Questões de Redação Oficial - Semântica para Concurso
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Jargão técnico é um vocabulário próprio de grupos profissionais. Na tira, é informado que os jargões de economia fizeram parte de uma entrevista. Considerando o emprego dessas formas de linguagem nos diferentes gêneros da redação oficial, assinale V (verdadeira) ou F (falsa) em cada afirmativa a seguir.
( )Os jargões, na redação oficial, são importantes para a demonstração de domínio da norma-padrão da língua e de termos técnicos da área, o que evita que o texto pareça simplório.
( ) Sendo a redação oficial uma forma de redação técnica, o uso do jargão é recomendado, pois garante o caráter oficial dos documentos e restringe a compreensão do texto a um seleto grupo de leitores.
( ) O emprego do jargão, acompanhado de esclarecimento sobre seu significado, vai ao encontro do princípio da clareza na comunicação com pessoas de grupos profissionais diferentes.
A sequência correta é
Para responder à questão, considere o texto a seguir.
A respeito da linguagem empregada e da organização do texto, considere as afirmações que seguem.
I - O emprego da expressão "por gentileza" (ℓ. 09) e do vocativo (ℓ. 01) indica cortesia e formalidade por parte daquele que escreve.
II - Se o verbo "recebi" (ℓ. 02) fosse complementado por um pronome de tratamento para indicar quem enviou o relatório de despesas, o enunciado ficaria assim reescrito: "Recebi de Sua Senhoria o relatório [...]".
III - A expressão de despedida abreviada "Att."(ℓ. 11) requer complementação de fórmulas adicionais que denotem respeito, como é o caso de "Limitado ao exposto, despeço-me mui respeitosamente".
IV - A identificação do signatário ( ℓ. 13) é importante para a garantia do caráter oficial do documento e para a decisão a respeito de quais formas de tratamento devem ser empregadas em relação ao destinatário.
Está(ão) correta(s)
“Conciso é o texto que consegue transmitir um máximo de informações com um mínimo de palavras. Para que se redija com essa qualidade, é fundamental que se tenha, além de conhecimento do assunto sobre o qual se escreve, o necessário tempo para revisar o texto depois de pronto. É nessa releitura que muitas vezes se percebem eventuais redundâncias ou repetições desnecessárias de ideias.”
(Manual de Redação da Presidência da Republica)
Sobre o enunciado, assinale a ÚNICA ALTERNATIVA CORRETA que contém um texto que pode ser considerado conciso:
[...]
Fui ao presídio feminino Nelson Hungria, convidado para dar uma pequena palestra sobre o livro e a liberdade. Uma biblioteca breve e bem escolhida foi a primeira surpresa, além das cores com que as alunas pintaram a escola da unidade. Depois, todos aqueles olhos, atravessados por uma fome de mudança, rostos variados, tantos, boa parte dos quais cheios de comoção. Olhos em que brilha a obstinada luz do “ainda-não”, que as faz seguir em frente, com a geografia particular de seus afetos. Chamam-se Marisa, Teresa, Maria. Mas que importam os nomes? Não quiseram saber de meu passado e eu tampouco me interessei pelo passado daquelas senhoras. Como disse Agostinho, o passado deixou de ser e o futuro não veio. Portanto, só há presente. E estávamos ali convocados pela duríssima beleza do agora.
Lembrei a todas que sonhamos de olhos abertos, sobretudo de olhos abertos, como disse Ernst Bloch, e que o presente só faz sentido através da construção que se faça da matéria viscosa dos sonhos, do tempo que virá por antecipação. Disse-lhes que eram noivas de um belo e atraente senhor, a quem deveriam fazer a corte e conquistar com arrebatada decisão: o futuro. E tentamos avançar nessa direção.
As perguntas nos aproximaram, quebrando um mundo aparentemente dividido, nas malhas processuais ou nas franjas do Código Penal. Somos a mesma porção de humanidade, regidos pela poética do encontro e da boa vontade. Eu indagava silencioso se a Justiça terá olhos suficientes para alcançar essas moças e senhoras, que ainda me emocionam de tal modo que até o momento não sei definir o que vivi. Mas será mesmo preciso definir o que quer que fosse nessa esfera?
Fui almoçar depois com a diretora e as agentes penitenciárias. As cozinheiras são “moradoras” que preparam os pratos com suas próprias mãos. A fome silenciosa de justiça, no silêncio e no trabalho. Penso nas minhas mãos e nas suas, leitor. Penso nas mãos dos juízes e nas de nossas mães. Porque sem compaixão não há justiça.
Marco Lucchesi, publicado em O Globo, 27/11/13 - fragmento adaptado
disponível em: http://oglobo.globo.com/opiniao/fome-de-justica-
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