Questões de Concurso Público INCA 2010 para Tecnologista Júnior – Imunogenética
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O domínio α3 das moléculas de classe I interage com o antígeno CD4 dos linfócitos T CD4+ e, portanto, moléculas de classe I clássicas apresentam antígenos contra os linfócitos TCD4+.
Para a ativação de linfócitos CD8+ imaturos é necessária a presença do antígeno específico em um contexto de MHC de classe I na superfície da célula alterada, além da presença de coestimuladores nas células apresentadoras de antígenos ou sinais provenientes de células CD4+.
A apresentação de antígenos endógenos (via MHC de classe I) e exógenos (via MHC de classe II) determina qual conjunto de células T responderá ao antígeno encontrado.
CD8 liga-se a moléculas de classe I e é expresso em células T cujos TCRs reconheçam peptídios associados a MHC de classe I. A maioria das células T restritas a MHC de classe I serve para erradicar infecções intracelulares.
Os segmentos aminoterminais α1 e β1 das cadeias de classe II interagem para formar a fenda de ligação peptídica, que é estruturalmente semelhante à fenda das moléculas de classe I. Embora estruturalmente semelhantes, as fendas de ligação das moléculas de classes I e II possuem a capacidade de acomodar fragmentos peptídicos de tamanhos distintos.
Uma molécula de classe I ou II apresenta uma única fenda de ligação a peptídeos. Essa fenda, embora associada a apenas um peptídio, possui capacidade para acomodar uma variedade de peptídios diferentes.
A associação entre peptídios antigênicos e moléculas de classe I ou II é uma interação saturável e de baixa afinidade, com lenta taxa de associação e dissociação, permitindo que o complexo peptídio/HLA persista na superfície celular.
Os genes HLA-A, -B e -C apresentam altos índices de heterozigose em decorrência do alto número de alelos que eles apresentam.
Estudo de associação é a busca de correlação estatística entre a presença de determinados alelos e(ou) genótipos e características específicas, como, por exemplo, doenças.
Para estudos de associação é necessária a comparação de, pelo menos, dois grupos distintos, como doentes e não doentes ou doentes com manifestação grave e doentes com manifestação branda, sendo que ao menos a ancestralidade de ambos os grupos deve ser equivalente.
Se, para um dado gene do sistema HLA, existirem 100 alelos, dos quais o alelo “1” apresente uma frequência na população de 4% e o alelo “2” apresente uma frequência de 2,5%, a chance de se encontrar uma pessoa nessa população portando os dois alelos será de uma pessoa em cada 1.000 indivíduos.
Desequilíbrio de ligação é a cossegregação entre uma dada característica e uma região do genoma. Essa análise é realizada com a utilização de heredogramas de grandes dimensões.
Considerando as características da família abaixo identificada e suas especificidades de classe I, e desconsiderando eventos de recombinação dentro do complexo HLA, é correto afirma que os dois haplótipos HLA do pai são (a HLA-A*01010101-B*15010101-Cw*030305 e (b HLA-A*020102-B*070201-Cw*010201.
Pai: HLA-A*01010101, -A*020102, -B*070201 -B*15010101, -Cw*010201, -Cw*030305
Mãe: HLA-A*24020101, -A*240203, -B*070201 -B*080109, -Cw*0103, -Cw*05010101
Filho: HLA-A*01010101, -A*24020101, -B*080109 -B*15010101, -Cw*030305, -Cw*05010101
Subjacente aos métodos moleculares de tipificação do sistema HLA está o uso de iniciadores ou sondas específicas que detectam as alterações de aminoácidos nas proteínas oriundas dos genes de classes I e II.
A tipificação molecular do sistema HLA, para definição em alta resolução dos alelos presentes em cada indivíduo, baseia-se na detecção das variações de nucleotídios nos éxons de cada um dos loci relevantes.
Utilizando-se kits comerciais baseados em PCR-SSP (polymerase chain reaction-sequence specific Primer) para tipificar os genes do complexo HLA, a eletroforese em gel de agarose e a exposição à luz UV são empregadas para visualizar os produtos amplificados.
Os métodos baseados em PCR-SSP utilizam um painel de iniciadores que amplificam grupos de alelos (baixa e média resolução) ou alelos específicos (alta resolução).
A tipificação dos antígenos HLA-A, -B, -DR e -DQ é usualmente realizada para transplantes de órgãos sólidos. Uma maior compatibilidade para esses antígenos entre doadores e receptores em geral está relacionada com uma aceitação melhor do enxerto.
Pelo sistema Inno-Lipa/Auto-Lipa podem-se detectar, por exemplo, variantes alélicas, mutações de ponto e grandes deleções.
O sistema Inno-Lipa/Auto-Lipa se baseia na tecnologia de hibridização reversa, estando as sondas fixadas em membrana de nitrocelulose.