Questões de Concurso
Comentadas sobre psicologia da saúde em psicologia
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Acerca da relação dos fatores psicológicos com o processo saúde-doença, julgue o item subsequente.
A psicologia tem papel importante na cardiologia, tanto na
predição e mudanças de fatores comportamentais de risco (por
exemplo, hábitos alimentares, tabagismo, exercícios físicos),
quanto na reabilitação de pacientes e suporte para o
desenvolvimento de estratégias de enfrentamento da doença.
Acerca da relação dos fatores psicológicos com o processo saúde-doença, julgue o item subsequente.
Os fatores psicológicos desempenham papel no aparecimento
da doença (por exemplo, crenças em saúde, comportamentos
de saúde, personalidade, mecanismos de enfretamento), na
evolução da doença (por exemplo, consequências psicológicas,
adaptação, comportamentos de saúde) e longevidade
(mecanismos de enfretamento, comportamentos de saúde,
qualidade de vida).
Entende-se por doença crônica qualquer estado patológico que seja permanente, deixe incapacidade residual, produza alterações patológicas não reversíveis, requeira reabilitação ou necessite de períodos longos de observação, controle e cuidados. Além disso, o indivíduo é considerado paciente crônico se for portador de uma doença incurável. Nesse sentido, todo paciente portador de câncer é um doente crônico.
A psico-oncologia representa área de interface entre psicologia e oncologia e utiliza conhecimento educacional, profissional e metodológico proveniente da psicologia da saúde.
A psicologia tem um papel importante na compreensão do câncer, não apenas em termos de crenças e comportamentos que podem estar relacionados com o aparecimento do câncer, mas também ao nível das consequências psicológicas, tratamento de sintomas, melhoria da qualidade de vida, intervalos livres da doença e longevidade.
Com os recentes avanços da psiconeuroimunologia, os pesquisadores estão prestando mais atenção a fatores psicológicos, em particular, o papel do estresse, no desenvolvimento do câncer e de outras doenças.
Monitorar a adesão é simples e existem vários procedimentos desenvolvidos para esse fim, tais como o autorrelato, a contagem de comprimidos e o controle da farmácia e da recepção. Todos esses são eficazes e apresentam acurácia, e cabe ao psicólogo escolher um dos procedimentos para ser adotado em sua rotina de acompanhamento do paciente.
Garantir o seguimento do paciente é mais importante para a adesão do que a preparação para o tratamento, por isso o psicólogo deve envolver-se no acompanhamento a longo prazo dos pacientes, em especial aqueles que são portadores de doenças crônicas.
O TDO refere-se à observação da ingestão de medicamentos pelo paciente, realizada por profissionais de saúde ou outra pessoa, na residência do usuário ou no serviço de saúde. É intervenção amplamente utilizada no tratamento da tuberculose e pode ser aplicada tanto com crianças quanto com adultos.
Quanto ao trabalho do psicólogo com adesão, julgue o seguinte item.
O psicólogo pode desenvolver várias intervenções para apoiar
a adesão, entre elas: consulta ou atendimento individual com
foco em adesão, interconsulta e consulta conjunta, tratamento
diretamente observado (TDO), grupos, grupos informativos e
de discussão, atividades de sala de espera, utilização de
dispositivos e técnicas para a adesão (porta-pílulas, diários,
alarmes, tabela de medicamentos) e a realização de grupos
voltados para a equipe multiprofissional.
A adesão é um fenômeno multidimensional e multideterminado. Vários fatores podem influenciar a adesão: pessoais, socioculturais e econômicos, relacionados com a doença, ligados ao tratamento, relativos à organização dos serviços e a fatores interpessoais (qualidade da relação equipe–paciente). Recentemente, várias pesquisas têm demonstrado que os fatores interpessoais e relacionados com a organização do serviços são os que trazem menos impacto para a qualidade da adesão.
Quando o paciente apresenta dificuldades de adesão e decide interromper o tratamento, cabe ao psicólogo respeitar sua autonomia e explicar aos demais membros da equipe os motivos da desistência.
A adesão transcende à ingestão de medicamentos, incluindo o fortalecimento do usuário, o estabelecimento de vínculo com a equipe de saúde, o acesso à informação, o acompanhamento clínico-laboratorial, a adequação aos hábitos e às necessidades individuais e o compartilhamento das decisões relacionadas à própria saúde.
A adesão é um dos maiores desafios do trabalho em saúde. O papel do psicólogo é convencer o paciente a seguir as recomendações médicas, a fim de obter bom resultado com o tratamento.
No caso de óbito de um paciente, geralmente, o psicólogo é o profissional responsável por dar a notícia para a família, uma vez que recebeu formação específica para lidar com os sentimentos e as emoções.
A atuação do psicólogo em UTI deve priorizar os familiares, pois esses são importante recurso afetivo que pode e deve ser envolvido no trabalho com o paciente. São eles os representantes principais dos seus vínculos com a vida e uma das fontes de motivação para o paciente enfrentar o sofrimento.
As características da UTI, como rotina de trabalho acelerada, constante clima de apreensão, situações de morte iminente, dores, medo e ansiedade, exacerbam o estado de estresse e tensão tanto do paciente quanto da equipe. Cabe ao psicólogo intervir junto a paciente, familiares e equipe para auxiliar a identificação das dificuldades e o desenvolvimento de estratégias de enfrentamento dessa situação.
No contexto hospitalar, o psicólogo pode realizar atendimentos individuais, grupais, conjugais e familiares, dependendo da demanda do paciente ou da necessidade identificada pela equipe multiprofissional que trata desse paciente.
No atendimento em pediatria, o psicólogo deve centrar sua atenção no cuidador/familiar, para garantir a qualidade da atenção à criança.
Pacientes em atendimento ambulatorial não têm indicações de acompanhamento psicológico, visto que o trabalho do psicólogo no contexto hospitalar deve ser voltado para as questões da hospitalização e adesão ao tratamento.