Questões de Concurso
Comentadas sobre psicologia hospitalar em psicologia
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Para Elizabeth Kübler-Ross, o processo de morte e morrer é caracterizado por fases vivenciadastanto pelo paciente quanto pelos seus familiares.
A noção de qualidade de vida tem influenciado a escolha terapêutica para diferentes faixas etárias, sendo a liberdade de escolha do tratamento uma variável importante quando várias opções estão disponíveis. Quando o prognóstico é desfavorável, tal escolha cabe à equipe médica. Além disso, pacientes e familiares devem ser protegidos, do ponto de vista emocional, para suportarem a evolução do quadro.
Embora o conceito de qualidade de vida seja amplamente utilizado em saúde, as disciplinas inicialmente interessadas em seu estudo estão ligadas à economia, à filosofia e à política.
Entende-se por doença crônica qualquer estado patológico que seja permanente, deixe incapacidade residual, produza alterações patológicas não reversíveis, requeira reabilitação ou necessite de períodos longos de observação, controle e cuidados. Além disso, o indivíduo é considerado paciente crônico se for portador de uma doença incurável. Nesse sentido, todo paciente portador de câncer é um doente crônico.
A psico-oncologia representa área de interface entre psicologia e oncologia e utiliza conhecimento educacional, profissional e metodológico proveniente da psicologia da saúde.
A psicologia tem um papel importante na compreensão do câncer, não apenas em termos de crenças e comportamentos que podem estar relacionados com o aparecimento do câncer, mas também ao nível das consequências psicológicas, tratamento de sintomas, melhoria da qualidade de vida, intervalos livres da doença e longevidade.
Com os recentes avanços da psiconeuroimunologia, os pesquisadores estão prestando mais atenção a fatores psicológicos, em particular, o papel do estresse, no desenvolvimento do câncer e de outras doenças.
Monitorar a adesão é simples e existem vários procedimentos desenvolvidos para esse fim, tais como o autorrelato, a contagem de comprimidos e o controle da farmácia e da recepção. Todos esses são eficazes e apresentam acurácia, e cabe ao psicólogo escolher um dos procedimentos para ser adotado em sua rotina de acompanhamento do paciente.
Garantir o seguimento do paciente é mais importante para a adesão do que a preparação para o tratamento, por isso o psicólogo deve envolver-se no acompanhamento a longo prazo dos pacientes, em especial aqueles que são portadores de doenças crônicas.
A adesão é um fenômeno multidimensional e multideterminado. Vários fatores podem influenciar a adesão: pessoais, socioculturais e econômicos, relacionados com a doença, ligados ao tratamento, relativos à organização dos serviços e a fatores interpessoais (qualidade da relação equipe–paciente). Recentemente, várias pesquisas têm demonstrado que os fatores interpessoais e relacionados com a organização do serviços são os que trazem menos impacto para a qualidade da adesão.
No caso de óbito de um paciente, geralmente, o psicólogo é o profissional responsável por dar a notícia para a família, uma vez que recebeu formação específica para lidar com os sentimentos e as emoções.
A atuação do psicólogo em UTI deve priorizar os familiares, pois esses são importante recurso afetivo que pode e deve ser envolvido no trabalho com o paciente. São eles os representantes principais dos seus vínculos com a vida e uma das fontes de motivação para o paciente enfrentar o sofrimento.
As características da UTI, como rotina de trabalho acelerada, constante clima de apreensão, situações de morte iminente, dores, medo e ansiedade, exacerbam o estado de estresse e tensão tanto do paciente quanto da equipe. Cabe ao psicólogo intervir junto a paciente, familiares e equipe para auxiliar a identificação das dificuldades e o desenvolvimento de estratégias de enfrentamento dessa situação.
No contexto hospitalar, o psicólogo pode realizar atendimentos individuais, grupais, conjugais e familiares, dependendo da demanda do paciente ou da necessidade identificada pela equipe multiprofissional que trata desse paciente.
No atendimento em pediatria, o psicólogo deve centrar sua atenção no cuidador/familiar, para garantir a qualidade da atenção à criança.
Pacientes em atendimento ambulatorial não têm indicações de acompanhamento psicológico, visto que o trabalho do psicólogo no contexto hospitalar deve ser voltado para as questões da hospitalização e adesão ao tratamento.
A atuação do psicólogo, no contexto hospitalar, deve considerar o paciente, o cuidador/familiar e a equipe. Além disso, sua atuação pode ocorrer em enfermarias, ambulatórios, unidades de terapia intensiva (UTI), pronto-socorro e ainda por meio de interconsultas.
O uso de instrumentos de avaliação no contexto hospitalar não é indicado, uma vez que a atuação do psicólogo é focada nas intervenções para alívio do sofrimento causado pelas doenças e na busca da promoção da saúde e qualidade de vida.
O trabalho do psicólogo em situação de emergência caracteriza-se pela criatividade e pela disponibilidade, já que a rotina é inesperada e o psicólogo pode atender ao paciente no corredor, em macas, nas salas de observação, dependendo da necessidade do paciente, da família e da equipe do hospital.
A atuação do psicólogo junto ao paciente no pronto-socorro e na emergência é questionável. O foco deve ser a equipe, uma vez que o estresse rotineiro propicia a emergência de conflitos, de situações não elaboradas e sensação da incompetência que podem trazer consequências importantes para o cotidiano do setor.