Questões de Concurso Público INCA 2010 para Tecnologista Júnior – Neurocirurgia
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A tendência da mulher grávida em reter mais líquido é considerada como fator predisponente para o desenvolvimento de um maior grau de edema peritumoral em casos de pacientes com glioma.
O SNC pode ser acometido por leucemias através de infiltração leptomeníngea difusa, impactação de células leucêmicas na substância branca e por massas extradurais.
A forma de acometimento mais comum é a impactação de células leucêmicas na substância branca.
Nas leucemias mieloblásticas da infância, o SNC é o local mais frequentemente acometido por recorrência da doença.
Na leucemia de células B encontradas em adultos, uma entidade relacionada ao vírus HTLV-1, observamos múltiplas massas com ou sem quebra de barreira hematoencefálica na superfície cerebral e substância cinzenta profunda.
Linfomas primários do SNC constituem formas raras de linfoma não-Hodgkin de células T, que afetam o cérebro, a medula espinhal, as leptomeninges e os olhos.
Podem acometer pacientes imunocompetentes, apresentando predominância no sexo feminino e acometimento por volta da sexta década de vida, enquanto pacientes imunocomprometidos costumam ser acometidos em idades mais jovens, especialmente em pacientes HIV positivos.
Pacientes imunocompetentes apresentam, via de regra, lesões únicas com predomínio em substância branca e extensão para corpo caloso e núcleos da base, em contrapartida a pacientes imunocomprometidos, que apresentam lesões múltiplas e esparsas.
À tomografia computadorizada, as lesões apresentam-se hiperatenuantes com acentuado realce pós-administração de contraste. Outros achados incluem calcificações e edema perilesional.
O tratamento dos linfomas de SNC é, via de regra, cirúrgico, com quimioterapia ou radioterapia utilizadas como adjuvantes
Constitui uma entidade nosológica frequente, com incidência anual de 60 casos por 1.000.000 e prevalência de 200 casos por 1.000.000.
É consequência de hipersecreção do hormônio de crescimento (GH) por tumores hipofisários ou, em cerca de 1% dos casos, da produção excessiva de GHRH.
Um aumento na expressão do fator de crescimento epitelial (EGF) e seu receptor é descrita em diversos tumores hipofisários, principalmente os tumores somatotróficos, estando dessa forma o EGF relacionado à agressividade do tumor.
Pacientes acromegálicos com recidiva tumoral apresentam níveis significativamente elevados de mRNA do receptor de EGF, quando comparado com pacientes sem recidiva tumoral.
Os adenomas hipofisários clinicamente não funcionantes são assim denominados por não apresentarem produção de secreção hormonal.
À patologia convencional, a maioria dos adenomas não funcionantes são secretores do tipo cromófobo, contudo, à microscopia eletrônica, e imunoistoquímica, apresentam grânulos secretórios com conteúdo hormonal variado.
A diferenciação entre adenomas gonadotróficos e adenomas de células nulas verdadeiras pode ser feita pela pesquisa de SF-1, um fator de transcrição gonadotrófico específico facilmente identificável à imunoistoquímica
O significado da maioria das alterações moleculares encontradas nos adenomas não funcionantes estariam, provavelmente, relacionadas a fenômenos secundários no processo de tumoregênese hipofisária, e não a eventos verdadeiramente patogênicos.
Os tumores produtores de GH são, em sua maioria, histologicamente benignos, tendo, como os demais adenomas hipofisários, origem policlonal.
20% das células da adeno-hipófise são secretantes de ACTH.