Questões de Concurso Público TJ-ES 2011 para Analista Judiciário - Letras - Específicos
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Com intuito meramente ilustrativo, poderíamos dizer que há em literatura três atitudes estéticas possíveis: ou a palavra é considerada algo maior que a natureza, capaz de sobrepor-lhe as suas formas próprias; ou é considerada inferior à natureza, incapaz de exprimi-la, abordando-a por tentativas fragmentárias; ou, finalmente, é considerada equivalente à natureza, capaz de criar um mundo de formas ideais que exprimam objetivamente o mundo das formas naturais. O primeiro caso é o do Barroco; o segundo, o do Romantismo; e o terceiro, o do Classicismo.
Antonio Candido. Formação da literatura brasileira – momentos
decisivos. Rio de Janeiro: Ouro Sobre Azul, 2008, p. 57 (com adaptações)
O autor do texto considera os estilos literários condensações de atitudes estéticas diante do mundo, e a palavra, o material primordial da literatura.
No primeiro período, que resume a ideia principal do texto, o emprego, na oração principal, da forma verbal “tem”, no singular, é exigido pelo sujeito dessa oração.
Na organização textual, o pronome “sua” e em ambas as ocorrências, retoma “etnocentrismo” .
As aspas em ‘nós e os outros’ são usadas para realçar ironicamente essa expressão, revelando o posicionamento crítico do autor em relação ao tema por ele tratado.
No desenvolvimento textual, os sintagmas “Dentro de uma mesma sociedade” (L.10) e “plano extragrupal” (L.13-14) referem-se aos “níveis diferentes” (L.09-10) mencionados no texto.
A ideia expressa no trecho “manifestações nacionalistas e nas formas extremadas de xenofobia” representa, em forma de exemplo, uma das consequências da dicotomia entre “parentes e não parentes” .
Preservam-se a coerência entre os argumentos e a correção gramatical do texto, caso se inicie seu último período com um conectivo, da seguinte forma: Por isso, práticas de outros sistemas culturais (...).
Infere-se do texto que os conflitos nas sociedades resultam da incapacidade humana de buscar o modo de vida mais correto e natural.
Na linha 19, a ausência de vírgulas logo depois de “atores” e de “interagem” indica que há outros atores que não interagem.
Para que a argumentação do texto seja coerente, a oração “pertencendo a grupos sociais diferentes” deve ser interpretada como condicional, correspondente à seguinte oração: caso pertençam a grupos sociais diferentes.
Estariam mantidas as relações de significação entre os termos da oração bem como a correção gramatical do texto caso o trecho “formas diferentes de contá-las” fosse assim reescrito: diferentes formas de as contar.
Mantêm-se a coerência textual e a correção gramatical caso se retire do texto a expressão “cada história” , tornando-a subentendida.
Nas relações de coesão que se estabelecem entre os termos do texto, “ela” refere-se a “cada história” e “se” , a “os indivíduos e os grupos sociais específicos”
Com o uso de “Afirma-se que (...) grupos” , o autor indica que a responsabilidade do que diz a respeito da construção da identidade não é apenas sua.
A supressão da preposição em “em que” desrespeitaria as regras gramaticais, pois, por meio dela, se indica que o pronome “que” retoma “subjetividade” .
Em “à natureza” , o emprego do sinal indicativo de crase indica que o verbo “conectar” está sendo utilizado com a preposição a, regendo um de seus complementos. Estaria igualmente correto e coerente o emprego, em vez da preposição a, da preposição com, não cabendo, nesse caso, o uso do acento indicativo de crase: com a natureza.
Na linha 11, o uso do futuro do pretérito em “viria” sugere a intenção do autor em manter distanciamento em relação à ideia da “necessidade de autoconhecimento dos indivíduos”.
A substituição de “ao fazer” por quando fazem manteria a relação semântica entre as ideias expressas no período e a sua correção gramatical
As expressões “movimento feminista” e “movimento ambientalista” constituem especificações de “movimentos supranacionais” , que exemplificam, por sua vez, o pluralismo de interesses no interior dos “movimentos sociais” .
No desenvolvimento da argumentação, as referências a MacIntyre são empregadas para apresentar fatos que devem ser analisados por uma “teoria política” .