Questões de Concurso Público MS 2010 para Arquiteto
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O plano barroco de Aarão Reis para Belo Horizonte(1897) baseia-se na integração da malha ortogonal, definida pelas ruas, com a malha diagonal, definida pelas avenidas. Inspirado nas intervenções na Paris de Haussmann (1853-1859) e em exemplos de novas cidades capitais como Washington (1791), projetada por L’Enfant, o projeto perseguia, antes de tudo, o espaço amplo, a localização privilegiada dos edifícios públicos, e a monumentalidade, usando recursos como os efeitos de visibilidade, ou seja, os edifícios de maior importância deveriam ser construídos no cruzamento de grandes avenidas.
O plano piloto de Goiânia (1933), concebido pelo urbanista Attilio Corrêa Lima, representou, em termos de design, uma superposição de temporalidades, variando entre oneoclássico e os modelos progressista e culturalista do século XIX. Ao lado das tendências neoclássicas, o projeto de Goiânia possibilitou também a recuperação das garden cities, levando assim à criação de ambiências bucólicas que caracterizavam as unidades habitacionais. O plantio de árvores, aliado a uma arquitetura não monumental, principalmente dos prédios públicos, contribuiu para uma minimização de eficácia simbólica, reduzindo o efeito ótico do urbanismo de Versalhes (princípio classicista adotado inicialmente por Correia Lima).
Obras dos arquitetos Ricardo Bofill, Robert Venturi e Aldo Rossi podem ser associadas ao pós-modernismo de cunho historicista. Philip Johnson, um modernista da primeira hora, autor de emblemáticos projetos dessa tendência, como a Glass House e o Seagram Building, em parceria com Mies van der Rohe, aderiu, na década de 80, ao pós-modernismo.
A arquitetura pós-moderna de cunho histórico tem uma forte ligação com os espaços comerciais. Em alguns shoppings,sua expressão máxima, nota-se uma abordagem eclética euma clara referência ao passado histórico. Essa ligação,reforçada pela adoção do estilo por grandes empresas internacionais que buscavam uma nova imagem corporativa,fez que o pós-modernismo fosse associado à cultura do consumo, representando valores efêmeros.
Paralelamente ao pós-modernismo de cunho histórico, surgiram, no início da década de 80 do século XX, propostas com base na filosofia estruturalista de Claude Lévi-Strauss. Contando com o suporte teórico de Jaques Derrida e Gilles Deleuze, os arquitetos buscaram novas bases para o desenvolvimento de uma arquitetura sustentável, mais afeita às exigências ambientais do século XXI.
O desenho auxiliado por computador é atualmente uma ferramenta essencial em muitos aspectos da arquitetura contemporânea, mas a natureza particular do desconstrutivismo faz o uso de computadores especialmente pertinente. Modelagem tridimensional e animação auxiliam na concepção de espaços muito complexos, enquanto a habilidade em relacionar modelos computacionais para fabricar gabaritos permite a produção em massa de elementos modulares sutilmente diferentes a preços acessíveis. A arquitetura desconstrutivista tem como principais seguidores os arquitetos Peter Eiseman, David Liebskind, Bernard Tschumi e Zaha Hadid.