Questões de Concurso Público Prefeitura de Piraquara - PR 2014 para Fonoaudiólogo
Foram encontradas 3 questões
I. Crianças que apresentam problemas na produção articulatória de sons que compõem a língua portuguesa, além de portadoras de um distúrbio articulatório, devem ser tratadas como portadoras de atraso de linguagem, pois também apresentam dificuldades em estruturar a oralidade.
II. Crianças que falam “faso” em vez de vaso; “pola” em vez de bola; “tente” em vez de dente apresentam dificuldades em relação aos modos e pontos de articulação dos sons [f] e [v]; [p] e [b]; [t] e [d].
III. Distúrbios articulatórios e distúrbios fonológicos são quadros clínicos definidos a partir da mesma conceituação e devem ser abordados pelos mesmos procedimentos avaliativos e terapêuticos.
IV. A inteligibilidade da fala de crianças pode estar comprometida pelo fato de as crianças apresentarem dificuldades na produção dos sons da língua e/ou na estruturação discursiva.
V. Alterações fonéticas podem estar relacionadas à inabilidade de o sujeito articular os sons da fala, envolvendo dimensões anatômicas e/ou funcionais. Alterações fonêmicas estão associadas à forma como os sons são usados e, portanto, têm uma base linguística.
Quantas proposições são corretas?
I. Quando crianças escrevem “a migo” em vez de amigo; “decarro” em vez de de carro; “emcasa” em vez de em casa, estão operando sobre o aspecto sintático da língua portuguesa e, mais especificamente, sobre regras que normatizam o uso de artigos e conjunções.
II. Quando crianças escrevem “ e ai, o menino caiu e ficou triste; chorou, chorou; e ai a mãe beijou ele e deu colo; e ai saiu sangue e ai doeu e a mãe fez curativo” estão operando sobre aspectos textuais da língua portuguesa e, mais especificamente, sobre estruturas e progressões temáticas que garantam produções escritas com coesão e coerência
III. Quando crianças escrevem “ãna” em vez de ana; “sãmba” em vez de samba; “muinto” em vez de muito, estão operando sobre o aspecto ortográfico da língua portuguesa e, mais especificamente, sobre a grafia de letras que correspondem a sons nasais.
IV. Quando crianças escrevem “meza” em vez de mesa; ”seu” em vez de céu; “caxorro” em vez de cachorro; “abrasso” em vez de abraço estão operando sobre o aspecto ortográfico da língua portuguesa e, mais especificamente, sobre a grafia de letras que estabelecem relações múltiplas e/ou cruzadas com sons.
V. O sistema ortográfico da língua portuguesa é classificado como de caráter regular, pois, invariavelmente, há uma relação biunívoca entre som e letra.
I. Produções orais como “chicrete” para chiclete; “craro” para claro; “fumo” para fomos; “poquin” para poquinho; “barrer” para varrer podem estar relacionadas a modos de fala de determinados grupos e contextos sociais e, portanto, podem ser consideradas como variedades linguísticas.
II. Crianças com idade entre 8 a 9 anos que apresentam produções ortográficas fora do padrão devem ter limitações ou disfunções relacionadas à percepção auditiva, visual, coordenação motora, atenção e memória.
III. Alterações de fala que se manifestam a partir das omissões /panta/ por /planta/; /caudia/ por /claudia/; /poita/ por /porta/ podem estar associadas a dificuldades relativas à produção dos sons fricativos e líquidos.
IV. Problemas de discriminação auditiva podem ser a causa de grande parte das crianças cometerem as seguintes trocas: “ezato” por exato; “omem” por homem; “taquici” por taxi; “bixo” por bicho.
V. A fala e a escrita apresentam a mesma estrutura segmental. Crianças que apresentam, na escrita de palavras, hipo ou hipersegmentações tendem a apresentar alterações perceptuais e/ou cognitivas que dificultem estabelecer análise e síntese e relação grafema-fonema.