Questões de Psicologia - Psicoterapias para Concurso

Um fator capaz de explicar o crescente interesse por essa forma de intervenção é seu resultado, mesmo quando tratamentos intensivos são superiores aos de abordagens mais breves. Os custos de um tratamento devem ser justificados pelo benefício que ele traz, ou seja, a relação custo-benefício dos tratamentos mais intensivos justifica a procura por novas formas de tratamento menos custosas, como as Intervenções Breves.

A Intervenção Breve pode ser realizada por profissionais com diferentes tipos de formação, como: médicos, psicólogos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, nutricionistas, educadores, agentes comunitários e outros profissionais da saúde e da assistência social.

A Intervenção Breve é indicada tanto para os usuários de baixo risco quanto para os de uso de alto risco.

Existem diversos estudos mostrando a efetividade da Intervenção Breve em serviços de Atenção Primária à Saúde, porém a eficácia com adolescentes usuários de substâncias ainda não é tão efetiva quanto com adultos usuários.

Atualmente as Psicoterapia Breve são divididas em três grandes linhas: as de abordagem psicodinâmica, com origem nos primeiros atendimentos psicanalíticos do início do século XX, psicoterapias breves psicodinâmicas; as de abordagem comportamental, originadas das teorias de aprendizagem de Skinner e Thorndike, psicoterapias breves comportamentais; e as de abordagem sistêmica, originadas a partir do estudo da família como mantenedora e/ou geradora de sintomas, psicoterapias breves sistêmica familiar.

Quando se fala em psicoterapia breve, imediatamente vem à tona a questão do tempo, uma vez que o “breve”, aqui, é definido em comparação a um trabalho considerado “longo”, no caso a psicanálise. Mas não é só o tempo de duração que diferencia estas formas de trabalho. A Psicoterapia Breve é uma intervenção terapêutica com tempo e estratégias limitadas

Os objetivos são estabelecidos a partir de uma compreensão diagnóstica do paciente e da delimitação de um foco, considerando-se que esses objetivos sejam passíveis de serem atingidos num espaço de tempo limitado (que pode ser ou não preestabelecido), através de determinadas estratégias clínicas. Assim, as Psicoterapia Breve estão, em termos técnicos, alicerçadas num tripé: foco, estratégias e objetivos.

As Psicoterapias Psicodinâmicas Breves Modernas estão divididas em três modelos principais: o estrutural ou do impulso, o relacional e o investigativo.

Embora exista toda essa pluralidade de modelos e concepções, as psicoterapias têm alguns elementos em comum. Esses quatro componentes seriam comuns a todas as psicoterapias: a psicoterapia ocorre no contexto de uma relação de confiança emocionalmente carregada em relação ao terapeuta; a psicoterapia ocorre em um contexto terapêutico, no qual o paciente acredita que o terapeuta irá ajudá-lo e confia que esse objetivo será alcançado; existe um esquema conceitual ou um mito que provê uma explicação plausível para o desconforto (sintoma ou problema) e um procedimento ou um ritual para ajudar o paciente a resolvê-lo; e a instalação de esperança de que o tratamento psicoterápico terá sucesso.

Tentando explicar como agem as psicoterapias, os fatores responsáveis pelas mudanças estão divididos em três grandes grupos: as técnicas utilizadas, específicas de cada modelo e que englobariam as diferentes intervenções do terapeuta, bem como a forma como são estruturadas e conduzidas as sessões; a relação paciente-terapeuta, englobando os fenômenos transferenciais, os aspectos lógicos e racionais (aliança terapêutica) e os aspectos reais da própria relação (incluindo-se o vínculo afetivo com o terapeuta); e os fatores não-específicos, comuns a praticamente todas as terapias.

Os seguintes fatores cognitivos, são utilizados em maior ou menor grau como estratégias de mudança por diferentes psicoterapias: a resistência, a psicoeducação, a reestruturação cognitiva e o insight.

As psicoterapias têm se mostrado eficazes por meio de diferentes abordagens e em diferentes transtornos. Quando comparadas entre si, as psicoterapias, de uma maneira geral, tendem a apresentar resultados semelhantes. Uma das explicações para tal equivalência é o papel dos fatores comuns, ou não-específicos, os quais seriam elementos compartilhados por todas elas. Nesse contexto, tais fatores seriam os grandes responsáveis pelas melhoras obtidas com esses métodos de tratamento. Neste capítulo, os autores buscam revisar as questões referentes à eficácia das psicoterapias, aos processos de mudança em psicoterapia, aos diferentes fatores envolvidos nesse processo e, finalmente, apresentam um modelo geral de psicoterapia.

Enfrentamento baseado em obediência, isolamento comportamental e trabalho em excesso.

Sentimentos disfóricos ou ansiosos, ações impulsivas e paciente sente-se amado.

Relacionamentos pessoais instáveis e intensos, impulsividade e sentimentos crônicos de vazio.

É formado por memórias, emoções e sensações corporais, desenvolvido durante a infância ou adolescência, e disfuncional em nível significativo.

Solidão e isolamento, limites insuficientes e aprovação condicional.

Behaviorista.

Terapia cognitivo comportamental.

Existencial-humanista.

Gestalt-terapia.

Psicologia analítica.