Questões de Concurso Público INCA 2010 para Tecnologista Júnior – Dermatologia
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As infecções bacterianas cutâneas são mais comumente causadas por estafilococos e estreptococos, embora germes Gram-negativos, como Pseudomonas, também produzam infecções importantes nesses pacientes.
Antes e depois do contato com pacientes imunossuprimidos, após a lavagem das mãos com sabão comum, os profissionais de saúde devem utilizar solução antisséptica, álcool ou solução degermante.
Deve-se isolar os pacientes com leucopenia severa, pois essa é uma situação em que há maior suscetibilidade à aquisição de infecções de outros pacientes.
Deficiências na imunidade celular (linfócitos T) estão relacionadas a maior risco de infecções bacterianas.
Pacientes neutropênicos apresentam maior risco de infecções fúngicas, sendo especialmente temível a aspergilose sistêmica, que é potencialmente fatal.
A ocorrência de tumores cutâneos não melanoma é cerca de vinte vezes maior em imunossuprimidos do que na população geral.
Há relação entre o tempo de imunossupressão e o aparecimento de tumores, demonstrando o efeito cumulativo da imunossupressão.
A maioria dos tumores aparece após os 10 anos de transplante.
Na patogenia dos tumores cutâneos, a imunossupressão atua ao permitir a não destruição das células neoplásicas que eventualmente surjam.
A imunossupressão permite a proliferação de vírus oncogênicos, como o HPV-5, já isolado de verrugas e carcinomas de transplantados renais.
O TMO autólogo pode ser indicado para tumores sólidos como o neuroblatoma, sarcoma de Ewing e tumores de células germinativas.
As células progenitoras a serem transplantadas podem ser obtidas por aspirações múltiplas nos ossos ilíacos, por aférese no sangue periférico após uso de fatores de crescimento medular, ou no sangue do cordão umbilical. Esta última técnica, em geral, só é utilizada em crianças, devido à pequena quantidade de células-tronco em cada cordão.
Durante o período de pancitopenia intensa — fase de ablação medular — são preconizados: isolamento reverso, uso de cateter central semi ou totalmente implantável e rastreamento sistemático de infecções, sendo contraindicado o uso de antibioticoterapia profilática, pelo risco de seleção de cepas resistentes.
O avanço das técnicas de criobiologia tornou possível o congelamento de células tronco por décadas, mantendo suas propriedades estruturais e funcionais.
A baixa frequência da doença enxerto versus hospedeiro, a facilidade de encontrar doadores devido à disponibilidade de placentas e a possibilidade de se empregar células com um ou mais antígenos não compatíveis estão entre as vantagens do uso de células de cordão umbilical.
A DEVH pode surgir após o transplante de medula óssea, a transferência materno fetal de linfócitos, a transfusão de sangue e o transplante de órgão sólido, principalmente de fígado.
A forma aguda da DEVH ocorre usualmente de 10 a 40 dias após infusão, sendo mais frequente em jovens e no transplante alogênico não aparentado.
Alterações hepáticas, como elevação de bilirrubina, e alterações do trato gastrointestinal, como diarreia, fazem parte dos critérios diagnósticos da DEVH aguda. Contudo, alteração hepática ou gastrointestinal isoladas são incomuns.
Clinicamente, a forma aguda da DEVH manifesta-se por prurido localizado ou generalizado seguido de erupção máculo-papulosa eritematosa não coalescente com edema discreto localizado principalmente nas regiões palmo- plantares, tronco, pavilhões auriculares e regiões periungueais, podendo haver formação de bolhas.
Nas formas iniciais eczematoides e pruriginosas, a fototerapia leva a um clareamento das lesões, contudo não há retardo na evolução da doença.