Em 1897, mais de 8 mil soldados do Exército
brasileiro, munidos de armas modernas, como
canhões, fuzis de assalto e até uma grande
metralhadora chamada de "matadera", invadiram o
Arraial de Canudos. A comunidade igualitária,
localizada no interior da Bahia e liderada por
Antônio Conselheiro, era acusada de ser uma
resistência monarquista. Mais de 20 mil moradores
de Canudos foram mortos ao final da invasão;
apenas cerca de 700 mulheres, crianças e idosos
sobrevieram ao massacre. O líder Antônio
Conselheiro já havia falecido, quando as tropas
adentraram na comunidade, mas seu corpo foi
desenterrado e sua cabeça levada para Salvador,
onde foi estudada pelo antropólogo e médico Nina
Rodrigues, pois, a partir das medidas da cabeça,
acreditava-se poder investigar a tendência à
criminalidade do individuo, segundo os conceitos da
Antropologia Criminal da época. O criador da
Antropologia Criminal foi: