Questões de Concurso Público Prefeitura de Água Branca - AL 2020 para Controlador Interno
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I. Embora não seja obrigatório, o estabelecimento de processo seletivo para o preenchimento de cargos de direção e funções de confiança é uma prática que deve ser incentivada, na perspectiva do autor do texto. Ele defende, ainda, que essa prática permite ampliar as possibilidades de seleção de profissionais que detenham as capacidades procuradas pela organização. II. As competências de cada unidade organizacional devem ser claras e conhecidas, por meio da publicação de um regimento ou estatuto interno e um cronograma, que especifiquem os níveis hierárquicos e as responsabilidades dos ocupantes dos principais cargos, de acordo com o texto. III. De acordo com o texto, em uma instituição pública, a ética está diretamente relacionada com a qualidade de vida dos servidores que ali atuam. No entanto, afirma o texto, não basta apenas aos servidores conhecer os princípios éticos, é necessário desapegar-se deles no seu comportamento diário.
Marque a alternativa CORRETA:
I. O texto recomenda que a inclusão de padrões de integridade como critério para seleção, avaliação e promoção de pessoal é uma medida bastante desejável em uma instituição pública. II. A percepção de que o comportamento íntegro é reconhecido pela organização pode estimular sua internalização pelos colaboradores, de acordo com o texto. III. O texto afirma que as qualificações necessárias ou desejáveis para a ocupação dos cargos de direção em uma entidade pública devem estar previamente definidas e devem ser divulgadas, para que interessados, especialmente servidores, tenham conhecimento sobre as exigências e expectativas e evitem se preparar para eventuais oportunidades.
Marque a alternativa CORRETA:
I. O servidor nunca deve deixar uma pessoa esperando pelo atendimento, ainda que o servidor esteja ocupado realizando uma atividade que não é do interesse direto do cidadão, de acordo com o texto. II. No atendimento ao usuário dos serviços públicos, é desejável que o servidor evite chamar o cidadão pelo nome, de acordo com o texto.
Marque a alternativa CORRETA:
I. O servidor público deve atender bem qualquer pessoa que se dirigir à instituição, de acordo com o texto.
II. O ideal é que o cidadão conte a experiência positiva e sinta-se especial após ser atendido na instituição, afirma o texto. Assim, um bom atendimento não só garante a satisfação do usuário, como também fortalece a imagem da entidade, de acordo com o texto.
Marque a alternativa CORRETA:
Marque a alternativa CORRETA:
I. O usuário dos serviços nunca deve sair da instituição com a impressão de que foi mal atendido, pois quem é mal atendido vai contar a péssima impressão para outra pessoa, se sentirá menosprezado e menos importante, de acordo com o texto. II. Para quem espera, um minuto torna-se uma eternidade, afirma o texto. Frequentemente, após ter sido inicialmente atendida, a pessoa costuma aguardar com mais calma pela próxima etapa do atendimento, de acordo com o texto.
Marque a alternativa CORRETA:
EDUCAÇÃO E REPRODUÇÃO SOCIAL
O atual sistema educacional brasileiro, e assim parece ser o de todos os demais países, gira em torno de uma demanda social sustentada pelo cenário político, social e econômico ao qual estamos todos submetidos. O sistema de valoração, ou seja, os valores que norteiam a forma como separamos as coisas com as quais entramos em contato em função de atributos que consideramos desejáveis ou repulsivos, assim como toda a hierarquia social, parece estar enviesado por esse mesmo caminho. Logo, não é de se espantar que os métodos educacionais estejam, em sua maior parte, direcionados para suprir essa demanda explícita da aquisição do poder imediato que a condição monetária nos proporciona. Mas assim como todo modelo hierárquico e linear, a demanda pela ascensão excede as possibilidades disponíveis, o que torna a escalada social exaustiva e exponencialmente custosa.
Aqui há um fator de diferenciação explícito: aqueles que possuem meios (econômicos), disposição, tempo e maior afinidade com aquilo que é mais valorizado conseguem ascender dentro da hierarquia estabelecida, enquanto os demais passam a ter de sacrificar o próprio bem-estar em nome da promessa de uma melhor posição econômica e social. Nesse contexto, o ensino institucional acaba sendo uma das ferramentas mais eficazes de manutenção dessa realidade.
