Questões de Concurso
Sobre promoção, prevenção e reabilitação em saúde em psicologia
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Quanto ao trabalho do psicólogo com adesão, julgue o seguinte item.
O psicólogo pode desenvolver várias intervenções para apoiar
a adesão, entre elas: consulta ou atendimento individual com
foco em adesão, interconsulta e consulta conjunta, tratamento
diretamente observado (TDO), grupos, grupos informativos e
de discussão, atividades de sala de espera, utilização de
dispositivos e técnicas para a adesão (porta-pílulas, diários,
alarmes, tabela de medicamentos) e a realização de grupos
voltados para a equipe multiprofissional.
Quando o paciente apresenta dificuldades de adesão e decide interromper o tratamento, cabe ao psicólogo respeitar sua autonomia e explicar aos demais membros da equipe os motivos da desistência.
A adesão transcende à ingestão de medicamentos, incluindo o fortalecimento do usuário, o estabelecimento de vínculo com a equipe de saúde, o acesso à informação, o acompanhamento clínico-laboratorial, a adequação aos hábitos e às necessidades individuais e o compartilhamento das decisões relacionadas à própria saúde.
A adesão é um dos maiores desafios do trabalho em saúde. O papel do psicólogo é convencer o paciente a seguir as recomendações médicas, a fim de obter bom resultado com o tratamento.
A respeito de modelos teóricos de comportamento e saúde, julgue o item a seguir
De acordo com o modelo transteórico, as alterações no
comportamento relacionado à saúde ocorrem por meio de
cinco estágios distintos: pré-contemplação, contemplação,
decisão, ação e manutenção, sendo que cada estágio representa
a dimensão temporal da mudança do comportamento, ou seja,
mostra quando a mudança ocorre e qual é o grau de motivação
para realizá-la.
Em geral, programas de promoção de saúde situam-se no nível da prevenção primária, buscando evitar o desencadeamento de doenças ou ocorrência de traumas. Programas antitabagismo voltados a crianças e adolescentes são exemplo desse tipo de prevenção.
O uso do cinto de segurança em automóveis pode ser classificado como prevenção terciária, pois não previne acidentes, mas tende a reduzir a gravidade da lesão provocada por um acidente.
Programas de rastreamento são exemplos de iniciativas de prevenção primária, que possibilitam às pessoas com resultado positivo em um teste para determinada doença ou condição receberem pronta e efetiva intervenção.
Intervenções psicossociais para pacientes ambulatoriais já doentes, particularmente quando utilizadas para prepará-los para exposição a exames e(ou) procedimentos médicos invasivos que produzem algum grau de ansiedade, são exemplo de prevenção secundária.
A implementação da Política Nacional de Humanização pressupõe a atuação em vários eixos, incluindo o da atenção básica à saúde. Nesse eixo, preconiza-se o incentivo a projetos de saúde individuais e coletivos para usuários e sua rede social, o incentivo a práticas de reabilitação de saúde e o comprometimento com o trabalho individual como forma de aumentar a responsabilidade com o sistema.
Mudanças comportamentais da população são relativamente pequenas e têm pouco impacto sobre o risco de se contraírem determinadas doenças, no nível individual.
A organização da atenção básica à saúde baseia-se no princípio da resolutividade, o qual implica um conjunto articulado e contínuo de ações e serviços, preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso, em todos os níveis de complexidade do sistema.
A atenção básica à saúde inclui um conjunto de ações, de caráter individual ou coletivo, circunscritas ao primeiro nível de atenção dos sistemas de saúde e voltadas para a promoção da saúde, a prevenção de agravos, o tratamento e a reabilitação, cujo objetivo é avançar na direção de se estabelecer um sistema de saúde centrado na qualidade de vida das pessoas e de seu meio ambiente.
Iniciativas de promoção de saúde, frequentemente, focalizam tipos específicos de doenças e traumas que podem incidir sobre indivíduos e grupos e, na maioria das vezes, dependem mais do envolvimento direto dos profissionais de saúde do que de mudanças no estilo de vida das pessoas.
Toda doença ou problema de saúde disseminado deve sua prevalência, pelo menos em algum nível, ao processo social e comportamental, que podem estar envolvidos na causa, na transmissão ou no tratamento das doenças e, portanto, também na sua prevenção.
Três fatores foram responsáveis para que a AIDS, doença que recebe bastante atenção da psicologia da saúde, fosse definida como condição crônica: os avanços no conhecimento acerca da história natural da infecção pelo HIV; a possibilidade de monitorar a progressão da doença com o surgimento de marcadores laboratoriais; e o surgimento e os avanços do tratamento anti-retroviral.
Avanços científicos no sentido da necessidade de um sistema de atenção à saúde que integrasse melhor os objetivos da psicologia clínica, especialmente da psicoterapia, e da psicologia médica levaram à diferenciação de uma subárea da psicologia, oficialmente reconhecida pela American Psychological Association, em 1997, com o nome de Psicologia Clínica da Saúde.
O desenvolvimento da medicina e da farmacologia tem proporcionado mais anos de sobrevida a muitos pacientes com doenças crônicas. No entanto, os recursos médicos não contemplam, necessariamente, a melhoria da qualidade de vida dos pacientes, que podem conviver com uma condição cada vez mais debilitante.
A medicina comportamental pode ser definida como um campo interdisciplinar voltado para o desenvolvimento e a integração de conhecimentos e técnicas das ciências biomédica e comportamental relevantes à promoção da saúde e a prevenção, tratamento e reabilitação de doenças.
A partir dessa situação hipotética, julgue o próximo item.
A tendência ética de respeito ao princípio da autonomia tem regulamentação legal em alguns países, como Estados Unidos da América, desde os anos 60 do século XX, onde leis estaduais e decisões de tribunais têm ampliado o direito à autodeterminação do adolescente para ações de saúde preventivas e curativas.