No artigo Movimentos sociais como política, Tilly
argumenta que, de suas origens no século XVIII em diante,
os movimentos sociais prosseguiram não apenas como
performances isoladas, mas como campanhas interativas.
Assim como as campanhas eleitorais, as rebeliões
populares e as mobilizações religiosas consistem em
interações entre grupos reivindicantes temporariamente
conectados (e cambiantes) e os objetos de suas demandas
com terceiros, tais como representantes, aliados,
reivindicadores rivais, inimigos, autoridades e vários
públicos, que muitas vezes exercem papéis significativos no
desenrolar da campanha. Nunca se poderá explicar a
variação e a mudança nos movimentos sociais se não
houver dedicação cuidadosa, atenção aos outros atores
políticos, além dos reivindicantes centrais, como, por
exemplo, a polícia, com a qual os demonstrantes tenham
lutado, colaborado e desenvolvido suas estratégias. Para
esse autor, considera-se como um movimento social