Autores como Pierre Bourdieu e Jean-Claude Passeron, em sua obra “A reprodução: Elementos para uma teoria do sistema de ensino”, buscaram evidências para mostrar que a escola e todo o sistema de ensino moderno existem como ferramenta de manutenção dos paradigmas sociais estabelecidos, passando por cima ou excluindo os diferentes e neutralizando as diferenças. Os autores baseiam-se no conceito de “violência simbólica”, isto é, o ato de imposição arbitrária do sistema simbólico da cultura dominante sobre os demais sujeitos.
Para Bourdieu e Passeron, o processo educativo baseia-se na ação pedagógica, que seria a manifestação integral da violência simbólica. Isso quer dizer que a ação pedagógica seria o meio pelo qual as instituições de ensino subjugam o sujeito e sua individualidade, obrigando-o a se posicionar no mundo social em conformidade com as noções preestabelecidas pelo pensamento ou cultura dominante.
Esse processo, no entanto, só é possível mediante a ação de uma autoridade pedagógica, que, no caso da educação institucional, está representada no professor e no ambiente escolar. É a figura da autoridade pedagógica que passa legitimidade para o processo de ensino e naturaliza a violência simbólica da ação pedagógica. Essa figura também pode estar representada em outros campos do meio social. A Igreja, por exemplo, em razão da autoridade que a religião lhe concede, é também uma autoridade pedagógica que incute valores nos indivíduos que fazem parte do convívio comum. Portanto, a figura da autoridade pedagógica conta sempre com a legitimação do meio social, tendo sempre como objetivo manter o valor social da ação.
Nesse sentido, segundo os autores, toda ação pedagógica é ato de violência simbólica ao tentar caminhar para a hegemonização cultural tendo como base o sistema simbólico do grupo dominante da sociedade. Diante disso, Bourdieu e Passeron também se preocuparam em demonstrar que, dentro do processo de educação, aqueles que estão mais ajustados ao modelo cultural imposto são os que conseguem manter maiores chances de inclusão social naquele meio específico. Já os que apresentam comportamento desviante acabam sofrendo sanções de cunho social, sendo excluídos do convívio ou marginalizados.
A partir dessas observações, os autores concluem que a reprodução social é uma condição fundamental para a existência de um sistema com base na dominação, de modo que, para que os moldes existentes de uma organização social permaneçam, é necessário que as instituições educadoras tornem-se cada vez mais eficazes agentes de reprodução social.
(OLIVEIRA, Lucas. Educação e reprodução social. Disponível em:
http://bit.ly/2IYdLg4)
I. Pode-se dizer, a partir da concepção apresentada no texto, que o professor é uma figura de autoridade e legitimada para ser um mediador do conhecimento. Por conseguinte, um reprodutor da violência simbólica que torna o estudante um ser crítico e causador das mudanças no espaço em que vive. II. O texto elucida que a escola é um mecanismo de reprodução social da realidade. Portanto, aqueles que possuem meios (econômicos), disposição, tempo e maior afinidade com aquilo que é mais valorizado conseguem ascender dentro da hierarquia estabelecida, enquanto os demais passam a ter de sacrificar o próprio bem-estar em nome da promessa de uma melhor posição econômica e social.
Marque a alternativa CORRETA:
EDUCAÇÃO E REPRODUÇÃO SOCIAL
O atual sistema educacional brasileiro, e assim parece ser o de todos os demais países, gira em torno de uma demanda social sustentada pelo cenário político, social e econômico ao qual estamos todos submetidos. O sistema de valoração, ou seja, os valores que norteiam a forma como separamos as coisas com as quais entramos em contato em função de atributos que consideramos desejáveis ou repulsivos, assim como toda a hierarquia social, parece estar enviesado por esse mesmo caminho. Logo, não é de se espantar que os métodos educacionais estejam, em sua maior parte, direcionados para suprir essa demanda explícita da aquisição do poder imediato que a condição monetária nos proporciona. Mas assim como todo modelo hierárquico e linear, a demanda pela ascensão excede as possibilidades disponíveis, o que torna a escalada social exaustiva e exponencialmente custosa.
