Questões de Concurso Público Prefeitura de Ipojuca - PE 2023 para Professor I - Anos Iniciais e EJA
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Texto 1 — “ Quem é o 'bom professor"?
Em 2007, ministrei um curso de formação continuada a professores na Associação de Apoio ao Menor e Assistência Educacional (AAMAE), de minha cidade natal.
Em dado momento, a dinâmica do curso levou-nos a indagar sobre a figura do bom professor. Nesse passo, utilizando o livro Representações e reflexões sobre o bom professor, de Mary Rangel (7. ed. Petrópolis: Vozes, 2004), li, na página 10, a seguinte representação: “O bom professor é aquele que não dá aula. Ele constrói a aula com o aluno." Mantive comigo o teor dessa frase, mas ofereci às participantes o mote "O bom professor é aquele que não dá aula....”, sugerindo que elas completassem a frase.
Meu intuito foi o de captar como aquele grupo de profissionais da educação concebem-se a si mesmas, em particular suas concepções teórico-metodológicas sobre o exercício efetivo da docência em sala de aula, momento importantíssimo na condução do processo ensino-aprendizagem.
Após terem feito suas frases, as mesmas foram socializadas e debatidas por todos, o que contribuiu, e muito, para a nossa reflexão e para o incremento de nossa ação junto àqueles a quem atuamos.
No encerramento da atividade, solicitei autorização das autoras das frases para publicá-las, razão pela qual, a seguir, coloco-as tais quais me foram passadas. São ricas de sentido e dão margem a um pensar sobre como pensamos que deve ser a aula de um professor e de uma professora que podem ser considerados 'bons”.
"O bom professor é aquele que não dá aula sem prepará-la" (Andréia)
"O bom professor é aquele que não dá aula. Ele constrói a sua aula de acordo com os conhecimentos que recebe de seus educandos" (Eunice).
"O bom professor é aquele que não dá aula só para passar o conhecimento, mas pelo amor à educação” (Fatinha).
"O bom professor é aquele que não dá aula, e, sim, aquele que produz a aula de acordo com a realidade de seus alunos” (Janaína).
"O bom professor é aquele que não dá aula, mas aquele que procura dar o melhor de si aos seus alunos para prepará-los para a vida, ou seja, para o mundo" (Keila Cristiano).
"O bom professor é aquele que faz uma sondagem (diagnóstico) dos alunos e, depois, planeja através dos relatos para desempenhar um produtivo trabalho" (Leonilda).
"O bom professor é aquele que não dá aula, mas, sim, aquele que trabalha como um intermediário entre o conhecimento e o educando, pois ele não só ensina, mas aprende" (Vera).
Uma riqueza de representações críticas, não? Creio que a prática dessas profissionais também vai na mesma direção da qualidade a que se referem em suas falas, pois essas profissionais formaram um grupo de estudo entusiasmado, em quem o brilho nos olhos dizia que faziam e sofriam a educação pelo compromisso social que ela implica e pela possibilidade que ela oferece de fazer com que meninos e meninas, homens e mulheres se humanizem por meio da escolarização.
Ao querido grupo de professoras, meu muito obrigado pela generosidade dos pensamentos compartilhados e sucesso nessa árdua tarefa que é a de educar para um mundo melhor do que aquele que encontramos quando viemos à existência.
Por Wilson Correia Adaptado. Acesso em 7 mai. 2023 em:< https://brasilescola.uol.com.br/educacao/quem-bom-professor.htm>
Com base no Texto 1 "Quem é o 'bom professor'?" analise as afirmativas a seguir:
I. O texto é uma crônica pela qual o autor menciona um acontecimento relevante ocorrido em sua atividade profissional para propor uma reflexão sobre ser 'bom professor”.
lI. O texto é um conto curto cujo autor nomeia os personagens principais que realizam as ações para a resolução de uma situação-problema do enredo relatado.
III. O texto é um artigo de opinião que defende a tese da importância com fortes argumentos de que todo aquele que se propõe a ser um profissional seja o melhor.
Marque a alternativa CORRETA:
Texto 1 — “ Quem é o 'bom professor"?
Em 2007, ministrei um curso de formação continuada a professores na Associação de Apoio ao Menor e Assistência Educacional (AAMAE), de minha cidade natal.
