Questões de Concurso Público Prefeitura de Pariconha - AL 2020 para Enfermeiro

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Q1507280 Português
Vigilância e território

É no território, onde acontecem as relações de vida e trabalho, que a determinação social do processo de saúde e de doença se operacionaliza por meio da organização dos serviços de saúde em redes de Vigilância em Saúde. Essas redes se configuram em ambientes participativos e intersetoriais que possibilitam um ciclo contínuo de compreensão das possibilidades de riscos e de resiliência de problemas relacionados à vigilância sanitária, epidemiológica, de saúde ambiental e de saúde do trabalhador. O resultado deste processo se configura em elaborar um mapa de intervenção sobre os condicionantes, os riscos e os impactos à saúde. 

Ao considerar os aspectos de natureza econômica, social, ambiental, cultural, política e suas mediações, a Vigilância em Saúde amplia e empodera a sua capacidade de identificar onde e como devem ser feitas as intervenções de maior impacto no território. 

O conceito de território oferece uma possibilidade da observação das dinâmicas das situações de risco e das atividades humanas nele materializados, com uma historicidade e mobilidade intercambiadas com cenários mais amplos e trajetórias da população e seus modos de reprodução, as quais são dadas por fluxos e configurações demográficas relacionadas aos modos de desenvolvimento regionais.

Os casos e as situações de risco, os quais são objetos concretos da Vigilância em Saúde, operam uma interconexão de territórios, estabelecendo redes de vigilância sanitária articuladoras das diferentes abordagens da Vigilância em Saúde. Tendo, além da expressão local, uma configuração articulada com outros territórios, transpondo, assim, fronteiras de um determinado local, oferecendo e absorvendo informações da dinâmica de determinação, condicionamentos e nexos causais dos casos e situações de risco em foco.

O território na Vigilância em Saúde responde às interações espaciais configuradas por problemas sanitários que conectam distintos territórios, por fluxos de cadeias produtivas e distributivas de produtos de interesse sanitário e pela vigilância de situações de risco similares. 