Aqui há um fator de diferenciação explícito: aqueles que possuem meios (econômicos), disposição, tempo e maior afinidade com aquilo que é mais valorizado conseguem ascender dentro da hierarquia estabelecida, enquanto os demais passam a ter de sacrificar o próprio bem-estar em nome da promessa de uma melhor posição econômica e social. Nesse contexto, o ensino institucional acaba sendo uma das ferramentas mais eficazes de manutenção dessa realidade.
Autores como Pierre Bourdieu e Jean-Claude Passeron, em sua obra “A reprodução: Elementos para uma teoria do sistema de ensino”, buscaram evidências para mostrar que a escola e todo o sistema de ensino moderno existem como ferramenta de manutenção dos paradigmas sociais estabelecidos, passando por cima ou excluindo os diferentes e neutralizando as diferenças. Os autores baseiam-se no conceito de “violência simbólica”, isto é, o ato de imposição arbitrária do sistema simbólico da cultura dominante sobre os demais sujeitos.
Para Bourdieu e Passeron, o processo educativo baseia-se na ação pedagógica, que seria a manifestação integral da violência simbólica. Isso quer dizer que a ação pedagógica seria o meio pelo qual as instituições de ensino subjugam o sujeito e sua individualidade, obrigando-o a se posicionar no mundo social em conformidade com as noções preestabelecidas pelo pensamento ou cultura dominante.
Esse processo, no entanto, só é possível mediante a ação de uma autoridade pedagógica, que, no caso da educação institucional, está representada no professor e no ambiente escolar. É a figura da autoridade pedagógica que passa legitimidade para o processo de ensino e naturaliza a violência simbólica da ação pedagógica. Essa figura também pode estar representada em outros campos do meio social. A Igreja, por exemplo, em razão da autoridade que a religião lhe concede, é também uma autoridade pedagógica que incute valores nos indivíduos que fazem parte do convívio comum. Portanto, a figura da autoridade pedagógica conta sempre com a legitimação do meio social, tendo sempre como objetivo manter o valor social da ação.
Nesse sentido, segundo os autores, toda ação pedagógica é ato de violência simbólica ao tentar caminhar para a hegemonização cultural tendo como base o sistema simbólico do grupo dominante da sociedade. Diante disso, Bourdieu e Passeron também se preocuparam em demonstrar que, dentro do processo de educação, aqueles que estão mais ajustados ao modelo cultural imposto são os que conseguem manter maiores chances de inclusão social naquele meio específico. Já os que apresentam comportamento desviante acabam sofrendo sanções de cunho social, sendo excluídos do convívio ou marginalizados.
A partir dessas observações, os autores concluem que a reprodução social é uma condição fundamental para a existência de um sistema com base na dominação, de modo que, para que os moldes existentes de uma organização social permaneçam, é necessário que as instituições educadoras tornem-se cada vez mais eficazes agentes de reprodução social.
(OLIVEIRA, Lucas. Educação e reprodução social. Disponível em:
http://bit.ly/2IYdLg4)
I. Infere-se do texto que o ensino é o meio pelo qual os indivíduos podem ter acesso à porção da cultura hegemônica (currículo) selecionada pelas redes de ensino. Esse conhecimento instituído é o responsável pelo rompimento do próprio padrão hegemônico através de uma pedagogia libertadora, que é praticada pela maioria das escolas. II. Pode-se afirmar, de acordo com o texto, que a escola obedece a um sistema de reprodução social ao valorizar aquilo que é culturalmente aceito dentro de uma hierarquia estabelecida.
Marque a alternativa CORRETA:
EDUCAÇÃO E REPRODUÇÃO SOCIAL
O atual sistema educacional brasileiro, e assim parece ser o de todos os demais países, gira em torno de uma demanda social sustentada pelo cenário político, social e econômico ao qual estamos todos submetidos. O sistema de valoração, ou seja, os valores que norteiam a forma como separamos as coisas com as quais entramos em contato em função de atributos que consideramos desejáveis ou repulsivos, assim como toda a hierarquia social, parece estar enviesado por esse mesmo caminho. Logo, não é de se espantar que os métodos educacionais estejam, em sua maior parte, direcionados para suprir essa demanda explícita da aquisição do poder imediato que a condição monetária nos proporciona. Mas assim como todo modelo hierárquico e linear, a demanda pela ascensão excede as possibilidades disponíveis, o que torna a escalada social exaustiva e exponencialmente custosa.
Aqui há um fator de diferenciação explícito: aqueles que possuem meios (econômicos), disposição, tempo e maior afinidade com aquilo que é mais valorizado conseguem ascender dentro da hierarquia estabelecida, enquanto os demais passam a ter de sacrificar o próprio bem-estar em nome da promessa de uma melhor posição econômica e social. Nesse contexto, o ensino institucional acaba sendo uma das ferramentas mais eficazes de manutenção dessa realidade.
Autores como Pierre Bourdieu e Jean-Claude Passeron, em sua obra “A reprodução: Elementos para uma teoria do sistema de ensino”, buscaram evidências para mostrar que a escola e todo o sistema de ensino moderno existem como ferramenta de manutenção dos paradigmas sociais estabelecidos, passando por cima ou excluindo os diferentes e neutralizando as diferenças. Os autores baseiam-se no conceito de “violência simbólica”, isto é, o ato de imposição arbitrária do sistema simbólico da cultura dominante sobre os demais sujeitos.
Para Bourdieu e Passeron, o processo educativo baseia-se na ação pedagógica, que seria a manifestação integral da violência simbólica. Isso quer dizer que a ação pedagógica seria o meio pelo qual as instituições de ensino subjugam o sujeito e sua individualidade, obrigando-o a se posicionar no mundo social em conformidade com as noções preestabelecidas pelo pensamento ou cultura dominante.
Esse processo, no entanto, só é possível mediante a ação de uma autoridade pedagógica, que, no caso da educação institucional, está representada no professor e no ambiente escolar. É a figura da autoridade pedagógica que passa legitimidade para o processo de ensino e naturaliza a violência simbólica da ação pedagógica. Essa figura também pode estar representada em outros campos do meio social. A Igreja, por exemplo, em razão da autoridade que a religião lhe concede, é também uma autoridade pedagógica que incute valores nos indivíduos que fazem parte do convívio comum. Portanto, a figura da autoridade pedagógica conta sempre com a legitimação do meio social, tendo sempre como objetivo manter o valor social da ação.
Nesse sentido, segundo os autores, toda ação pedagógica é ato de violência simbólica ao tentar caminhar para a hegemonização cultural tendo como base o sistema simbólico do grupo dominante da sociedade. Diante disso, Bourdieu e Passeron também se preocuparam em demonstrar que, dentro do processo de educação, aqueles que estão mais ajustados ao modelo cultural imposto são os que conseguem manter maiores chances de inclusão social naquele meio específico. Já os que apresentam comportamento desviante acabam sofrendo sanções de cunho social, sendo excluídos do convívio ou marginalizados.
A partir dessas observações, os autores concluem que a reprodução social é uma condição fundamental para a existência de um sistema com base na dominação, de modo que, para que os moldes existentes de uma organização social permaneçam, é necessário que as instituições educadoras tornem-se cada vez mais eficazes agentes de reprodução social.
(OLIVEIRA, Lucas. Educação e reprodução social. Disponível em:
http://bit.ly/2IYdLg4)
I. Ao afirmar que Boudieu e Passeron também se preocuparam em demonstrar que, dentro do processo de educação, aqueles que estão mais ajustados ao modelo cultural imposto são os que conseguem manter maiores chances de inclusão social naquele meio específico, o autor do texto propõe uma ligação com pressupostos marxistas citados no primeiro parágrafo do texto. II. Como mostra o texto, Bourdieu e Passeron concordam que toda ação pedagógica é um ato de violência simbólica e o professor, o responsável por romper um sistema fadado à reprodução de padrões culturais eleitos pela classe dominante.
Marque a alternativa CORRETA:
EDUCAÇÃO E REPRODUÇÃO SOCIAL
O atual sistema educacional brasileiro, e assim parece ser o de todos os demais países, gira em torno de uma demanda social sustentada pelo cenário político, social e econômico ao qual estamos todos submetidos. O sistema de valoração, ou seja, os valores que norteiam a forma como separamos as coisas com as quais entramos em contato em função de atributos que consideramos desejáveis ou repulsivos, assim como toda a hierarquia social, parece estar enviesado por esse mesmo caminho. Logo, não é de se espantar que os métodos educacionais estejam, em sua maior parte, direcionados para suprir essa demanda explícita da aquisição do poder imediato que a condição monetária nos proporciona. Mas assim como todo modelo hierárquico e linear, a demanda pela ascensão excede as possibilidades disponíveis, o que torna a escalada social exaustiva e exponencialmente custosa.
