estilo de vida de pacientes de diabetes 2 com sobrepeso ou obesidade. "O tratamento da obesidade para atingir a perda sustentada de 15% do peso corporal demonstrou ter um grande impacto na progressão do diabetes tipo 2 e até mesmo resultar na remissão do diabetes em alguns pacientes", acrescentou a coautora Priya Sumithran, da Universidade de Melbourne, na Austrália.
Os dados apresentados mostram que, em dois anos, 70% dos pacientes que perderam 15kg ou mais - no começo do estudo, eles pesavam 100kg, em média - entraram em remissão da doença. Além dos resultados do DiRECT, os autores analisaram pesquisas clínicas que investigaram o impacto da perda de peso em pessoas com obesidade no controle do diabetes. Eles se concentraram nos artigos sobre cirurgia bariátrica e de drogas já disponíveis no mercado.
"Estudos sobre a cirurgia também mostraram benefícios imediatos e sustentados para pacientes com diabetes 2 e obesidade, reduzindo a necessidade de medicamentos para baixar a glicose alguns dias após a cirurgia e melhorando vários indicadores de saúde a longo prazo", diz Sumithran. Um acompanhamento de 12 anos de um estudo observacional mostrou, por exemplo, que o procedimento levou à perda de 27% do peso total dos pacientes e que, passados 12 anos, 51% das pessoas que se submeteram à técnica ainda estavam em remissão da doença.
Remédios
Os autores também discutiram, no artigo, os tratamentos medicamentosos disponíveis no mercado para a perda de peso. Eles se concentraram em estudos que avaliaram a eficácia de cinco substâncias aprovadas por várias agências regulatórias: orlistat, fentermina-topiramato, naltrexona-bupropiona, liraglutida e semaglutida, que têm indicação para o controle crônico da obesidade. Além disso, incluíram informações sobre fármacos que ainda estão sendo estudados. De acordo com o artigo, alguns desses compostos foram capazes de estimular uma perda de mais de 15% do peso corporal em mais de 25% dos participantes com diabetes 2, ajudando também no controle da glicemia na maioria dos casos.
Baseado em resultados de estudos, Lingvay afirma que de 40% a 70% dos pacientes de diabetes chegaram a essa condição devido à obesidade. "As principais características que identificam as pessoas nas quais o aumento da gordura corporal é um contribuinte fundamental para o diabetes tipo 2 são a presença de adiposidade central (gordura ao redor da cintura), aumento da circunferência da cintura, múltiplas marcas de pele, pressão alta e doença hepática gordurosa", diz. "Nessa população, propomos uma meta de tratamento de perda de peso total de pelo menos 15%, com a intenção de não apenas melhorar o controle do açúcar no sangue, mas, sim, como a forma mais eficaz de interromper a fisiopatologia central do diabetes tipo 2 e, assim, mudar seu curso a longo prazo e prevenir as complicações metabólicas associadas."
Os autores fazem considerações importantes ao redefinir os objetivos do tratamento para pacientes de diabetes 2 focado na perda sustentada de peso. Em primeiro lugar, dizem, a iniciativa deve ser impulsionada pela atualização das diretrizes do manejo da doença. Os sistemas de saúde, alegam, devem se concentrar nos benefícios da redução da obesidade na prevenção ou no controle do distúrbio metabólico, evitando, assim, os altos custos de tratar alguém com a condição avançada, que sempre é acompanhada por um conjunto de complicações.
"Também é vital que o gerenciamento da prática médica deva se concentrar efetivamente no controle de peso para pacientes com diabetes tipo 2", diz Lingvay. "Os profissionais de saúde, especialmente aqueles que tratam rotineiramente de pessoas com diabetes, devem ser treinados e ter experiência em todos os aspectos do controle da obesidade. A equipe de apoio deve ser treinada para apoiar os pacientes em suas jornadas para perder peso e deve-se considerar a necessidade de uma equipe especializada para fornecer o componente educacional das novas estratégias de tratamento propostas."