Adaptado. Fonte: http://bit.ly/2ML3aXw.
Com base no texto 'Vigilância e território', leia as afirmativas a seguir:
I. Os profissionais que atuam nas ações e projetos de Vigilância em Saúde devem possuir formação em nível superior e profundo conhecimento do território de atuação, assim como devem demonstrar domínio de ferramentas de informática, de acordo com o texto. II. É no território, onde acontecem as relações de vida e trabalho, que a determinação social do processo de saúde e de doença se operacionaliza por meio da organização dos serviços de saúde em redes de Vigilância em Saúde, de acordo com o texto.
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Alternativas
Q1507282 Matemática
Leia as afirmativas a seguir:
I. Há duas semanas, o preço do produto X era de R$ 3,1. Há uma semana, seu preço era de R$ 3,4. Atualmente, seu preço é R$ 2,2. Assim, considerando apenas as informações apresentadas, é correto afirmar que o preço médio desse produto, no período considerado, é superior a R$ 3,05. II. Um terreno em formato de triângulo possui as seguintes dimensões: 94m de base e 100m de altura. Esse terreno foi vendido a um preço equivalente a R$ 223 por metro quadrado. No entanto, no momento da venda, o comprador conseguiu obter um desconto de 8% sobre o preço total do terreno. Assim, considerando exclusivamente as informações apresentadas, é correto afirmar que o valor final pago pelo comprador foi superior a R$ 904.751. III. Um capital de R$ 5.750, aplicado a juros de 4,5% ao mês, por um período de 2 meses, resultará em um montante maior que R$ 6.501 e menor que R$ 6.933, no período.
Marque a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q1507283 Matemática
Leia as afirmativas a seguir:
I. Um terreno, em formato de triângulo, possui as seguintes dimensões: 103m de base e 97m de altura. Esse terreno foi vendido a um preço equivalente a R$ 244 por metro quadrado. No entanto, no momento da venda, o comprador conseguiu obter um desconto de 14% sobre o seu preço total. Assim, considerando exclusivamente as informações apresentadas, é correto afirmar que o valor final pago pelo comprador foi inferior a R$ 988.255. II. Um capital de R$ 3.500, aplicado a juros de 5,5% ao mês, por um período de 5 meses, resultará em um montante maior que R$ 4.810, no período. III. Uma empresa comprou de um fornecedor 432 unidades do item 1 ao preço de R$ 41 por item; 264 unidades do item 2 ao preço de R$ 33,9 por item; e 256 unidades do item 3 ao preço de R$ 29,7 por item. Ao final, o fornecedor concedeu um desconto de 17% sobre o valor total da venda. Assim, considerando exclusivamente as informações apresentadas, é correto afirmar que o valor final pago pelo cliente, após o desconto, é superior a R$ 28.780.
Marque a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q1507284 Matemática
Leia as afirmativas a seguir:
I. Um capital de R$ 3.250, aplicado a juros de 5% ao mês, por um período de 4 meses, resultará em um montante maior que R$ 3.902 e menor que R$ 3.989, no período. II. No mês de janeiro, a empresa X realizou 5 vendas cujos valores eram, respectivamente, de: R$ 48.200, R$ 36.900, R$ 41.900, R$ 25.000 e R$ 50.100. O imposto inicialmente devido por essa empresa, nesse período, representava 4% do faturamento. No entanto, essa entidade obteve um benefício fiscal e seu imposto foi reduzido para 2%. Assim, considerando exclusivamente as informações apresentadas, é correto afirmar que essa empresa economizou, em impostos, um valor superior a R$ 3.922 e inferior a R$ 4.170, no período. III. Um pintor experiente gasta 2 galões de tinta para pintar uma parede de 45m², em média. Um galão contem 3,6L de tinta. Assim, considerando apenas as informações apresentadas, é correto afirmar que, para pintar uma parede de 135m², serão necessários mais de 19,5 litros de tinta.
Marque a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q1507285 Matemática
Leia as afirmativas a seguir:
I. Os preços da gasolina em um posto de combustível nos últimos 5 meses foram, respectivamente, os seguintes: R$ 3,95 (mês 1), R$ 3,86 (mês 2), R$ 4,01 (mês 3), R$ 3,97 (mês 4) e R$ 4,04 (mês 5). Assim, considerando exclusivamente os dados apresentados, é correto afirmar que o preço da gasolina apresentou um aumento de mais de 2,48% sobre a média dos preços nos meses 1 a 4. II. Uma empresa comprou de um fornecedor 327 unidades do item 1 ao preço de R$ 36,5 por item; 213 unidades do item 2 ao preço de R$ 30,3 por item; e 229 unidades do item 3 ao preço de R$ 27,3 por item. Ao final, o fornecedor concedeu um desconto de 11% sobre o valor total da venda. Assim, considerando exclusivamente as informações apresentadas, é correto afirmar que o valor final pago pelo cliente, após o desconto, é inferior a R$ 22.305. III. Um capital de R$ 4.250, aplicado a juros de 1,5% ao mês, por um período de 2 meses, resultará em um montante menor que R$ 4.571, no período.
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Alternativas
Q1507286 Português
ARGENTINA
Por Lara Rizério
16 de dezembro de 2019

Medidas consideradas intervencionistas já eram esperadas logo nos primeiros dias de governo de Alberto Fernández, que tomou posse como presidente da Argentina no dia 10 de dezembro de 2019. E foi justamente o que aconteceu. 

No último fim de semana, ganharam as páginas dos jornais o decreto do governo, instituindo, além do aumento dos custos dos empregadores para demissão de funcionários, a elevação dos impostos sobre as exportações de soja e grãos, como forma de “enfrentar a grave situação das finanças públicas” do país (segundo destaca o documento). 

Com isso, o teto de taxação de 4 Pesos por Dólar definido pelo governo do ex-presidente Maurício Macri perde o efeito e as retenções ficam em 12%. O decreto de Fernández é aplicado parcialmente para o trigo, o milho e a soja, que voltarão à taxa de 12%. Para a soja, principal produto de exportação, o índice se somará aos 18% que já se pagavam. Desta forma, essa exportação será taxada com 30% de seu preço.

As tarifas de exportação da Argentina, em uma base de doze meses até novembro de 2019, representaram cerca de 1,6% do PIB do país, de acordo com cálculos feitos pelo Credit Suisse. O governo aposta que, com a elevação das tarifas, haja mais fundos para o seu pacote emergencial.

