Questões de Concurso Público FUB 2009 para Engenheiro Agrônomo
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As prováveis causas para o sintoma de podridão apical dos frutos são a deficiência de boro, o desbalanço nutricional e o desbalanço hídrico.
A podridão apical dos frutos poderia ter sido evitada mediante o uso de cultivares resistentes, especialmente híbridos. Como o cultivo já encontra-se instalado, devem ser realizadas pulverizações foliares semanais com ácido bórico, complementadas com aplicações de bórax no solo.
O sintoma de clorose internerval nas folhas baixeiras provavelmente deve-se à deficiência de magnésio. Esse problema pode ser controlado mediante pulverizações semanais com produtos à base de magnésio, aplicação de adubos que contenham esse macronutriente e, nos próximos plantios, aplicação de calcário no solo.
O sintoma de talo oco é característico da presença de bactéria do gênero Xanthomonas, cujo controle preventivo pode ser feito com produtos à base de cobre, e o curativo, com bactericidas à base de agrimicina, entre outros antibióticos.
Possivelmente, o sintoma de pinta preta deve-se à presença do fungo Alternaria, que reproduz muito bem sob condições de verão quente e chuvoso. Esse fungo pode ser controlado sistematicamente mediante aplicações semanais de produtos à base de triazóis.
O vigoroso desenvolvimento inicial das plantas cítricas e a presença de espinhos indicam que as plantas apresentam pronunciada juvenilidade.
O fato de o pomar produzir poucos frutos de laranja, com casca grossa, nas duas primeiras safras, demonstra que a adubação está desequilibrada em macronutrientes e micronutrientes.
A podridão do colo do mamoeiro é uma doença fisiológica provocada pelo excesso de umidade no solo. Nessa situação, as plantas atacadas devem ser erradicadas, procedendo-se ao replantio e ao manejo correto do teor de umidade do solo.
A produção de poucos frutos de laranja, com casca grossa, nas duas primeiras safras, pode estar relacionada à concorrência do mamoeiro, por água e nutrientes, com a cultura da laranjeira.
Em razão da possível ocorrência de problemas fitossanitários, devem ser evitadas rotações entre batata e tomate; batata e pimentão; tomate e pimentão; e entre abóbora e pepino.
A rotação da cultura de tomate com a de ervilha, ou de feijão-de-vagem, ou de pepino, ou, ainda, de abóbora, apresenta vantagens relativas ao melhor aproveitamento dos nutrientes do solo e ao estaqueamento.
O consórcio entre espécies olerícolas, e entre estas e o cafeeiro e as fruteiras, pode ser utilizado nessa situação em razão das inúmeras vantagens que esses sistemas apresentam, como a redução significativa dos problemas fitossanitários e o melhor aproveitamento das áreas de cultivo.
Mesmo que os plantios sejam devidamente planejados, existe a possibilidade de perda parcial ou total da safra de algumas espécies por determinado período.
A maioria das grandes culturas anuais e perenes produz satisfatoriamente em solos com pH entre 6,0 e 6,8 e saturação por bases variando de 50% a 80%, dispensando o uso de calagem nessas condições.
A cultura da mandioca apresenta elevada produtividade de raízes em solos de baixa fertilidade, com pH abaixo de 5,0 e saturação por bases de 40%, principalmente em solos com textura média ou levemente arenosa.
No cultivo comercial da soja, pré-inoculada com bactéria fixadora de nitrogênio, deve-se evitar a adubação com nitrogênio mineral, pois esse procedimento, além de causar a inibição da nodulação e reduzir a eficiência da fixação simbiótica do nitrogênio atmosférico, não aumenta a produtividade da soja.
A aplicação de cloreto de potássio em solos de cerrado deve ser feita, preferencialmente, a lanço, pois esses solos possuem baixa capacidade de retenção de cátions. Por outro lado, a alta concentração de potássio, provocada pela aplicação de grandes quantidades desse adubo em pequeno volume de solo, favorece as perdas de potássio por lixiviação.
A aplicação de cálcio e magnésio em solo do cerrado é de fundamental importância no cultivo de soja, pois esses macronutrientes são exportados via colheita dessa cultura e são indispensáveis para neutralizar a acidez provocada pela fixação biológica do nitrogênio.
Os pequenos produtores, especialmente do Norte e Nordeste do Brasil, devem iniciar o manejo agrossilvopastoril com a semeadura de espécies de ciclo curto, como milho, arroz e feijão, que servem como produtos de subsistência. Simultaneamente, o produtor deve plantar fruteiras perenes como pupunha, açaí, graviola, entre outras, que iniciarão a produzir comercialmente no terceiro ano. Em seguida, deverão ser plantadas espécies de ciclo longo, geralmente espécies florestais, podendo ser madeireiras, que deverão iniciar sua produção com aproximadamente 15 anos. Completando o sistema com animais, o produtor poderá introduzir animais silvestres, como paca, tamanduá, tatu e cutia.
O manejo agrossilvopastoril poderá ser feito em região de criação de bovinos com a introdução e plantio de espécies produtoras de biocombustíveis, como a macaúba consorciada com pastagens, utilizando espaçamentos adensados em áreas com grande quantidade de árvores que ofereçam elevado sombreamento, fundamental para o bem estar animal.