Questões de Concurso Público Banco da Amazônia 2013 para Técnico Bancário, 2
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É preciso mudar a mentalidade sobre a Amazônia
Trabalho no projeto Saúde e Alegria, que come-
çou com o apoio do BNDES em 1987, e hoje retoma-
mos uma parceria com o Banco na área de sanea-
mento, premiada pela Cepal, em Santiago do Chile.
5 ____ O tiro que eu daria seria na mudança de mentali-
dade. O Brasil começaria a entender a Amazônia não
como um ônus, mas como um bônus. Vivemos neste
exato momento duas crises. Uma econômica inter-
nacional, outra ambiental. Apesar de serem duas, a
10 solução para a saída de ambas é uma só: pensar um
novo modelo de desenvolvimento que una a questão
ambiental à econômica. Sobretudo, que traga alegria,
saúde, felicidade, com base não apenas no consumo
desenfreado.
15 ____A questão liga a Amazônia ao mundo não ape-
nas pelo aspecto da regulação climática, mas tam-
bém pela motivação na busca de uma solução para
aquelas duas crises. Temos uma oportunidade única
— principalmente por ser o Brasil um país que agrega
20 a maioria do território amazônico — de construir, a
partir da Amazônia, um modelo de desenvolvimento
“2.0” capaz de oferecer respostas em um sentido in-
verso ao atual. Em lugar de importar um modelo de
desenvolvimento do Sul, construído em outras bases,
25 deveríamos levar adiante algumas iniciativas que po-
dem ser, até mesmo, replicadas em cidades como
Rio de Janeiro ou São Paulo.
Esse seria o tiro ligado à mudança de mentali-
dade. Às vezes, pensamos na Amazônia como um
30 problema, como o escândalo do desmatamento. Ra-
ramente chegam às regiões Sul e Sudeste ou a Bra-
sília notícias boas da Amazônia.
O novo modelo de desenvolvimento — se fos-
se reduzido a alguns pilares — incluiria, obviamente,
35 zerar o desmatamento (já há programas para isso) e
combater a pobreza, entendendo-se que a solução
para o meio ambiente passa, necessariamente, pela
questão social.
Se analisarmos as áreas que mais desmatam
40 hoje no mundo, constataremos que são áreas com
menor Índice de Desenvolvimento Humano [IDH].
Portanto, há uma necessidade premente de se criar
um ambiente de negócios sustentáveis, com uma
economia ligada ao meio ambiente. O investidor pre-
45 cisa ter segurança de investir, de gerar emprego com
o mínimo de governança, para que esses negócios
se perpetuem ao longo do tempo.
Destaco outros pontos, como a política de prote-
ção e fiscalização. É preciso sair da cultura do ilega-
50 lismo e entrar no legalismo. O normal lá é o ilegal. Va-
mos imaginar que sou do Rio Grande do Sul, sou um
cara do bem, quero investir em produção madeireira
na Amazônia. Faço tudo corretamente, plano de ma-
nejo, obtenho as licenças necessárias, pago encar-
55 gos trabalhistas, etc. Vou enfrentar uma concorrên-
cia desleal, e minha empresa fechará no vermelho.
Como posso concorrer com 99% dos empreendimen-
tos, que são ilegais? Ou volto para o Rio Grande do
Sul ou mudo de lado. Essa é a prática na Amazônia.
E essa prática precisa acabar.
Além da necessidade de governança, de gestão
pública, há a necessidade de políticas que atendam
ao fator amazônico. Às vezes, acho que o Brasil des-
conhece a Amazônia. Lido com políticos municipais,
65 principalmente nas áreas de saúde e educação. Evi-
dentemente, não podemos trabalhar com a mesma
política de municípios como Campinas ou Santarém,
equivalente ao tamanho da Bélgica. Na Amazônia, há
comunidades que ficam distantes 20 horas de bar-
70 co e são responsabilidade do gestor municipal. Ima-
ginem um secretário de Saúde tentando cumprir a
Constituição, o direito do cidadão, com o orçamento
limitado, numa situação amazônica, com as distân-
cias amazônicas.
75 ___Outro ponto a ser levado em consideração é o
ordenamento territorial. Também destaco os aspec-
tos social e de infraestrutura, as cadeias produtivas,
o crédito, o fomento e a construção de uma nova eco-
nomia sobre REDD (do inglês Reducing Emissions
80 from Deforestation and Degradation, que significa re-
duzir emissões provenientes de desflorestamento e
degradação) e o pagamento de serviços ambientais.
Em resumo, se começarmos a pensar na Ama-
zônia como uma oportunidade, acho que consegui-
85 remos efetivar soluções em curto espaço de tempo.
SCANNAVINO, Caetano. É preciso mudar a mentalidade sobre a Amazônia. In: BNDES. Amazônia em debate: oportunidades, desafios e soluções. Rio de Janeiro: BNDES, 2010, p. 147-149. Adaptado.
O texto busca refletir acerca de um novo modelo de desenvolvimento.