As medidas de Fernández, inclusive, têm o potencial de reverberar por aqui. Afinal, o país vizinho é o principal fornecedor de trigo para o Brasil – de acordo com o Ministério da Agricultura, mais de 80% da commodity utilizado pelas indústrias brasileiras vêm da Argentina. 

Desta forma, a princípio, o anúncio poderia representar mais uma fonte de pressão nos preços dos alimentos no Brasil, já que a elevação das cotações do trigo pode ser repassada para produtos que usam o insumo, como o pão francês. 

Vale destacar que, no mês de novembro de 2019, a inflação oficial brasileira medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou uma aceleração de 0,51% na comparação mensal, maior alta do mês desde 2015 e acima do esperado. Quem guiou esse resultado foi a carne, cujo preço disparou 8,09% de outubro para novembro de 2019 por conta da escassez de proteína animal na Ásia, onde a demanda por importações de carne suína, bovina e de frango aumentou. A peste suína africana está dizimando rebanhos, reduzindo a oferta e aumentando a exportação brasileira para a região.

Porém, conforme aponta a equipe de análise econômica da XP Investimentos, a dimensão do impacto da medida da Argentina sobre a inflação brasileira ainda é difícil de ser calculada, uma vez que o Brasil poderia redirecionar suas compras para outros países que também são grandes produtores do grão, como EUA e Canadá. 

EFEITO NAS EMPRESAS

Enquanto o cenário é incerto, algumas empresas brasileiras e associações já se pronunciaram. Foi o caso da Marfrig Global Foods (uma companhia de alimentos à base de proteína animal), que possui operações na Argentina e afirmou que a taxação para os produtos em geral não terá impacto material na geração de resultado da companhia. O governo argentino aumentou para 9% o imposto sobre as exportações de carne bovina. Antes, eram cobrados 3 Pesos por Dólar exportado.

A companhia destacou que a receita líquida da operação da empresa na Argentina representou apenas 3,6% da receita líquida consolidada no período acumulado até setembro de 2019, sendo que, desse montante, aproximadamente 50% é proveniente de vendas no mercado doméstico, o que minimiza o impacto da medida, enquanto outros 50% vieram de exportações.

“Aproximadamente 60% das receitas de exportações de carne bovina da Marfrig, na Argentina, foi para China, um dos destinos mais rentáveis do mundo dado o novo cenário global de proteínas”, destacou em comunicado. 

Por outro lado, com relação, especificamente, ao trigo e à soja, o efeito da elevação dos tributos será estimular agricultores argentinos a produzirem menos, conforme aponta a analista Michaela Kuhl, do Commerzbank. “Para agricultores, o imposto significa que eles ganham menos ao exportar seus produtos. Em geral, isso significa que produzirão menos dos produtos em questão”, destaca a analista.

Assim, qualquer recuo significativo na produção do país terá efeito nos mercados globais, já que o país é o maior exportador de farelo de soja e sexto maior exportador de trigo, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Adaptado. Fonte: http://bit.ly/2EyfGFu.
Com base no texto 'Argentina eleva taxas sobre exportação', leia as afirmativas a seguir:
I. A autora afirma que, a princípio, o anúncio do aumento das taxas pelo governo da Argentina poderia representar mais uma fonte de pressão nos preços dos alimentos no Brasil, já que a elevação das cotações do trigo pode ser repassada para produtos que usam o insumo, como o pão francês. II. Pode-se observar no texto que, na perspectiva de Michaela Kuhl, para os agricultores argentinos, o imposto significa que eles ganham menos ao exportar seus produtos e, em geral, isso significa que produzirão menos dos produtos afetados pela medida do governo da Argentina. III. Depreende-se do texto que, após o decreto do governo da Argentina, o teto de taxação de 2 Pesos por Dólar, definido pelo governo da ex-presidente Lara Rizério, perde o efeito e as retenções ficam em 12%. O texto afirma, ainda, que a nova política de tributação da Argentina deverá ter um impacto negativo sobre a produção das empresas brasileiras, pois reduzirá o custo de fabricação de produtos derivados de trigo no Brasil.
Marque a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q1507287 Português
ARGENTINA
Por Lara Rizério
16 de dezembro de 2019

Medidas consideradas intervencionistas já eram esperadas logo nos primeiros dias de governo de Alberto Fernández, que tomou posse como presidente da Argentina no dia 10 de dezembro de 2019. E foi justamente o que aconteceu. 

