Questões de Serviço Social - Serviço Social na Saúde para Concurso
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O assistente social de uma unidade de saúde atendeu à paciente Odete, senhora com oitenta anos de idade, com diagnósticos de hipertensão, diabetes e depressão leve. Durante o atendimento, o profissional percebeu que havia sinais indicativos de violência doméstica, que foi confirmada pela mulher após alguns minutos de conversa. Ela relatou que havia passado por diversos episódios de maus-tratos cometidos por seu único filho, um homem de cinquenta anos de idade, com quem ela residia.
Cabe ao assistente social em questão intervir de forma isolada no caso da paciente Odete, mediante a descrição e enumeração da problemática, e da identificação de recursos para seu enfrentamento.
Apesar de a literatura registrar o início do Serviço Social em saúde mental no Brasil como sendo em 1946, nos primeiros trinta anos de sua existência, não havia muitos assistentes sociais trabalhando na área psiquiátrica em clínicas, hospitais e manicômios.
Analise as afirmativas apresentadas sobre as razões da pouca inserção de assistentes sociais na área de saúde mental naquele período e marque a alternativa CORRETA.
I. Havia poucos hospícios estatais. Eles atendiam um grande número de pacientes, na maioria indigentes ou crônicos abandonados pela família. Trabalhavam poucos assistentes sociais em cada hospício.
II. Havia pouco interesse profissional pela área de saúde mental, tendo em vista a baixa remuneração e a desvalorização do trabalho.
III. Havia hospitais gerais e psiquiátricos para trabalhadores e seus dependentes, pertencentes à rede dos institutos e aposentadoria e pensões (IAPs), os quais entendiam que os assistentes sociais eram desnecessários.
IV. Havia poucas clínicas psiquiátricas privadas, que se destinavam ao atendimento das pessoas mais ricas, e que não empregavam assistentes sociais.
Ao analisar a trajetória do Serviço Social na área da saúde, principalmente a partir dos anos noventa, identifica-se que alguns desafios estão postos na atualidade. Considera-se que os dois projetos existentes na saúde, estão em disputa: o projeto da Reforma Sanitária X o projeto privatista (BRAVO, 1999). O atual governo ora fortalece o primeiro projeto, ora mantém a focalização e o desfinanciamento, características do segundo. Percebe-se, entretanto, uma ênfase maior no projeto privatista. O Serviço Social não passa ao largo dessa tensão. As duas tendências que atravessam a profissão, nesse momento, são a intenção de ruptura e a conservação dessa tendência. Na área da saúde, onde esse embate claramente se expressa, a crítica ao projeto hegemônico da profissão passa pela(o)
I. reatualização do discurso da cisão entre o estudo teórico e a intervenção.
II. crença na existência de políticas públicas eficazes e eficientes.
III. necessidade da construção de um saber específico na área, que caminha tanto para a negação da formação original em Serviço Social ou deslancha para um trato exclusivo de estudos na perspectiva da divisão clássica da prática médica.
IV. resgate, no exercício profissional, de um privilégio da intervenção no âmbito das tensões produzidas subjetivamente pelos sujeitos, que tem sido autodenominada pelos seus executores como Serviço Social Clínico.
Assinale a alternativa CORRETA.