Nesse sentido, seu autor conclui que
É preciso mudar a mentalidade sobre a Amazônia
Trabalho no projeto Saúde e Alegria, que come-
çou com o apoio do BNDES em 1987, e hoje retoma-
mos uma parceria com o Banco na área de sanea-
mento, premiada pela Cepal, em Santiago do Chile.
5 ____ O tiro que eu daria seria na mudança de mentali-
dade. O Brasil começaria a entender a Amazônia não
como um ônus, mas como um bônus. Vivemos neste
exato momento duas crises. Uma econômica inter-
nacional, outra ambiental. Apesar de serem duas, a
10 solução para a saída de ambas é uma só: pensar um
novo modelo de desenvolvimento que una a questão
ambiental à econômica. Sobretudo, que traga alegria,
saúde, felicidade, com base não apenas no consumo
desenfreado.
15 ____A questão liga a Amazônia ao mundo não ape-
nas pelo aspecto da regulação climática, mas tam-
bém pela motivação na busca de uma solução para
aquelas duas crises. Temos uma oportunidade única
— principalmente por ser o Brasil um país que agrega
20 a maioria do território amazônico — de construir, a
partir da Amazônia, um modelo de desenvolvimento
“2.0” capaz de oferecer respostas em um sentido in-
verso ao atual. Em lugar de importar um modelo de
desenvolvimento do Sul, construído em outras bases,
25 deveríamos levar adiante algumas iniciativas que po-
dem ser, até mesmo, replicadas em cidades como
Rio de Janeiro ou São Paulo.
Esse seria o tiro ligado à mudança de mentali-
dade. Às vezes, pensamos na Amazônia como um
30 problema, como o escândalo do desmatamento. Ra-
ramente chegam às regiões Sul e Sudeste ou a Bra-
sília notícias boas da Amazônia.
O novo modelo de desenvolvimento — se fos-
se reduzido a alguns pilares — incluiria, obviamente,
35 zerar o desmatamento (já há programas para isso) e
combater a pobreza, entendendo-se que a solução
para o meio ambiente passa, necessariamente, pela
questão social.
Se analisarmos as áreas que mais desmatam
40 hoje no mundo, constataremos que são áreas com
menor Índice de Desenvolvimento Humano [IDH].
Portanto, há uma necessidade premente de se criar
um ambiente de negócios sustentáveis, com uma
economia ligada ao meio ambiente. O investidor pre-
45 cisa ter segurança de investir, de gerar emprego com
o mínimo de governança, para que esses negócios
se perpetuem ao longo do tempo.
Destaco outros pontos, como a política de prote-
ção e fiscalização. É preciso sair da cultura do ilega-
50 lismo e entrar no legalismo. O normal lá é o ilegal. Va-
mos imaginar que sou do Rio Grande do Sul, sou um
cara do bem, quero investir em produção madeireira
na Amazônia. Faço tudo corretamente, plano de ma-
nejo, obtenho as licenças necessárias, pago encar-
55 gos trabalhistas, etc. Vou enfrentar uma concorrên-
cia desleal, e minha empresa fechará no vermelho.
Como posso concorrer com 99% dos empreendimen-
tos, que são ilegais? Ou volto para o Rio Grande do
Sul ou mudo de lado. Essa é a prática na Amazônia.
E essa prática precisa acabar.
Além da necessidade de governança, de gestão
pública, há a necessidade de políticas que atendam
ao fator amazônico. Às vezes, acho que o Brasil des-
conhece a Amazônia. Lido com políticos municipais,
65 principalmente nas áreas de saúde e educação. Evi-
dentemente, não podemos trabalhar com a mesma
política de municípios como Campinas ou Santarém,
equivalente ao tamanho da Bélgica. Na Amazônia, há
comunidades que ficam distantes 20 horas de bar-
70 co e são responsabilidade do gestor municipal. Ima-
ginem um secretário de Saúde tentando cumprir a
Constituição, o direito do cidadão, com o orçamento
limitado, numa situação amazônica, com as distân-
cias amazônicas.
75 ___Outro ponto a ser levado em consideração é o
ordenamento territorial. Também destaco os aspec-
tos social e de infraestrutura, as cadeias produtivas,
o crédito, o fomento e a construção de uma nova eco-
nomia sobre REDD (do inglês Reducing Emissions
80 from Deforestation and Degradation, que significa re-
duzir emissões provenientes de desflorestamento e
degradação) e o pagamento de serviços ambientais.
Em resumo, se começarmos a pensar na Ama-
zônia como uma oportunidade, acho que consegui-
85 remos efetivar soluções em curto espaço de tempo.
SCANNAVINO, Caetano. É preciso mudar a mentalidade sobre a Amazônia. In: BNDES. Amazônia em debate: oportunidades, desafios e soluções. Rio de Janeiro: BNDES, 2010, p. 147-149. Adaptado.
O texto cultiva um registro predominantemente formal. No entanto, se uma das frases abaixo fizesse parte de um relatório enviado ao diretor de uma empresa, seria possível nela apontar uma inadequação de linguagem.
