Questões de Concurso Público Instituto Rio Branco 2011 para Diplomata - 1ª Etapa
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Entende-se da leitura do poema que os inconfidentes foram sentenciados por atuarem contra os interesses da Coroa portuguesa, mas não por haverem registrado, na bandeira criada, o anseio por liberdade.
Nos dois primeiros versos, o eu lírico alude ao sigilo dos inconfidentes por meio de paradoxo e sinestesia.
No trecho “Uns são reinóis, uns, mazombos; / e pensam de mil maneiras; / mas citam Vergílio e Horácio, / e refletem, e argumentam,” (v.23-26), fica evidenciado que, independentemente da origem social, os inconfidentes compartilhavam o mesmo grau de erudição.
Da leitura da quarta estrofe (v.35-50) depreende-se que a palavra liberdade é o fulcro vital da bandeira dos inconfidentes e representa a finalidade do engajamento político daquele grupo.
No trecho “o rastro do ouro que vai, a princípio como o fio de um colar, ligando cenas e personagens, até transformar-se em pesada cadeia que prende e imobiliza num destino doloroso” (l.46-49), verifica-se gradativa intensificação das ações nele relatadas, expressa pelo emprego da locução com verbo no gerúndio e de preposição que denota limite, e, tal como ocorre no trecho “que falavam, que se confessavam, que exigiam, quase, o registro da sua história” (l.39-40), pela ordem em que se apresentam os núcleos verbais que constituem as orações adjetivas.
Da leitura do primeiro parágrafo do texto depreende-se que, para a autora, não foi tão difícil explicar a criação do Romanceiro da Inconfidência quanto geralmente é difícil para os artistas explicar a criação de suas obras menos objetivas. Isso se explica porque o Romanceiro da Inconfidência, dado o tema, apresenta não só o “essencial expressivo”, mas também aspectos objetivos.
São pertinentes as seguintes inferências a partir da pontuação e dos mecanismos de coesão empregados no período entre as linhas 26 e 30: entre todos os fantasmas, alguns são conhecidos por todos os artistas, e o poeta harmoniza, a todo momento, o timbre de sua voz à audiência.
Depreende-se da leitura do texto que a autora colocou-se a serviço da obra, cabendo-lhe adequar a mensagem à forma, uma vez que o tema impunha seu próprio desenvolvimento.
No texto, as formas verbais “encontra” (l.21), “falavam” (l.39) e “prende” (l.49) são intransitivas.
Os termos “uma composição da arte” (l.3) e “a mesma verdade do historiador” (l.6-7) exercem, na oração em que se inserem, função de complemento verbal.
Os vocábulos “decorrência” (l.11), “condizente” (l.25) e “irreprimível” (l.26) regem termos que lhes complementam, necessariamente, o sentido.
O trecho “uma obra que se desejava o menos imperfeita possível” (l.37-38) poderia ser reescrito, sem prejuízo gramatical ou de sentido para o texto, da seguinte maneira: uma obra que era desejada a menos possível imperfeita.
Ao empregar as expressões “Papai do Céu” (l.18) e “verdes pastagens do Paraíso” (l.19-20), o autor do texto demonstra neutralidade em relação ao universo de crenças que elas representam.
O emprego de adjetivos no grau superlativo absoluto, como “mais emocionantes” ( R .1), “mais antiautopromocionais” (l.9), “tão frágil e precário” (l.17), produz o efeito de exaltação da superioridade dos atributos técnico e criativo de Oscar Niemeyer em relação a outros brasileiros notáveis.
O uso da expressão “mais antiautopromocionais” (l.9) indica a opção do autor do texto por forma prolixa, dada a presença de dois prefixos no vocábulo adjetivo, em detrimento da concisão que seria proporcionada pela escolha da forma equivalente menos autopromocional, a qual manteria o efeito retórico desejado.
No texto, a linguagem foi empregada predominantemente em suas funções emotiva e poética.
A elipse em “nem que estará” (l.18) e o emprego do pronome anafórico “ele” (l.20) são mecanismos de coesão utilizados para referenciar o substantivo “Oscar” (l.18).
Na linha 3, o vocábulo “arquiteto” retoma por substituição o nome próprio “Oscar Niemeyer”, empregado na linha 2, mecanismo que corresponde a uma variedade de metonímia e por meio do qual se evita a repetição de vocábulo.