Segundo os autores, "esse é o momento certo para considerar a adição da perda substancial de peso como principal alvo para o tratamento de muitos pacientes com diabetes 2, pois essa abordagem contempla a patologia do processo da doença". No mundo, a Federação Internacional de Diabetes calcula que a prevalência do distúrbio é de 9,3%, sendo que 90% dos casos são do tipo 2. "Essa mudança nos objetivos do tratamento reconheceria a obesidade como uma doença com complicações reversíveis e exigiria uma mudança no atendimento clínico", conclui o artigo.
Para Roy Talyor, endocrinologista da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, que participou da reunião anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes, mesmo se o índice de massa corporal (IMC) do paciente de diabetes 2 não caracterizar obesidade (acima de 30kg por m²), o emagrecimento pode ser necessário. De acordo com o médico, que também apresentou um trabalho no evento científico, uma análise de dados de um estudo britânico chamado ReTUNE mostrou que dois terços dos adultos com diabetes e um IMC de menor que 27 kg/m2 foram capazes de alcançar a remissão do diabetes depois de participarem de uma intervenção para perda de peso.
Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/ciencia/2021/10/01/
interna_ciencia,1310522/segundo-estudo-perder-15-do-peso-corporal-
pode-frear-o-diabetes-tipo-2.shtml Acesso em: 08 de outubro de 2021.
Leia a seguinte passagem do texto:
“Para Roy Talyor, endocrinologista da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, que participou da reunião anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes, mesmo se o índice de massa corporal (IMC) do paciente de diabetes 2 não caracterizar obesidade (acima de 30kg por m²), o emagrecimento pode ser necessário.”
É CORRETO afirmar que o termo sublinhado pode ser classificado sintaticamente como:
Leia o texto para responder a questão.
Exposed nos eSports: os casos de violência sexual, machismo e outros abusos
Efeito MiT: onda de denúncias de comportamentos abusivos choca esporte eletrônico brasileiro
Por Juliano Correa, para o GE
Após a tatuadora Daniela Li ter acusado Gabriel "MiT" de agressão sexual por meio de prints postados no Twitter, uma onda de denúncias nos eSports incluindo violência sexual, abusos, machismo e até pedofilia tomou conta das redes sociais. Os "exposed" agitaram comunidades como League of Legends (LoL) e Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO), por envolverem pró-players e até casters e criadores de conteúdo bastante conhecidos.
Exemplos não faltaram. Além de MiT, o pró-player de CS:GO Fillipe "panccs" foi exposto com prints mostrando-o flertando com uma menina de 15 anos e perseguindo a também atleta Bruna Sobieszczk. Thiago "tinowns", eleito Melhor Atleta do LoL em 2020, recebeu graves acusações de ter um relacionamento abusivo e até ter agredido sua ex-namorada.
Confira alguns casos de exposed nos eSports nesta semana:
Gabriel "MiT" (LoL)
A tatuadora Daniela Li postou um texto no Twitter relatando uma ocasião em que o caster e ex-técnico de LoL Gabriel "MiT" tentou forçá-la a fazer sexo oral nele há seis ou sete anos. A paulistana também afirmou que outras mulheres comentaram ocasiões parecidas envolvendo MiT, como a cosplayer Débora Fuzeti, que respondeu a postagem de Daniela na rede social. Em nota oficial, MiT se desculpou por erros no passado de forma generalizada. A Riot Games afirmou que o caster não fará parte das transmissões do CBLoL 2021.
Filipe "pancc" (CS:GO)
O ex-atleta da Sharks Esports aparece em prints com uma garota de 15 anos, sete anos mais nova que ele, sugerindo relações sexuais entre os dois e inclusive admitindo o quão problemático isso seria. Em outra série de prints, aparece insistindo e perseguindo outra garota, para quem ele teria inventado uma mentira em que teria transado com ela. O pró-player confirmou as acusações e pediu desculpas veementemente em nota oficial, afirmando que se arrependeu. A Sharks declarou que abriu processo interno para apurar os relatos envolvendo o jogador de CS:GO.
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Disponível em https://globoesporte.globo.com/esports/noticia/exposed-nos-esports-os-casos-de-violencia-sexual-machismo-e-outros-abusos.ghtml