Em dado momento, a dinâmica do curso levou-nos a indagar sobre a figura do bom professor. Nesse passo, utilizando o livro Representações e reflexões sobre o bom professor, de Mary Rangel (7. ed. Petrópolis: Vozes, 2004), li, na página 10, a seguinte representação: “O bom professor é aquele que não dá aula. Ele constrói a aula com o aluno." Mantive comigo o teor dessa frase, mas ofereci às participantes o mote "O bom professor é aquele que não dá aula....”, sugerindo que elas completassem a frase.
Meu intuito foi o de captar como aquele grupo de profissionais da educação concebem-se a si mesmas, em particular suas concepções teórico-metodológicas sobre o exercício efetivo da docência em sala de aula, momento importantíssimo na condução do processo ensino-aprendizagem.
Após terem feito suas frases, as mesmas foram socializadas e debatidas por todos, o que contribuiu, e muito, para a nossa reflexão e para o incremento de nossa ação junto àqueles a quem atuamos.
No encerramento da atividade, solicitei autorização das autoras das frases para publicá-las, razão pela qual, a seguir, coloco-as tais quais me foram passadas. São ricas de sentido e dão margem a um pensar sobre como pensamos que deve ser a aula de um professor e de uma professora que podem ser considerados 'bons”.
"O bom professor é aquele que não dá aula sem prepará-la" (Andréia)
"O bom professor é aquele que não dá aula. Ele constrói a sua aula de acordo com os conhecimentos que recebe de seus educandos" (Eunice).
"O bom professor é aquele que não dá aula só para passar o conhecimento, mas pelo amor à educação” (Fatinha).
"O bom professor é aquele que não dá aula, e, sim, aquele que produz a aula de acordo com a realidade de seus alunos” (Janaína).
"O bom professor é aquele que não dá aula, mas aquele que procura dar o melhor de si aos seus alunos para prepará-los para a vida, ou seja, para o mundo" (Keila Cristiano).
"O bom professor é aquele que faz uma sondagem (diagnóstico) dos alunos e, depois, planeja através dos relatos para desempenhar um produtivo trabalho" (Leonilda).
"O bom professor é aquele que não dá aula, mas, sim, aquele que trabalha como um intermediário entre o conhecimento e o educando, pois ele não só ensina, mas aprende" (Vera).
Uma riqueza de representações críticas, não? Creio que a prática dessas profissionais também vai na mesma direção da qualidade a que se referem em suas falas, pois essas profissionais formaram um grupo de estudo entusiasmado, em quem o brilho nos olhos dizia que faziam e sofriam a educação pelo compromisso social que ela implica e pela possibilidade que ela oferece de fazer com que meninos e meninas, homens e mulheres se humanizem por meio da escolarização.
Ao querido grupo de professoras, meu muito obrigado pela generosidade dos pensamentos compartilhados e sucesso nessa árdua tarefa que é a de educar para um mundo melhor do que aquele que encontramos quando viemos à existência.
Por Wilson Correia Adaptado. Acesso em 7 mai. 2023 em:< https://brasilescola.uol.com.br/educacao/quem-bom-professor.htm>
Com base no Texto 1 "Quem é o 'bom professor'?", analise as informações a seguir:
I. No primeiro parágrafo, a citação indireta foi inserida para se referir ipsis litteris à afirmação do enunciador citado.
Il. A palavra 'bons', no quinto parágrafo, recebeu a aspa simples para destacar um termo que já se encontrava dentro de um trecho destacado por aspas duplas.
III. A interrogação, no início do penúltimo parágrafo, foi usada como pergunta retórica, recurso linguístico pelo qual o autor questiona o leitor para instigá-lo a refletir.
Marque a alternativa CORRETA:
Texto 1 — “ Quem é o 'bom professor"?
Em 2007, ministrei um curso de formação continuada a professores na Associação de Apoio ao Menor e Assistência Educacional (AAMAE), de minha cidade natal.
Em dado momento, a dinâmica do curso levou-nos a indagar sobre a figura do bom professor. Nesse passo, utilizando o livro Representações e reflexões sobre o bom professor, de Mary Rangel (7. ed. Petrópolis: Vozes, 2004), li, na página 10, a seguinte representação: “O bom professor é aquele que não dá aula. Ele constrói a aula com o aluno." Mantive comigo o teor dessa frase, mas ofereci às participantes o mote "O bom professor é aquele que não dá aula....”, sugerindo que elas completassem a frase.
Meu intuito foi o de captar como aquele grupo de profissionais da educação concebem-se a si mesmas, em particular suas concepções teórico-metodológicas sobre o exercício efetivo da docência em sala de aula, momento importantíssimo na condução do processo ensino-aprendizagem.
Após terem feito suas frases, as mesmas foram socializadas e debatidas por todos, o que contribuiu, e muito, para a nossa reflexão e para o incremento de nossa ação junto àqueles a quem atuamos.
No encerramento da atividade, solicitei autorização das autoras das frases para publicá-las, razão pela qual, a seguir, coloco-as tais quais me foram passadas. São ricas de sentido e dão margem a um pensar sobre como pensamos que deve ser a aula de um professor e de uma professora que podem ser considerados 'bons”.
"O bom professor é aquele que não dá aula sem prepará-la" (Andréia)
"O bom professor é aquele que não dá aula. Ele constrói a sua aula de acordo com os conhecimentos que recebe de seus educandos" (Eunice).
"O bom professor é aquele que não dá aula só para passar o conhecimento, mas pelo amor à educação” (Fatinha).
"O bom professor é aquele que não dá aula, e, sim, aquele que produz a aula de acordo com a realidade de seus alunos” (Janaína).
"O bom professor é aquele que não dá aula, mas aquele que procura dar o melhor de si aos seus alunos para prepará-los para a vida, ou seja, para o mundo" (Keila Cristiano).
"O bom professor é aquele que faz uma sondagem (diagnóstico) dos alunos e, depois, planeja através dos relatos para desempenhar um produtivo trabalho" (Leonilda).
"O bom professor é aquele que não dá aula, mas, sim, aquele que trabalha como um intermediário entre o conhecimento e o educando, pois ele não só ensina, mas aprende" (Vera).
Uma riqueza de representações críticas, não? Creio que a prática dessas profissionais também vai na mesma direção da qualidade a que se referem em suas falas, pois essas profissionais formaram um grupo de estudo entusiasmado, em quem o brilho nos olhos dizia que faziam e sofriam a educação pelo compromisso social que ela implica e pela possibilidade que ela oferece de fazer com que meninos e meninas, homens e mulheres se humanizem por meio da escolarização.
Ao querido grupo de professoras, meu muito obrigado pela generosidade dos pensamentos compartilhados e sucesso nessa árdua tarefa que é a de educar para um mundo melhor do que aquele que encontramos quando viemos à existência.
Por Wilson Correia Adaptado. Acesso em 7 mai. 2023 em:< https://brasilescola.uol.com.br/educacao/quem-bom-professor.htm>
Com base no Texto 1 "Quem é o 'bom professor'?", analise as afirmativas a seguir:
I. No excerto: "..Em dado momento, a dinâmica do curso levou-nos a indagar sobre a figura do bom professor", fez-se a opção pela ênclise do pronome oblíquo destacado “nos”, uma vez que não há palavra que o atraia, obrigando-o a ocupar a posição antes do verbo; "indagar" está sendo empregado como verbo transitivo indireto, neste contexto.
Il. No excerto: "...Mantive comigo o teor dessa frase, mas ofereci às participantes o mote”, o pronome oblíquo tônico comigo" exerce a função sintática de complemento verbal direto e o emprego da crase '"às” justifica-se, pois o verbo 'oferecer' é bitransitivo com preposição 'a' que se funde com o artigo 'a' admitido pela palavra 'participantes”.
Marque a alternativa CORRETA:
Texto 02 - Aula de Português
A linguagem
na ponta da língua
tão fácil de falar
e de entender.
A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que quer dizer?
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
e vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, esquipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.
Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a priminha.
O português são dois; o outro, mistério.
Autor: Carlos Drummond de Andrade. Acessado em 07 de mai. 2023 em:< https://folhadepoesia.blogspot.com/2014/07/aula-de-portugues.html>
Com base no Texto 2 "Aula de Português?", analise as afirmativas a seguir:
I. Considerando a totalidade do texto, é correto afirmar que a linguagem utilizada é predominantemente conotativa, por apresentar poucos trechos denotativos.
II. Considerando a totalidade do texto, é correto afirmar que a linguagem utilizada é majoritariamente denotativa, por apresentar apenas alguns trechos conotativos.
III. Considerando a totalidade do texto, é correto afirmar que a linguagem utilizada é exclusivamente conotativa, por se tratar de um poema no qual tudo é metafórico.
Marque a alternativa CORRETA:
Texto 02 - Aula de Português
A linguagem
na ponta da língua
tão fácil de falar
e de entender.
A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que quer dizer?
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
e vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, esquipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.
Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a priminha.
O português são dois; o outro, mistério.
Autor: Carlos Drummond de Andrade. Acessado em 07 de mai. 2023 em:< https://folhadepoesia.blogspot.com/2014/07/aula-de-portugues.html>
Com base no Texto 2 "Aula de Português?", analise as afirmativas a seguir:
I. Do verso: "Figuras de gramática, esquipáticas, atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me”, pode-se inferir que o neologismo do autor, formado pelas palavras 'esquisita' + 'antipática”, para representar seu desapreço pelas 'figuras de gramática".
II. Do verso: "A linguagem na ponta da língua tão fácil de falar e de entender.", pode-se inferir que o poeta estaria se referindo à modalidade oral, instantânea, espontânea e com menor monitoramento no instante em que é produzida.
III. Do verso: "A linguagem na superfície estrelada das letras, sabe lá o que quer dizer.”, pode-se inferir que o poeta esteja se referindo à modalidade escrita, com tendência a um maior monitoramento no instante em que é produzida.
Marque a alternativa CORRETA:
Texto: Os dois "multis” dos multiletramentos
O termo mutiletramentos refere-se atualmente a dois aspectos principais da construção de significado. O primeiro é a diversidade social, ou a variabilidade de convenções de significado em diferentes situações culturais, sociais ou de domínio específico. Textos variam enormemente dependendo do contexto social — experiência de vida, assunto, domínio disciplinar, ramo de trabalho, conhecimentos especializados, ambiente cultural ou identidade de gênero, só para citar algumas diferenças importantes. Essas diferenças estão se tornando cada vez mais significativas nos modos como interagimos em nossa vida cotidiana, isto é, nos modos como construímos significados e deles participamos, Segundo o NLG (Grupo da Nova Londres, surgido em 1996 com o manifesto "A pedagogia dos multiletramentos" e que conta com pesquisadores como Gunther Kress, William Cope, Jim Gee, Mari Kalantzis e Norman Fairclough), é preciso lidar com as diferenças linguísticas e culturais, que se tornaram centrais para a pragmática de nossas vidas profissionais, cívicas e privadas. Assim, o NLG defende um ensino voltado para projetos que considerem as diferenças multiculturais existentes, dando visibilidade às dimensões profissional, pessoal e de participação cívica.
O segundo aspecto da construção de significado destacado pela ideia de multiletramento é a multimodalidade. Essa é uma questão particularmente significativa hoje, em parte como resultado dos novos meios de informação e comunicação. Os significados são construídos cada vez mais multimodalmente, devido à crescente multiplicidade e integração de modos de construção do significado, em que o textual está integrado ao visual, ao áudio, ao espacial, ao comportamental etc. Isso é particularmente importante na mídia de massa, na multimídia e na hipermídia eletrônica.
Fonte: Kalantzis, M; Cope, W; Pinheiro, P. Letramentos. Campinas, SP. Editora da Unicamp, 2020.
Com base no texto Os dois "multis" dos multiletramentos, bem como nos conhecimentos acerca das reflexões sobre alfabetização, letramento e multiletramentos, analise as informações a seguir:
I. Cada vez mais os modos grafocêntricos de significado podem ser complementados ou substituídos por outra forma de cruzar o tempo e a distância, como gravações e transmissões orais, visuais, auditivas, gestuais e outros padrões de significado. Assim, é correto afirmar que uma pedagogia voltada ao ensino de leitura e escrita precisa ir além da comunicação alfabética, incorporando, assim, a essas habilidades tradicionais as comunicações multimodais, particularmente aquelas típicas das novas mídias digitais.
Il. O texto justifica inicialmente o multiletramento pela variabilidade de convenções de significado em diferentes situações culturais, sociais ou de domínio específico. Sendo assim, o processo de alfabetização tradicional aproxima-se dessa variabilidade, pois é caracterizado pelo foco na relação fonema-grafema, na qual o ato de escrever se constitui em tradução dos sons da fala para as imagens simbólicas da escrita, e o ato de ler, em decodificação dos significados das palavras escritas.
Marque a alternativa CORRETA:
Texto: Os dois "multis” dos multiletramentos
O termo mutiletramentos refere-se atualmente a dois aspectos principais da construção de significado. O primeiro é a diversidade social, ou a variabilidade de convenções de significado em diferentes situações culturais, sociais ou de domínio específico. Textos variam enormemente dependendo do contexto social — experiência de vida, assunto, domínio disciplinar, ramo de trabalho, conhecimentos especializados, ambiente cultural ou identidade de gênero, só para citar algumas diferenças importantes. Essas diferenças estão se tornando cada vez mais significativas nos modos como interagimos em nossa vida cotidiana, isto é, nos modos como construímos significados e deles participamos, Segundo o NLG (Grupo da Nova Londres, surgido em 1996 com o manifesto "A pedagogia dos multiletramentos" e que conta com pesquisadores como Gunther Kress, William Cope, Jim Gee, Mari Kalantzis e Norman Fairclough), é preciso lidar com as diferenças linguísticas e culturais, que se tornaram centrais para a pragmática de nossas vidas profissionais, cívicas e privadas. Assim, o NLG defende um ensino voltado para projetos que considerem as diferenças multiculturais existentes, dando visibilidade às dimensões profissional, pessoal e de participação cívica.
O segundo aspecto da construção de significado destacado pela ideia de multiletramento é a multimodalidade. Essa é uma questão particularmente significativa hoje, em parte como resultado dos novos meios de informação e comunicação. Os significados são construídos cada vez mais multimodalmente, devido à crescente multiplicidade e integração de modos de construção do significado, em que o textual está integrado ao visual, ao áudio, ao espacial, ao comportamental etc. Isso é particularmente importante na mídia de massa, na multimídia e na hipermídia eletrônica.
Fonte: Kalantzis, M; Cope, W; Pinheiro, P. Letramentos. Campinas, SP. Editora da Unicamp, 2020.
Com base no texto Os dois "multis" dos multiletramentos, bem como nos conhecimentos acerca das reflexões sobre alfabetização, letramento e multiletramentos, analise as informações a seguir:
I. O título faz referência a dois 'multis', sobre o primeiro, é correto afirmar que se propõe a abordar a variabilidade de construção de significado em diferentes contextos culturais, sociais ou específicos, ou seja, não é mais suficiente para o ensino de alfabetização centrar-se apenas nas regras dos formulários normalizados da língua nacional. A representação do significado cada vez mais requer que os alunos se tornem capazes de negociar diferenças nos padrões de significado de um contexto para o outro, sendo essas diferenças consequência de vários fatores, incluindo cultura, gênero e experiência de vida.
Il. O outro 'multi' surge como característica das novas formas de informação e comunicação, dado que o significado é feito de maneira cada vez mais multimodal, na qual modos linguísticos possuem interface de significado com padrões de significados orais, visuais, de áudio, gestuais, táteis e espaciais. A multimodalidade pode ser entendida como o uso de mais de um modo em um texto ou um evento de construção de significado. Apesar de ser muito mais significativa na era das novas mídias digitais, a multimodalidade não é um fenômeno novo.
III. Um ensino voltado para projetos que considerem as diferenças multiculturais existentes, como foi citado no texto, é mais bem compreendido como um conjunto de práticas sociais, inferidas por meio de textos escritos. Assim, podemos falar de práticas de letramento padronizadas por instituições sociais destituídas de relações de poder, não sendo nenhuma delas mais dominante que outras. Pode-se, então, afirmar que práticas de letramento são formas culturalmente gerais de língua escrita que as pessoas dispõem em suas vidas ou, de forma mais simples, são o que as pessoas fazem com a escrita.
Marque a alternativa CORRETA: