Questões de Concurso Público INCA 2010 para Tecnologista Júnior – Célula Tronco e Hematopoética
Foram encontradas 100 questões
Mucosite consiste em uma reação inflamatória das membranas mucosas à ação das drogas antiblásticas e como efeito indireto à mielodepressão. Um dos objetivos dos cuidados de prevenção e tratamento da mucosite é manter a integridade da mucosa, sendo que é importante orientar o paciente e(ou) familiares para realizarem tratamento odontológico durante o período de NADIR das drogas antineoplásicas.
A doença de enxerto contra o hospedeiro (DECH) é a causa mais comum de mortalidade relacionada ao transplante de medula óssea e de células-tronco e hematopoiéticas. O estágio clínico grave pode ser identificado na pele, pela eritrodermia generalizada, no fígado, pelas alterações nos níveis de bilirrubinas entre 6 a 15 mg/dL e no intestino, pela diarréia, maior que 1.500 mL/dia.
O período de hospitalização para o paciente transplantado tem reduzido progressivamente de 30 a 35 dias para 5 a 10 dias, independentemente da condição socioeconômica do paciente. Os fatores de avaliação para a alta consideram o tipo de enxerto, a intensidade do regime de condicionamento e a presença de um cuidador em domicílio.
Uma diferença nos grupos sanguíneos ABO entre o paciente e o doador não interfere na seleção do doador para o TCTH, contudo, o produto das células-tronco hematopoiéticas deve ser depletado dos eritrócitos para evitar durante a infusão, uma reação hemolítica provocada por anticorpos ABO ainda circulantes na corrente sanguínea do paciente.
Pacientes masculinos com idades variando até 85 anos, com infiltração medular neoplásica, com funções cardíaca, renal, hepática e pulmonar normais, com diagnóstico de mieloma múltiplo, são elegíveis para o transplante autogênico (TMO). As células são obtidas do próprio paciente e reinfundidas após aplicação de quimioterapia em doses supraletais, mieloablativas, potencialmente curativas, associada ou não à irradiação corporal total.
O procedimento de aspiração e coleta da medula óssea do doador é realizado no centro cirúrgico, com técnicas assépticas. Além do profissional médico na sala deve ter apenas um enfermeiro que participa ativamente na homogeneização, instrumentação e filtragem.
Entre as complicações iniciais do transplante de células TCTH e seus aspectos clínicos incluem neutropenia, anemia e trombocitopenia, podendo ser mais comum em pacientes com anemia aplásica ou naqueles que recebem transplantes de doadores sem parentesco.
O regime preparatório para o TCTH alogênico é a administração da quimioterapia em dose alta e, por vezes, a radiação corporal total como terapia intensiva.
Paciente em TCTH em uso de Ciclosporina A deve ser orientado quanto a alguns cuidados no uso desse medicamento, a saber: a necessidade de adesão rigorosa ao horário de administração, a importância de ingeri-la com alimentos, a possibilidade de ingeri-la com outras medicações, a exemplo do Tacrolimus, bem como a necessidade de comunicar ao médico quando for incapaz de ingeri-la devido efeitos colaterais gastrointestinais.
Entre as ações de enfermagem para o preparo e a coleta do aspirador medular incluem orientar o paciente quanto ao procedimento de punção de medula óssea e a coleta da amostra medular, heparinizar as seringas de 20 mL que serão utilizadas para aspiração do material medular, preparar o material de oxigenoterapia e promover atendimento eficaz em caso de intercorrências.
A utilização do cateter venoso central semi-implantado imediatamente após sua instalação não é aconselhável, devendo ser aguardado um prazo de 24 h para manipulação das vias, visto que há um risco grande de migração do circuito por se tratar de cateter tunelizado.
A coleta de sangue para a dosagem de ciclosporina (CSA) pela via na qual essa substância foi infundida resultará em um valor falsamente elevado, mesmo utilizando o método de descarte de sangue antes da coleta da amostra que será analisada.
Staphylococus epidermitis, Candida fungemia e Candida albicans são os principais patógenos relacionados à infecção de cateteres venosos centrais de longa permanência. A infecção bacteriana, nesse caso, é fator determinante para a remoção do cateter, ao contrário da infecção fúngica, cujo tratamento é efetivo sem a necessidade de remoção do cateter.
As infecções relacionadas ao cateter são classificadas em infecção do óstio, infecção do túnel subcutâneo e septicemia relacionada ao cateter.
Sialorreia, odinofagia, esofagite e sangramento são manifestações clínicas típicas de mucosite, uma das complicações pós-TCTH.
As infecções estão entre as principais complicações agudas pós-TCTH e exige as seguintes ações de enfermagem para o seu controle: monitoração e controle dos efeitos colaterais das drogas imunosupressoras, controle da curva térmica e do balanço hídrico, monitoração dos níveis séricos de ciclosporina, enzimas hepáticas e coagulograma.
É fundamental que todos os componentes sanguineos sejam previamente irradiados e filtrados para que possam ser eliminados os linfócitos T. A não observância dessa recomendação pode incorrer em doença do enxerto contra o hospedeiro transfusional
Durante a infusão de células-tronco e hematopoiéticas criopreservadas, é importante que o enfermeiro faça o controle dos sinais vitais do paciente a cada 20 minutos durante a primeira hora, e de hora em hora nas 6 horas subsequentes.
A doença venoclusiva hepática (DVOH) é uma complicação decorrente da pega do enxerto (medula), que necessita de cuidados intensivos. São considerados fatores de risco a história prévia de hepatite viral, a alteração da função hepática, o TCTH com doadores não aparentados, o uso de agentes imunossupressores e o uso de vancomicina e anfotericina B.
Recomenda-se que as células-tronco provenientes de cordão umbilical e placentário, depois de descongeladas, sejam infundidas por meio de equipo parenteral sem filtro.