No último fim de semana, ganharam as páginas dos jornais o decreto do governo, instituindo, além do aumento dos custos dos empregadores para demissão de funcionários, a elevação dos impostos sobre as exportações de soja e grãos, como forma de “enfrentar a grave situação das finanças públicas” do país (segundo destaca o documento). 

Com isso, o teto de taxação de 4 Pesos por Dólar definido pelo governo do ex-presidente Maurício Macri perde o efeito e as retenções ficam em 12%. O decreto de Fernández é aplicado parcialmente para o trigo, o milho e a soja, que voltarão à taxa de 12%. Para a soja, principal produto de exportação, o índice se somará aos 18% que já se pagavam. Desta forma, essa exportação será taxada com 30% de seu preço.

As tarifas de exportação da Argentina, em uma base de doze meses até novembro de 2019, representaram cerca de 1,6% do PIB do país, de acordo com cálculos feitos pelo Credit Suisse. O governo aposta que, com a elevação das tarifas, haja mais fundos para o seu pacote emergencial.

As medidas de Fernández, inclusive, têm o potencial de reverberar por aqui. Afinal, o país vizinho é o principal fornecedor de trigo para o Brasil – de acordo com o Ministério da Agricultura, mais de 80% da commodity utilizado pelas indústrias brasileiras vêm da Argentina. 

Desta forma, a princípio, o anúncio poderia representar mais uma fonte de pressão nos preços dos alimentos no Brasil, já que a elevação das cotações do trigo pode ser repassada para produtos que usam o insumo, como o pão francês. 

Vale destacar que, no mês de novembro de 2019, a inflação oficial brasileira medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou uma aceleração de 0,51% na comparação mensal, maior alta do mês desde 2015 e acima do esperado. Quem guiou esse resultado foi a carne, cujo preço disparou 8,09% de outubro para novembro de 2019 por conta da escassez de proteína animal na Ásia, onde a demanda por importações de carne suína, bovina e de frango aumentou. A peste suína africana está dizimando rebanhos, reduzindo a oferta e aumentando a exportação brasileira para a região.

Porém, conforme aponta a equipe de análise econômica da XP Investimentos, a dimensão do impacto da medida da Argentina sobre a inflação brasileira ainda é difícil de ser calculada, uma vez que o Brasil poderia redirecionar suas compras para outros países que também são grandes produtores do grão, como EUA e Canadá. 

EFEITO NAS EMPRESAS

Enquanto o cenário é incerto, algumas empresas brasileiras e associações já se pronunciaram. Foi o caso da Marfrig Global Foods (uma companhia de alimentos à base de proteína animal), que possui operações na Argentina e afirmou que a taxação para os produtos em geral não terá impacto material na geração de resultado da companhia. O governo argentino aumentou para 9% o imposto sobre as exportações de carne bovina. Antes, eram cobrados 3 Pesos por Dólar exportado.

A companhia destacou que a receita líquida da operação da empresa na Argentina representou apenas 3,6% da receita líquida consolidada no período acumulado até setembro de 2019, sendo que, desse montante, aproximadamente 50% é proveniente de vendas no mercado doméstico, o que minimiza o impacto da medida, enquanto outros 50% vieram de exportações.

“Aproximadamente 60% das receitas de exportações de carne bovina da Marfrig, na Argentina, foi para China, um dos destinos mais rentáveis do mundo dado o novo cenário global de proteínas”, destacou em comunicado. 

Por outro lado, com relação, especificamente, ao trigo e à soja, o efeito da elevação dos tributos será estimular agricultores argentinos a produzirem menos, conforme aponta a analista Michaela Kuhl, do Commerzbank. “Para agricultores, o imposto significa que eles ganham menos ao exportar seus produtos. Em geral, isso significa que produzirão menos dos produtos em questão”, destaca a analista.

