Questões de Concurso Público Prefeitura de São Miguel Arcanjo - SP 2025 para Professor Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) - Matemática

Foram encontradas 50 questões

Q3169845 Não definido

Leia o texto a seguir para responder a questão.


A candura da chuva



    E as chuvas voltaram. Elas, que nos tinham abandonado, para nos advertir de quanto precisamos delas. No jardim, o verde da folhagem resplandeceu. Uma goteira intermitente, caindo sobre uma folha grande (nunca sei os nomes das plantas), repete, em espaços certos, um som musical que me agrada. Foi por causa de gota assim, repetida, que Chopin criou o prelúdio da Gota d’água.


    Para mim, em minha deliciosa clausura, o que a chuva tem de mais importante são os sons. Tantos e tão variados. Sobre as folhas, sobre a areia, sobre o cimento, sobre o balde de alumínio. Depois, escorrendo nas telhas. Quem mora engavetado num apartamento não sabe o que seja a chuva correndo, escorrendo, se esfregando nas telhas. É preciso morar em casas térreas.


    Quando nós éramos meninos, as casas tinham uma outra telha de vidro, e a gente não só ouvia, como via a chuva deslizando, resvalando, tinindo no beiral da nossa casa já morta, lá longe, onde os bois mugiam suplicantes de madrugada. Lá longe, onde os carneiros, no entardecer, tinham olhos desavisados. Lá longe, onde os sapos assobiavam uma música dodecafônica. Lá longe, onde dormem, profundamente, os nossos mortos e a nossa puerícia. Quão enganosa e ligeira foi a infância!


    Esta chuva, que está caindo desde ontem e continua caindo, agora me traz algumas esperanças que estavam a morrer. Não se detenham, amigos, em pensamentos pessimistas, nem chorem a dor que ainda não doeu. Somos homens e a palavra “homem” sinonimiza com força e liberdade. Eu sou livre, mesmo neste quarto de portas fechadas. Só o fato de eu querer continuar preso me cobre de todas as liberdades da vida. Meu corpo, grande e farto, coberto de liberdades. O espírito diáfano, com uma asa em cada omoplata, tem todo o céu do sonho para voar.


    Faz-me bem esta chuva. Não quero dizer, com isto, que a poesia tenha voltado. Nem irei garantir que ela tenha havido um dia. Quero comunicar, a sei lá quem, que estou bem e que este bem, que me vai por dentro e me veste o corpo, deve estar com alguns de vocês, que preferem a chuva ao êxito; a chuva ao poder; a chuva ao dinheiro; a chuva à sociedade; a chuva ao smoking. Tenho chuva e amor. Uma coisa e outra são prazeres que embevecem. As duas coisas se completam, em nós... e o homem aquiescente aceita a paz, afinal, como o único bem da terra.


    Ah, não estou ligando para as notícias dos jornais. Não foi Deus quem as escreveu. Foram os homens. Estão todas truncadas, intrigadas, todas. Sou livre. A liberdade completa é não querer e não poder. Brindemos essa chuva, que me aumenta a capacidade de ir escrevendo essas verdades intatas, sem grande sentido aparente, sem nenhuma importância fundamental. O fundamental que fique a cargo dos poderosos. Não quero mais que a música reminiscente da chuva que está caindo e a mão do amor sobre minha fronte e meus cabelos.


MARIA, A. A candura da chuva. In: TAUIL, G. (Org.) Vento vadio: as crônicas de Antônio Maria, 2021, p. 132-134.

O penúltimo parágrafo do texto permite depreender que:
Alternativas
Q3169846 Não definido

Leia o texto a seguir para responder a questão.


A candura da chuva



    E as chuvas voltaram. Elas, que nos tinham abandonado, para nos advertir de quanto precisamos delas. No jardim, o verde da folhagem resplandeceu. Uma goteira intermitente, caindo sobre uma folha grande (nunca sei os nomes das plantas), repete, em espaços certos, um som musical que me agrada. Foi por causa de gota assim, repetida, que Chopin criou o prelúdio da Gota d’água.


    Para mim, em minha deliciosa clausura, o que a chuva tem de mais importante são os sons. Tantos e tão variados. Sobre as folhas, sobre a areia, sobre o cimento, sobre o balde de alumínio. Depois, escorrendo nas telhas. Quem mora engavetado num apartamento não sabe o que seja a chuva correndo, escorrendo, se esfregando nas telhas. É preciso morar em casas térreas.


    Quando nós éramos meninos, as casas tinham uma outra telha de vidro, e a gente não só ouvia, como via a chuva deslizando, resvalando, tinindo no beiral da nossa casa já morta, lá longe, onde os bois mugiam suplicantes de madrugada. Lá longe, onde os carneiros, no entardecer, tinham olhos desavisados. Lá longe, onde os sapos assobiavam uma música dodecafônica. Lá longe, onde dormem, profundamente, os nossos mortos e a nossa puerícia. Quão enganosa e ligeira foi a infância!


    Esta chuva, que está caindo desde ontem e continua caindo, agora me traz algumas esperanças que estavam a morrer. Não se detenham, amigos, em pensamentos pessimistas, nem chorem a dor que ainda não doeu. Somos homens e a palavra “homem” sinonimiza com força e liberdade. Eu sou livre, mesmo neste quarto de portas fechadas. Só o fato de eu querer continuar preso me cobre de todas as liberdades da vida. Meu corpo, grande e farto, coberto de liberdades. O espírito diáfano, com uma asa em cada omoplata, tem todo o céu do sonho para voar.


    Faz-me bem esta chuva. Não quero dizer, com isto, que a poesia tenha voltado. Nem irei garantir que ela tenha havido um dia. Quero comunicar, a sei lá quem, que estou bem e que este bem, que me vai por dentro e me veste o corpo, deve estar com alguns de vocês, que preferem a chuva ao êxito; a chuva ao poder; a chuva ao dinheiro; a chuva à sociedade; a chuva ao smoking. Tenho chuva e amor. Uma coisa e outra são prazeres que embevecem. As duas coisas se completam, em nós... e o homem aquiescente aceita a paz, afinal, como o único bem da terra.


    Ah, não estou ligando para as notícias dos jornais. Não foi Deus quem as escreveu. Foram os homens. Estão todas truncadas, intrigadas, todas. Sou livre. A liberdade completa é não querer e não poder. Brindemos essa chuva, que me aumenta a capacidade de ir escrevendo essas verdades intatas, sem grande sentido aparente, sem nenhuma importância fundamental. O fundamental que fique a cargo dos poderosos. Não quero mais que a música reminiscente da chuva que está caindo e a mão do amor sobre minha fronte e meus cabelos.


MARIA, A. A candura da chuva. In: TAUIL, G. (Org.) Vento vadio: as crônicas de Antônio Maria, 2021, p. 132-134.

O trecho “Uma coisa e outra são prazeres que embevecem” é reescrito com um sentido similar apenas em:
Alternativas
Q3169847 Não definido

Leia o texto a seguir para responder a questão.


A candura da chuva



    E as chuvas voltaram. Elas, que nos tinham abandonado, para nos advertir de quanto precisamos delas. No jardim, o verde da folhagem resplandeceu. Uma goteira intermitente, caindo sobre uma folha grande (nunca sei os nomes das plantas), repete, em espaços certos, um som musical que me agrada. Foi por causa de gota assim, repetida, que Chopin criou o prelúdio da Gota d’água.


    Para mim, em minha deliciosa clausura, o que a chuva tem de mais importante são os sons. Tantos e tão variados. Sobre as folhas, sobre a areia, sobre o cimento, sobre o balde de alumínio. Depois, escorrendo nas telhas. Quem mora engavetado num apartamento não sabe o que seja a chuva correndo, escorrendo, se esfregando nas telhas. É preciso morar em casas térreas.


    Quando nós éramos meninos, as casas tinham uma outra telha de vidro, e a gente não só ouvia, como via a chuva deslizando, resvalando, tinindo no beiral da nossa casa já morta, lá longe, onde os bois mugiam suplicantes de madrugada. Lá longe, onde os carneiros, no entardecer, tinham olhos desavisados. Lá longe, onde os sapos assobiavam uma música dodecafônica. Lá longe, onde dormem, profundamente, os nossos mortos e a nossa puerícia. Quão enganosa e ligeira foi a infância!


    Esta chuva, que está caindo desde ontem e continua caindo, agora me traz algumas esperanças que estavam a morrer. Não se detenham, amigos, em pensamentos pessimistas, nem chorem a dor que ainda não doeu. Somos homens e a palavra “homem” sinonimiza com força e liberdade. Eu sou livre, mesmo neste quarto de portas fechadas. Só o fato de eu querer continuar preso me cobre de todas as liberdades da vida. Meu corpo, grande e farto, coberto de liberdades. O espírito diáfano, com uma asa em cada omoplata, tem todo o céu do sonho para voar.


    Faz-me bem esta chuva. Não quero dizer, com isto, que a poesia tenha voltado. Nem irei garantir que ela tenha havido um dia. Quero comunicar, a sei lá quem, que estou bem e que este bem, que me vai por dentro e me veste o corpo, deve estar com alguns de vocês, que preferem a chuva ao êxito; a chuva ao poder; a chuva ao dinheiro; a chuva à sociedade; a chuva ao smoking. Tenho chuva e amor. Uma coisa e outra são prazeres que embevecem. As duas coisas se completam, em nós... e o homem aquiescente aceita a paz, afinal, como o único bem da terra.


    Ah, não estou ligando para as notícias dos jornais. Não foi Deus quem as escreveu. Foram os homens. Estão todas truncadas, intrigadas, todas. Sou livre. A liberdade completa é não querer e não poder. Brindemos essa chuva, que me aumenta a capacidade de ir escrevendo essas verdades intatas, sem grande sentido aparente, sem nenhuma importância fundamental. O fundamental que fique a cargo dos poderosos. Não quero mais que a música reminiscente da chuva que está caindo e a mão do amor sobre minha fronte e meus cabelos.


MARIA, A. A candura da chuva. In: TAUIL, G. (Org.) Vento vadio: as crônicas de Antônio Maria, 2021, p. 132-134.

Verifica-se, no uso da palavra “engavetado”, em “Quem mora engavetado num apartamento não sabe o que seja a chuva correndo”, a figura de linguagem:
Alternativas
Q3169848 Não definido

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A candura da chuva



    E as chuvas voltaram. Elas, que nos tinham abandonado, para nos advertir de quanto precisamos delas. No jardim, o verde da folhagem resplandeceu. Uma goteira intermitente, caindo sobre uma folha grande (nunca sei os nomes das plantas), repete, em espaços certos, um som musical que me agrada. Foi por causa de gota assim, repetida, que Chopin criou o prelúdio da Gota d’água.


    Para mim, em minha deliciosa clausura, o que a chuva tem de mais importante são os sons. Tantos e tão variados. Sobre as folhas, sobre a areia, sobre o cimento, sobre o balde de alumínio. Depois, escorrendo nas telhas. Quem mora engavetado num apartamento não sabe o que seja a chuva correndo, escorrendo, se esfregando nas telhas. É preciso morar em casas térreas.


    Quando nós éramos meninos, as casas tinham uma outra telha de vidro, e a gente não só ouvia, como via a chuva deslizando, resvalando, tinindo no beiral da nossa casa já morta, lá longe, onde os bois mugiam suplicantes de madrugada. Lá longe, onde os carneiros, no entardecer, tinham olhos desavisados. Lá longe, onde os sapos assobiavam uma música dodecafônica. Lá longe, onde dormem, profundamente, os nossos mortos e a nossa puerícia. Quão enganosa e ligeira foi a infância!


    Esta chuva, que está caindo desde ontem e continua caindo, agora me traz algumas esperanças que estavam a morrer. Não se detenham, amigos, em pensamentos pessimistas, nem chorem a dor que ainda não doeu. Somos homens e a palavra “homem” sinonimiza com força e liberdade. Eu sou livre, mesmo neste quarto de portas fechadas. Só o fato de eu querer continuar preso me cobre de todas as liberdades da vida. Meu corpo, grande e farto, coberto de liberdades. O espírito diáfano, com uma asa em cada omoplata, tem todo o céu do sonho para voar.


    Faz-me bem esta chuva. Não quero dizer, com isto, que a poesia tenha voltado. Nem irei garantir que ela tenha havido um dia. Quero comunicar, a sei lá quem, que estou bem e que este bem, que me vai por dentro e me veste o corpo, deve estar com alguns de vocês, que preferem a chuva ao êxito; a chuva ao poder; a chuva ao dinheiro; a chuva à sociedade; a chuva ao smoking. Tenho chuva e amor. Uma coisa e outra são prazeres que embevecem. As duas coisas se completam, em nós... e o homem aquiescente aceita a paz, afinal, como o único bem da terra.


    Ah, não estou ligando para as notícias dos jornais. Não foi Deus quem as escreveu. Foram os homens. Estão todas truncadas, intrigadas, todas. Sou livre. A liberdade completa é não querer e não poder. Brindemos essa chuva, que me aumenta a capacidade de ir escrevendo essas verdades intatas, sem grande sentido aparente, sem nenhuma importância fundamental. O fundamental que fique a cargo dos poderosos. Não quero mais que a música reminiscente da chuva que está caindo e a mão do amor sobre minha fronte e meus cabelos.


MARIA, A. A candura da chuva. In: TAUIL, G. (Org.) Vento vadio: as crônicas de Antônio Maria, 2021, p. 132-134.

Analise a função da palavra “que” no seguinte excerto: “Brindemos essa chuva, que me aumenta a capacidade de ir escrevendo essas verdades intatas”. Em todos os excertos apresentados a seguir, a palavra “que” atua com essa mesma função, exceto em:
Alternativas
Q3169849 Não definido

Leia o texto a seguir para responder a questão.


A candura da chuva



    E as chuvas voltaram. Elas, que nos tinham abandonado, para nos advertir de quanto precisamos delas. No jardim, o verde da folhagem resplandeceu. Uma goteira intermitente, caindo sobre uma folha grande (nunca sei os nomes das plantas), repete, em espaços certos, um som musical que me agrada. Foi por causa de gota assim, repetida, que Chopin criou o prelúdio da Gota d’água.


    Para mim, em minha deliciosa clausura, o que a chuva tem de mais importante são os sons. Tantos e tão variados. Sobre as folhas, sobre a areia, sobre o cimento, sobre o balde de alumínio. Depois, escorrendo nas telhas. Quem mora engavetado num apartamento não sabe o que seja a chuva correndo, escorrendo, se esfregando nas telhas. É preciso morar em casas térreas.


    Quando nós éramos meninos, as casas tinham uma outra telha de vidro, e a gente não só ouvia, como via a chuva deslizando, resvalando, tinindo no beiral da nossa casa já morta, lá longe, onde os bois mugiam suplicantes de madrugada. Lá longe, onde os carneiros, no entardecer, tinham olhos desavisados. Lá longe, onde os sapos assobiavam uma música dodecafônica. Lá longe, onde dormem, profundamente, os nossos mortos e a nossa puerícia. Quão enganosa e ligeira foi a infância!


    Esta chuva, que está caindo desde ontem e continua caindo, agora me traz algumas esperanças que estavam a morrer. Não se detenham, amigos, em pensamentos pessimistas, nem chorem a dor que ainda não doeu. Somos homens e a palavra “homem” sinonimiza com força e liberdade. Eu sou livre, mesmo neste quarto de portas fechadas. Só o fato de eu querer continuar preso me cobre de todas as liberdades da vida. Meu corpo, grande e farto, coberto de liberdades. O espírito diáfano, com uma asa em cada omoplata, tem todo o céu do sonho para voar.


    Faz-me bem esta chuva. Não quero dizer, com isto, que a poesia tenha voltado. Nem irei garantir que ela tenha havido um dia. Quero comunicar, a sei lá quem, que estou bem e que este bem, que me vai por dentro e me veste o corpo, deve estar com alguns de vocês, que preferem a chuva ao êxito; a chuva ao poder; a chuva ao dinheiro; a chuva à sociedade; a chuva ao smoking. Tenho chuva e amor. Uma coisa e outra são prazeres que embevecem. As duas coisas se completam, em nós... e o homem aquiescente aceita a paz, afinal, como o único bem da terra.


    Ah, não estou ligando para as notícias dos jornais. Não foi Deus quem as escreveu. Foram os homens. Estão todas truncadas, intrigadas, todas. Sou livre. A liberdade completa é não querer e não poder. Brindemos essa chuva, que me aumenta a capacidade de ir escrevendo essas verdades intatas, sem grande sentido aparente, sem nenhuma importância fundamental. O fundamental que fique a cargo dos poderosos. Não quero mais que a música reminiscente da chuva que está caindo e a mão do amor sobre minha fronte e meus cabelos.


MARIA, A. A candura da chuva. In: TAUIL, G. (Org.) Vento vadio: as crônicas de Antônio Maria, 2021, p. 132-134.

Analise o seguinte excerto, considerando suas palavras enumeradas: “(1) longe(2), onde(3) dormem(4), profundamente(5), os(6) nossos(7) mortos(8) e(9) a(10) nossa(11) puerícia(12)”. A alternativa que apresenta a sequência de todos os advérbios presentes dentre as palavras do excerto dado é:
Alternativas
Q3169850 Não definido

Leia o texto a seguir para responder a questão.


A candura da chuva



    E as chuvas voltaram. Elas, que nos tinham abandonado, para nos advertir de quanto precisamos delas. No jardim, o verde da folhagem resplandeceu. Uma goteira intermitente, caindo sobre uma folha grande (nunca sei os nomes das plantas), repete, em espaços certos, um som musical que me agrada. Foi por causa de gota assim, repetida, que Chopin criou o prelúdio da Gota d’água.


    Para mim, em minha deliciosa clausura, o que a chuva tem de mais importante são os sons. Tantos e tão variados. Sobre as folhas, sobre a areia, sobre o cimento, sobre o balde de alumínio. Depois, escorrendo nas telhas. Quem mora engavetado num apartamento não sabe o que seja a chuva correndo, escorrendo, se esfregando nas telhas. É preciso morar em casas térreas.


    Quando nós éramos meninos, as casas tinham uma outra telha de vidro, e a gente não só ouvia, como via a chuva deslizando, resvalando, tinindo no beiral da nossa casa já morta, lá longe, onde os bois mugiam suplicantes de madrugada. Lá longe, onde os carneiros, no entardecer, tinham olhos desavisados. Lá longe, onde os sapos assobiavam uma música dodecafônica. Lá longe, onde dormem, profundamente, os nossos mortos e a nossa puerícia. Quão enganosa e ligeira foi a infância!


    Esta chuva, que está caindo desde ontem e continua caindo, agora me traz algumas esperanças que estavam a morrer. Não se detenham, amigos, em pensamentos pessimistas, nem chorem a dor que ainda não doeu. Somos homens e a palavra “homem” sinonimiza com força e liberdade. Eu sou livre, mesmo neste quarto de portas fechadas. Só o fato de eu querer continuar preso me cobre de todas as liberdades da vida. Meu corpo, grande e farto, coberto de liberdades. O espírito diáfano, com uma asa em cada omoplata, tem todo o céu do sonho para voar.


    Faz-me bem esta chuva. Não quero dizer, com isto, que a poesia tenha voltado. Nem irei garantir que ela tenha havido um dia. Quero comunicar, a sei lá quem, que estou bem e que este bem, que me vai por dentro e me veste o corpo, deve estar com alguns de vocês, que preferem a chuva ao êxito; a chuva ao poder; a chuva ao dinheiro; a chuva à sociedade; a chuva ao smoking. Tenho chuva e amor. Uma coisa e outra são prazeres que embevecem. As duas coisas se completam, em nós... e o homem aquiescente aceita a paz, afinal, como o único bem da terra.


    Ah, não estou ligando para as notícias dos jornais. Não foi Deus quem as escreveu. Foram os homens. Estão todas truncadas, intrigadas, todas. Sou livre. A liberdade completa é não querer e não poder. Brindemos essa chuva, que me aumenta a capacidade de ir escrevendo essas verdades intatas, sem grande sentido aparente, sem nenhuma importância fundamental. O fundamental que fique a cargo dos poderosos. Não quero mais que a música reminiscente da chuva que está caindo e a mão do amor sobre minha fronte e meus cabelos.


MARIA, A. A candura da chuva. In: TAUIL, G. (Org.) Vento vadio: as crônicas de Antônio Maria, 2021, p. 132-134.

Observa-se o processo de derivação parassintética na formação da palavra: 
Alternativas
Q3169851 Não definido
Nas sentenças a seguir, verifica-se um adjetivo substantivado, com papel sintático de sujeito, em:
Alternativas
Q3169852 Não definido
O uso da ênclise está correto apenas em: 
Alternativas
Q3169853 Não definido
A conjunção em destaque é subordinativa, e não coordenativa, na sentença em:
Alternativas
Q3169854 Não definido
Ocorre desvio ortográfico apenas em:
Alternativas
Q3169855 Não definido
Uma família trocou o chuveiro da sua casa com o objetivo de economizar água. O chuveiro anterior tinha uma vazão de 15 litros por minuto e foi trocado por um modelo cuja vazão é 12 litros por minuto. Além disso, após a troca, o tempo de banho dos integrantes da família também foi limitado: Antes, os quatro integrantes tomavam 3 banhos ao dia, com 5 minutos cada, e agora passarão a tomar 2 banhos com 3 minutos por banho. Com essas ações, qual será a redução percentual no consumo de água referente ao banho da família?
Alternativas
Q3169856 Não definido
Suponha que o preço de um produto no Brasil é R$ 70,00, e que o mesmo produto na França custa 14 euros (moeda local). Considere que o salário-mínimo no Brasil é 1.400,00 reais e que o salário-mínimo na França é 1.400,00 euros. Seja X a razão entre o preço do produto em real e o salário-mínimo do Brasil. Seja Y a razão entre o preço do produto em euro e o salário-mínimo da França. Qual o valor da diferença X - Y?
Alternativas
Q3169857 Não definido
Dois faróis marítimos, A e B, piscam em ciclos regulares para orientar os navegantes.

O farol A pisca uma vez a cada 45 segundos. O farol B pisca uma vez a cada 60 segundos.

Ambos piscam juntos às 18h em ponto. Qual será o próximo horário em que ambos os faróis piscarão juntos novamente?
Alternativas
Q3169858 Não definido
Sobre as operações envolvendo números reais, observe as afirmativas:

I – Um número real negativo multiplicado por ele mesmo resulta em um número real positivo;
II – A soma de dois números reais negativos resulta em um número real positivo;
III – A soma entre um número real positivo e outro número real negativo pode resultar em um número real negativo.

Estão corretas:
Alternativas
Q3169861 Não definido
Carlos participou de três corridas e anotou os tempos que levou para completar cada uma delas: na primeira, fez o percurso em 12 minutos, na segunda em 16 minutos e na terceira em 14 minutos. Indique a média de tempo que Carlos levou nas três corridas:
Alternativas
Q3169862 Não definido
Sabe-se que em um evento para 100 pessoas com duração de 3 horas consome-se 30 litros de refrigerante. Se fizermos um evento para 50 pessoas com duração de 2 horas, quantos litros de refrigerante seriam necessários, considerando que o consumo de refrigerante é proporcional ao número de pessoas e ao tempo do evento?
Alternativas
Q3169863 Não definido
Um engenheiro químico tem dois recipientes com misturas de água e álcool. No primeiro recipiente, há 300 ml da mistura na proporção água:álcool igual a 1:2. Já no segundo recipiente há 400 ml na proporção água:álcool igual a 2:3. Suponha que o engenheiro misturou os líquidos dos dois recipientes, qual a proporção água:álcool da mistura final? 
Alternativas
Q3169864 Não definido
Três amigos – Ana, Bruno e Carla – estão organizando suas coleções de livros. Sabe-se que:
Ana tem um livro a mais que Bruno.
Carla tem um livro a menos que Bruno.
A soma das quantidades de livros dos três amigos é 12.
Quantos livros Ana tem?
Alternativas
Respostas
1: B
2: A
3: C
4: B
5: D
6: E
7: D
8: A
9: D
10: C
11: B
12: C
13: E
14: D
15: B
16: B
17: A
18: C
19: D
20: E