O Decreto no
9.841/2019 dispõe sobre o Programa Nacional de Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC),
a fim de disponibilizar informações de avaliação, quantificação e monitoramento de riscos agroclimáticos à sociedade. O ZARC é uma ferramenta de análise do risco que
auxilia a tomada de decisão no campo, considerando a
probabilidade de ocorrência de adversidades baseada em
séries históricas de dados climáticos e em características
da cultura e do solo. Atualmente, o ZARC tem adotado
um novo sistema de classificação de solos que deixa de
utilizar o tradicional sistema de solos “Tipo 1”, “Tipo 2” e
“Tipo 3” e passa a adotar uma nova metodologia que define seis classes de água disponível (AD1, AD2, AD3, AD4,
AD5, AD6). Dessa forma, a água disponível (AD) do solo
é estimada para cada área de produção, a partir da sua
composição textural determinada por análise de solo padrão. A estimativa é feita através do uso de uma equação
(função de pseudotransferência), devidamente ajustada
para os distintos solos brasileiros. Calculada a AD, é definido o enquadramento em uma classe de AD. No caso
de um cultivo de sequeiro, ao se considerar uma classe
e a profundidade efetiva média do sistema radicular do
cultivar, é possível verificar se a necessidade de água do
cultivar é atendida pela classe de solo.
Buscando avaliar o risco agroclimático do cultivo da soja
no Mato Grosso do Sul, um agrônomo colheu amostras de
um solo, determinou a composição granulométrica e, ao
aplicar os teores percentuais na função de pseudotransferência, obteve um valor de AD de 0,75 mm/cm.
Dessa forma, o agrônomo classificou esse solo como