Assim, qualquer recuo significativo na produção do país terá efeito nos mercados globais, já que o país é o maior exportador de farelo de soja e sexto maior exportador de trigo, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Adaptado. Fonte: http://bit.ly/2EyfGFu.
Com base no texto 'Argentina eleva taxas sobre exportação', leia as afirmativas a seguir:
I. Conclui-se do texto que as medidas do governo da Argentina, consideradas intervencionistas, já eram esperadas logo nos primeiros dias de governo de Alberto Fernández, que tomou posse como presidente daquele país no dia 10 de dezembro de 2019. De acordo com o texto, essa expectativa foi confirmada. II. De acordo com o texto, recentemente, o governo da Argentina publicou um decreto instituindo, além do aumento dos custos dos empregadores para demissão de funcionários, a elevação dos impostos sobre as exportações de soja e grãos, como forma de enfrentar a grave situação das finanças públicas do país. III. A autora do texto diz que, no mês de novembro de 2019, a inflação oficial brasileira medida pelo IPCA e divulgada pelo IBGE mostrou uma aceleração de 0,51. Quem guiou esse resultado, de acordo com a autora, foi a carne, cujo preço disparou 8,09% de outubro para novembro de 2019.
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Alternativas
Q1507288 Português
ARGENTINA
Por Lara Rizério
16 de dezembro de 2019

Medidas consideradas intervencionistas já eram esperadas logo nos primeiros dias de governo de Alberto Fernández, que tomou posse como presidente da Argentina no dia 10 de dezembro de 2019. E foi justamente o que aconteceu. 

No último fim de semana, ganharam as páginas dos jornais o decreto do governo, instituindo, além do aumento dos custos dos empregadores para demissão de funcionários, a elevação dos impostos sobre as exportações de soja e grãos, como forma de “enfrentar a grave situação das finanças públicas” do país (segundo destaca o documento). 

Com isso, o teto de taxação de 4 Pesos por Dólar definido pelo governo do ex-presidente Maurício Macri perde o efeito e as retenções ficam em 12%. O decreto de Fernández é aplicado parcialmente para o trigo, o milho e a soja, que voltarão à taxa de 12%. Para a soja, principal produto de exportação, o índice se somará aos 18% que já se pagavam. Desta forma, essa exportação será taxada com 30% de seu preço.

As tarifas de exportação da Argentina, em uma base de doze meses até novembro de 2019, representaram cerca de 1,6% do PIB do país, de acordo com cálculos feitos pelo Credit Suisse. O governo aposta que, com a elevação das tarifas, haja mais fundos para o seu pacote emergencial.

As medidas de Fernández, inclusive, têm o potencial de reverberar por aqui. Afinal, o país vizinho é o principal fornecedor de trigo para o Brasil – de acordo com o Ministério da Agricultura, mais de 80% da commodity utilizado pelas indústrias brasileiras vêm da Argentina. 

Desta forma, a princípio, o anúncio poderia representar mais uma fonte de pressão nos preços dos alimentos no Brasil, já que a elevação das cotações do trigo pode ser repassada para produtos que usam o insumo, como o pão francês. 

Vale destacar que, no mês de novembro de 2019, a inflação oficial brasileira medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou uma aceleração de 0,51% na comparação mensal, maior alta do mês desde 2015 e acima do esperado. Quem guiou esse resultado foi a carne, cujo preço disparou 8,09% de outubro para novembro de 2019 por conta da escassez de proteína animal na Ásia, onde a demanda por importações de carne suína, bovina e de frango aumentou. A peste suína africana está dizimando rebanhos, reduzindo a oferta e aumentando a exportação brasileira para a região.

Porém, conforme aponta a equipe de análise econômica da XP Investimentos, a dimensão do impacto da medida da Argentina sobre a inflação brasileira ainda é difícil de ser calculada, uma vez que o Brasil poderia redirecionar suas compras para outros países que também são grandes produtores do grão, como EUA e Canadá. 

EFEITO NAS EMPRESAS

Enquanto o cenário é incerto, algumas empresas brasileiras e associações já se pronunciaram. Foi o caso da Marfrig Global Foods (uma companhia de alimentos à base de proteína animal), que possui operações na Argentina e afirmou que a taxação para os produtos em geral não terá impacto material na geração de resultado da companhia. O governo argentino aumentou para 9% o imposto sobre as exportações de carne bovina. Antes, eram cobrados 3 Pesos por Dólar exportado.

A companhia destacou que a receita líquida da operação da empresa na Argentina representou apenas 3,6% da receita líquida consolidada no período acumulado até setembro de 2019, sendo que, desse montante, aproximadamente 50% é proveniente de vendas no mercado doméstico, o que minimiza o impacto da medida, enquanto outros 50% vieram de exportações.

“Aproximadamente 60% das receitas de exportações de carne bovina da Marfrig, na Argentina, foi para China, um dos destinos mais rentáveis do mundo dado o novo cenário global de proteínas”, destacou em comunicado. 

Por outro lado, com relação, especificamente, ao trigo e à soja, o efeito da elevação dos tributos será estimular agricultores argentinos a produzirem menos, conforme aponta a analista Michaela Kuhl, do Commerzbank. “Para agricultores, o imposto significa que eles ganham menos ao exportar seus produtos. Em geral, isso significa que produzirão menos dos produtos em questão”, destaca a analista.

Assim, qualquer recuo significativo na produção do país terá efeito nos mercados globais, já que o país é o maior exportador de farelo de soja e sexto maior exportador de trigo, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Adaptado. Fonte: http://bit.ly/2EyfGFu.
Com base no texto 'Argentina eleva taxas sobre exportação', leia as afirmativas a seguir:
I. Infere-se do texto que as tarifas de exportação da Argentina, em uma base de doze meses até novembro de 2019, representaram cerca de 1,6% do PIB desse país, de acordo com cálculos feitos pelo Credit Suisse. O texto afirma, ainda, que o governo da Argentina aposta que, com a elevação das tarifas, haja mais fundos para o seu pacote emergencial. II. O texto aponta que a peste suína africana está dizimando rebanhos, aumentando a oferta e reduzindo a exportação brasileira de carne suína, bovina e de frango para a Ásia. Esse cenário, de acordo com o texto, poderá levar o Brasil a elevar a importação de proteína animal de países europeus e até mesmo dos Estados Unidos e Canadá. A longo prazo, afirma a autora, esse aumento das importações poderá afetar a inflação brasileira. III. De acordo com o texto, já que a Argentina é o maior exportador de trigo e sexto maior exportador de farelo de soja, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), qualquer recuo significativo na produção desse país terá efeito negativo nos mercados globais.
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Alternativas
Q1507289 Português
ARGENTINA
Por Lara Rizério
16 de dezembro de 2019

Medidas consideradas intervencionistas já eram esperadas logo nos primeiros dias de governo de Alberto Fernández, que tomou posse como presidente da Argentina no dia 10 de dezembro de 2019. E foi justamente o que aconteceu. 

No último fim de semana, ganharam as páginas dos jornais o decreto do governo, instituindo, além do aumento dos custos dos empregadores para demissão de funcionários, a elevação dos impostos sobre as exportações de soja e grãos, como forma de “enfrentar a grave situação das finanças públicas” do país (segundo destaca o documento). 

Com isso, o teto de taxação de 4 Pesos por Dólar definido pelo governo do ex-presidente Maurício Macri perde o efeito e as retenções ficam em 12%. O decreto de Fernández é aplicado parcialmente para o trigo, o milho e a soja, que voltarão à taxa de 12%. Para a soja, principal produto de exportação, o índice se somará aos 18% que já se pagavam. Desta forma, essa exportação será taxada com 30% de seu preço.

As tarifas de exportação da Argentina, em uma base de doze meses até novembro de 2019, representaram cerca de 1,6% do PIB do país, de acordo com cálculos feitos pelo Credit Suisse. O governo aposta que, com a elevação das tarifas, haja mais fundos para o seu pacote emergencial.

As medidas de Fernández, inclusive, têm o potencial de reverberar por aqui. Afinal, o país vizinho é o principal fornecedor de trigo para o Brasil – de acordo com o Ministério da Agricultura, mais de 80% da commodity utilizado pelas indústrias brasileiras vêm da Argentina. 

Desta forma, a princípio, o anúncio poderia representar mais uma fonte de pressão nos preços dos alimentos no Brasil, já que a elevação das cotações do trigo pode ser repassada para produtos que usam o insumo, como o pão francês. 

Vale destacar que, no mês de novembro de 2019, a inflação oficial brasileira medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou uma aceleração de 0,51% na comparação mensal, maior alta do mês desde 2015 e acima do esperado. Quem guiou esse resultado foi a carne, cujo preço disparou 8,09% de outubro para novembro de 2019 por conta da escassez de proteína animal na Ásia, onde a demanda por importações de carne suína, bovina e de frango aumentou. A peste suína africana está dizimando rebanhos, reduzindo a oferta e aumentando a exportação brasileira para a região.

Porém, conforme aponta a equipe de análise econômica da XP Investimentos, a dimensão do impacto da medida da Argentina sobre a inflação brasileira ainda é difícil de ser calculada, uma vez que o Brasil poderia redirecionar suas compras para outros países que também são grandes produtores do grão, como EUA e Canadá. 

EFEITO NAS EMPRESAS

Enquanto o cenário é incerto, algumas empresas brasileiras e associações já se pronunciaram. Foi o caso da Marfrig Global Foods (uma companhia de alimentos à base de proteína animal), que possui operações na Argentina e afirmou que a taxação para os produtos em geral não terá impacto material na geração de resultado da companhia. O governo argentino aumentou para 9% o imposto sobre as exportações de carne bovina. Antes, eram cobrados 3 Pesos por Dólar exportado.

A companhia destacou que a receita líquida da operação da empresa na Argentina representou apenas 3,6% da receita líquida consolidada no período acumulado até setembro de 2019, sendo que, desse montante, aproximadamente 50% é proveniente de vendas no mercado doméstico, o que minimiza o impacto da medida, enquanto outros 50% vieram de exportações.

“Aproximadamente 60% das receitas de exportações de carne bovina da Marfrig, na Argentina, foi para China, um dos destinos mais rentáveis do mundo dado o novo cenário global de proteínas”, destacou em comunicado. 

Por outro lado, com relação, especificamente, ao trigo e à soja, o efeito da elevação dos tributos será estimular agricultores argentinos a produzirem menos, conforme aponta a analista Michaela Kuhl, do Commerzbank. “Para agricultores, o imposto significa que eles ganham menos ao exportar seus produtos. Em geral, isso significa que produzirão menos dos produtos em questão”, destaca a analista.

Assim, qualquer recuo significativo na produção do país terá efeito nos mercados globais, já que o país é o maior exportador de farelo de soja e sexto maior exportador de trigo, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Adaptado. Fonte: http://bit.ly/2EyfGFu.
Com base no texto 'Argentina eleva taxas sobre exportação', leia as afirmativas a seguir:
I. É possível subentender-se, a partir do texto, que o decreto do governo da Argentina é aplicado parcialmente para o trigo, o milho e a soja, que voltarão à taxa de 12%. Para a soja, o índice se somará aos 18% que já se pagavam e, assim, essa exportação será taxada com 30% de seu preço. II. No texto, a autora afirma que, de acordo com o Ministério da Agricultura do Brasil, mais de 80% do trigo utilizado pelas indústrias brasileiras vêm de países da América Central, como a Argentina, o México e o Caribe. Ainda de acordo com a autora, o baixo acesso dos produtores agrícolas desses países às novas tecnologias produtivas é um fator que afeta negativamente a eficiência desses fornecedores, elevando o preço do trigo e, assim, reduzindo a competitividade das indústrias brasileiras. III. O texto informa que, na perspectiva da equipe de análise econômica da XP Investimentos, a dimensão do impacto da medida da Argentina sobre a inflação brasileira ainda é difícil de ser calculada, uma vez que o Brasil poderia redirecionar suas compras para outros países que também são grandes produtores de trigo, como EUA e Canadá.
Marque a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q1507290 Português
ARGENTINA
Por Lara Rizério
16 de dezembro de 2019

Medidas consideradas intervencionistas já eram esperadas logo nos primeiros dias de governo de Alberto Fernández, que tomou posse como presidente da Argentina no dia 10 de dezembro de 2019. E foi justamente o que aconteceu. 

No último fim de semana, ganharam as páginas dos jornais o decreto do governo, instituindo, além do aumento dos custos dos empregadores para demissão de funcionários, a elevação dos impostos sobre as exportações de soja e grãos, como forma de “enfrentar a grave situação das finanças públicas” do país (segundo destaca o documento). 

Com isso, o teto de taxação de 4 Pesos por Dólar definido pelo governo do ex-presidente Maurício Macri perde o efeito e as retenções ficam em 12%. O decreto de Fernández é aplicado parcialmente para o trigo, o milho e a soja, que voltarão à taxa de 12%. Para a soja, principal produto de exportação, o índice se somará aos 18% que já se pagavam. Desta forma, essa exportação será taxada com 30% de seu preço.

As tarifas de exportação da Argentina, em uma base de doze meses até novembro de 2019, representaram cerca de 1,6% do PIB do país, de acordo com cálculos feitos pelo Credit Suisse. O governo aposta que, com a elevação das tarifas, haja mais fundos para o seu pacote emergencial.

As medidas de Fernández, inclusive, têm o potencial de reverberar por aqui. Afinal, o país vizinho é o principal fornecedor de trigo para o Brasil – de acordo com o Ministério da Agricultura, mais de 80% da commodity utilizado pelas indústrias brasileiras vêm da Argentina. 

Desta forma, a princípio, o anúncio poderia representar mais uma fonte de pressão nos preços dos alimentos no Brasil, já que a elevação das cotações do trigo pode ser repassada para produtos que usam o insumo, como o pão francês. 

Vale destacar que, no mês de novembro de 2019, a inflação oficial brasileira medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou uma aceleração de 0,51% na comparação mensal, maior alta do mês desde 2015 e acima do esperado. Quem guiou esse resultado foi a carne, cujo preço disparou 8,09% de outubro para novembro de 2019 por conta da escassez de proteína animal na Ásia, onde a demanda por importações de carne suína, bovina e de frango aumentou. A peste suína africana está dizimando rebanhos, reduzindo a oferta e aumentando a exportação brasileira para a região.

Porém, conforme aponta a equipe de análise econômica da XP Investimentos, a dimensão do impacto da medida da Argentina sobre a inflação brasileira ainda é difícil de ser calculada, uma vez que o Brasil poderia redirecionar suas compras para outros países que também são grandes produtores do grão, como EUA e Canadá. 

EFEITO NAS EMPRESAS

Enquanto o cenário é incerto, algumas empresas brasileiras e associações já se pronunciaram. Foi o caso da Marfrig Global Foods (uma companhia de alimentos à base de proteína animal), que possui operações na Argentina e afirmou que a taxação para os produtos em geral não terá impacto material na geração de resultado da companhia. O governo argentino aumentou para 9% o imposto sobre as exportações de carne bovina. Antes, eram cobrados 3 Pesos por Dólar exportado.

A companhia destacou que a receita líquida da operação da empresa na Argentina representou apenas 3,6% da receita líquida consolidada no período acumulado até setembro de 2019, sendo que, desse montante, aproximadamente 50% é proveniente de vendas no mercado doméstico, o que minimiza o impacto da medida, enquanto outros 50% vieram de exportações.

“Aproximadamente 60% das receitas de exportações de carne bovina da Marfrig, na Argentina, foi para China, um dos destinos mais rentáveis do mundo dado o novo cenário global de proteínas”, destacou em comunicado. 

Por outro lado, com relação, especificamente, ao trigo e à soja, o efeito da elevação dos tributos será estimular agricultores argentinos a produzirem menos, conforme aponta a analista Michaela Kuhl, do Commerzbank. “Para agricultores, o imposto significa que eles ganham menos ao exportar seus produtos. Em geral, isso significa que produzirão menos dos produtos em questão”, destaca a analista.

Assim, qualquer recuo significativo na produção do país terá efeito nos mercados globais, já que o país é o maior exportador de farelo de soja e sexto maior exportador de trigo, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Adaptado. Fonte: http://bit.ly/2EyfGFu.
Com base no texto 'Argentina eleva taxas sobre exportação', leia as afirmativas a seguir:
I. No texto, é possível identificar a ideia de que as medidas do governo da Argentina têm o potencial de reverberar no Brasil. Afinal, o país vizinho é o principal fornecedor de melaço para as indústrias brasileiras. II. A autora destacar que, no mês de novembro de 2019, a inflação oficial brasileira medida pelo IBGE e divulgada pelo IPCA, mostrou uma aceleração de 8,09% na comparação mensal, maior alta do mês desde 2015 e acima do esperado. Ainda de acordo com a autora, a redução da taxa de inflação e o aumento do custo de vida do brasileiro foi fortemente influenciado pela redução na oferta de trigo da Argentina. III. De acordo com as informações apresentadas pelo texto, a Marfrig Global Foods afirmou que a receita líquida da sua operação na Argentina representou mais de 6,3% da receita bruta global no período acumulado até julho de 2019.
Marque a alternativa CORRETA:
Alternativas
Respostas
11: C
12: B
13: A
14: C
15: C
16: C
17: C
18: B
19: C
20: A