Questões de Psicologia para Concurso
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Id, ego e superego: esses são os três componentes da Teoria Estrutural, que representam, respectivamente:
“Muito se tem se discutido sobre os entraves no processo de escolarização de crianças e jovens, privilegiando-se ora aspectos individuais de ordem patológica, ora questões sociais ligadas ao esfacelamento do sistema educacional público. Paralelamente, constata-se uma difusão ilimitada do discurso científico e da cultura medicalizante, que atravessa diversos domínios, da universidade aos centros de saúde e às escolas, adentrando as fronteiras da esfera privada da família e das demais relações pessoais.” (Coutinho, 2021, p. 2). Sobre a produção de diagnósticos e o educar, observe as afirmativas a seguir.
I Na discussão dos modos contemporâneos predominantes no tratamento do mal-estar na cultura, é inegável que a produção de diagnósticos alcançou uma importância cultural imensa, estando presente não somente na prática psiquiátrica stricto sensu, mas em todo campo da assistência à saúde, na educação e nas relações sociais cotidianas mais banais.
II Os desafios relativos ao exercício da parentalidade e da educação escolar, hoje, são muitas vezes norteados por diagnósticos, medicações e/ou parâmetros presentes nos diversos dispositivos difundidos pelas “autoridades científicas”, que passam a regular e a ressignificar a criança, produzindo um certo anonimato no cerne das relações pais/filhos e professor/aluno.
III Depara-se, ainda, com a menos recente psicologização do cotidiano escolar. A escola funciona sob a base de um discurso segundo o qual educar é estimular capacidades psicológicas, o que contribui para individualizar os problemas escolares e fragmentar o olhar para o aluno.
IV Com o avanço do paradigma naturalista, ancorado nas novas pesquisas das neurociências, os diagnósticos passam a expressar “um sofrimento sem sujeito” e orientam o olhar dos profissionais que recorrem a eles exclusivamente para uma visão fragmentada da vida, que muitas vezes encontra sustentação fortemente baseada na relação entre a descrição de um comportamento e o uso ou não de um fármaco [...]. A fragmentação do sintoma psíquico em unidades sintomáticas cada vez menores pela psiquiatria contemporânea serve a um projeto social maior que tende a despolitizar o sofrimento, medicalizar o mal-estar e privatizar o sintoma.
São corretas as afirmativas:
Gênero, seus papéis, a sexualidade e a diversidade são questões contemporâneas que não podem ficar de fora da escola. Porém, estar na escola não é tarefa fácil. Se outrora a escola foi considerada local ideal para alguns desses debates, a despeito de alguns questionamentos acerca da função social da escola, em tempos mais recentes, tais discussões foram “banidas” sob a alegação de se tratar de “ideologia de gênero”. Sobre essa temática, observe as afirmativas a seguir.
I Com Garbarino (2021), a manifestação da queixa escolar é sutilmente tonalizada por um modo cultural de entender a distinção masculino × feminino que se perpetua no contexto escolar. As expectativas e crenças das professoras e dos professores em relação ao ser menino × ser menina permeiam, “contaminam” e “deformam” seu olhar sobre o desempenho e a disciplina das alunas e dos alunos. Portanto, os estereótipos de gênero primeiramente precisam ser identificados para poderem ser desconstruídos.
II Com Rosistolato (2009), desde o início do século XX, houve uma série de iniciativas para a criação de espaços escolares no debate sobre a sexualidade dos adolescentes. A partir da publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais, a escola ganha legitimidade para desenvolver projetos estruturados a partir de três blocos de conteúdo: a) corpo - matriz da sexualidade; b) relações de gênero; e, c) prevenção a doenças sexualmente transmissíveis (Aids).
III Com Bonfim e Mesquita (2020), de um modo geral, as regras disciplinares do gênero e da sexualidade estiveram e estão presentes em todos os espaços da escola e podem ser aplicadas facilmente em outras instituições, quer sejam escolas de ensino médio, quer sejam de ensino fundamental e até na universidade. A dimensão do controle e da norma é algo amplamente discutido em trabalhos que investigam as relações entre gênero, sexualidade e educação.