Aqui há um fator de diferenciação explícito: aqueles que possuem meios (econômicos), disposição, tempo e maior afinidade com aquilo que é mais valorizado conseguem ascender dentro da hierarquia estabelecida, enquanto os demais passam a ter de sacrificar o próprio bem-estar em nome da promessa de uma melhor posição econômica e social. Nesse contexto, o ensino institucional acaba sendo uma das ferramentas mais eficazes de manutenção dessa realidade.
Autores como Pierre Bourdieu e Jean-Claude Passeron, em sua obra “A reprodução: Elementos para uma teoria do sistema de ensino”, buscaram evidências para mostrar que a escola e todo o sistema de ensino moderno existem como ferramenta de manutenção dos paradigmas sociais estabelecidos, passando por cima ou excluindo os diferentes e neutralizando as diferenças. Os autores baseiam-se no conceito de “violência simbólica”, isto é, o ato de imposição arbitrária do sistema simbólico da cultura dominante sobre os demais sujeitos.
Para Bourdieu e Passeron, o processo educativo baseia-se na ação pedagógica, que seria a manifestação integral da violência simbólica. Isso quer dizer que a ação pedagógica seria o meio pelo qual as instituições de ensino subjugam o sujeito e sua individualidade, obrigando-o a se posicionar no mundo social em conformidade com as noções preestabelecidas pelo pensamento ou cultura dominante.
Esse processo, no entanto, só é possível mediante a ação de uma autoridade pedagógica, que, no caso da educação institucional, está representada no professor e no ambiente escolar. É a figura da autoridade pedagógica que passa legitimidade para o processo de ensino e naturaliza a violência simbólica da ação pedagógica. Essa figura também pode estar representada em outros campos do meio social. A Igreja, por exemplo, em razão da autoridade que a religião lhe concede, é também uma autoridade pedagógica que incute valores nos indivíduos que fazem parte do convívio comum. Portanto, a figura da autoridade pedagógica conta sempre com a legitimação do meio social, tendo sempre como objetivo manter o valor social da ação.
Nesse sentido, segundo os autores, toda ação pedagógica é ato de violência simbólica ao tentar caminhar para a hegemonização cultural tendo como base o sistema simbólico do grupo dominante da sociedade. Diante disso, Bourdieu e Passeron também se preocuparam em demonstrar que, dentro do processo de educação, aqueles que estão mais ajustados ao modelo cultural imposto são os que conseguem manter maiores chances de inclusão social naquele meio específico. Já os que apresentam comportamento desviante acabam sofrendo sanções de cunho social, sendo excluídos do convívio ou marginalizados.
A partir dessas observações, os autores concluem que a reprodução social é uma condição fundamental para a existência de um sistema com base na dominação, de modo que, para que os moldes existentes de uma organização social permaneçam, é necessário que as instituições educadoras tornem-se cada vez mais eficazes agentes de reprodução social.
(OLIVEIRA, Lucas. Educação e reprodução social. Disponível em:
http://bit.ly/2IYdLg4)
I. Bourdieu e Passeron concordam, segundo o texto, que toda ação pedagógica é um ato de “violência simbólica”. Nesse contexto, o sistema de ensino seria o responsável por desconstruir os padrões impostos pela sociedade e promover uma pedagogia da libertação. II. Apesar de ser um mecanismo criado com base na dominação cultural, a reprodução social, segundo o texto, é o único recurso que permite a um indivíduo ascender socialmente. Ou seja, quanto mais distante dessa “violência simbólica” maiores serão as chances de mudança da condição social.
