Avaliação da aprendizagem
Durante muito tempo, a avaliação foi usada como instrumento
para classificar e rotular os alunos entre os bons, os que dão
trabalho e os que não têm jeito. A prova bimestral, por exemplo,
servia como uma ameaça à turma. Felizmente, esse modelo
ficou ultrapassado e, atualmente, a avaliação é vista como uma
das mais importantes ferramentas à disposição dos professores
para alcançar o principal objetivo da escola: fazer todos os
estudantes avançarem. Ou seja, o importante hoje é encontrar
caminhos para medir a qualidade do aprendizado da garotada e
oferecer alternativas para uma evolução mais segura.
Mas como não sofrer com esse aspecto tão importante do dia a
dia? Antes de mais nada, é preciso ter em mente que não há
certo ou errado, porém elementos que melhor se adaptam a
cada situação didática. Observar, aplicar provas, solicitar
redações e anotar o desempenho dos alunos durante um
seminário são apenas alguns dos jeitos de avaliar. E todos
podem ser usados em sala de aula, conforme a intenção do
trabalho. Os especialistas, aliás, dizem que o ideal é mesclá-los,
adaptando-os não apenas aos objetivos do educador mas
também às necessidades de cada turma.
"A avaliação deve ser encarada como reorientação para uma
aprendizagem melhor e para a melhoria do sistema de ensino",
resume Mere Abramowicz, da Pontifícia Universidade Católica de
São Paulo. Daí a importância de pensar e planejar muito antes de
propor um debate ou um trabalho em grupo. É por isso que, no
limite, você pode adotar, por sua conta, modelos próprios de
avaliar os estudantes, como explica Mere. "Felizmente, existem
educadores que conseguem colocar em prática suas propostas,
às vezes até transgredindo uma sistemática tradicional. Em
qualquer processo de avaliação da aprendizagem, há um foco no
individual e no coletivo.
Mas é preciso levar em consideração que os dois protagonistas
são o professor e o aluno - o primeiro tem de identificar
exatamente o que quer e o segundo, se colocar como parceiro.
"É por isso, diz ela, que a negociação adquire importância ainda
maior". Em outras palavras, discutir os critérios de avaliação de
forma coletiva sempre ajuda a obter resultados melhores para
todos. "Cabe ao professor listar os conteúdos realmente
importantes, informá-los aos alunos e evitar mudanças sem
necessidade", completa Léa Depresbiteris, especialista em
Tecnologia Educacional e Psicologia Escolar.
Adaptado. Disponível em: http://bit.ly/2mYFzJa (acesso em
26/09/2019)