IV Com Bonfim e Mesquita (2020), estudantes que, com suas diferentes culturas e inserções, têm, com limites e muitos desafios, questionado uma outra forma de ocupar os espaços dentro da escola e reivindicar o debate em torno do gênero e da sexualidade dentro da instituição.
São corretas as afirmativas:
Na postagem do CFP, intitulada Dez Razões para Psicologia e Serviço Social na Educação Básica, encontra-se, como uma das justificativas, a tendência de que “A presença de psicólogas(os) e assistentes sociais nas escolas pode contribuir significativamente para a efetivação de direitos e políticas públicas tão essenciais às crianças em idade escolar, como o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Estatuto da Igualdade Racial, o Estatuto da Juventude e o Estatuto da Pessoa com Deficiência”. Diante de lutas tão importantes para que haja uma inclusão efetiva, é fundamental que esses profissionais conheçam as políticas que contemplam estudantes e suas famílias nas diversidades que singularizam suas vidas. No que diz respeito à realidade da educação inclusiva, assinale a opção correta.
Prefaciando o livro Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento, um processo sócio-histórico, Jaan Valsiner afirma que o estudioso de literatura e psicólogo do desenvolvimento “está se tornando um herói das ciências educacionais e sociais de nosso tempo – mais de meio século após sua morte”, mas que “há um certo infortúnio na fama, particularmente na fama póstuma. Nem sempre, ao crescer a fama de uma pessoa, a análise substantiva de suas ideias avança em ritmo correspondente”.
Sobre as ideias de Vygotsky, pode-se afirmar que
Paulo Freire mostra, em sua obra Pedagogia da Indignação, uma preocupação com um descompasso geracional no que diz respeito ao acompanhamento das transformações dos novos tempos, principalmente diante da aceleração característica dos últimos cem anos. O autor nos propõe forjar em nós uma qualidade sem a qual dificilmente conseguiremos compreender adolescentes e jovens: “a capacidade crítica, jamais ‘sonolenta’ sempre desperta à inteligência do novo. Do inusitado que, embora às vezes nos espante e nos incomode, até, não pode ser desconsiderado, só por isso, um desvalor”. Para validar a importância de se acompanhar as novas tecnologias, Paulo Freire afirma que
O livro Pedagogia da Indignação contém os últimos escritos registrados por Paulo Freire. O educador compartilha suas reflexões a respeito da educação para a liberdade, chave para a produção de sujeitos capazes de transformar o mundo com base em uma ética da solidariedade. Sobre as ideias de Paulo Freire, observe as afirmativas a seguir.
I A educação de que precisamos, capaz de formar pessoas críticas, de raciocínio rápido, com sentido do risco, curiosas, indagadoras, é a que coloca ao educador ou educadora a tarefa de treinar a memorização mecânica das/dos educandas/os, mas também de ensinar a pensar criticamente os conteúdos.
II Não se pode de maneira alguma, nas relações político-pedagógicas com os grupos populares, desconsiderar seu saber de experiência feito, sua explicação do mundo de que faz parte a compreensão de sua própria presença no mundo.
III Se, de um lado, a educação não é a alavanca das transformações sociais, de outro, estas não se fazem sem ela. Mas a ação educativa só deve acontecer após lograrmos êxito na ação política. A transformação social é o caminho para então trabalharmos ações educativas.
IV As crianças precisam crescer no exercício dessa capacidade de pensar, de se indagar e de indagar, de duvidar, de experimentar hipóteses de ação, de programar e de não apenas seguir os programas a elas, mais do que propostos, impostos. As crianças precisam ter assegurado o direito de aprender a decidir, o que se faz decidindo.
Estão corretas, apenas as afirmativas:
O livro de Maria Helena Patto intitulado A Produção do Fracasso Escolar: histórias de submissão e rebeldia, segundo um de seus prefaciadores da quarta edição, é muito mais que a denúncia do caráter ideológico das explicações hegemônicas do fracasso escolar. Seu trabalho caracteriza-se também como uma brilhante aula sobre a história da educação do país. A autora, fundamentada no materialismo histórico, examina o percurso tomado pela produção intelectual brasileira a partir da Primeira República. Tendo em vista o capítulo Da experiência à Reflexão sobre a Política Educacional: algumas anotações, pode-se afirmar que a autora destacou quatro conclusões ou confirmações, capazes de contribuir para uma revisão de medidas comumente tomadas, tendo em vista a superação das dificuldades com que a escola pública elementar brasileira se defronta na consecução de sua tarefa de socializar conhecimentos.
I. As explicações do fracasso escolar baseadas nas teorias do déficit e da diferença cultural precisam ser revistas a partir do conhecimento dos mecanismos escolares produtores de dificuldades de aprendizagem.
II. O fracasso da escola pública elementar é o resultado inevitável de um sistema educacional congenitamente gerador de obstáculos à realização de seus objetivos.
III. O fracasso da escola elementar é administrado por um discurso científico que, escudado em sua competência, naturaliza esse fracasso aos olhos de todos os envolvidos no processo.
IV. A convivência de mecanismos de neutralização dos conflitos com manifestações de insatisfação e rebeldia faz da escola um lugar propício à passagem ao compromisso humano-genérico.
São corretas as conclusões:
“A partir do fato de que escola pública elementar tem fracassado em sua função de escolarizar a maioria das crianças brasileiras e levando em conta que as crianças mais atingidas pertencem aos segmentos mais pobres das classes trabalhadoras, o artigo analisa os determinantes da má qualidade da escola oferecida a estas crianças. Entre estes determinantes, o preconceito contra pobres e negros, de profundas raízes na sociedade brasileira, atua como poderoso estruturante das práticas e processos que se dão na escola. A superação deste estado de coisas é discutida no âmbito dos direitos da cidadania e das relações de poder numa sociedade de classes.” (PATTO, 1992, p. 107).
Esse é o resumo do artigo intitulado Família Pobre e Escola Pública: anotações de um desencontro. A despeito de o texto ter sido publicado há cerca de três décadas, há nele algo que persiste como bastante atual. Em relação a esse tema, assinale a opção correta.
Há mais ou menos uma década, foram publicados dois artigos que abordam questões ainda vivas no campo da educação. Seus autores, Maria Helena Souza Patto coloca em pauta o ensino a distância e a falência da educação, enquanto Fabio Scorsolini-Comin discute as repercussões do uso de Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs) no campo da Psicologia da Educação. A partir de seus trabalhos, é correto afirmar que
Na Coletânea Psicologia Brasileira na Luta Antirracista: prêmio profissional Virgínia Bicudo − dedicado à mulher negra, pioneira na psicanálise, mas invisível no Brasil −, enfatiza-se o lugar das práticas para a construção de uma psicologia antirracista. Marque a opção correta.
No livro Psicologia Brasileira na Luta Antirracista, publicado pelo CFP, são apresentados e debatidos conceitos fundamentais para o entendimento e para a busca da superação do racismo no Brasil. “O leitor é convidado a transitar por amplo espectro de questões e lutas sociais, na perspectiva da interseccionalidade, a fim de compreender a complexidade da tessitura social brasileira e o enredar de suas hierarquias e opressões”, como bem nos conta Ana Sandra Nóbrega, Conselheira-Presidente do XVIII Plenário do Conselho Federal de Psicologia. Marque a opção INCORRETA.
“Antes do colonialismo não existia o negro, o indígena, o branco. Como implicitamente propaga a declaração francesa dos direitos dos homens, todos eram humanos, cidadãos, desde que fossem homens, europeus e, por extensão, brancos. A ideia de direitos dos homens e, depois, a de direitos humanos (ONU, 1948), afloram justamente da negação da cidadania e de direitos para o africano, o indígena, o pobre, a mulher… [...] Sem racismo e a superexploração do(a) indígena, do homem negro e da mulher negra, não teria havido colonialismo. Sem colonialismo, sem racismo e sem capitalismo não teria havido o delineamento daquela noção de cidadania, que atrela direito à propriedade individual, à liberdade individual, à fraternidade e à igualdade só para alguns.” (CFP, 2022, p. 13). Sobre a branquitude, é correto afirmar que
I é a ideologia de superioridade branca que posiciona as pessoas brancas em um lugar de poder simbólico e material que lhes conferem algumas desvantagens.
II é uma ideologia, são valores, ideias que colocam o branco como o ideal de beleza, de civilização, de racionalidade, de intelectualidade. Ela não pode ser pensada como uma identidade racial.
III não é resultado. É aquilo que está lá na origem, não tendo qualquer relação com a colonização nem com o capitalismo imperialista.
IV ela produz subjetividade. Essa falsa ideia de superioridade vai definir e direcionar os afetos, a subjetividade, o modo de estar no mundo.
A partir das afirmações acima, assinale, somente, a opção correta.
A Comissão de Psicologia e Educação, do XIV Plenário do Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro, entende que a Psicologia está presente no campo educacional de várias maneiras: “Ela circula, permeia diversos espaços legitimando determinadas práticas – modos de pensar e agir na profissão” (CRP, 2016, p. 7). A partir da publicação Conversações em Psicologia, marque a opção INCORRETA.
Dermeval Saviani, em Escola e Democracia, editado em setembro de 1983, em seu último texto, a saber, Onze teses sobre Educação e Política, intentou encaminhar, de modo explícito, as discussões entre educação e política, questão central de seu livro. Considerando as proposições do autor, marque Verdadeiro (V) ou Falso (F) nas afirmações abaixo.
( ) Toda prática educativa contém inevitavelmente uma dimensão política.
( ) Toda prática política contém, por sua vez, inevitavelmente uma dimensão educativa.
( ) Existe identidade entre educação e política.
( ) A explicitação da dimensão política da prática educativa está condicionada a não explicitação da prática educativa.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
“O número de instituições de ensino com oferta de cursos de Psicologia igualmente se ampliou. Mas a formação voltada para a área da Psicologia Escolar e Educacional não ocupa, infelizmente, lugar de destaque entre os diversos conteúdos que são previstos nas grades curriculares. Muitos destes cursos assumem a opção de ênfase nos processos educativos sem, contudo, conduzir a formação e a prática voltadas para esta área, e o argumento que surge na maioria das vezes se relaciona à escassez do campo de trabalho na educação.” (FRANCISCHINI; VIANA, 2016, p. 3).
No texto Interfaces entre a Psicologia e a Educação: reflexões sobre a atuação em Psicologia Escolar, Meire Nunes Viana discute a Psicologia e a educação no labirinto do capital. Para a autora, “a promulgação da Constituição de 1988 significou para o Brasil a reconquista da cidadania, colocando a educação em lugar de destaque, apresentando-a como um direito de todos, universal, gratuita, democrática, comunitária e de elevado padrão de qualidade.” (FRANCISCHINI; VIANA, 2016, p. 68).Compreendendo que se trata de uma educação transformadora da realidade, consonante com a Carta Constitucional de 1988, ela deve pautar-se pelos seguintes princípios fundamentais:
No livro Ensinando a Transgredir: a educação como prática libertadora, há um capítulo dedicado a Paulo Freire. Nele, Gloria Watkins dialoga com bell hooks, sua voz de escritora. Influenciada por Paulo Freire, hooks apresenta as razões pelas quais foi tocada tão profundamente pelo autor. São elas:
I anos antes de conhecê-lo, hooks já tinha aprendido muito com o trabalho de Freire, aprendido maneiras novas e libertadoras de pensar sobre a realidade social. Quando encontrou a sua obra, estava em um momento de vida começando a questionar profundamente a política da dominação, o impacto do racismo, do sexismo, da exploração de classe e da colonização que ocorria no Brasil.
II Paulo foi um dos pensadores cuja obra lhe deu uma linguagem. Ele a fez pensar profundamente sobre a construção de uma identidade na resistência. hooks cita uma frase isolada de Freire que se tornou, para ela, um mantra revolucionário: “Não podemos entrar na luta como objetos para nos tornarmos sujeitos mais tarde”.
III a sua experiência na luta pela desagregação racial posicionou Paulo Freire como um professor desafiador, cuja obra alimentou a sua própria luta contra o processo de descolonização − a mentalidade colonizadora.
IV em nenhum momento hooks deixou de estar consciente não só do sexismo da linguagem como também do modo com que ele (Paulo) constrói um paradigma falocêntrico da libertação. Para ela, isso sempre foi motivo de angústia, pois acha difícil encontrar uma linguagem que permita estruturar uma crítica e, ao mesmo tempo, continue reconhecendo tudo o que é valioso e respeitado na obra.
São INCORRETAS, somente, as assertivas:
Nas Referências Técnicas para Atuação de Psicólogas(os) na Educação Básica, em sua apresentação da 2ª edição, tem-se: “A educação como direito fundamental foi, durante décadas, alvo de disputa na sociedade brasileira, prevalecendo a concepção de uma educação distinta a depender da classe social. Somente com a Constituição Federal de 1988, o Estado brasileiro define a educação como direito básico e universal”. Mais recentemente, instala-se um intenso quadro de desinvestimento em políticas públicas que nos coloca diante de uma situação de sucateamento e desmonte. Tal situação convoca as(os) psicólogas(os) a reafirmarem o compromisso com os princípios de uma educação democrática, defendendo a pluralidade e a diversidade humana. Com base nas referências citadas, assinale a opção correta.
“A Psicologia compreende a violência sexual contra a criança e a(o) adolescente por meio de diversas abordagens teóricas, e vem desenvolvendo uma gama de técnicas e práticas de avaliação e intervenção. Por estar presente em diferentes políticas públicas — especialmente aquelas pertencentes à Rede de Proteção à infância e adolescência, como Saúde, Assistência Social, Educação, Segurança pública e Sistema de Justiça — deve lidar com marcos legais, objetivos, tarefas e públicos variados. Cada campo e cada caso incide diretamente na demanda que chega às(aos) profissionais, assim como sobre seu modo de atendê-la.” (CFP, 2009, p. 30-31). Nessa perspectiva, e considerando o marco teórico e referencial “saúde sexual e saúde reprodutiva de adolescentes e jovens” (MS, 2007), tem-se como desafios para uma Política Nacional de Saúde Sexual e Saúde Reprodutiva de Adolescentes e Jovens:
I integração aos serviços de saúde das especificidades das adolescentes e jovens e seus parceiros quanto à gravidez, ao parto e ao puerpério.
II construção e implementação de ações que assegurem a ampliação do conhecimento sobre corpo, sexualidade e saúde por adolescentes e jovens, com vistas à maior tutela da vivência da sexualidade, em todos os níveis de atenção, e com o envolvimento dos diversos sujeitos – gestores nacionais, estaduais, municipais e sociedade civil organizada.
III ampliação dos indicadores sobre saúde sexual e saúde reprodutiva de adolescentes e jovens, para além da diminuição dos índices de gravidez na adolescência e na abordagem de outros aspectos, como a violência intrafamiliar, o planejamento familiar, DST/aids e ações educativas.
IV integração com outras instituições para a promoção da abstinência sexual como estratégia de saúde sexual e reprodutiva de adolescentes e jovens, fundamentais para a formação de valores, com respeito à autonomia e aos direitos sexuais e direitos reprodutivos.
São INCORRETAS, apenas, as assertivas:
O Código de Ética do Profissional Psicólogo (CFP/2005) tem seus princípios fundamentais apoiados nos valores que embasam a Declaração Universal de Direitos Humanos. A Resolução do CFP no 7, de 06 de abril de 2023, assim como o código, estabelece normas para o exercício profissional, porém com foco em resguardar o caráter laico da prática psicológica. Aprofundando-se no entendimento desses balizadores, pode-se afirmar que é VEDADO ao profissional de psicologia:
I. praticar ou ser conivente com quaisquer atos que caracterizem negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade ou opressão à crença religiosa;
II. induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do exercício de suas funções profissionais;
III. utilizar instrumentos e técnicas psicológicas para criar, manter ou reforçar preconceitos, estigmas, estereótipos e discriminações em relação à liberdade de consciência e de crença religiosa; e
IV. exercer qualquer ação que promova fundamentalismos religiosos e resulte em racismo, LGBTI+fobia, sexismo, xenofobia, capacitismo ou quaisquer outras formas de violação de direitos.
São corretas afirmativas acima.