Marque a alternativa CORRETA:
EDUCAÇÃO E REPRODUÇÃO SOCIAL
O atual sistema educacional brasileiro, e assim parece ser o de todos os demais países, gira em torno de uma demanda social sustentada pelo cenário político, social e econômico ao qual estamos todos submetidos. O sistema de valoração, ou seja, os valores que norteiam a forma como separamos as coisas com as quais entramos em contato em função de atributos que consideramos desejáveis ou repulsivos, assim como toda a hierarquia social, parece estar enviesado por esse mesmo caminho. Logo, não é de se espantar que os métodos educacionais estejam, em sua maior parte, direcionados para suprir essa demanda explícita da aquisição do poder imediato que a condição monetária nos proporciona. Mas assim como todo modelo hierárquico e linear, a demanda pela ascensão excede as possibilidades disponíveis, o que torna a escalada social exaustiva e exponencialmente custosa.
Aqui há um fator de diferenciação explícito: aqueles que possuem meios (econômicos), disposição, tempo e maior afinidade com aquilo que é mais valorizado conseguem ascender dentro da hierarquia estabelecida, enquanto os demais passam a ter de sacrificar o próprio bem-estar em nome da promessa de uma melhor posição econômica e social. Nesse contexto, o ensino institucional acaba sendo uma das ferramentas mais eficazes de manutenção dessa realidade.
Autores como Pierre Bourdieu e Jean-Claude Passeron, em sua obra “A reprodução: Elementos para uma teoria do sistema de ensino”, buscaram evidências para mostrar que a escola e todo o sistema de ensino moderno existem como ferramenta de manutenção dos paradigmas sociais estabelecidos, passando por cima ou excluindo os diferentes e neutralizando as diferenças. Os autores baseiam-se no conceito de “violência simbólica”, isto é, o ato de imposição arbitrária do sistema simbólico da cultura dominante sobre os demais sujeitos.
Para Bourdieu e Passeron, o processo educativo baseia-se na ação pedagógica, que seria a manifestação integral da violência simbólica. Isso quer dizer que a ação pedagógica seria o meio pelo qual as instituições de ensino subjugam o sujeito e sua individualidade, obrigando-o a se posicionar no mundo social em conformidade com as noções preestabelecidas pelo pensamento ou cultura dominante.
Esse processo, no entanto, só é possível mediante a ação de uma autoridade pedagógica, que, no caso da educação institucional, está representada no professor e no ambiente escolar. É a figura da autoridade pedagógica que passa legitimidade para o processo de ensino e naturaliza a violência simbólica da ação pedagógica. Essa figura também pode estar representada em outros campos do meio social. A Igreja, por exemplo, em razão da autoridade que a religião lhe concede, é também uma autoridade pedagógica que incute valores nos indivíduos que fazem parte do convívio comum. Portanto, a figura da autoridade pedagógica conta sempre com a legitimação do meio social, tendo sempre como objetivo manter o valor social da ação.
Nesse sentido, segundo os autores, toda ação pedagógica é ato de violência simbólica ao tentar caminhar para a hegemonização cultural tendo como base o sistema simbólico do grupo dominante da sociedade. Diante disso, Bourdieu e Passeron também se preocuparam em demonstrar que, dentro do processo de educação, aqueles que estão mais ajustados ao modelo cultural imposto são os que conseguem manter maiores chances de inclusão social naquele meio específico. Já os que apresentam comportamento desviante acabam sofrendo sanções de cunho social, sendo excluídos do convívio ou marginalizados.
A partir dessas observações, os autores concluem que a reprodução social é uma condição fundamental para a existência de um sistema com base na dominação, de modo que, para que os moldes existentes de uma organização social permaneçam, é necessário que as instituições educadoras tornem-se cada vez mais eficazes agentes de reprodução social.
(OLIVEIRA, Lucas. Educação e reprodução social. Disponível em:
http://bit.ly/2IYdLg4)
I. Depreende-se do texto que a ação pedagógica é o meio pelo qual os indivíduos podem ter acesso ao recorte do conhecimento instituído pelos sistemas de ensino e que lhes permite se posicionar no mundo social em conformidade com as noções preestabelecidas pelo pensamento ou cultura dominante. II. A “violência simbólica”, como sugere o texto, concretiza-se por meio da ação pedagógica. E a escola é o mecanismo que consiste na manutenção dos paradigmas sociais estabelecidos, passando por cima ou excluindo os diferentes e neutralizando as diferenças.
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