A partir da Psicologia Social crítica, do final do século XX,
os processos grupais passam a ser compreendidos como
projetos, um eterno “vir a ser”, constituídos em uma tensão entre serialidade e totalidade (Lapassade, 1982). Há
uma ameaça constante de dissolução do grupo e de volta
à serialidade, em que cada integrante assume e afirma
sua individualidade, sendo mais um na presença dos demais. Ao mesmo tempo, há uma busca pela totalidade,
em que cada um dos integrantes participa com os demais,
introjeta-os e dá sentido à relação estabelecida, afirmando-se e assumindo a totalidade do grupo. Nesse sentido,
a metodologia dos grupos operativos de Enrique Pichon-
-Riviere contribuiu para o trabalho de grupos, explicitando seus modos de funcionamento e permitindo que todos
elaborem sobre a experiência coletivamente.
O conceito que fundamenta o funcionamento dos grupos
operativos é o de Esquemas Conceituais Referenciais
Operativos (ECROS), que é definido como