O texto seguinte servirá de base para responder à questão.
Paris 2024 obriga muçulmanas a escolherem entre fé
e esporte e COI se cala
As conquistas no esporte avançam um pouco, sem
deixar de dar alguns passos para trás. As Olimpíadas de
Paris são um outdoor desse diagnóstico. As atletas de
origem muçulmana não poderão competir de hijab nas
Olimpíadas de Paris. Ou seja, de maneira
discriminatória, serão obrigadas a escolher entre a fé e o
esporte.
Em junho, a Anistia Internacional se manifestou mais um
vez contra a proibição imposta às mulheres muçulmanas
de usarem o véu nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. A
decisão foi tomada ainda em 2023 pelo governo francês,
atingindo a autonomia esportiva e também direitos
humanos.
Uma medida evidentemente discriminatória. Primeiro
porque ninguém deve dizer o que as mulheres podem ou
não vestir; segundo, porque de acordo com as normas
internacionais de direitos humanos, as restrições à
expressão de religiões ou crenças, como a escolha do
vestuário, só são aceitáveis em circunstâncias muito
específicas.
Uma decisão que vai na contramão do movimento
recente do esporte em direção da proteção direitos
humanos e no combate a toda discriminação. Ela traz
efeitos importantes na participação esportiva e contraria
a ideia do esporte como sendo algo inclusivo e
acessível.
Juntamente outros organismos internacionais, a Anistia
expôs ao COI o problema. No entanto, a resposta foi
decepcionante. O Comitê disse que essa era uma
"decisão do Estado francês".
Autonomia esportiva e direitos humanos atacados, com a
força do Estado e a conivência do movimento esportivo.
Logo ele, que recentemente avançou no entendimento
entre esporte e fé.
(https://www.uol.com.br/esporte/colunas/lei-em-campo/2024/07/23/paris-2024-obriga-muculmanas-a-escolherem-entre-fe-e-esporte-e-coi-se-ca
la.htm)