A frase é a seguinte:
É preciso mudar a mentalidade sobre a Amazônia
Trabalho no projeto Saúde e Alegria, que come-
çou com o apoio do BNDES em 1987, e hoje retoma-
mos uma parceria com o Banco na área de sanea-
mento, premiada pela Cepal, em Santiago do Chile.
5 ____ O tiro que eu daria seria na mudança de mentali-
dade. O Brasil começaria a entender a Amazônia não
como um ônus, mas como um bônus. Vivemos neste
exato momento duas crises. Uma econômica inter-
nacional, outra ambiental. Apesar de serem duas, a
10 solução para a saída de ambas é uma só: pensar um
novo modelo de desenvolvimento que una a questão
ambiental à econômica. Sobretudo, que traga alegria,
saúde, felicidade, com base não apenas no consumo
desenfreado.
15 ____A questão liga a Amazônia ao mundo não ape-
nas pelo aspecto da regulação climática, mas tam-
bém pela motivação na busca de uma solução para
aquelas duas crises. Temos uma oportunidade única
— principalmente por ser o Brasil um país que agrega
20 a maioria do território amazônico — de construir, a
partir da Amazônia, um modelo de desenvolvimento
“2.0” capaz de oferecer respostas em um sentido in-
verso ao atual. Em lugar de importar um modelo de
desenvolvimento do Sul, construído em outras bases,
25 deveríamos levar adiante algumas iniciativas que po-
dem ser, até mesmo, replicadas em cidades como
Rio de Janeiro ou São Paulo.
Esse seria o tiro ligado à mudança de mentali-
dade. Às vezes, pensamos na Amazônia como um
30 problema, como o escândalo do desmatamento. Ra-
ramente chegam às regiões Sul e Sudeste ou a Bra-
sília notícias boas da Amazônia.
O novo modelo de desenvolvimento — se fos-
se reduzido a alguns pilares — incluiria, obviamente,
35 zerar o desmatamento (já há programas para isso) e
combater a pobreza, entendendo-se que a solução
para o meio ambiente passa, necessariamente, pela
questão social.
Se analisarmos as áreas que mais desmatam
40 hoje no mundo, constataremos que são áreas com
menor Índice de Desenvolvimento Humano [IDH].
Portanto, há uma necessidade premente de se criar
um ambiente de negócios sustentáveis, com uma
economia ligada ao meio ambiente. O investidor pre-
45 cisa ter segurança de investir, de gerar emprego com
o mínimo de governança, para que esses negócios
se perpetuem ao longo do tempo.
Destaco outros pontos, como a política de prote-
ção e fiscalização. É preciso sair da cultura do ilega-
50 lismo e entrar no legalismo. O normal lá é o ilegal. Va-
mos imaginar que sou do Rio Grande do Sul, sou um
cara do bem, quero investir em produção madeireira
na Amazônia. Faço tudo corretamente, plano de ma-
nejo, obtenho as licenças necessárias, pago encar-
55 gos trabalhistas, etc. Vou enfrentar uma concorrên-
cia desleal, e minha empresa fechará no vermelho.
Como posso concorrer com 99% dos empreendimen-
tos, que são ilegais? Ou volto para o Rio Grande do
Sul ou mudo de lado. Essa é a prática na Amazônia.
E essa prática precisa acabar.
Além da necessidade de governança, de gestão
pública, há a necessidade de políticas que atendam
ao fator amazônico. Às vezes, acho que o Brasil des-
conhece a Amazônia. Lido com políticos municipais,
65 principalmente nas áreas de saúde e educação. Evi-
dentemente, não podemos trabalhar com a mesma
política de municípios como Campinas ou Santarém,
equivalente ao tamanho da Bélgica. Na Amazônia, há
comunidades que ficam distantes 20 horas de bar-
70 co e são responsabilidade do gestor municipal. Ima-
ginem um secretário de Saúde tentando cumprir a
Constituição, o direito do cidadão, com o orçamento
limitado, numa situação amazônica, com as distân-
cias amazônicas.
75 ___Outro ponto a ser levado em consideração é o
ordenamento territorial. Também destaco os aspec-
tos social e de infraestrutura, as cadeias produtivas,
o crédito, o fomento e a construção de uma nova eco-
nomia sobre REDD (do inglês Reducing Emissions
80 from Deforestation and Degradation, que significa re-
duzir emissões provenientes de desflorestamento e
degradação) e o pagamento de serviços ambientais.
Em resumo, se começarmos a pensar na Ama-
zônia como uma oportunidade, acho que consegui-
85 remos efetivar soluções em curto espaço de tempo.
SCANNAVINO, Caetano. É preciso mudar a mentalidade sobre a Amazônia. In: BNDES. Amazônia em debate: oportunidades, desafios e soluções. Rio de Janeiro: BNDES, 2010, p. 147-149. Adaptado.
