"A descoberta de jazidas de ouro nas minas fez com
que paulistas e forasteiros brigassem durante dois
anos pelo controle da região. Francisco de Amaral
Gurgel, frei Francisco de Meneses e forasteiros
lideram a primeira parte deste movimento em Ouro
Preto contra Domingos da Silva Monteiro, Bartolomeu
Bueno Feio e paulistas. [...] A segunda parte do
movimento ocorre em Sabará e envolve Pascoal da
Silva Guimarães, frei Francisco de Meneses, frei
Firmo e forasteiros contra paulistas, tudo isso devido
à insatisfação em relação ao estabelecimento de
contrato de fumo, carne e aguardente no local. Como
consequência, o contrato acaba sendo suspendido
até decisão régia, que o proíbe em 1709, ao fim do
conflito. Em um terceiro momento, ocorre o
assassinato de dois forasteiros no Rio das Mortes. Em outubro de 1708, o desaparecimento de uma
espingarda faz surgir uma proposta de duelo entre os
dois lados da disputa. O duelo acaba não ocorrendo
e Borba Gato interfere propondo um acordo entre as
partes, que é aceito. [...] Um mês depois, Manuel
Nunes Viana volta a chamar atenção ao invadir
Sabará e expulsar de lá os paulistas para Cachoeira
do Campo. Eles são, no entanto, expulsos também
de Cachoeira e o invasor de outrora é eleito
governador, trazendo consigo forasteiros para
ocuparem cargos do governo. [...] Em abril, Manuel
Nunes Viana e agregados conseguem a expulsão do
governador do Rio de Janeiro, sendo nomeado em
seu lugar Antônio de Albuquerque Coelho de
Carvalho. Em agosto, amotinados são perdoados. [...] É deste conflito que resultam a aquisição da Capitania de São Vicente e a criação da Capitania de
São Paulo e Minas do Ouro, que só seria desfeita sob
consequência de uma outra revolta em Vila Rica de
1720." Fonte (adaptada):
https://www.historia.uff.br/impressoesrebeldes/
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