O texto seguinte servirá de base para responder à questão.
Tecnologia e emprego: uma nova escola para o jovem
do futuro
A digitalização permeia todos os setores produtivos,
amplia a automação, substitui atividades repetitivas ou
de baixa complexidade
O envelhecimento da população, a flexibilização das
relações de trabalho e as mudanças climáticas são
discussões atuais que impactam o futuro da população
brasileira e devem ser debatidas pelo governo,
formadores de opinião e, claro, nossos jovens que ainda
estão no ensino médio. Estes últimos, iniciam a trajetória
produtiva daqui a alguns anos e sofrerão o impacto da
crescente digitalização da economia.
Essas tendências estão no estudo "Futuro do Mundo do
Trabalho para as Juventudes Brasileiras" − realizado em
parceria entre Fundação Telefônica Vivo, Itaú Educação
e Trabalho, Fundação Roberto Marinho, Fundação
Arymax e GOYN SP, e liderado pelo Instituto Cíclica com
o Instituto Veredas.
A digitalização permeia todos os setores produtivos,
amplia a automação, substitui atividades repetitivas ou
de baixa complexidade e atinge em cheio o mercado de
trabalho, impactando a atuação humana. Segundo o
Relatório sobre o Futuro dos Empregos 2023, do Fórum
Econômico Mundial, até 2027, 83 milhões de empregos
podem ser substituídos, enquanto 69 milhões novos
postos podem surgir a partir de oportunidades e
necessidades geradas por esses novos cenários,
especialmente as associadas à tecnologia. O estudo
estima ainda que a oferta de vagas como de cientistas
de dados, especialistas em Big Data, Inteligência
Artificial e segurança cibernética cresça em média 30%
até 2027.
Nesse contexto tão incerto quanto vasto em
possibilidades é que se torna eminente a necessidade de
desenvolver competências e habilidades tecnológicas,
fundamentais para a inserção produtiva dos nossos
jovens desde o início da fase escolar. A Base Nacional
Comum Curricular (BNCC) já traz, a cultura digital como
competência geral em todas as etapas, da educação
básica e prevê a inserção da computação para todos, os
estudantes. Investir em letramento digital é essencial
para garantir a real compreensão das potencialidades
das tecnologias e de como aplicá-las de maneira crítica
para o trabalho e para o pleno exercício da cidadania.
Quase todos (98%) os jovens que estão hoje no Ensino
Médio das redes públicas querem uma escola diferente,
que os prepare para o mercado de trabalho, como
mapeou a "Pesquisa de opinião com estudantes do
Ensino Médio", encomendada pelo Todos Pela
Educação em parceria com a Fundação Telefônica Vivo,
o Instituto Natura e o Instituto Sonho Grande, realizada
pelo Datafolha no ano passado. . Mas, para isso,
precisam receber apoio e orientação para fazer as
melhores escolhas profissionais.
Falta cursos de qualificação profissional e técnica
adequados para o acesso dos diferentes perfis de jovens
brasileiros; os currículos dos cursos existentes são
muitas vezes dessintonizados das vagas existentes no
mercado; há falta de professores nessas áreas na escala
que o Brasil precisaria; e, muitas empresas ainda têm
barreiras de entrada para egressos de cursos técnicos.
Os setores produtivos precisarão de profissionais com
perfis tech, especialmente os das novas economias
verde, criativa, digital e prateada (com foco na população
50+). O futuro está logo ali e garantir que as nossas
diferentes juventudes estejam com as ferramentas adequadas é dever de governos, iniciativa privada e sociedade em geral. O jovem que tiver a chance de expandir seus conhecimentos sobre tecnologia será um cidadão mais apto a viver e trabalhar em um mundo que evolui rapidamente.
(https://www.terra.com.br/noticias/educacao/opiniao/lia-glaz/tecnologiae-emprego-uma-nova-escola-para-o-jovem-do-futuro adaptado)