No trecho “constataremos que são áreas com menor Índice de Desenvolvimento Humano” (𝓁. 40-41), a palavra que tem a mesma classificação do que se destaca em:
É preciso mudar a mentalidade sobre a Amazônia
Trabalho no projeto Saúde e Alegria, que come-
çou com o apoio do BNDES em 1987, e hoje retoma-
mos uma parceria com o Banco na área de sanea-
mento, premiada pela Cepal, em Santiago do Chile.
5 ____ O tiro que eu daria seria na mudança de mentali-
dade. O Brasil começaria a entender a Amazônia não
como um ônus, mas como um bônus. Vivemos neste
exato momento duas crises. Uma econômica inter-
nacional, outra ambiental. Apesar de serem duas, a
10 solução para a saída de ambas é uma só: pensar um
novo modelo de desenvolvimento que una a questão
ambiental à econômica. Sobretudo, que traga alegria,
saúde, felicidade, com base não apenas no consumo
desenfreado.
15 ____A questão liga a Amazônia ao mundo não ape-
nas pelo aspecto da regulação climática, mas tam-
bém pela motivação na busca de uma solução para
aquelas duas crises. Temos uma oportunidade única
— principalmente por ser o Brasil um país que agrega
20 a maioria do território amazônico — de construir, a
partir da Amazônia, um modelo de desenvolvimento
“2.0” capaz de oferecer respostas em um sentido in-
verso ao atual. Em lugar de importar um modelo de
desenvolvimento do Sul, construído em outras bases,
25 deveríamos levar adiante algumas iniciativas que po-
dem ser, até mesmo, replicadas em cidades como
Rio de Janeiro ou São Paulo.
Esse seria o tiro ligado à mudança de mentali-
dade. Às vezes, pensamos na Amazônia como um
30 problema, como o escândalo do desmatamento. Ra-
ramente chegam às regiões Sul e Sudeste ou a Bra-
sília notícias boas da Amazônia.
O novo modelo de desenvolvimento — se fos-
se reduzido a alguns pilares — incluiria, obviamente,
35 zerar o desmatamento (já há programas para isso) e
combater a pobreza, entendendo-se que a solução
para o meio ambiente passa, necessariamente, pela
questão social.
Se analisarmos as áreas que mais desmatam
40 hoje no mundo, constataremos que são áreas com
menor Índice de Desenvolvimento Humano [IDH].
Portanto, há uma necessidade premente de se criar
um ambiente de negócios sustentáveis, com uma
economia ligada ao meio ambiente. O investidor pre-
45 cisa ter segurança de investir, de gerar emprego com
o mínimo de governança, para que esses negócios
se perpetuem ao longo do tempo.
Destaco outros pontos, como a política de prote-
ção e fiscalização. É preciso sair da cultura do ilega-
50 lismo e entrar no legalismo. O normal lá é o ilegal. Va-
mos imaginar que sou do Rio Grande do Sul, sou um
cara do bem, quero investir em produção madeireira
na Amazônia. Faço tudo corretamente, plano de ma-
nejo, obtenho as licenças necessárias, pago encar-
55 gos trabalhistas, etc. Vou enfrentar uma concorrên-
cia desleal, e minha empresa fechará no vermelho.
Como posso concorrer com 99% dos empreendimen-
tos, que são ilegais? Ou volto para o Rio Grande do
Sul ou mudo de lado. Essa é a prática na Amazônia.
E essa prática precisa acabar.
Além da necessidade de governança, de gestão
pública, há a necessidade de políticas que atendam
ao fator amazônico. Às vezes, acho que o Brasil des-
conhece a Amazônia. Lido com políticos municipais,
65 principalmente nas áreas de saúde e educação. Evi-
dentemente, não podemos trabalhar com a mesma
política de municípios como Campinas ou Santarém,
equivalente ao tamanho da Bélgica. Na Amazônia, há
comunidades que ficam distantes 20 horas de bar-
70 co e são responsabilidade do gestor municipal. Ima-
ginem um secretário de Saúde tentando cumprir a
Constituição, o direito do cidadão, com o orçamento
limitado, numa situação amazônica, com as distân-
cias amazônicas.
75 ___Outro ponto a ser levado em consideração é o
ordenamento territorial. Também destaco os aspec-
tos social e de infraestrutura, as cadeias produtivas,
o crédito, o fomento e a construção de uma nova eco-
nomia sobre REDD (do inglês Reducing Emissions
80 from Deforestation and Degradation, que significa re-
duzir emissões provenientes de desflorestamento e
degradação) e o pagamento de serviços ambientais.
Em resumo, se começarmos a pensar na Ama-
zônia como uma oportunidade, acho que consegui-
85 remos efetivar soluções em curto espaço de tempo.
SCANNAVINO, Caetano. É preciso mudar a mentalidade sobre a Amazônia. In: BNDES. Amazônia em debate: oportunidades, desafios e soluções. Rio de Janeiro: BNDES, 2010, p. 147-149. Adaptado.
A mudança de pontuação manteve o sentido original do texto, bem como observou os preceitos da norma-padrão, em:
É preciso mudar a mentalidade sobre a Amazônia
Trabalho no projeto Saúde e Alegria, que come-
çou com o apoio do BNDES em 1987, e hoje retoma-
mos uma parceria com o Banco na área de sanea-
mento, premiada pela Cepal, em Santiago do Chile.
5 ____ O tiro que eu daria seria na mudança de mentali-
dade. O Brasil começaria a entender a Amazônia não
como um ônus, mas como um bônus. Vivemos neste
exato momento duas crises. Uma econômica inter-
nacional, outra ambiental. Apesar de serem duas, a
10 solução para a saída de ambas é uma só: pensar um
novo modelo de desenvolvimento que una a questão
ambiental à econômica. Sobretudo, que traga alegria,
saúde, felicidade, com base não apenas no consumo
desenfreado.
15 ____A questão liga a Amazônia ao mundo não ape-
nas pelo aspecto da regulação climática, mas tam-
bém pela motivação na busca de uma solução para
aquelas duas crises. Temos uma oportunidade única
— principalmente por ser o Brasil um país que agrega
20 a maioria do território amazônico — de construir, a
partir da Amazônia, um modelo de desenvolvimento
“2.0” capaz de oferecer respostas em um sentido in-
verso ao atual. Em lugar de importar um modelo de
desenvolvimento do Sul, construído em outras bases,
25 deveríamos levar adiante algumas iniciativas que po-
dem ser, até mesmo, replicadas em cidades como
Rio de Janeiro ou São Paulo.
Esse seria o tiro ligado à mudança de mentali-
dade. Às vezes, pensamos na Amazônia como um
30 problema, como o escândalo do desmatamento. Ra-
ramente chegam às regiões Sul e Sudeste ou a Bra-
sília notícias boas da Amazônia.
O novo modelo de desenvolvimento — se fos-
se reduzido a alguns pilares — incluiria, obviamente,
35 zerar o desmatamento (já há programas para isso) e
combater a pobreza, entendendo-se que a solução
para o meio ambiente passa, necessariamente, pela
questão social.
Se analisarmos as áreas que mais desmatam
40 hoje no mundo, constataremos que são áreas com
menor Índice de Desenvolvimento Humano [IDH].
Portanto, há uma necessidade premente de se criar
um ambiente de negócios sustentáveis, com uma
economia ligada ao meio ambiente. O investidor pre-
45 cisa ter segurança de investir, de gerar emprego com
o mínimo de governança, para que esses negócios
se perpetuem ao longo do tempo.
Destaco outros pontos, como a política de prote-
ção e fiscalização. É preciso sair da cultura do ilega-
50 lismo e entrar no legalismo. O normal lá é o ilegal. Va-
mos imaginar que sou do Rio Grande do Sul, sou um
cara do bem, quero investir em produção madeireira
na Amazônia. Faço tudo corretamente, plano de ma-
nejo, obtenho as licenças necessárias, pago encar-
55 gos trabalhistas, etc. Vou enfrentar uma concorrên-
cia desleal, e minha empresa fechará no vermelho.
Como posso concorrer com 99% dos empreendimen-
tos, que são ilegais? Ou volto para o Rio Grande do
Sul ou mudo de lado. Essa é a prática na Amazônia.
E essa prática precisa acabar.
Além da necessidade de governança, de gestão
pública, há a necessidade de políticas que atendam
ao fator amazônico. Às vezes, acho que o Brasil des-
conhece a Amazônia. Lido com políticos municipais,
65 principalmente nas áreas de saúde e educação. Evi-
dentemente, não podemos trabalhar com a mesma
política de municípios como Campinas ou Santarém,
equivalente ao tamanho da Bélgica. Na Amazônia, há
comunidades que ficam distantes 20 horas de bar-
70 co e são responsabilidade do gestor municipal. Ima-
ginem um secretário de Saúde tentando cumprir a
Constituição, o direito do cidadão, com o orçamento
limitado, numa situação amazônica, com as distân-
cias amazônicas.
75 ___Outro ponto a ser levado em consideração é o
ordenamento territorial. Também destaco os aspec-
tos social e de infraestrutura, as cadeias produtivas,
o crédito, o fomento e a construção de uma nova eco-
nomia sobre REDD (do inglês Reducing Emissions
80 from Deforestation and Degradation, que significa re-
duzir emissões provenientes de desflorestamento e
degradação) e o pagamento de serviços ambientais.
Em resumo, se começarmos a pensar na Ama-
zônia como uma oportunidade, acho que consegui-
85 remos efetivar soluções em curto espaço de tempo.
SCANNAVINO, Caetano. É preciso mudar a mentalidade sobre a Amazônia. In: BNDES. Amazônia em debate: oportunidades, desafios e soluções. Rio de Janeiro: BNDES, 2010, p. 147-149. Adaptado.
Na frase “Vou enfrentar uma concorrência desleal, e minha empresa fechará no vermelho.” (𝓁. 55-56), a palavra em destaque pode ser substituída, sem prejuízo do sentido original do texto, por
É preciso mudar a mentalidade sobre a Amazônia
Trabalho no projeto Saúde e Alegria, que come-
çou com o apoio do BNDES em 1987, e hoje retoma-
mos uma parceria com o Banco na área de sanea-
mento, premiada pela Cepal, em Santiago do Chile.
5 ____ O tiro que eu daria seria na mudança de mentali-
dade. O Brasil começaria a entender a Amazônia não
como um ônus, mas como um bônus. Vivemos neste
exato momento duas crises. Uma econômica inter-
nacional, outra ambiental. Apesar de serem duas, a
10 solução para a saída de ambas é uma só: pensar um
novo modelo de desenvolvimento que una a questão
ambiental à econômica. Sobretudo, que traga alegria,
saúde, felicidade, com base não apenas no consumo
desenfreado.
15 ____A questão liga a Amazônia ao mundo não ape-
nas pelo aspecto da regulação climática, mas tam-
bém pela motivação na busca de uma solução para
aquelas duas crises. Temos uma oportunidade única
— principalmente por ser o Brasil um país que agrega
20 a maioria do território amazônico — de construir, a
partir da Amazônia, um modelo de desenvolvimento
“2.0” capaz de oferecer respostas em um sentido in-
verso ao atual. Em lugar de importar um modelo de
desenvolvimento do Sul, construído em outras bases,
25 deveríamos levar adiante algumas iniciativas que po-
dem ser, até mesmo, replicadas em cidades como
Rio de Janeiro ou São Paulo.
Esse seria o tiro ligado à mudança de mentali-
dade. Às vezes, pensamos na Amazônia como um
30 problema, como o escândalo do desmatamento. Ra-
ramente chegam às regiões Sul e Sudeste ou a Bra-
sília notícias boas da Amazônia.
O novo modelo de desenvolvimento — se fos-
se reduzido a alguns pilares — incluiria, obviamente,
35 zerar o desmatamento (já há programas para isso) e
combater a pobreza, entendendo-se que a solução
para o meio ambiente passa, necessariamente, pela
questão social.
Se analisarmos as áreas que mais desmatam
40 hoje no mundo, constataremos que são áreas com
menor Índice de Desenvolvimento Humano [IDH].
Portanto, há uma necessidade premente de se criar
um ambiente de negócios sustentáveis, com uma
economia ligada ao meio ambiente. O investidor pre-
45 cisa ter segurança de investir, de gerar emprego com
o mínimo de governança, para que esses negócios
se perpetuem ao longo do tempo.
Destaco outros pontos, como a política de prote-
ção e fiscalização. É preciso sair da cultura do ilega-
50 lismo e entrar no legalismo. O normal lá é o ilegal. Va-
mos imaginar que sou do Rio Grande do Sul, sou um
cara do bem, quero investir em produção madeireira
na Amazônia. Faço tudo corretamente, plano de ma-
nejo, obtenho as licenças necessárias, pago encar-
55 gos trabalhistas, etc. Vou enfrentar uma concorrên-
cia desleal, e minha empresa fechará no vermelho.
Como posso concorrer com 99% dos empreendimen-
tos, que são ilegais? Ou volto para o Rio Grande do
Sul ou mudo de lado. Essa é a prática na Amazônia.
E essa prática precisa acabar.
Além da necessidade de governança, de gestão
pública, há a necessidade de políticas que atendam
ao fator amazônico. Às vezes, acho que o Brasil des-
conhece a Amazônia. Lido com políticos municipais,
65 principalmente nas áreas de saúde e educação. Evi-
dentemente, não podemos trabalhar com a mesma
política de municípios como Campinas ou Santarém,
equivalente ao tamanho da Bélgica. Na Amazônia, há
comunidades que ficam distantes 20 horas de bar-
70 co e são responsabilidade do gestor municipal. Ima-
ginem um secretário de Saúde tentando cumprir a
Constituição, o direito do cidadão, com o orçamento
limitado, numa situação amazônica, com as distân-
cias amazônicas.
75 ___Outro ponto a ser levado em consideração é o
ordenamento territorial. Também destaco os aspec-
tos social e de infraestrutura, as cadeias produtivas,
o crédito, o fomento e a construção de uma nova eco-
nomia sobre REDD (do inglês Reducing Emissions
80 from Deforestation and Degradation, que significa re-
duzir emissões provenientes de desflorestamento e
degradação) e o pagamento de serviços ambientais.
Em resumo, se começarmos a pensar na Ama-
zônia como uma oportunidade, acho que consegui-
85 remos efetivar soluções em curto espaço de tempo.
SCANNAVINO, Caetano. É preciso mudar a mentalidade sobre a Amazônia. In: BNDES. Amazônia em debate: oportunidades, desafios e soluções. Rio de Janeiro: BNDES, 2010, p. 147-149. Adaptado.
Seguem a mesma regra de acentuação gráfica as seguintes palavras do texto:
É preciso mudar a mentalidade sobre a Amazônia
Trabalho no projeto Saúde e Alegria, que come-
çou com o apoio do BNDES em 1987, e hoje retoma-
mos uma parceria com o Banco na área de sanea-
mento, premiada pela Cepal, em Santiago do Chile.
5 ____ O tiro que eu daria seria na mudança de mentali-
dade. O Brasil começaria a entender a Amazônia não
como um ônus, mas como um bônus. Vivemos neste
exato momento duas crises. Uma econômica inter-
nacional, outra ambiental. Apesar de serem duas, a
10 solução para a saída de ambas é uma só: pensar um
novo modelo de desenvolvimento que una a questão
ambiental à econômica. Sobretudo, que traga alegria,
saúde, felicidade, com base não apenas no consumo
desenfreado.
15 ____A questão liga a Amazônia ao mundo não ape-
nas pelo aspecto da regulação climática, mas tam-
bém pela motivação na busca de uma solução para
aquelas duas crises. Temos uma oportunidade única
— principalmente por ser o Brasil um país que agrega
20 a maioria do território amazônico — de construir, a
partir da Amazônia, um modelo de desenvolvimento
“2.0” capaz de oferecer respostas em um sentido in-
verso ao atual. Em lugar de importar um modelo de
desenvolvimento do Sul, construído em outras bases,
25 deveríamos levar adiante algumas iniciativas que po-
dem ser, até mesmo, replicadas em cidades como
Rio de Janeiro ou São Paulo.
Esse seria o tiro ligado à mudança de mentali-
dade. Às vezes, pensamos na Amazônia como um
30 problema, como o escândalo do desmatamento. Ra-
ramente chegam às regiões Sul e Sudeste ou a Bra-
sília notícias boas da Amazônia.
O novo modelo de desenvolvimento — se fos-
se reduzido a alguns pilares — incluiria, obviamente,
35 zerar o desmatamento (já há programas para isso) e
combater a pobreza, entendendo-se que a solução
para o meio ambiente passa, necessariamente, pela
questão social.
Se analisarmos as áreas que mais desmatam
40 hoje no mundo, constataremos que são áreas com
menor Índice de Desenvolvimento Humano [IDH].
Portanto, há uma necessidade premente de se criar
um ambiente de negócios sustentáveis, com uma
economia ligada ao meio ambiente. O investidor pre-
45 cisa ter segurança de investir, de gerar emprego com
o mínimo de governança, para que esses negócios
se perpetuem ao longo do tempo.
Destaco outros pontos, como a política de prote-
ção e fiscalização. É preciso sair da cultura do ilega-
50 lismo e entrar no legalismo. O normal lá é o ilegal. Va-
mos imaginar que sou do Rio Grande do Sul, sou um
cara do bem, quero investir em produção madeireira
na Amazônia. Faço tudo corretamente, plano de ma-
nejo, obtenho as licenças necessárias, pago encar-
55 gos trabalhistas, etc. Vou enfrentar uma concorrên-
cia desleal, e minha empresa fechará no vermelho.
Como posso concorrer com 99% dos empreendimen-
tos, que são ilegais? Ou volto para o Rio Grande do
Sul ou mudo de lado. Essa é a prática na Amazônia.
E essa prática precisa acabar.
Além da necessidade de governança, de gestão
pública, há a necessidade de políticas que atendam
ao fator amazônico. Às vezes, acho que o Brasil des-
conhece a Amazônia. Lido com políticos municipais,
65 principalmente nas áreas de saúde e educação. Evi-
dentemente, não podemos trabalhar com a mesma
política de municípios como Campinas ou Santarém,
equivalente ao tamanho da Bélgica. Na Amazônia, há
comunidades que ficam distantes 20 horas de bar-
70 co e são responsabilidade do gestor municipal. Ima-
ginem um secretário de Saúde tentando cumprir a
Constituição, o direito do cidadão, com o orçamento
limitado, numa situação amazônica, com as distân-
cias amazônicas.
75 ___Outro ponto a ser levado em consideração é o
ordenamento territorial. Também destaco os aspec-
tos social e de infraestrutura, as cadeias produtivas,
o crédito, o fomento e a construção de uma nova eco-
nomia sobre REDD (do inglês Reducing Emissions
80 from Deforestation and Degradation, que significa re-
duzir emissões provenientes de desflorestamento e
degradação) e o pagamento de serviços ambientais.
Em resumo, se começarmos a pensar na Ama-
zônia como uma oportunidade, acho que consegui-
85 remos efetivar soluções em curto espaço de tempo.
SCANNAVINO, Caetano. É preciso mudar a mentalidade sobre a Amazônia. In: BNDES. Amazônia em debate: oportunidades, desafios e soluções. Rio de Janeiro: BNDES, 2010, p. 147-149. Adaptado.
Palavras como regulação e emissão, embora provenham igualmente de verbos (regular; emitir), apresentam uma divergência de grafia em sua terminação.
É grafada com -ção a palavra criada a partir do verbo
É preciso mudar a mentalidade sobre a Amazônia
Trabalho no projeto Saúde e Alegria, que come-
çou com o apoio do BNDES em 1987, e hoje retoma-
mos uma parceria com o Banco na área de sanea-
mento, premiada pela Cepal, em Santiago do Chile.
5 ____ O tiro que eu daria seria na mudança de mentali-
dade. O Brasil começaria a entender a Amazônia não
como um ônus, mas como um bônus. Vivemos neste
exato momento duas crises. Uma econômica inter-
nacional, outra ambiental. Apesar de serem duas, a
10 solução para a saída de ambas é uma só: pensar um
novo modelo de desenvolvimento que una a questão
ambiental à econômica. Sobretudo, que traga alegria,
saúde, felicidade, com base não apenas no consumo
desenfreado.
15 ____A questão liga a Amazônia ao mundo não ape-
nas pelo aspecto da regulação climática, mas tam-
bém pela motivação na busca de uma solução para
aquelas duas crises. Temos uma oportunidade única
— principalmente por ser o Brasil um país que agrega
20 a maioria do território amazônico — de construir, a
partir da Amazônia, um modelo de desenvolvimento
“2.0” capaz de oferecer respostas em um sentido in-
verso ao atual. Em lugar de importar um modelo de
desenvolvimento do Sul, construído em outras bases,
25 deveríamos levar adiante algumas iniciativas que po-
dem ser, até mesmo, replicadas em cidades como
Rio de Janeiro ou São Paulo.
Esse seria o tiro ligado à mudança de mentali-
dade. Às vezes, pensamos na Amazônia como um
30 problema, como o escândalo do desmatamento. Ra-
ramente chegam às regiões Sul e Sudeste ou a Bra-
sília notícias boas da Amazônia.
O novo modelo de desenvolvimento — se fos-
se reduzido a alguns pilares — incluiria, obviamente,
35 zerar o desmatamento (já há programas para isso) e
combater a pobreza, entendendo-se que a solução
para o meio ambiente passa, necessariamente, pela
questão social.
Se analisarmos as áreas que mais desmatam
40 hoje no mundo, constataremos que são áreas com
menor Índice de Desenvolvimento Humano [IDH].
Portanto, há uma necessidade premente de se criar
um ambiente de negócios sustentáveis, com uma
economia ligada ao meio ambiente. O investidor pre-
45 cisa ter segurança de investir, de gerar emprego com
o mínimo de governança, para que esses negócios
se perpetuem ao longo do tempo.
Destaco outros pontos, como a política de prote-
ção e fiscalização. É preciso sair da cultura do ilega-
50 lismo e entrar no legalismo. O normal lá é o ilegal. Va-
mos imaginar que sou do Rio Grande do Sul, sou um
cara do bem, quero investir em produção madeireira
na Amazônia. Faço tudo corretamente, plano de ma-
nejo, obtenho as licenças necessárias, pago encar-
55 gos trabalhistas, etc. Vou enfrentar uma concorrên-
cia desleal, e minha empresa fechará no vermelho.
Como posso concorrer com 99% dos empreendimen-
tos, que são ilegais? Ou volto para o Rio Grande do
Sul ou mudo de lado. Essa é a prática na Amazônia.
E essa prática precisa acabar.
Além da necessidade de governança, de gestão
pública, há a necessidade de políticas que atendam
ao fator amazônico. Às vezes, acho que o Brasil des-
conhece a Amazônia. Lido com políticos municipais,
65 principalmente nas áreas de saúde e educação. Evi-
dentemente, não podemos trabalhar com a mesma
política de municípios como Campinas ou Santarém,
equivalente ao tamanho da Bélgica. Na Amazônia, há
comunidades que ficam distantes 20 horas de bar-
70 co e são responsabilidade do gestor municipal. Ima-
ginem um secretário de Saúde tentando cumprir a
Constituição, o direito do cidadão, com o orçamento
limitado, numa situação amazônica, com as distân-
cias amazônicas.
75 ___Outro ponto a ser levado em consideração é o
ordenamento territorial. Também destaco os aspec-
tos social e de infraestrutura, as cadeias produtivas,
o crédito, o fomento e a construção de uma nova eco-
nomia sobre REDD (do inglês Reducing Emissions
80 from Deforestation and Degradation, que significa re-
duzir emissões provenientes de desflorestamento e
degradação) e o pagamento de serviços ambientais.
Em resumo, se começarmos a pensar na Ama-
zônia como uma oportunidade, acho que consegui-
85 remos efetivar soluções em curto espaço de tempo.
SCANNAVINO, Caetano. É preciso mudar a mentalidade sobre a Amazônia. In: BNDES. Amazônia em debate: oportunidades, desafios e soluções. Rio de Janeiro: BNDES, 2010, p. 147-149. Adaptado.
Está substituído pelo pronome adequado, de acordo com a norma-padrão, o termo destacado na seguinte passagem do texto:
O verbo obter está empregado de acordo com a norma-padrão em: