Questões de Concurso Público INCA 2010 para Tecnologista Júnior – Cancerologia Cirúrgica
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O sistema de estadiamento revela informações importantes acerca de fatores prognósticos relacionados ao tamanho do tumor e ao status linfonodal
Inúmeras tentativas foram propostas com o objetivo de tornar o sistema de estadiamento padrão em todo o mundo, sendo a AJCC a mais utilizada e hoje considerada como universalmente aceita.
A classificação rTNM é usada para estadiar o câncer que recidivou após um determinado intervalo livre de doença baseada em uma evidência clínica e(ou) patológica da recorrência.
Muitos cânceres podem disseminar-se por mais de uma via, mas certas situações são previsíveis, como é o caso, por exemplo, dos cânceres de mama e melanoma que podem manifestar-se com metástases pulmonares, hepáticas e ósseas, mas que necessariamente precisam apresentar, mesmo que subclinicamente, doença linfonodal ou linfática.
Em média, 50% dos adenocarcinomas de mama disseminam-se por via hematogênica e 30% por via linfática.
Os tumores da cabeça e pescoço disseminam-se predominantemente por via linfática e apenas 5% por via hematogênica.
Os melanomas e os sarcomas disseminam-se, preferencialmente por via hematogênica, sendo incomum a disseminação linfática desses tumores
As metástases linfonodais estão primariamente confinadas ao espaço subcapsular. Nesse estágio, geralmente, o linfonodo não se encontra aumentado de tamanho.
Células tumorais podem alcançar a corrente sanguínea através do ducto torácico ou por invasão direta dos vasos sanguíneos. Os capilares não oferecem resistência à transgressão da célula tumoral.
Muitos pacientes apresentam-se com status nutricional ruim devido à interferência da neoplasia com a função alimentar normal. A dor também pode contribuir para a anorexia e consequente distúrbio hidroeletrolítico.
A nutrição parenteral total (NPT) pode ser indicada para preparar o paciente desnutrido para uma grande cirurgia, pois todo o esforço deve ser feito com o intuito de restaurar o volume de sangue depletado, corrigir a hipoproteinemia e restaurar o balanço nitrogenado positivo.
Segundo os critérios da Sociedade Americana de Anestesiologia, o paciente classificado como P-3 apresenta-se com doença sistêmica severa que pode acarretar risco de vida.
Segundo a escala de performance-status do ECOG, o PS 1 é o paciente de ambulatório, capaz de cuidar de si mesmo, permanecendo pelo menos 50% do dia fora do leito ou cadeira, e sem restrições a atividades ocupacionais.
No ciclo celular, os pontos de checagem, necessários para a progressão do ciclo, requerem a ativação de proteínas conhecidas como fatores de crescimento e entre elas podem ser citadas: EGF, VEGF e IGF.
Está bem estabelecido que defeitos no mecanismo normal que controla o programa de morte celular (apoptose) ocorrem comumente em muitos cânceres. Nesse processo, a hiperexpressão da proteína BCL-2, um inibidor das caspases, pode afetar a regulação do ciclo celular.
As mutações ativam os proto-oncogenes através de alterações estruturais nas proteínas por eles codificadas. Diferentes tipos de mutações, tais como substituição de bases, deleções e inserções, são capazes de ativar proto-oncogenes. Nos tumores humanos, as deleções são o evento mais comum na geração de cânceres.
Receptores da tirosina-quinase (RTK) são importantes proteínas transmembrana que contribuem para a função de transdução de sinais do citoplasma para o núcleo das células neoplásicas. Um dos mais conhecidos e estudados RTKs é a família HER, da qual faz parte o EGFR e o cerB-2.
Os genes supressores de tumor controlam negativamente a proliferação e a sobrevivência celular. Mutações nas funções desses genes contribuem para a gênese do câncer. Entre os principais exemplos de genes supressores de tumor encontram- se o pRb e o p53.
Essa proteína de 53 quilo daltons é uma reguladora transcricional induzida em resposta aos danos ao DNA e pode levar a uma parada no ciclo celular ou induzir apoptose em resposta a hipóxia, onco genes virais, choque térmico e a onco genes celulares ativados.
A p53 encontra-se funcionalmente ativa na maioria dos cânceres e é um dos mais importantes alvos de vírus oncogênicos.