Questões de Concurso
Sobre relações internacionais na ásia e no oriente médio em relações internacionais
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O governo de Shinzo Abe (2012-2019) promoveu uma reorientação na política externa japonesa, com o propósito de estabelecer uma inserção internacional mais assertiva. Essa reorientação teve reflexo nas relações bilaterais e multilaterais do Japão com outros países, inclusive com o Brasil. A respeito dessas informações, julgue (C ou E) o item a seguir.
A remilitarização do Japão foi um dos objetivos da política
externa de Abe. Para alcançar esse objetivo, o governo
adotou, entre as iniciativas, a ampliação das possibilidades
de emprego das Forças de Autodefesa (FAD) e a criação
do Conselho de Segurança Nacional.
O governo de Shinzo Abe (2012-2019) promoveu uma reorientação na política externa japonesa, com o propósito de estabelecer uma inserção internacional mais assertiva. Essa reorientação teve reflexo nas relações bilaterais e multilaterais do Japão com outros países, inclusive com o Brasil. A respeito dessas informações, julgue (C ou E) o item a seguir.
No âmbito da cooperação estratégico-militar, o governo
Abe propôs a aliança Diamante de Segurança
Democrática da Ásia, buscando garantir relações pacíficas
entre Japão, Estados Unidos da América, Austrália e Índia.
Essa aliança está embasada no princípio da segurança
coletiva e prevê a criação de uma força conjunta entre os
quatro países.
O governo de Shinzo Abe (2012-2019) promoveu uma reorientação na política externa japonesa, com o propósito de estabelecer uma inserção internacional mais assertiva. Essa reorientação teve reflexo nas relações bilaterais e multilaterais do Japão com outros países, inclusive com o Brasil. A respeito dessas informações, julgue (C ou E) o item a seguir.
As políticas econômicas denominadas Abenomics tinham
a finalidade de reaquecer a economia japonesa e de
recuperar o prestígio internacional do país. São exemplos
de objetivos dessas políticas a manutenção do crescimento
econômico anual de 2,0% do PIB até 2020, o incentivo à
inovação tecnológica, a promoção da exportação de
produtos japoneses etc.
Além de ser, no presente, a região de maior dinamismo econômico global, a Ásia é um espaço que abriga importantes dinâmicas políticas e de segurança que repercutem para além da própria região. Por essa razão, países que, a exemplo do Brasil, procuram, na maior aproximação com os países asiáticos, oportunidades de aprofundar sua inserção internacional devem considerar tanto os principais vetores das políticas externas na região como os antecedentes de seu próprio relacionamento no plano bilateral. A respeito desse assunto, julgue (C ou E) o próximo item.
A política externa da Índia possui como importantes vetores,
em sua dimensão global, a promoção da governança, o acesso
a recursos energéticos em bases estáveis, a promoção da
segurança alimentar e, no plano regional, a cooperação com a
China, no âmbito do BRICS, na construção de novas
instituições econômicas e, bilateralmente, em iniciativas como
a articulação da infraestrutura da Nova Rota da Seda.
O Irã tem sido acusado por outros países do Oriente Médio de, aproveitando-se do contexto da denominada “Primavera Árabe”, estimular a sublevação de populações xiitas contra os seus governantes sunitas, como estratégia de busca de hegemonia regional.
O caráter religioso do regime iniciado com a Revolução Iraniana de 1979 foi referendado pela maioria da população, que optou pelo modelo da República Islâmica em detrimento da monarquia.
A demissão em massa de funcionários públicos ligados ao Partido Ba’ath, de Saddam Hussein, no contexto subsequente à invasão do Iraque, em 2003, contribuiu para ampliar a instabilidade política, econômica e social do país.
A respeito das relações internacionais no Oriente Médio, julgue (C ou E) o item que se segue.
O grupo islâmico Hamas tem contabilizado sucessivas vitórias
nas eleições legislativas ocorridas na Faixa de Gaza, que são
realizadas regularmente desde 2006, para mandatos de quatro
anos.
O aumento da influência política chinesa no mundo correspondeu a um aumento da rivalidade com o Japão nos campos político, de defesa e militar, diante de fatos como a adoção, pelos japoneses, de uma nova diretiva de defesa nacional, o fim da proibição de exportações de armas e o aumento do orçamento de defesa.
No tocante às relações China-Rússia, Pequim absteve-se na votação da Resolução n.º 68/262 da Assembleia-Geral das Nações Unidas, referente à integridade territorial da Ucrânia — ainda que tenha subsequentemente demonstrado respeito pela independência, pela soberania e pela integridade territorial daquele país —, tendo em vista suas sensibilidades específicas em relação ao Tibet.
O incremento do prestígio político da China nos últimos anos pode ser aquilatado pelo novo modelo de relação entre potências (new model of great power relations), sugerido pelos chineses aos EUA em 2013 e adotado no final de 2014, durante o encontro dos presidentes Barack Obama e Xi Jinping, em Washington.
Diante da nova preeminência política da China no cenário global, o país tem reconsiderado, em foros internacionais recentes — como na cúpula dos BRICS, em Fortaleza, em 2014, e na reunião de chanceleres da CELAC, em Pequim, em 2015 —, sua tradicional oposição à reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, por meio do apoio à fórmula que contempla o acréscimo de seis novos membros permanentes com direito de veto, a maioria dos quais países não industrializados.
Não obstante a expansão da oferta chinesa de bens e serviços de alto valor agregado, o país defronta-se com claros limites à expansão de sua competitividade global, diante do estancamento dos seus índices de produtividade do trabalho, desde meados da década passada.
Em abril de 2016, a China anunciou programa de exploração de nova rota marítima, na região do Ártico, como forma de expandir suas linhas comerciais no hemisfério norte.
É difícil aquilatar a importância relativa do conflito árabe com o Estado de Israel e, dentro dele, a questão Palestina na crise atual do Oriente Médio. Boa parte dos processos internos e inclusive dos conflitos externos no mundo muçulmano independe da existência desse conflito. Por outro lado, seu papel no discurso de legitimação — tanto interno como externo — dos diferentes governos, grupos políticos e correntes ideológicas, como a Irmandade Muçulmana, a Al-Qaeda e o ISIS, não pode ser ignorado.
Bernardo Sorj. Decifrando a crise no Oriente Médio. In: Revista Política Externa. São Paulo: KPM Editora, vol. 23, mar./2015 (com adaptações)
Tendo o texto acima como referência inicial, julgue (C ou E) o seguinte item, relativos à situação política no Oriente Médio e no mundo islâmico em geral.
A Irmandade Muçulmana, que foi organizada na Arábia
Saudita em 1928 como reação à influência ocidental, defende,
entre outras ideias, a implantação da Charia (lei corânica) e a
unificação do mundo muçulmano, a ser imposta pela
propaganda e pela força.
É difícil aquilatar a importância relativa do conflito árabe com o Estado de Israel e, dentro dele, a questão Palestina na crise atual do Oriente Médio. Boa parte dos processos internos e inclusive dos conflitos externos no mundo muçulmano independe da existência desse conflito. Por outro lado, seu papel no discurso de legitimação — tanto interno como externo — dos diferentes governos, grupos políticos e correntes ideológicas, como a Irmandade Muçulmana, a Al-Qaeda e o ISIS, não pode ser ignorado.
Bernardo Sorj. Decifrando a crise no Oriente Médio. In: Revista Política Externa. São Paulo: KPM Editora, vol. 23, mar./2015 (com adaptações)
Tendo o texto acima como referência inicial, julgue (C ou E) o seguinte item, relativos à situação política no Oriente Médio e no mundo islâmico em geral.
Entre as dificuldades identificadas pelos analistas para a
modernização do mundo islâmico estão a persistência dos
laços de família ampliada e da lealdade aos clãs, que limitam
a afirmação individual; a reação patriarcal frente a um mundo
ocidental que aprofunda a liberação feminina; e os problemas
de pobreza e de baixo nível de escolaridade, que facilitam a
entrada de organizações paraestatais que proveem serviços
sociais.
É difícil aquilatar a importância relativa do conflito árabe com o Estado de Israel e, dentro dele, a questão Palestina na crise atual do Oriente Médio. Boa parte dos processos internos e inclusive dos conflitos externos no mundo muçulmano independe da existência desse conflito. Por outro lado, seu papel no discurso de legitimação — tanto interno como externo — dos diferentes governos, grupos políticos e correntes ideológicas, como a Irmandade Muçulmana, a Al-Qaeda e o ISIS, não pode ser ignorado.
Bernardo Sorj. Decifrando a crise no Oriente Médio. In: Revista Política Externa. São Paulo: KPM Editora, vol. 23, mar./2015 (com adaptações)
Tendo o texto acima como referência inicial, julgue (C ou E) o seguinte item, relativos à situação política no Oriente Médio e no mundo islâmico em geral.
A Guerra Civil na Síria é particularmente complexa: tanto a
Arábia Saudita como a Turquia e a Irmandade Muçulmana
(inclusive o Hamas) opõem-se ao governo de Bashar al-Assad,
mas cada um deles apoia grupos diferentes de rebeldes,
enquanto o governo de Damasco é apoiado pelo Irã, pela
Rússia e pelo Hizbollah, que, por sua vez, é um aliado do
Hamas no conflito com Israel.
É difícil aquilatar a importância relativa do conflito árabe com o Estado de Israel e, dentro dele, a questão Palestina na crise atual do Oriente Médio. Boa parte dos processos internos e inclusive dos conflitos externos no mundo muçulmano independe da existência desse conflito. Por outro lado, seu papel no discurso de legitimação — tanto interno como externo — dos diferentes governos, grupos políticos e correntes ideológicas, como a Irmandade Muçulmana, a Al-Qaeda e o ISIS, não pode ser ignorado.
Bernardo Sorj. Decifrando a crise no Oriente Médio. In: Revista Política Externa. São Paulo: KPM Editora, vol. 23, mar./2015 (com adaptações)
Tendo o texto acima como referência inicial, julgue (C ou E) o seguinte item, relativos à situação política no Oriente Médio e no mundo islâmico em geral.
A Irmandade Muçulmana contou com apoio irrestrito das
autoridades sauditas nas últimas décadas, apesar de sua
oposição à intervenção norte-americana no Kuwait e, depois,
no Iraque. Entretanto, os sauditas apoiaram a deposição de sua
liderança no Egito quando ela sinalizou sua disposição em
dialogar com o Irã e, em 2015, o governo saudita declarou a
Irmandade Muçulmana uma organização terrorista.